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1 Técnicas radiográficas extra orais O filme não é colocado dentro da cavidade oral do paciente, mas sim posicionado em relação à região craniofacial (ao lado, à frente, atras, no topo...) e os filmes são muito maiores pois a região a ser radiografada é muito maior. Tem uma maior abrangência e visualização de estruturas e burla a limitação das técnicas intra orais O primeiro passo para realizar uma técnica extra oral é seleciona- la: qual seu objetivo de diagnóstico? E assim escolher. De maneira geral, podemos escolher de acordo com o que queremos visualizar: • Corpos estranho, dentes inclusos, raízes residuais • Processos patológicos • Seios da face • Alterações ósseas na região de ATM • Diagnóstico e acompanhamento ortodôntico, de cirurgias ou traumatologias bucomaxilofaciais • Limitações dos pacientes – trismo, politraumatismo Aspectos característicos Comuns a todas as técnicas extraorais Podem ser realizadas com diferentes tipos de aparelhos que podem ser convencionais ou digitais ou até mesmo um tomógrafo que possui um braço que permite uma técnica radiográfica extra oral Parâmetros de exposição Distancia focal: maior pois a nossa área radiografada será maior. E assim precisamos afastar a fonte para os feixes divergentes abrangerem nosso objeto KVp, mA e tempo de exposição: os aparelhos permitem essa modificação, diferente das técnicas intraorais onde só podíamos modificar o tempo de exposição. Esses parâmetros são maiores nas técnicas extra orais pois além da área ser maior, temos muito mais tecidos mineralizados. • Esses parâmetros devem ser ajustados de acordo com o tipo de paciente (criança, jovem, adulto, mais alto, mais baixo) Filme: 20x25cm, maior e mais retangular e são filmes screen/indiretos pois utilizam o chassi+ placas intensificadoras. O filme é colocado dentro desta caixa, permite a redução da dose de radiação pois são feitas de cristais fosforescente que emitem luz e sensibilizam o filme → o filme é sensibilizado pelo raio X e pela luz emitida do fosforo e por isso é necessário menos radiação. Acessórios das técnicas extra orais Grade antidifusora: Para reduzir o efeito das radiações secundárias de véu (foggy). E essa radiação é absorvida pela grade e assim ela não chega até o filme. • Quando a grade é utilizada, precisamos aumentar a dose de radiação do paciente Receptores digitais • Direto • Semi-direto → usa a placa de fósforo e chassi sem écran, pois essa placa de fosforo não é sensível a luz de bom modo, a luz apaga a imagem Classificação das técnicas Radiografias em Norma Lateral: • Lateral da mandíbula para exame de ângulo e ramo • Lateral da mandíbula para exame de corpo • Cefalométrica (telerradiografia) Radiografia em Norma Frontal ou Póstero Anterior (P.A) • PA de crânio • PA de mandíbula • Técnica Towne reversa • PA de seio maxilar (Waters) Radiografia em Norma axial • Axial direta ou submentovértice ou técnica de Hirtz Preparo do paciente • Remoção dos objetos metálicos (tudo MESMO, piercing na sombrancelha, coisas que podiam passar nas técnicas intraorais) • Explicação da técnica 2 • Colete de chumbo (nem sempre com protetor de tireoide) Posicionamento • Plano sagital mediano • Linha cantomeatal (comissura ao canto do olho) • Plano de frnakfurt (tragos ao forame infraorbital) Projeções laterais Quando o feixe é incidido na lateral da cabeça de um paciente, atravessa e chega ao filme • Lateral obliqua do corpo da mandíbula Indicações: fraturas, corpos estranhos, dentes não erupcionados, cálculos salivares na parte mais anterior do ducto de Whartason, lesões císticas ou tumorais, técnicas alternativas quando imagens intra-bucais não puderem ser obtidas em virtude de traumatismo, náusea intensa ou quando o paciente esta inconsciente. Posicionamento do paciente: • Chassi em contato com a face do paciente e paralelo ao PSM • Lado de interesse – PM e M • PSM e Chassi a 60° com o plano horizontal • Aproximando o ápice nasal do Chassi • Cabeça inclinada para evitar superposição com o lado de interesse e o lado oposto Técnica: distancia focal de 50cm, 0,3 a 0,4s de exposição, 6 KVp, 10 mA. Canhão disposto a 0° (horizontal) • Lateral obliqua do ângulo e ramo Indicações: Avaliação da