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TEORIA DA CONTABILIDADE e PRINCIPIOS CONTABEIS

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maximus | Preparatório para Concursos
Canto da Fabril/Centro  3082.3260 1 www.cursomaximus.com.br
TEORIA DA CONTABILIDADE
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA E RECENTE DA TEORIA CONTÁBIL;
2. PRINCIPAIS ORGANISMOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS 
VOLTADOS À PESQUISA E NORMATIZAÇÃO CONTÁBIL;
3. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE;
4. ATIVO E SUA AVALIAÇÃO;
5. PASSIVO E SUA MENSURAÇÃO;
6. O PATRIMÔNIO LÍQUIDO;
7. RECEITAS, DESPESAS , GANHOS, PERDAS E ITENS 
 EXTRAORDINÁRIOS POSITIVOS;
8. EVIDENCIAÇÃO 
9. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E PASSIVO CONFORME A 
 LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS (LEI Nº 6.404/76 E LEI Nº 11.638/07)
10. BIBLIOGRAFIA
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Canto da Fabril/Centro  3082.3260 2 www.cursomaximus.com.br
1.EVOLUÇÃO HISTÓRICA
ORIGEM DA CONTABILIDADE
 FUNÇÃO DA CONTABILIDADE NO INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO:
 
a) AVALIAR A RIQUEZA DO HOMEM; 
b) AVALIAR OS ACRÉSCIMOS OU DECRÉSCIMOS DESSA 
RIQUEZA.
Como o homem naturalmente é ambicioso, a Contabilidade existe desde o 
início da civilização. Alguns teóricos preferem dizer que ela existe, pelo 
menos ,desde 4.000 antes de Cristo. 
Imagine um homem, na antiguidade, sem conhecer números e , muito menos, 
a escrita, exercendo a atividade de pastoreio.
Este homem , assim como qualquer um , era ambicioso, tinha desafios e queria 
ver sua riqueza aumentando.
Mas como contar o rebanho e avaliar seu crescimento se não existiam 
números, nem escrita e, muito menos, moeda?
O homem tem uma idéia. Havendo um pequeno monte de pedrinhas ao seu 
lado, o homem separa uma pedrinha para cada cabeça de ovelha, executando 
assim o que o contabilista chamaria hoje de inventário. Após o término dessa 
missão o homem separa o conjunto de pedrinhas, guardando-as com muito 
cuidado, pois o conjunto representava a sua riqueza num determinado 
momento.
O tempo passava. Nada mais natural que fazer nova contagem do rebanho. Um 
novo conjunto de pedrinhas era separado, uma pedrinha por cabeça de ovelha.
Ao comparar o atual conjunto de pedrinhas com o anterior, o pastor constata 
que houve um excedente de pedrinhas e isso representava que ele tinha sido 
bem-sucedido naquele período, ou seja, houve um acréscimo real no seu 
rebanho(um resultado positivo).
SEM ESCRITA, SEM NÚMERO E SEM MOEDA
Se nós tivéssemos moeda, o denominador comum não seria ovelhas, mas sim 
o valor em dinheiro. Todavia, o que fica bem claro é que mesmo sem moeda, 
escrita e número, a Contabilidade, como inventário , já existia, ficando 
evidenciado que ela é tão antiga quanto a existência do homem em atividade 
econômica.
Esta pode ser chamada de fase empírica da Contabilidade, em que se 
utilizavam desenhos, figuras, imagens para identificar o patrimônio existente.
maximus | Preparatório para Concursos
Canto da Fabril/Centro  3082.3260 3 www.cursomaximus.com.br
Com o passar do tempo, o homem começa a fazer marcas em árvores e pedras, 
podendo, assim, conferir seu rebanho em termos de crescimento, de 
extravio(perdas) de ovelhas, mortes etc.
Assim, concluí-se que desde os povos mais primitivos, a Contabilidade já 
existia em função da necessidade de controlar, medir e preservar o patrimônio 
familiar e, até mesmo, em função de trocar bens para maior satisfação das 
pessoas.
CONTABILIDADE NA BÍBLIA
O livro de Jô, é considerado o mais antigo. Jô era um homem muito rico e 
justo, da terra de Uz no Oriente, que, certamente, tinha um bom contador, pois 
na descrição de sua riqueza, no versículo três do primeiro capítulo, observa-se:
“E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de 
bois e quinhentas jumentas”.
A relação de bens de Jô demonstra um cuidado no controle do seu patrimônio 
pessoal.
Por questões espirituais, um dia, Jô perde toda sua fortuna, tornando-se um 
homem pobre, sem nenhum bem.
Mas no final do livro de Jô , algo surpreendente acontece. Também por 
motivos espirituais, ele recupera sua fortuna e não deixa de reencontrar um 
contador que, num certo momento, apresenta um relatório surpreendente: sua 
riqueza estava duplicada em relação ao primeiro inventário:
“E assim abençoou o Senhor o último estado de Jô, mais do que o primeiro; 
porque teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois e mil 
jumentas”
Esse e diversos exemplos mostram que a Contabilidade já existia com o 
primitivismo dos povos, ainda que os conhecimentos da matemática, das 
letras, dos negócios e até mesmo de patrimônio fossem limitados.
Mas é interessante que a Contabilidade vai iniciar a sua fase adulta, fase 
racional, exatamente no aperfeiçoamento da Imprensa por Gutemberg, na 
Alemanha, no século XV d.C. 
O que toda história tem mostrado é que a Contabilidade torna-se importante à 
medida que há desenvolvimento econômico.
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Canto da Fabril/Centro  3082.3260 4 www.cursomaximus.com.br
Na Idade Moderna, em torno dos séculos XIV a XVI, principalmente no 
Renascimento, diversos acontecimentos no mundo das artes, na economia, nas 
nações proporcionaram um impulso espetacular das Ciências Contábeis, 
sobretudo na Itália. Em torno desse período tivemos , sem a preocupação de 
ordem cronológica, Copérnico, Galileu e Newton, revolucionando a visão da 
humanidade, aperfeiçoamento da Imprensa por Gutemberg, o surgimento da 
moeda, Colombo iniciando as grandes descobertas, o mercantilismo, o 
surgimento da burguesia,a invenção da máquina a vapor, que deu impulso à 
Revolução Industrial, o protestantismo , a descoberta de diversos campos de 
conhecimento , são marcos da nossa história que fizeram desencadear o 
desenvolvimento da ciência contábil.
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
O desenvolvimento da contabilidade em toda a sua história esteve intimamente 
ligado ao desenvolvimento econômico e às transformações sociopolíticas e 
socioculturais experimentadas em cada época. O homem foi sentindo a 
necessidade de aperfeiçoar seu instrumento de avaliação da situação 
patrimonial ao mesmo tempo em que as atividades econômicas foram se 
tornando mais complexas.
