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Exame Físico do Sistema Neurológico

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Exame Neurológico 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
A propedêutica neurológica é bastante 
complexa. Tem como objetivo estabelecer o 
exame neurológico na admissão do paciente, 
identificar disfunções presentes no sistema 
nervoso, determinar os efeitos dessas 
disfunções na vida diária do paciente e 
detectar situações de risco de vida. 
 Estado de consciência: coma, confusão 
mental, delírio, excitação psicomotora.; 
 Estado mental: orientação, atenção, 
memória, afetividade, associação de 
idéias, raciocínio, alucinação e ilusão; 
 Estado emocional: apatia, depressão, 
ansiedade e hiperemotividade; 
 
: 
Indicador mais sensível de disfunção ou 
insuficiência cerebral. O paciente possui 
conhecimento de si mesmo e do ambiente? 
Possui capacidade de reagir quando está em 
perigo ou de satisfazer suas necessidades 
biológicas e psicossociais? 
Fenômeno didaticamente dividido em: 
DESPERTAR: Estado de vigília apresentado pelo 
indivíduo. Capacidade de abrir os olhos, de 
estar acordado. Regulado pelo sistema 
reticular ativador ascendente (SRAA). 
Estrutura anatômica que se estende do bulbo 
até o tálamo, de onde partem fibras 
difusamente para o córtex de ambos os 
hemisférios cerebrais. Indicam lesão no SRAA: 
 Sonolência 
 Confusão Mental 
 Coma 
CONTEÚDO DA CONSCIÊNCIA.: Somatória das 
funções mentais cerebrais (cognitivas e 
afetivas). Estar ciente e perceber as coisas em 
 
relação ao meio externo. Depende 
exclusivamente das regiões corticais 
cerebrais. Indicam lesão no córtex cerebral: 
 Afasia: perda da deterioração da 
linguagem. 
 Agnosia: dificuldade ou incapacidade 
de resolver objetos ou sons. 
 Apraxia: alteração da atividade 
gestual. 
 
Escala de coma de Glasgow (ECGl): Utilizada 
para determinar e avaliar a profundidade e a 
duração do coma e prognosticar a evolução 
dos pacientes com ou sem trauma 
cranioencefálico. 
 Abertura ocular (AO); 
 Melhor resposta verbal (MRV); 
 Melhor resposta motora (MRM); 
Escala de Ramsey: Utiliza-se para avaliação de 
nível de sedação através da observação 
clínica. 
Exame Neurológico 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL: 
 Tátil: algodão seco, gaze ou pincel. 
 Dolorosa: alfinete ou agulha de costura 
(romba). 
 Térmica: tubo com água quente (15°C). 
SENSIBILIDADE PROFUNDA: Palestesia: 
sensação vibratória com diapasão nas 
eminências ósseas. 
 
: 
Avaliada por meio da análise das respostas 
que envolvem mecanismos de 
aprendizagem, que requerem certo grau de 
interação cortical. 
 
Variável quando há perda de consciência e 
não depende do córtex, está relacionada ao 
tronco cerebral. 
 
TOM DE VOZ NORMAL: obtendo resposta, 
avaliar nível de orientação (tempo, espaço e 
em relação a si mesmo), função cognitiva 
(memória, atenção, concentração, 
linguagem). Não obtendo resposta, aumentar 
o tom de voz. 
VOZ ALTA: (palmas, estalar dos dedos). 
Obtendo resposta, avaliar orientação e 
cognição. Não obtendo resposta, tentar o 
estímulo tátil. 
 
Leve toque no braço do paciente, chamando-
o pelo nome. Obtendo resposta, avaliar 
orientação e cognição. Não obtendo resposta, 
tentar o estímulo doloroso. 
 
 LEITO UNGUEAL: Pressão sobre as 
unhas das mãos e dos pés. 
 ESTERNO: Compressão e fricção com 
as proeminências articulares da mão 
fechada. 
 TRAPÉZIO: Compressão do músculo 
com o indicador e o polegar. 
 REGIÃO SUPRA-ORBITAL: Compressão 
da região com o polegar. 
 
