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Ascaridíase INTRODUÇÃO Espécie: Ascaris lumbrcoides A ascaridíase é uma parasitose geralmente benigna causada pelo verme Ascaris lumbricoides, também conhecido popularmente como lombriga ou bicha MORFOLOGIA São vermes longos, robustos e cilíndricos, com extremidades afiladas Verme adulto macho 20 a 30 cm Coloração branco leitosa Região anterior: presença de vestíbulo bucal ou boca, com 3 lábios, depois tem-se um esôfago robusto e o intestino Região posterior: cauda enrolada ventralmente, com 2 espículos na porção terminal com função da cópula do verme Verme adulto fêmea É maior que a 30 a 40 cm (mais grossa que o macho) Coloração é a mesma Região anterior: presença da boca com os 3 lábios, esôfago e intestino idênticos ao macho Região posterior: cauda retilínea OVO Esférico com coloração castanha devido a pigmentação do material fecal 50 μM (cerca de 200 mil por vez) Apresenta 3 camadas: externa média e interna Interior com células germinativas: larva Externa: mamilonada (resultante do material da parede uterina do verme) Média: média Interna: responsável pela proteção das células germinativas das reações adversas do meio externo Ovos mais maduros podem apresentar apenas as camadas interna e externa Ovos inférteis: são alongados e recobertos por uma camada grosseira e pigmentada, não originam larvas Ciclo biológico Os ovos podem contaminar o solo, a água ou alimentos. E assim, serem ingeridos por um hospedeiro, como o porco ou o homem. Os ovos infectantes ingeridos liberam as larvas no duodeno, no intestino delgado. Agora livres, as larvas atravessam a parede do intestino delgado e alcançam a corrente sanguínea. PATOGENIA Larvas Nos pulmões podem provocar necrose e hemorragia, devido a passagem do vaso para o alvéolo. Semelhante a síndrome de Loeffler: edema no pulmão, urticária, febre, tosse, além de bronquite, pneumonia e manifestações alérgicas Vermes adultos Ação tóxica pelo aumento da quantidade de IgE frente a antígenos parasitários Ação espoliadora, alimentando-se de proteínas, vitaminas e carboidratos do hospedeiro, que pode apresentar deficiência física e mental Ação mecânica e obstrutiva em determinados órgãos parasitados Localização errática: inflamação em olhos e ouvidos médios DIAGNÓSTICO Clínico: difícil porque os sintomas são semelhantes as outras parasitoses Laboratorial: parasitoscopia fecal EPIDEMIOLOGIA Alta prevalência no litoral brasileiro, do norte ao sul Baixa prevalência no RS FATORES RELACIONADOS COM A INCIDÊNCIA Grande produção de ovos por fêmea Presença de ovos na região peridomiciliar Grande viabilização do ovo infectante Grande quantidade de indivíduos vivendo em condições precárias de saneamento Disseminação dos ovos pela poeira e nas patas de moscas e baratas PROFILAXIA Beber somente água filtrada Lavar bem frutas e verduras antes de ingerir Construção de fossas Proteção de alimentos contra insetos Educação de infecção TRATAMENTO Tetramizole: 80 mg para crianças e 150 mg para adultos em dose única. Efeitos colaterais: náuseas, cólicas, cefaleia e vômitos Levamizole: idêntico ao anterior, contra indicado em gestantes e em pacientes transplantados (estimulante do sistema imune) Piperazina: 75 mg/dia/Kg, durante 5 a 7 dias consecutivos. Indicado nos casos de obstrução intestinal (relaxa a musculatura do verme) Mebendazol: o produto é utilizado sob forma líquida para crianças ou comprimidos para adultos. Recomenda-se a dose de 100 mg 2 vezes ao dia, durante 3 dias. Contra indicado para gestantes. Repetir a dosagem 20 dias após, pois não atua nas larvas em trânsito
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