Podemos delimitar a evolução histórica da contabilidade em duas grandes 
escolas: a Italiana e a Norte-Americana.
ESCOLA ITALIANA
A partir do século XII até o início do XVII , a Europa e, mais particularmente, 
a Itália “explodiram” em desenvolvimento econômico e cultural, trazido pela 
grande expansão comercial. 
Conseqüentemente verificou-se nesse período soberbo desenvolvimento da 
contabilidade na Europa.
Juntamente com a grande expansão comercial sentiu-se a necessidade da 
criação de um meio de troca mais flexível que o escambo(troca direta de 
mercadorias ). Surgiu a moeda e a contabilidade passa a ter avaliações 
monetárias onde apenas existia inventários físicos.
Após o surgimento do método das partidas dobradas(século XIV) e sua 
divulgação, em 1494, através da obra de Luca Pacioli - Summa de Arithmetica, 
Geometria, Proportioni et Proportionalita”- , a chamada “escola italiana” 
teve impulso e se espalhou pela Europa. A escrituração contábil ganhou 
relevância, fazendo com que os registros patrimoniais e os métodos de 
avaliação se desenvolvessem enormemente.
O método das partidas dobradas, ao registrar as operações de uma entidade 
evidencia a causa e o efeito dos fatos ocorridos em relação ao controle e a 
mensuração das variações ocorridas com a riqueza dessa mesma entidade.
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A partir da Revolução Industrial (século XVIII) na Inglaterra, as técnicas 
contábeis tomaram novo impulso. O enorme desenvolvimento econômico 
verificado no período gerou as grandes corporações e o surgimento do 
mercado de capitais. Aumentou-se a necessidade de confirmação dos registros 
contábeis como forma de garantir a segurança dos investimentos-
desenvolvimento dos procedimentos de auditoria.Portanto, com a Revolução Industrial, a atividade econômica evolui de 
artesanal para empresarial, forçando também a ciência contábil a um novo 
progresso e a uma readaptação das técnicas contábeis elaboradas a partir da 
obra de Luca Pacioli.
A Itália dominou o cenário contábil até os primeiros anos do século , quando, 
de 1920 em diante a ascensão econômica e cultural dos Estado Unidos da 
América do Norte fez com que a “escola italiana” entrasse em decadência. A 
partir daí, começou o domínio da chamada “ escola norte-americana”.
ESCOLA AMERICANA
A Itália exportou para o mundo a sua descoberta de como registrar as 
variações ocorridas na riqueza de uma entidade. Porém, o desenvolvimento da 
Contabilidade foi notório nos Estados Unidos, em nosso século, 
principalmente após a Depressão de 1929, com a acentuação de pesquisas 
nesta área para melhor informar o usuário da Contabilidade. Observou-se que 
a contabilidade, por agregar todas as informações econômicas de um período, 
ou ainda de diversos, poderia ter um papel mais intenso e relevante na gestão 
das empresas, e assim foram desenvolvidos diversos estudos sobre: a 
contabilidade como base para a tomada de decisões empresariais e as 
necessidades dos vários usuários da contabilidade. Diversas organizações 
norte-americanas ligadas à pesquisa e ao desenvolvimento de normas e 
procedimentos de contabilidade, como a American Accounting 
Association(AAA) , o American Institute of Certified Public 
Accountants(AICPA) e o Financial Accounting Standards Board(FASB), 
muito contribuíram para a busca de princípios de contabilidade e 
amadurecimento da ciência contábil naquele país.
A escola norte-americana além de aperfeiçoar as técnicas de registro advindas 
da escola italiana, também aprimorou as técnicas de auditoria desenvolvidas 
pelos ingleses. A escola italiana curvou-se ao desenvolvimento dessa nova 
visão contábil . As técnicas desenvolvidas na esfera contábil por 
pesquisadores, órgãos governamentais, entidades de classe e outras 
associações não só se preocuparam com essa nova visão do papel da 
contabilidade no mundo empresarial (contabilidade para tomada de decisões), 
como também na formação do contador no meio universitário.
A metodologia de ensino da contabilidade, no caso norte-americano, parte de 
uma visão geral para, então, chegar ao particular, ou seja, parte primeiro do 
entendimento dos relatórios contábeis para, a partir daí, estudar a maneira 
como se chegou aos mesmos.
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As obras de autores italianos tinham uma preocupação demasiada com o 
método das partidas dobradas, um endeusamento do método, já os autores 
norte-americanos preferiram tratar o método como uma técnica 
convencionada, sem a preocupação de se discutir teorias sobre isso.
A CONTABILIDADE NO BRASIL
No Brasil, por volta de 1754, ainda como Colônia de Portugal, iniciou-se a 
formação profissional na área contábil, quando foi autorizada a criação do 
curso “Aula de Comércio” ( a palavra aula tem o significado de escola 
superior ou faculdade), supervisionado pela Junta de Comércio de Lisboa. Os 
diplomados nesse curso eram os guarda-livros, denominação dada na época 
para os contadores.
Após o Brasil-Colônia, algumas escolas com cursos na área contábil foram 
abertas, porém, com pouca expressão; mas, duas escolas destacam-se das 
demais pela relevante contribuição que deram para a evolução da profissão 
contábil em nosso país, são elas:
1902-criação da Escola de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo, 
observamos a adoção da Escola Européia de contabilidade, basicamente a 
italiana e a alemã.
1946- inauguração da Faculdade de Economia e Administração da USP e com 
o advento das multinacionais anglo-americanas (e, conseqüentemente, da 
Auditoria originária dos países-sede), a Escola Contábil americana começou a 
infiltrar-se em nosso país. Esta escola, todavia, começou a exercer uma 
influência mais significativa no ensino da Contabilidade no Brasil a partir do 
lançamento do livro de Contabilidade Introdutória, no início da década de 70, 
por uma equipe de professores da FEA-USP, texto aliás adotado pela maioria 
das faculdades brasileiras.
O domínio da Escola Contábil Americana, iniciado com a Circular 179 do 
Banco Central, tornou-se evidente com o advento da Lei nº 6404/76, Lei das 
Sociedades por Ações, “que passa a adotar uma filosofia nitidamente norte-
americana”.
Em 10/01/2002 e sancionada a Lei 10.406 que institui o novo Código Civil, 
que passa a exigir o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
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CENÁRIO ATUAL
a)Internacional
Em outubro de 2002, a FASB-Financial Accounting Standards Board (Junta 
de Normas de Contabilidade Financeira e a IASB-International Accounting 
Standards Board(Órgão Internacional de Normas de Contabilidade 
Financeira), anunciaram a emissão de um memorando de entendimento, 
marcando um etapa significativa para formalizar seu compromisso de 
convergência das normas americanas e dos padrões internacionais de 
contabilidade. É um acordo para harmonização de práticas contábeis.