 APROPRIADAS: O paciente retira o 
membro após o estímulo e/ou 
empurra a mão do examinador. Indica 
integridade de vias sensitivas e 
corticoespinhais. 
 INAPROPRIADAS: Decorticação - Indica 
lesão no córtex cerebral. 
Decerebração - Indica lesão no tronco 
cerebral. 
Exame Neurológico 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
DIÂMETRO normal entre 2 e 6mm; 
 Midríase: Dilatação; 
 Miose: Constrição; 
 Isocóricas: mesmo diâmetro; 
 Anisocóricas: diâmetros diferentes 
 
 
 
FORMA: 
Arredondada: normal. 
Possíveis alterações: 
 Ovóide sinal precoce de herniação 
transtentorial.. 
 Buraco de fechadura: cirurgia de 
catarata; 
 Irregular: trauma de órbita. 
REAÇÃO À LUZ: avaliada pela velocidade da 
resposta. Fecha-se o olho, aguarda-se alguns 
segundos e levanta-se rapidamente a 
pálpebra, dirigindo o foco de luz diretamente 
sobre a área temporal da pupila. 
 
Avalia-se palpando os grupos musculares em 
repouso e na movimentação ativa. A 
avaliação depende do nível de consciência do 
paciente. 
 Estender membros superiores e 
apertar a mão do avaliador (aperto 
forte, firme e igual em ambas as 
mãos); 
 Estender e flexionar, elevar e abaixar 
os membros inferiores; 
 Avaliar a firmeza da marcha do 
paciente Avaliação da função motora. 
ALTERAÇÕES: 
 Fraqueza ou paresia: diminuição da 
força; 
 Paralisia ou plegia: ausência de força; 
 Estesia: sensação de formigamento; 
 Hemiparesia: paresia em metade do 
corpo; 
 Hemiplegia: plegia em metade do 
corpo; 
Exame Neurológico 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
 Paraparesia: paresia nos membros 
inferiores; 
 Paraplegia: plegia nos membros 
inferiores; 
 Tetraplegia: plegia nos quatro 
membros. 
Os mesmos termos se aplicam as estesias. 
 
Os receptores sensitivos, localizados por todo 
o corpo, transmitem impulsos através de 
feixes sensitivos para o córtex sensitivo (giro 
pós-central). Avaliar sensibilidade no tronco e 
membros inferiores, comparativamente. 
 Tato: utilização de gaze ou algodão; 
 Dor: utilização de objeto de ponta; 
 Temperatura: utilização de tubos de 
ensaio contendo água fria e quente. 
ALTERAÇÕES: 
 Analgesia: ausência de sensação de 
dor; 
 Hipoalgesia: diminuição da sensação 
de dor; 
 Hiperalgia: aumento da sensação de 
dor; 
 Anestesia: ausência de sensibilidade; 
 Hipoestesia: diminuição da 
sensibilidade; 
 Hiperestesia: aumento da sensibilidade; 
 Parestesia: sensação de 
formigamento ou adormecimento. 
 
 
 
DISFUNÇÕES CEREBELARES: 
Instabilidade da marcha, incoordenação de 
movimentos dos membros superiores, da fala 
ou da movimentação do olhar. 
 Teste da marcha: pedir ao paciente 
que ande em linha reta, com um pé 
após o outro. 
 Teste de Romberg: paciente com pés 
juntos, olhos abertos e depois 
fechados, posição ereta. Observar 
presença de algum balanço ou perda 
de equilíbrio. 
Incoordenação motora, caracterizada por 
irregularidade ou incapacidade de realização 
correta e sincrônica de um movimento. 
 Teste Index-nariz: Pedir ao paciente 
que toque seu nariz com um dedo, 
com uma mão de cada vez, cada vez 
mais rápido e depois com os olhos 
fechados. 
 Teste calcâneo joelho: Pedir ao 
paciente que passe seu calcanhar 
sobre a região tibial da outra perna, 
invertendo depois o movimento. 
 
I PAR: NERVO OLFATÓRIO 
Responsável pelo sentido da olfação. 
Avaliação – Observar possíveis obstruções 
das vias nasais. 
 Com os olhos fechados, o paciente 
deverá identificar odores familiares 
(café, cravo da índia, limão, sabonete). 
 Cada narina deve ser testada 
separadamente 
Exame Neurológico 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
Alterações: 
 Hiposmia: redução da olfação; 
 