região de terceiros molares, área retromolar, ângulo da mandíbula, ramo e côndilo (fraturas, corpos estranhos, dentes não irrompidos), cálculos salivares no ducto de Wharton, lesões císticas ou tumorais, técnica alternativa quando imagens intra-bucais não puderem ser obtidas em virtude de trismo, náusea intensa ou se o paciente esta inconsciente. Parecida com a lateral obliqua do corpo, porem é mais posterior Posicionamento do paciente: Chassi em contato com a face do paciente e paralelo ao PSM, placa no local de interesse (ramo), PSM + chassi a 60° com plano horizontal, canhão mias posterior. Técnica: distancia focal de 0cm, tempo de exposição 0,3 a 0,4 s, 65 KVp e 10mA. Ponto de incidência: ângulo • Telerradiografia Indicações: diagnostico de alterações esqueléticas, avaliação do crescimento crânio-facial, comum na ortodontia e cirurgia ortognática (diagnóstico inicial e plano de tratamento, estudo das relações geométricas dento-faciais, monitoramento do tratamento). • Cefalométrica lateral Acessórios necessários para a técnica: • Cefalostato: ajuda na padronização na posição da cabeça • Filtro: visualização do perfil mole (mento, lábios) Posicionamento do paciente: Chassi paralelo ao PSM do paciente e perpendicular ao plano horizontal, PSM perpendicular ao plano horizontal, plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal, posicionado no cefalostato Técnica: distancia focal de 1,52 m, 1s de exposição, 90 KVp e 15 mA 3 Projeções frontais póstero anteriores São as (P.A) • Póstero anterior de crânio Chamada também de cefalométrica póstero-anterior Indicação: fraturas da calota craniana, investigação dos seios frontais, etmoidal, orbitas e fossa nasal, condições patológicas na região craniana, calcificações intracranianas, crescimento e desenvolvimento craniofacial, assimetrias craniofaciais, planejamento cirúrgico ortodonticos Posicionamento do paciente: Chassi a 90° ao plano horizontal e paralelo ao plano coronal, PSM perpendicular ao solo, plano de frankfurt paralelo ao solo, ápice nasal apoiadono chassi (posição naso) Técnica: distancia focal de 80cm, 1s de exposição, 70 KVp e 15 mA. Incidência a 0° • Póstero anterior de mandíbula Indicação: fraturas de mandíbulas (terço posterior do crânio, ângulo, ramo), indentificaão de lesões (cistos, tumores), alterações mandibulares e deformidades maxilofaciais Posicionamento do paciente: cahssi a 90° ao plano horizontal, PSM perpendicular ao solo, linha cantomeatal paralelo ao solo, região frontal e ápice nasal apoiados no chassi (posição fronto-nasal) • Towne reversa ou PA reversa de Towne Indicações: fraturas elevadas do pescoço do condilo, investigação das superfícies articulares do condilo, hipoplasia e hiperplasia condilar. Parecida com a PA de mandíbula mas aqui o paciente abre a boca e eu consigo avaliar o condilo Posicionamento do paciente: cahssi 90° ao plano horizontal, PSM perpendicular ao solo, linha cantomeatal paralelo ao solo, região frontal e ápice nasal apoiados no chassi, e boca aberta • Póstero anterior de seios maxilares Comumente chamada de PA de water’s Indicações: avaliação dos seios maxilares, frontal e etmoidal, detecção de fraturas do terço médio da face (Le fort I, II e II, complexo zigomático, naso etmoidal e orbital), fraturas do processo coronóide, investigação do seio esfenoidal (essa projeção deve ser realizada com o paciente de boca aberta: Waters-Waldron) Posicionamento do paciente: chassi perpendicular ao plano horizontal, linha cantomeatal a 45° do plano filme, mento apoiado no chassie ápice nasal afastado cerca de 3cm (apoio do mento) Tecnica: distancia focal de 80cm, 2s de tempo de exposição, 65KVp e 10mA 4 visualização do seio esfenoidal (circulo em vemelho) Projeção axial direta Indicações: lesões destrutivas/expansivas afetando o palato, a região pterigoide e a base do crânio, avaliação do seio esfenoidal, fraturas dos arcos zigomáticos (com fatores de exposição reduzidos), avaliação do processo coronóide e côndilo. Posicionamento do paciente: filme paralelo ao plano axial e perpendicular ao coronal e PSM. Pescoço hiperextendido posteriormente e linha cantomeatal na vertical Contraindicado para paciente politraumatizado
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