A partir do ano de 2.005 as IFRS-International Financial Reporting 
Standards(Normas Internacionais de Contabilidade) serão obrigatórias para as 
empresas listadas em Bolsa de Valores de 70 países.
b)Nacional 
O Conselho Federal de Contabilidade, considerando a crescente importância 
da internacionalização das normas contábeis criou o Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis(CPC) através da Resolução nº 1.055/05 de 
24/10/05. O Comitê tem por objetivo o estudo, o preparo e a emissão de 
Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a 
divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas 
pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do 
seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da 
contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.
Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638/07, que altera, 
revoga e introduz novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações.
(Lei nº 6404/76, de 15 de dezembro de 1976).
A Lei nº 11.638/07 produziu alterações específicas, pontuais e de aplicação 
imediata no exercício de 2.008, em linha com os padrões contábeis 
internacionais.
Em 27/05/2009, foi sancionada a Lei nº 11.941, que altera e introduz novos 
dispositivos à Lei das Sociedades por Ações(Lei nº6404/76, de 15/12/76).
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2.PRINCIPAIS ORGANISMOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS 
VOLTADOS À PESQUISA E NORMATIZAÇÃO CONTÁBIL
a)NACIONAIS
-CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE-CFC : É uma autarquia de 
caráter corporativo, sem vínculo com a Administração pública do Brasil, instituído 
pelo Decreto-lei 9.295/46 , com o intuito de orientar, normatizar e fiscalizar o 
exercício da profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de 
Contabilidade-CRC.
Atribui-se desde 1983 a função de organização de uma doutrina oficial contábil 
brasileira, cujo conjunto denomina de Normas Brasileiras de Contabilidade, 
aprovadas periodicamente por Resoluções.
 
-COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS-CVM: Autarquia vinculada ao 
Ministério da Fazenda do Brasil, instituída pela Lei 6.385 de 07/12/1976, para 
desenvolver, disciplinar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários(mercado de 
ações).
-COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS-CPC: È um órgão 
autônomo , criado pela Resolução CFC nº 1.055/05. Tem como objetivo “ o estudo, o 
preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de 
Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão 
de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralizaçãoe 
uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a 
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”.
b)INTERNACIONAIS
-FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD(FASB)
(JUNTA DE NORMAS DE CONTABILIDADE FINANCEIRA)
Criado em junho de 1973, caracteriza-se por ser uma entidade independente, 
cujos membros componentes devem ser totalmente desvinculados do mercado 
de capitais. Todavia, historicamente a maioria dos membros do conselho foi 
anteriormente auditores, funcionários de grandes corporações mundiais, 
servidores governamentais e membros da academia, porque, para o 
desempenho dessa função, é exigido conhecimento. Tem como objetivo 
determinar e aperfeiçoar os procedimentos, conceitos e normas contábeis.
-INTERNACIONAL ACCOUNTING STANDARDS COMMITTEE(IASC)
(COMITÊ DE PADRÕES DE CONTABILIDADE INTERNACIONAL)
Foi constituído no ano de 1973 através de um acordo feito entre organismos 
profissionais de Contabilidade da Austrália, Canadá, França, Alemanha, 
Japão, México, Países Baixos, Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos. Os 
membros do IASC incluíram todas as entidades de profissionais contábeis que 
são membros da Federação Internacional de Contadores-IFAC.
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Canto da Fabril/Centro  3082.3260 9 www.cursomaximus.com.br
Em maio de 2000, uma nova constituição, em termos de estrutura 
organizacional ,foi aprovada; nela o IASC foi estabelecido como uma entidade 
independente, comandada por 19 curadores(trustees).
Os objetivos do IASC são: a) desenvolver, no interesse público, um conjunto 
único de normas contábeis globais de alta qualidade, que exigem informações 
transparentes e comparáveis nas demonstrações financeiras, para auxiliar os 
participantes nos mercados de capitais e outros usuários na tomada de decisões
econômicas; b)promover o uso e aplicação dessas normas;c) promover a 
convergência entre as normas contábeis locais e as normas internacionais de 
contabilidade.
-SECURITIES AND EXCHANGE COMISSION
(COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS E CÂMBIO)
É a Comissão de valores mobiliários norte-americana responsável pela 
regulamentação do mercado americano de capitais e definição dos métodos 
aplicáveis à preparação de demonstrações contábeis e relatórios periódicos 
obrigatórios para as companhias abertas. Tem objetivo principal de assegurar 
aos investidores, principalmente minoritários, acesso a informações corretas e 
completas necessárias à tomada de decisão.A SEC reconhece os 
pronunciamentos do FASB como sendo de uso obrigatório.
3.PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE
Para o desenvolvimento de qualquer atividade profissional precisamos 
conhecer com antecedência quais são as regras adotadas par a sua execução, 
caso contrário teremos dificuldades para desempenhá-la.
Isso também ocorre na atividade contábil. Dessa forma, podemos estabelecer 
que os Princípios Fundamentais de Contabilidade, representam verdades 
primeiras da ciência contábil brasileira e, portanto, fundamentam a execução 
dos trabalhos contábeis. A utilização desses princípios pelos contadores visa 
garantir que a escrituração e, por conseqüência, as demonstrações contábeis, 
de qualquer entidade, reflitam de maneira adequada a sua situação patrimonial, 
financeira e econômica em determinado momento. Dessa forma, os vários 
usuários da contabilidade podem tomar as suas decisões com segurança. 
Em praticamente todos os países existem princípios de contabilidade. Em 
bases gerais, alguns deles são universais, o que muda de país para país é o 
nome dado ao princípio e/ou à forma de sua aplicação.
1)A Resolução nº 750, de 29 de dezembro de 1993, do CFC determinou a 
observância pela profissão contábil brasileira dos seguintes Princípios 
Fundamentais da Contabilidade:
-PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Esse princípio reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma
a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade de se diferenciar o patrimônio 
da empresa do patrimônio dos sócios, acionistas ou proprietários da empresa. 
Em outras palavras, o entendimento é o de que a contabilidade deve ser 
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executada e mantida para qualquer tipo de entidade como pessoa 
completamente distinta da pessoa física(ou jurídica) dos sócios ou acionistas.
O importante para caracterizar bem o princípio é que, para todos os efeitos, o 
patrimônio de uma entidade não se confunde com o de outra, os patrimônios 
dos sócios não se confundem com o da empresa.
-PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Continuidade para a Contabilidade, é a premissa de que uma entidade, ao que 
tudo indica, irá operar por um período de tempo relativamente longo no futuro, 
ou seja, a empresa nasce sem prazo preestabelecido para encerramento das 
atividades e esta premissa somente é abandonada quando um histórico de 
prejuízos persistentes e a perda de substância econômica e de competitividade 
de mercado e mesmo o fim jurídico da sociedade justifiquem o fato de a 
Contabilidade sinalizarem para que aquela entidade esteja prestes a um 
descontinuidade.
O sentido da continuidade é considerar o empreendimento como em 
andamento até forte evidência em contrário.
“Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por 
um longo período de tempo(indeterminado) até que surjam fortes evidências, 
econômicas ou jurídicas, em contrário”
-PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
O Princípio da Oportunidade enfatiza a necessidade de apreensão, registro e 
relato de todas as variações no patrimônio de uma entidade, no momento em 
elas ocorrerem.Assim as modificações de elementos patrimoniais devem ser 
contempladas mesmo nahipótese de somente existir razoável certeza de sua 
ocorrência.
A preocupação básica é que devem estar reconhecidas nos registros contábeis 
todas as variações patrimoniais de uma entidade, para que as informações 
contábeis espelhem com fidedignidade a situação do patrimônio em 
determinado período. Advém daí a necessidade da utilização de documentação 
hábil e comprobatória de todas as transações.O Princípio da Oportunidade tem 
relação direta com os conceitos de integridade-necessidade de que as variações 
patrimoniais sejam reconhecidas em sua totalidade- e tempestividade- registro 
das variações no momento em que ocorrerem.
-PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Os elementos patrimoniais devem ser registrados pela contabilidade por seus 
valores originais, expressos em moeda corrente do país. Assim, os registros da 
contabilidade são efetuados com embasamento no valor de aquisição do bem 
ou pelo custo de fabricação, incluindo-se, ainda, todos os gastos necessários 
para colocar o bem em condições de gerar benefícios presentes ou futuros 
para a empresa: caso ela efetue transações em moeda estrangeira, estas devem 
ser transformadas em moeda nacional no momento do seu registro na 
contabilidade.
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Podemos inferir que o Princípio do Registro pelo Valor Original está 
intimamente ligado ao Princípio da continuidade, haja vista que não interessa, 
no caso de uma empresa com andamento normal de suas operações, valores de 
realização(valores de saída ou mercado) para seus bens e direitos, mas sim 
valores de entrada(valores de compra ou custo).
-PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Refere-se ao ajuste dos valores dos componentes patrimoniais, devido à perda 
do poder aquisitivo em um ambiente inflacionário. Portanto, a atualização 
monetária não representa uma avaliação e sim apenas um ajuste dos valores 
originais, mediante aplicação de indicadores oficiais, que reflitam a variação 
do poder aquisitivo da moeda.
A Aplicação do Princípio da Atualização Monetária ficou prejudicada desde a 
publicação da Lei nº 9.249/95, que revogou a correção monetária das 
demonstrações financeiras.
-PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIAEsse princípio está ligado ao registro de todas as receitas e despesas de acordo 
com o fato gerador, no período de competência, independentemente de terem 
sido recebidas(receitas) ou pagas (despesas). Assim, é fácil observar que o 
Princípio da Competência não está relacionado aos recebimentos ou 
pagamentos, mas ao reconhecimento das receitas geradas(realização) e das 
despesas incorridas em determinado período.
A Receita é reconhecida no período contábil em que foi gerada. O fato 
gerador, normalmente, é identificado quando os bens e serviços são 
transferidos aos compradores em troca de dinheiro(receita a vista), de direitos 
a receber(receita a prazo).
Confrontação das Despesas; no momento em que reconhecemos a Receita, 
associamo-la com a Despesa sacrificada para obter aquela Receita. Deste 
confronto, obteremos o resultado do exercício.
-PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o Patrimônio Liquido.
O Princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor 
patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis 
diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
A aplicação do Princípio da Prudência ganha ênfase quando, para definição 
dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas 
que envolvem incertezas de grau variável.
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2)Princípios Fundamentais de Contabilidade conforme Estrutura Básica 
da Contabilidade, não definidos pela Resolução do Conselho Federal de 
Contabilidade: 
-OBJETIVIDADE
Para que não haja distorções nas informações contábeis, o contador deverá 
escolher, entre vários procedimentos, o mais adequado para descrever um 
evento contábil.
Um dos aspectos quase sempre abordado é que os registros contábeis deverão 
ter
Suporte, sempre que possível, em documentação gerada nas transações ou 
evidência que possibilite a avaliação.
Numa situação em que não haja documento para suporte de contabilização, 
poder--se-iam convocar peritos em avaliação que, através de laudos, 
forneceriam um valor objetivo para o contador desenvolver, de maneira 
imparcial, a sua contabilidade.
É importante a impessoalidade do contador que, quanto mais objetivo for, 
mais imparciais serão aqueles informes.
-CONSISTÊNCIA
Uma vez adotado certo critério contábil, dentro de vários igualmente 
relevantes, ele não deverá ser mudado, de ano para ano(ou constantemente), 
porque, em assim o fazendo, estaríamos impossibilitando a comparação dos 
relatórios contábeis(no decorrer do tempo).
Isso não quer dizer que, se condições supervenientes induzirem a mudar de 
critério, não deva ser feito. Através de evidenciação(Notas Explicativas) pelo 
menos nos relatórios contábeis, expondo a mudança de critério e suas 
implicações no lucro da empresa, a mudança será realizada.
-MATERIALIDADE
Através da materialidade definiremos o que é material (relevante) que o 
Contador deve informar em seus relatórios.
Um ângulo bastante interessante para visualizar a materialidade é a análise do 
binômio CUSTO versus BENEFÍCIO.
Há determinadas informações contábeis cujo custo, para evidenciá-las , é 
maior que o benefício que trará aos usuários daquelas informações.
Portanto, para valores irrisórios em relação ao todo, a “materialidade” 
desobriga a um tratamento mais rígido que aqueles itens de cifras relevantes.
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4.ATIVO E SUA AVALIAÇÃO
DEFINIÇÃO DE ATIVO
Ativo é o conjunto de bens e direitos à disposição da administração. São os 
itens positivos do patrimônio; trazem benefícios, proporcionam ganho para a 
empresa.
Qualidade que os bens e os direitos devem ter para serem considerados 
um ativo: a empresa deve ter a propriedade do bem ou direito, os bens ou 
direitos devem trazer benefícios presentes ou futuros para a empresa e 
também ser mensuráveis em dinheiro.
POTENCIAL DE BENEFÍCIOS
Uma empresa usa seus ativos para manter suas operações, a fim de gerar 
receitas que superem o valor dos ativos sacrificados em troca.
Em todas as aplicações existe o objetivo e a esperança imediata ou mediata de 
garantir um fluxo de caixa, no futuro.
