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Suporte Avançado de Vida em Pediatria

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Júlia Figueirêdo – HM VI 
SUPORTE BÁSICO E AVANÇADO DE VIDA EM 
PEDIATRIA: 
O conhecimento dos mecanismos de 
suporte básico e avançado de vida em 
pediatria (PALS) é imprescindível, pois, 
ainda que compartilhem alguns 
procedimentos, apresentam importantes 
diferenças em relação ao atendimento ao 
adulto. 
É importante estabelecer alguns 
parâmetros conceituais importantes 
quanto à estratificação dos pacientes, a 
saber: 
 Bebê/lactente: conceitos limitados a 
indivíduos de até 1 ano de idade; 
 Criança: compreende o intervalo entre o 
1º ano de vida e o início da puberdade. 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA: 
A principal causa de parada 
cardiorrespiratória (PCR) na pediatria é a 
hipóxia, normalmente decorrente da piora 
progressiva das condições pulmonares ou 
cardiovasculares. 
 
 
 
Os ritmos mais associados à PCR nessa 
população são a aassistolia e a 
bradicardia, porém quadros súbitos 
normalmente são resultado de fibrilação 
ventricular ou taquicardia ventricular sem 
pulso. 
 
 
 
 
Traçado eletrocardiográfico dos principais ritmos de 
parada 
Como etiologias mas frequentes para esse 
quadro, destacam-se: 
 Sepse; 
 Arritmias; 
 Insuficiência respiratória; 
 Intoxicação por drogas; 
 Doenças metabólicas. 
Na pediatria, também pode ser estabelecida 
uma cadeia de sobrevivência para a PCR, 
porém ela conta com um elo não observado 
em adultos, a prevenção (já que as causas 
normalmente são insidiosas). 
 
Cadeias de sobrevivência infantil 
Assim como no paciente adulto, a sequência 
de procedimentos deve ser compressão 
torácica, abertura da via aérea e garantia 
de boa respiração. 
Após a avaliação da segurança do local, 
primeira etapa de todo atendimento, é 
necessário o reconhecimento da PCR, que 
pode ser feito ao colocar a mão sobre a 
barriga do bebê/criança em busca de 
movimentos respiratórios (leigos). 
Profissionais de saúde, por sua vez, 
devem fazer a checagem de sinais 
O colapso súbito é incomum nesse grupo, 
ocorrendo principalmente em indivíduos com 
cardiopatias congênitas. 
 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
vitais (pulso e respiração) por 10 
segundos. 
 
Aferição do pulso braquial em bebês (< 1 ano) 
 
Aferição do pulso carotídeo em crianças > 1 ano 
Os próximos passos são acionar o SAMU e 
iniciar a ressuscitação cardiopulmonar 
(RCP) de qualidade, seja antes da ligação 
(quando o socorrista não presenciou a 
parada) ou depois dela (em casos de 
colapso presenciado). 
A frequência desejada é de 100 a 
120 compressões por minuto, com 
profundidade de 4 a 5 cm (1/3 do 
diâmetro anteroposterior do tórax). 
 
 
 
Assim como no suporte básico de vida para 
adultos, indica-se reduzir interrupções na 
RCP, que devem se limitar a, no máximo, 10 
segundos. 
O ponto de referência para a realização 
dessas compressões é o terço inferior do 
esterno (> 1 ano) e o centro do tórax, 
abaixo dos mamilos (< 1 ano). 
O socorrista pode usar uma ou 
ambas as mãos ao atender crianças, 
ao passo que, em bebês, são usados 
dois dedos (ou os polegares, na 
presença de mais uma pessoa). 
 
Comparação entre a posição dos dedos na RCP com 
um ou dois socorristas 
Sempre que acessível, o desfibrilador 
externo automático (DEA) deve ser 
utilizado. Após suas instruções, seja o ritmo 
chocável ou não, as compressões devem 
ser mantidas por 2 minutos, momento 
após o qual se avalia o pulso da criança. 
Esse intervalo de tempo para 
reavaliação deve ser respeitado 
mesmo em situações sem DEA. 
Ritmos Chocáveis Ritmos Não 
Chocáveis 
Atividade elétrica 
sem pulso 
(QRS alargado em ritmo 
lento, já sem pulso) 
Fibrilação 
ventricular 
(ritmo acelerado e 
irregular) 
Assistolia 
(linha reta no monitor) 
Taquicardia 
ventricular sem 
pulso 
(“serras” no monitor) 
Classificação dos ritmos mais comuns na PCR 
quanto à possibilidade de serem chocáveis ou não 
No que se refere à abordagem das vias 
aéreas, socorristas leigos somente deverão 
realizar a elevação do queixo da criança 
quando for comprovada a ausência de 
trauma local. 
Em bebês, qualquer sangramento deve ser 
estancado antes de começar as medidas de 
reanimação (risco de hemorragia) 
 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
A tração da mandíbula, por outro 
lado, é de realização exclusiva de 
profissionais da área da saúde, 
empregada quando há suspeita de 
lesão cervical. 
 
Realização das manobras de jaw thrust (tração 
mandibular, à esq.) e chin lift (elevação do mento, à 
direita) 
Devem ser realizados ciclos de 30 
compressões para 2 ventilações (que 
pode ser trocado para 15:2 se houver mais 
de um socorrista). 
O dispositivo bolsa-válvula-máscara é o 
mais indicado para esse processo, porém é 
necessário evitar a ventilação excessiva, 
que pode não ser efetiva (ex.: 
broncoespasmo) ou prejudicar ainda mais 
o quadro respiratório. 
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM PEDIATRIA: 
O ponto-chave desse processo é o suporte 
ventilatório. O fornecimento de oxigênio é 
mandatório, sendo a saturação mínima 
recomendada de 90%. 
Quando necessário, a garantia da via aérea 
avançada pode ser feita por meio de 
máscaras laríngeas (menos invasivas) ou 
da intubação orotraqueal. 
Tubos traqueais são outra 
importante alternativa, porém cabe 
ressaltar que neonatos devem ser 
assistidos por cânulas sem balão 
(cuff). 
 