 Anosmia: ausência da olfação 
 
II PAR: NERVO ÓPTICO 
 Acuidade visual. 
 Campo visual 
 Fundo de olho 
 Responsável pelo sentido da visão 
Avaliação – O examinador move o seu dedo 
na frente do paciente, do campo temporal ao 
campo nasal, e esse deverá informar quando 
estiver visualizando o dedo do examinador 
 Hemianopsia: o paciente não possui 
visão em metade do campo visual de 
cada olho 
 Amaurose: perda da visão nos campos 
nasal e temporal (perda total da visão) 
III, IV, VI PARES: OCULOMOTOR, TROCLEAR E 
ABDUCENTE: 
Responsáveis pela movimentação ocular 
Avaliação – Pede-se ao paciente para seguir 
o movimento do dedo do examinador para o 
lado, para cima e para baixo, desenhando um 
“H” no ar. Com o uso de uma lanterna, testam-
se os reflexos pupilares 
Alterações: 
 Dilatação pupilar 
 Alteraçãodo movimento ocular 
 Paralisia do olhar 
 Ptose palpebral (queda da pálpebra) 
 Nistagmo (abalo rítmico do globo 
ocular) 
 
 
 Estrabismo (convergente e 
divergente) 
 
V PAR: NERVO TRIGÊMIO 
 Nervo misto 
 Raiz sensitiva: ramo oftálmico, maxilar 
e mandibular. – Inervam todo o 
território da face, mucosa oral, nasal, 
dois terços anteriores da língua 
 Raiz motora: inerva os músculos da 
mastigação (masséter, temporal e 
pterigóideos) 
Avaliação da função sensitiva – Instruir o 
paciente a fechar os olhos. Com uma gaze, 
tocar a fronte, o queixo e a face lateral do 
rosto, comparando sempre as duas metades 
do rosto 
Avaliação da função motora – Pedir ao 
paciente que abra sua boca amplamente e, 
usando as mãos, tentar fechá-la 
VII PAR: NERVO FACIAL 
Função motora – Inerva a maioria dos 
músculos da face (mímica) e o músculo 
abaixador da pálpebra 
Função sensitiva – Inerva as glândulas 
salivares, submandibulares, sublinguais e 
conduz a sensibilidade gustativa dos dois 
terços anteriores da língua 
 Motricidade da face 
 Sensibilidade gustativa dos 2/3 
anteriores da língua 
 Inervação parassimpática das 
glândulas lacrimais, salivares e 
submandibulares 
Avaliação – Simetria dos movimentos faciais 
enquanto o paciente sorri, assobia, franze as 
Exame Neurológico 
POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) 
 
 
sobrancelhas e cerra as pálpebras. Testar 
diferenciação entre doce e salgado. 
Alterações: 
 Hemiparesia facial 
 Desvio da comissura dos lábios para o 
lado contralateral 
 Não fechamento da pálpebra 
 
VIII PAR: NERVO VESTÍBULO-COCLEAR 
Porção vestibular – Responsável pela 
percepção consciente da cabeça, do 
movimento e do equilíbrio 
Porção coclear – Responsável pela 
sensibilidade auditiva 
Avaliação – Testar acuidade auditiva (estalar 
de dedos em cada ouvido) 
 Teste de Romberg 
 Teste da Marcha 
 
IX PAR: NERVO GLOSSOFARÍNGEO 
Nervo misto 
Responsável pela sensibilidade gustativa, do 
terço posterior da língua e da mucosa da 
faringe 
Avaliação – Pedir ao paciente para abrir a 
boca e dizer “AH”, devendo-se observar a 
elevação e contração do palato mole e da 
úvula. Avaliar o reflexo da deglutição, 
observando sinais de disfagia. Avaliar 
dificuldade de fonação e articulação das 
palavras (disartria). 
 
 
 
X PAR: NERVO VAGO 
Nervo misto 
Função motora: músculos do palato mole, 
faringe e laringe 
Função sensitiva: reflexo da deglutição, junto 
com o IX par 
Função vegetativa: Inervação de vísceras 
Avaliação – Tocar a parte posterior da língua 
com um abaixador ou estimular a faringe 
posterior para desencadear o reflexo do 
vômito 
XI PAR: NERVO ACESSÓRIO 
Fibras motoras que vão para o músculo 
esternocleidomatóideo e trapézio 
Avaliação – Avaliar capacidade do paciente 
de encolher os ombros e de fazer rotação 
com a cabeça contra uma resistência 
exercida. 
O exame deve ser feito em busca de atrofia 
muscular e queda de ombro. 
XII PAR: NERVO HIPOGLOSSO 
Responsável pela movimentação da língua 
Avaliação – Observar movimentação da 
língua – Pedir que o paciente empurre o dedo 
do examinador pela bochecha 
Alterações: 
 Paralisia 
 Debilidade muscular 
 Dificuldade ao falar, mastigar, deglutir

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