Dinheiro é o ativo por excelência. Temporariamente, nos contentamos em ter 
ativos sob outra forma, a fim de, no futuro, termos mais dinheiro, que é, em 
última análise , o que interessa aos acionistas.
Ativo, portanto, pode ser conceituado como algo que possui um potencial de 
serviços em seu bojo, para a entidade, capaz, direta ou indiretamente, imediata 
ou no futuro, de gerar fluxos de caixa.
ATIVO NA CONTINUIDADE
A empresa não mantém os ativos, no estado em que se encontram para serem 
vendidos (com exceção dos produtos e mercadorias), na continuidade das 
operações, mas para, em conjunto com outros ativos, com o trabalho e a 
operosidade da força de trabalho da empresa, tudo fluidificado pela 
organização empresarial, gerar fluxos líquidos positivos de caixa.
AVALIAÇÃO DO ATIVO
Em função do Princípio da Continuidade, os ativos são normalmente avaliados 
por algum tipo de valor de custo(valor de entrada), considerados mais 
adequados do que valores de saída como base geral de avaliação. Nesse 
sentido, existem alguns critérios, a saber:
1.CUSTO HISTÓRICO ORIGINAL: Trata-se do valor original da transação, 
isto é, o preço pelo qual foi adquirido o ativo. O custo histórico apresenta uma 
vantagem que é a sua objetividade.
Há situações em que este ativo perde substância econômica, independentemente 
de possíveis variações no poder aquisitivo da moeda, ou nos casos de variação, 
sua avaliação acaba ficando defasada.
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2.CUSTO HISTÓRICO CORRIGIDO: Trata-se de corrigir o custo histórico 
original por algum índice que reflita a variação do poder aquisitivo médio da 
moeda.
Esta forma de valor de entrada, conquanto do ponto de vista puramente 
gerencial, interno à empresa, não seja a ideal, é a que melhor consegue, 
principalmente para finalidades de informação a usuários externos, atentar, ao 
mesmo tempo, para as seguintes condições, mormente em países com altas taxas 
inflacionárias: objetividade, relevância da informação, custo relativamente baixo 
do processo de correção, favorecendo a comparabilidade de: balanços da mesma 
empresa em exercícios diferentes; b)balanços de empresas diversas no mesmo 
exercício;c)balanços de empresas diversas em diferentes exercícios.
Assim , por estas vantagens, é a forma geral preferida de avaliação de ativos nos 
países com altas taxas inflacionárias e onde existe uma tendência de os preços 
individuais de cada ativo não se afastarem muito da variação média da perda do 
poder aquisitivo da moeda.
3.CUSTO DE REPOSIÇÃO
Custo de Reposição pode ter várias conceituações, dependendo da data na qual 
pensamos em fazer a reposição de um ativo por outro em estado de novo.
O custo de reposição:
 Leva em consideração a flutuação específica dos preços;
 Permite que se tenha uma idéia aproximada de quanto seria preciso 
investir para montar uma empresa”fisicamente” equivalente;
 Permite uma separação no lucro bruto, na DRE, da parcela que se refere 
puramente a fatores de variação do preço específico do ativo daquela 
puramente operacional.
5-PASSIVO E SUA MENSURAÇÃO
EXIGIBILIDADES
Exigibilidades significa uma obrigação da empresa no momento da avaliação. Esta 
pode ser legalmente executável em caso de não pagamento. Decorre normalmente de 
práticas comerciais usuais.
O reconhecimento de uma exigibilidade depende do reconhecimento do outro lado da 
transação – a incorrênciade uma despesa, o reconhecimento de uma perda ou do 
recebimento por parte da empresa de um ativo específico.
É importante distinguir-se obrigação presente e comprometimento futuro. Assim se 
uma empresa decide adquirir ativos no futuro, não há porque surgir uma exigibilidade 
agora. Esta somente surge quando o ativo for entregue. As exigibilidades surgem em 
decorrência de transações já ocorridas(no passado). Existem, todavia, exigibilidades 
que somente podem ser mensuradas utilizando-se certo grau de estimativa. É o caso 
das denominadas provisões.
-Exigível Oneroso e não oneroso
É aquele que está custando mensalmente à empresa como juros e encargos bancários 
decorrentes de empréstimos, financiamentos, etc.
As obrigações que não exigem pagamento de encargos financeiros são denominadas 
de passivo não oneroso. É o caso de salários, fornecedores, contas a pagar, etc.
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-Exigível Fixo e Variável
O exigível fixo se caracteriza por não variar em função do volume de vendas da 
empresa: aluguéis, por exemplo. Já o variável guarda certa relação com o volume de 
vendas: ICMS a recolher, Fornecedores, etc.
6.PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O montante do Patrimônio Líquido que aparece nas Demonstrações Contábeis 
depende da avaliação e mensuração de ativos e passivos(exigibilidades).
As teorias existentes sobre o patrimônio líquido são:
-Teoria do Proprietário
Aplica-se principalmente nas empresas de menor vulto em que há um quotista 
absolutamente predominante (teoria do controle predominante). Nesse caso o 
Patrimônio Líquido que resulta da diferença entre ativo e passivo, pertence ao 
proprietário.
-Teoria da Entidade
Por essa teoria, o patrimônio dos acionistas ou quotistas, tanto pessoas físicas como 
jurídicas, não se confunde com o patrimônio líquido da entidade. Por esse motivo, o 
lucro líquido apurado no final do exercício não pode ser sumariamente distribuído aos 
acionistas, cabendo decisão da assembléia. Mesmo assim, devem ser deduzidas as 
reservas legais e estatutárias.
-Teoria dos Fundos
De acordo com esta teoria, o ativo resulta da soma das aplicações que foram 
efetuadas graças a utilização de recursos obtidos junto a terceiros e de capitais 
próprios. Nesse caso a representação da equação patrimonial é: Aplicações = Fontes.
-Teoria do Comando
De acordo com esta teoria, os administradores podem comandar somente aquela 
parcela do patrimônio que pode ser movimentada mediante uma simples orientação 
da administração profissional, que não necessite autorização expressa de acionistas ou 
conselho de administração.
-Manutenção do Patrimônio Líquido
É desejo de toda administração, manter a integridade do poder aquisitivo do 
patrimônio líquido da entidade. Na realidade, o que se espera é que o patrimônio 
líquido final seja igual ao inicial multiplicado por (1+p) x (1+i), onde p é a taxa de 
inflação e i é a taxa desejada de retorno.
7.RECEITAS, DESPESAS, PERDAS E GANHOS
RECEITAS
Segundo Iudícibus e Marion, define receita como:
“O acréscimo de benefícios econômicos durante o período contábil na forma de 
entrada de ativos ou decréscimos de exigibilidades e que redunda num acréscimo do 
patrimônio líquido, outro que não o relacionado a ajustes de capital..”