Posicionamento incorreto do bebê, obstruindo as 
vias aéreas (A) e posicionamento para acesso de via 
aérea difícil, com coxim nos ombros (B) 
 
 
 
 
Outra importante característica do PALS é o 
uso de fármacos em conjunto às medidas 
físicas de reanimação, destacando-se a 
adrenalina, que estimula funções 
adrenérgicas durante e após a RCP. 
A dose administrada a bebês e 
crianças é de 0,01 mg/kg (0,1 mg/kg 
em solução de 1:10.000), preparada 
com 1 ml da droga em 9 ml de soro 
fisiológico 0,9%. 
A infusão medicamentosa tem como via 
preferencial a endovenosa, porém, quando 
isso não for possível, o acesso pode ser 
intraósseo. 
A realização da capnografia permite avaliar 
a concentração de CO2 ao final da 
expiração, indicando a qualidade das 
compressões e o retorno da circulação 
espontânea 
 
O intervalo entre as administrações durante 
a parada cardiorrespiratória varia entre 3 a 
5 minutos 
 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
 
Fluxograma de execução da RCP em pacientes pediátricos 
 
 
 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
Outros medicamentos podem ser utilizados 
de acordo com as necessidades 
individuais do paciente, como: 
 Cálcio (5 a 7 mg/kg): empregado na 
presença de hipocalcemia, 
hiperfosfatemia, hipermagnesemia ou 
em intoxicações por bloqueadores do 
canal de cálcio; 
 Magnésio (25 a 50 mg/kg.): usado em 
pacientes com hipomagnesemia e 
taquicardia ventricular Torsades de 
pointes; 
 Bicarbonato de sódio (1 mEq/kg): 
direcionado a quadros de PCR 
prolongada, intoxicações por 
antidepressivos tricíclicos, ou resultante 
de acidose metabólica grave; 
 Amiodarona (5 mg/kg em até 3 
administrações): aplicada a pacientes 
com PCR por ritmo chocável ou não 
responsivos à cardioversão. 
TAQUI E BRADIARRITMIAS NA PEDIATRIA: 
A frequência cardíaca varia amplamente 
durante a infância, tanto em resposta à faixa 
etária como também ao estado de 
consciência da criança. 
Taqui ou bradicardias são comuns 
nesse período, sendo indícios de 
disfunções na condução elétrica do 
coração ou de alguma lesão 
congênita neste. 
 Acordado Média Dormindo 
0 a 3 
meses 
85-190 140 80-160 
3 meses 
a 2 anos 
100-190 130 75 – 160 
2 a 10 
anos 
60 – 140 80 60 – 90 
> 10 
anos 
60-100 75 50-90 
Frequências cardíacas normais por faixa etária, em 
bpm 
A taquiarritmia mais comum nessa 
população é a taquicardia supraventricular 
(mecanismos de reentrada), marcada por FC 
> 220 bpm (bebês) ou > 180 bpm (crianças) 
e ritmo regular, com QRS estreito e onda P 
pouco discernível. 
Os sintomas associados ao quadro 
são letargia,irritabilidade, 
desmaios, palpitações, sudorese e 
diminuição da ingesta alimentar. 
 
Traçado típico da TSV no eletrocardiograma 
O tratamento pode ser feito por manobra 
vagal (Valsalva ou bolsa de água gelada na 
face), em pacientes estáveis, ou pela 
cardioversão associada à adenosina, 
frente a instabilidade ou choque. 
A dose inicial é de 0,1 mg/kg, com 
limite máximo de 6 mg., podendo ser 
repetida com 0,2 mg/kg se houver 
refratariedade. 
As bradicardias também merecem atenção 
especial, pois podem evoluir para PCR em 
pacientes pediátricos, decorrente da 
hipoxemia, hipotensão ou acidose 
resultantes da alteração circulatória. 
Essa condição é identificada pela FC 
< 60 bpm associada a sinais de 
hipoperfusão tecidual e sintomas 
como fadiga, tontura e cefaleia. 
Tais apresentações podem se diferenciar 
ainda em: 
 Bradicardia sinusal: apresenta 
atividade elétrica organizada em ritmo 
lento, associada a maior volume 
sistólico ou menor demanda metabólica; 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
 
Traçado da bradicardia sinusal ao ECG 
 Bradicardias decorrentes de bloqueio 
do nó atrioventricular: essas 
manifestações ainda se subdividem em 
1º, 2º e 3º grau, com comprometimento 
progressivo da coordenação entre as 
câmaras cardíacas. 
 
Tipos de bloqueio atrioventricular e suas 
especificidades (piora da condutibilidade) 
Dada a relevância dessa condição, o 
tratamento deve ser imediato, mediado 
pela abertura de vias aéreas, com 
ventilação e oxigenação adequadas. Caso 
persista, pode ser iniciada a RCP com uso 
de adrenalina.
Júlia Figueirêdo – HM VI 
 
 
Protocolo de avaliação e atendimento à criança com bradicardia com pulso 
 
Júlia Figueirêdo – HM VI 
 
 
Avaliação e atendimento inicial à criança com taquicardia com pulso
Júlia Figueirêdo – HM VI

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