Uma receita resulta direta (no caso de operacional como vendas) ou indiretamente (no 
caso de receitas não operacionais), da atividade da empresa na geração de produtos 
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ou serviços úteis ao mercado. Significa que não haveria receita operacional se a 
empresa não tivesse capacidade de gerar ou produzir, utilizando seus recursos (e 
incorrendo em despesas), produtos ou serviços aceitos pelo mercado. Com isso pode-
se dizer que Receita é fluxo de produtos ou serviços durante um determinado período 
contábil. 
O efeito no patrimônio, é de provocar aumento de ativo(ou diminuição de passivo), 
resultando em aumento do patrimônio líquido.
Como se sabe que reconhecer uma receita não exige necessariamente que o produto 
ou serviço tenha sido completamente transferido, embora seja a situação mais 
comum, insiste-se em dizer que a receita é o resultado da aceitação pelo mercado do 
esforço de produção da empresa.
GANHOS
 São representados por itens denominados de não recorrentes(não repetitivos) que no 
entanto têm o mesmo efeito sobre o patrimônio líquido, sendo tanto oriundos da 
atividade normal da empresa ou não, diferentemente da receita que decorre da 
atividade normal.
É útil reconhecer-se na Demonstração de Resultados os ganhos em forma separada, 
pois este conhecimento pode ser interessante para decisões econômicas. Às vezes os 
ganhos são apresentados líquidos de suas despesas relacionadas.
Exemplos:
a) Vendas e baixas de bens do ativo imobilizado;
b) Ganhos financeiramente ainda não realizados; ações avaliadas ao preço de 
mercado, acréscimos no valor de investimentos avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial.
DESPESAS
Normalmente conceitua-se despesa como o sacrifício de ativos realizado para 
obtenção de Receitas.
Muitas vezes esses sacrifícios ocorrem em função de e diretamente atribuíveis à 
obtenção de receita específica. Exemplo: despesas de materiais na execução de 
serviços de reparos de televisores em empresa que se dedique a esta atividade. O 
mesmo pode-se dizer em relação aos salários do pessoal diretamente relacionado aos 
serviços de conserto.
Sempre que não for possível identificar os períodos ou as receitas futuras conectadas 
a gastos realizados, estes devem ser lançados como Despesa do período.
PERDAS
A definição de despesa inclui as perdas. Estas, incluem itens que também impactam 
ativo e patrimônio líquido da mesma forma como as despesas, podendo surgir no 
curso da atividade normal da empresa. Normalmente são imprevisíveis. 
As perdas incluem itens como desastres, inundações, fogo, etc., ou desincorporação 
de ativos imobilizados. As perdas também podem incluir as não realizadas como, por 
exemplo, um acréscimo anormal na taxa de câmbio de uma moeda estrangeira quando 
a empresa tem empréstimo naquela moeda. 
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8.EVIDENCIAÇÃO (DISCLOSURE) E OS OBJETIVOS DA
CONTABILIDADE
INTRODUÇÃO
O termo evidenciação está associado a outros campos de conhecimento 
como, por exemplo, teoria da comunicação, teoria geral de sistemas, etc. 
Num sentido amplo significa o ato de fornecer informações. Na área 
contábil é utilizado num sentido mais restrito, referindo-se a divulgação de 
informações a respeito das atividades de uma entidade, através de 
relatórios contábeis.
O processo de evidenciação de informações, bem como a determinação de sua natureza 
e extensão, estão relacionados com a forma em que são estabelecidos os princípios e 
práticas contábeis, que têm como fatores essenciais a estrutura e desenvolvimento 
econômico, político e social.
. 
Com relação aos objetivos da contabilidade, até pouco tempo atrás dava-se ênfase ao 
registro e mensuração, enquanto que mais recentemente se enfatiza o processo de 
comunicação de informações aos usuários, visando atingir suas necessidades.
O Conselho Federal de Contabilidade, através das Normas Brasileiras de Contabilidade 
recolhe essa visão quando menciona que “as informações geradas pela contabilidade 
devem oferecer aos usuários segurança nas suas decisões, pela compreensão do estado 
em que se encontra a entidade, seu desempenho, evolução, riscos e oportunidades que 
oferece”.
Em pronunciamento emitido em março/88 o Grupo Intergovernamental de Trabalho da 
Comissão de Empresas Transnacionais da Organização das Nações Unidas (ONU), 
considera que “o objetivo primordial das demonstrações contábeis de uma empresa 
transnacional é revelar informações de caráter financeiro e não financeiro,sobre suas 
operações, recursos e obrigações, que sejam úteis às pessoas que exercer algum tipo de 
controle sobre a empresa ou participem da tomada de decisões econômicas e sociais a 
ela relacionadas”.
-Características da informação contábil
Para a Comissão de Empresas Transnacionais da ONU, as características da informação 
contábil (útil) são:
a) Pertinência – se a informação é capaz de influir sobre uma decisão, ela deve ser 
evidenciada mesmo que não tenha uma utilizada imediata;
b) Oportunidade – a informação contábil deve estar disponível ao usuário no 
momento em que este a necessita;
c) Comparabilidade – a informação contábil deve permitir que os usuários possam 
efetuar análises temporais e entre empresas distintas;
d) Confiabilidade – a informação contábil deve reunir os atributos de fidelidade de 
apresentação, neutralidade/honestidade, prudência e capacidade de verificação;
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e) Inteligibilidade – a informação contábil deve ser compreendida com garantia pelo 
usuário o que implica que seja expressa de maneira não ambígua.
- Relacionamento entre evidenciação e Princípios contábeis
A evidenciação tem relação com o Princípio da Materialidade na medida em que esta 
delimita as informações quantitativas e qualitativas a serem evidenciadas. Para 
Iudícibus, apud Aquino e Santana (1992), qualquer informação é material quando sua 
omissão nas demonstrações ou notas de evidenciação, levar o usuário a fazer um 
julgamento equivocado sobre a situação da entidade, especialmente no estabelecimento 
de tendências.
A evidenciação também está relacionada com o princípio da Objetividade, 
uma vez que as informações a serem divulgadas devem ser objetivas. Isso 
não impede que outras informações decorrentes de avaliações não tão 
objetivas, não possam ser divulgadas (goodwill formado nas empresas, 
valor de reposição, projeção de resultado, etc.).
A evidenciação também está ligada ao Princípio da Consistência a qual prevê que sejam 
adotados critérios uniformes ao longo do tempo, para que os usuários possam delinear a 
tendência da entidade sem grandes dificuldades.
É importante destacar que a contabilidade não deve estar limitada à produção e 
evidenciação de informações apenas de natureza financeira. Modernamente há uma 
tendência à evidenciação de outras informações como as destinadas à prestação de 
contas para a sociedade.
-Formas de evidenciação
As formas mais utilizados de evidenciação são:
a) Forma e Disposição das Informações das Demonstrações Contábeis
As demonstrações contábeis são as que proporcionam a maior quantidade de 
evidenciação. O corpo das demonstrações contábeis formais deve apresentar, na medida 
do possível, as informações mais relevantes sobre as atividades da entidade.
b) Informações em Parênteses
No próprio corpo das demonstrações podem ser apresentadas informações 
suplementares através de explicações em parênteses.
 Exemplo: Estoque (avaliados pelo preço médio ponderado variável) R$ mil 
10.000
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c) Notas Explicativas
Provavelmente é a forma mais conhecida de evidenciação. Normalmente deveriam 
evidenciar informações quantitativas e qualitativas, cuja inclusão no corpo das 
demonstrações contábeis poderia prejudicar sua clareza. 
São utilizadas para descrever práticas contábeis adotadas pela entidade, composição, 
detalhamento e informações adicionais sobre determinadas contas, restrições em relação 
ao uso de ativos, garantias oferecidas a terceiros, obrigações potenciais, etc. 
Um exemplo de nota explicativa pode ser a relativa a evidenciação quanto a forma de 
avaliação do estoque, determinação de seu custo e seu valor de mercado.
 Estoques (nota 1) R$ 3.100.000
Nota 1 – Os estoques foram avaliados pelo preço de custo ou mercado, dos dois o 
menor. O custo é determinado pelo método do preço médio ponderado variável e o 
valor de mercado é calculado com base no valor líquido de realização. O valor de 
mercado dos estoques é de R$ 3.700.000.
Hendriksen (1982), apresenta algumas vantagens e desvantagens das notas explicativas:
a) Vantagens: apresentação de informação não quantitativa como parte 
integrante das demonstrações contábeis; evidenciação das qualificações e 
restrições para determinados itens nas demonstrações; evidenciação de um 
maior número de detalhes do que se poderia apresentar nas demonstrações,
etc.
b) Desvantagens: dificuldade e desestímulo à leitura dos relatórios contábeis; 
maior dificuldade na utilização das descrições textuais nas tomadas de 
decisões, do que na utilização de dados quantitativos resumidos nas 
demonstrações contábeis; perigo de abuso na sua utilização ao invés de 
adequado desenvolvimento de princípios que incorporariam novas relações e 
eventos nas próprias demonstrações contábeis.
A CVM requer as seguintes informações nas notas explicativas das sociedades de 
capital aberto:
a) valor de mercado de alguns ativos (estoques, investimentos temporários, 
etc.);
b) natureza, destinação, valor e prazo das subvenções e subsídios 
governamentais recebidos;
c) natureza e montante das operações descontinuadas e dos eventos e transações 
não-operacionais e extraordinárias;
d) natureza e efeitos das operações de cisão, fusão e incorporação;
e) informações por segmento de negócios;
f) diferenças temporárias e permanentes entre o lucro contábil e o lucro 
tributável e montante dos prejuízos a compensar;
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g) natureza, valor e efeitos das alterações de práticas, critérios, métodos e 
estimativas contábeis e das retificações de erros de exercícios anteriores.
d) Demonstrações e quadros suplementares
As demonstrações e quadros suplementares visam a apresentação de detalhes sobre 
determinados itens das demonstrações contábeis, podendo ser agregadas informações de 
natureza qualitativa.
Por exemplo, as contas a receber podem estar constando de forma agrupada no balanço 
patrimonial, apresentando-se à parte um quadro detalhando sua composição.
 Balanço Patrimonial
 Contas a Receber (quadro 1) $ 5.100.000
 Quadro Suplementar
 Quadro 1
Contas a Receber em $ 1,00
 Duplicatas de Clientes 2.800.000
 Créditos contra Acionistas 1.600.000
 Adiantamentos a Fornecedores 700.000
 5.100.000
Uma demonstração que poderia aparecer aqui é a Demonstração do Valor 
Adicionado, que se trata de um relatório contábil que evidencia a riqueza 
gerada pela entidade e sua respectiva distribuição. Esta demonstração será 
examinada quando for estudado o tema “Balanço Social”.
 
e) Relatório da Diretoria ou dos Administradores
Normalmente o relatório da diretoria fornece informações de caráter não financeiro e 
que se referem às atividades desenvolvidas pela entidade, relatando os principais fatos 
que afetaram o resultado do período e as expectativas da entidade em relação ao futuro. 
Fundamentalmente é de natureza descritiva permitindo a utilização de linguagem menos 
técnica, o que facilita o entendimento dos usuários. 
Através da Lei 6404/76 das S/A, tornou-se obrigatória a elaboração e publicação desse 
relatório juntamente com as demonstrações contábeis.
Para a CVM, o relatório da diretoria ou administradores, é um “elemento poderoso de 
comunicação entre a companhia, seus acionistas e a comunidade em que está inserida..... 
deve ser redigido com simplicidade de linguagem para ser acessível ao maior número de 
leitores”.
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Esta entidade considera importante as seguintes informações:
a) Descrição dos negócios, produtos e serviços: histórico das vendas físicas 
dos últimos dois anos e vendas em moeda valores monetários e, quando 
relevante, descrição e análise por segmento ou linha de produto.
b) Comentários sobre a conjuntura econômica geral: concorrência no 
mercado, atos governamentais e outros fatores exógenos relevantes para o 
desempenho da companhia.
c) Recursos humanos: número de empregados no término dos dois últimos 
exercícios e “turnover” nos dois últimos anos, segmentação da mão-de-
obra segundo a localização geográfica, nível educacional, investimentos 
em treinamento, fundo de seguridade e outros planos sociais.
d) Investimentos: descrição dos principais investimentos realizados, objetivo, 
montante e origem dos recursos alocados.
e) Pesquisa e desenvolvimento: descrição sucinta dos projetos, recursos 
alocados, montantes aplicados e situação dos projetos.
f) Novos produtos e serviços: descrição dos novos produtos, serviços e 
expectativas a eles relacionadas.
g) Proteção ao meio ambiente: descrição e objetivos dos investimentos 
efetuados e montante aplicado.
h) Reformulações administrativas: descrição das mudanças administrativas, 
reorganizações societárias e programas de racionalização.
i) Investimentos em controladas e coligadas: indicação dos investimentos 
efetuados e objetivos pretendidos com as inversões.
j) Direitos dos acionistas e dados do mercado: políticas relativas a 
distribuição de direitos, desdobramentos e grupamentos, valor patrimonial 
das ações, negociação e cotação das ações em Bolsa de Valores.
k) Perspectivas e planos para o exercício em curso e futuros: poderá ser 
divulgada a expectativa da administração quanto ao exercício em curso, 
baseada em premissas e fundamentos explicitamente colocados, sendo que 
esta informação não se confunde com projeções por não ser quantificada.
A ONU, muito embora não tenha determinado um modelo de relatório, divide as 
informações a serem prestadas em três tipos:
a) Análise corporativa: estratégia corporativa, eventos externos incomuns, 
compra e/ou venda de ativos significativos, recursos humanos (inclusive 
demonstração do valor adicionado), responsabilidade social e proteção ao 
meio ambiente, atividades de pesquisa e desenvolvimento, programas de 
investimentos e projeções futuras.
b) Análise setorial: informações por segmento de negócios, abrangendo 
também operações internacionais ou por áreas geográficas.
c) Análise financeira: comentários sobre os resultados operacionais, inclusive 
sobre efeitos significativos ocasionados por fatores internos ou externos.
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f) Comentários dos Auditores
Constituem uma fonte adicional de evidenciação, na medida em que informam a 
respeito de: efeitos relevantes de mudanças nos métodos contábeis da companhia; 
utilização de prática contábil diferente das geralmente aceitas; diferenças de opinião 
entre a empresa e a auditoria quanto à adequação de determinado método contábil.
Os princípios contábeis norte-americanos (United States Generally Accepted 
Accounting Principles (US-GAAP), no tocante à evidenciação, mencionam que devem 
ser explicitadas, no grupos de normas gerais:
- informações básicas sobre a companhia;
- políticas contábeis;
- mudanças contábeis;
- correção de erros;
- partes relacionadas;
- contingências;
- riscos e incertezas;
- transações não monetárias
- eventos subseqüentes
O Comitê Internacional de Normas Contábeis (International Accounting 
Standards Commitee (IASC), requer as seguintes evidenciações no grupo 
de normas gerais:
- informações básicas sobre a companhia;
- políticas contábeis;
- mudanças contábeis;
- correção de erros;
- partes relacionadas;
- provisões, passivos contingentes e ativos contingentes;
- eventos subseqüentes
No tocante aos procedimentos de evidenciação no Brasil, estes são 
definidos pela Lei nº 6404/76, pela CVM, pelo CFC e pelo IBRACON.
O grupo de normas gerais prevê a estruturação sob os seguintes títulos:
- orientações gerais;
- políticas contábeis;
- mudanças contábeis;
- partes relacionadas;
- contingências e compromissos;
- eventos subseqüentes
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9.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E PASSIVO CONFORME A LEI 
DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
-Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis
Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os 
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no 
balanço patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção de 
uma base específica de mensuração.
Diversas bases de mensuração são empregadas em diferentes graus e em variadas 
combinações nas demonstrações contábeis. Essas bases incluem o seguinte:
a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em 
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para 
adquiri-los na data da aquisição, podendo ou não ser atualizados pela variação na 
capacidade geral de compra da moeda. Os passivos são registrados pelos valores dos 
recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (por 
exemplo, imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que serão 
necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações, podendo também, 
em certas circunstâncias, ser atualizados monetariamente.
b)Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos 
na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa,não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação 
na data do balanço.
c)Valor realizável(valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos 
valores em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela venda numa 
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é , 
pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam 
pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da 
entidade. 
d)Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, do fluxo 
futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal 
das operações da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, 
do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o 
passivo no curso normal das operações da entidade.
A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na preparação de suas 
demonstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras 
bases de avaliação. Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor 
entre o custo e o valor líquido de realização, os títulos e ações negociáveis podem em 
determinadas circunstâncias ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes 
de pensões são mantidos pelo valor presente de tais benefícios no futuro.Além disso, em 
algumas circunstâncias entidades usam a base de custo corrente como uma resposta à 
incapacidade do modelo contábil de custo histórico enfrentar os efeitos das mudanças de 
preços dos ativos não-monetários.
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-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO
Art. 183:
Este dispositivo tem como função legal a determinação dos critérios de avaliação das 
contas do Ativo.
1) as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e 
títulos de créditos, classificadosno ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a)pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para venda;
b)pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições 
legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, 
no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;
2)Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da 
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em 
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo 
ao valor de mercado, quando este for inferior;
3)os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o 
disposto nos artigos 248 a 250 , pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para 
perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada 
como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para 
a companhia, de ações ou quotas bonificadas;
4)Os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender 
às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição 
ao valor de mercado, quando este for inferior;
5)Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo 
da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;
6)Os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do 
saldo da respectiva conta de amortização;
7)Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a 
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
Considera-se valor justo:
a)das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser 
repostos, mediante compra no mercado;
b)dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização, mediante 
venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e 
a margem de lucro;
c)dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros;
d)dos instrumentos financeiros, o valor pelo que se pode obter em um mercado ativo, 
decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e , na 
ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro:
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro 
instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;
2)o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de 
natureza, prazo e risco similares; ou
3)o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de 
instrumentos financeiros.
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-A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será 
 registrada periodicamente nas contas de: 
a)depreciação, quando corresponder à perda de valor dos direitos que têm por objeto 
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou 
obsolescência;
b)amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição 
de direitos de propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou 
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal 
ou contratualmente limitado;
c)exaustão, quando corresponder à perda do valor , decorrente da sua exploração, de 
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa 
exploração.
-A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos 
valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
I- registradas as perdas de valor do capital aplicado quando hover decisão de 
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando 
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse 
valor; ou
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil 
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO
Art. 184:
Este dispositivo tem como função legal a determinação dos critérios de avaliação das contas do 
passivo.
I- as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis , inclusive Imposto de Renda a 
pagar com base no resultado do exercício , serão computados pelo valor atualizado até a data do 
balanço;
II- as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial serão convertidas em 
moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;
III- as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão 
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
 
- O -
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10.BIBLIOGRAFIA
AQUINO, Wagner de & SANTANA, Antonio Carlos de. Evidenciação. Caderno de 
Estudos. FIPECAFI/ FEA-USP, nº 5, jun92, pp. 15-73
FIPECAFI/ARTHUR ANDERSEN. Normas e práticas contábeis. 2 ed. São Paulo: 
Atlas, 1994.
HENDRIKSEN, Eldon S. Accounting Theory, Richard D. Irwin Inc, 1982.
IBRACON. Princípios contábeis. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1994.
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Lei nº 11.638 , de 28 de dezembro de 2007
Lei nº 11.941 , de 27 de maio de 2009
ONU – Relatórios da Comissão das Empresas Transnacionais (1988-1989).
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.
IUDÍCIBUS, Sérgio de e MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da 
Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
NAGATSUKA, Divane Alves da Silva e TELES, Egberto Lucena. Manual de 
Contabilidade Introdutória. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

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