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TÉTANO Introdução: · Doença infecciosa aguda não contagiosa. · Latim tetanus (rigidez). · Comprometimento do SNC (hiperexcitabilidade). · Exotoxinas (tetanospasmina/tetanolisina). Aspectos gerais: · Reservatório: natureza (esporos) = pele, fezes, terra, galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal dos animais (especialmente do cavalo e do homem, sem causar doença). · Período de incubação: média 5 – 15 dias (3 – 21 dias) = qto menor > gravidade e pior prognóstico. · Período de transmissibilidade: sem transmissão direta. · Suscetibilidade e imunidade: universal, doença não confere imunidade / prevenção vacinação (imunidade permanente): PNI crianças: pentavalente 2 meses a < 1 ano (3 doses: 0/2/4 meses) e 2 reforços DTP com 15 meses e 4 anos). DT para > 7 anos (3 doses e reforço 10/10 anos; dose para gestante: DT qualquer idade / dTpa a partir 20ª semana). · Soro (SAT): imunidade 2 semanas / Imunoglobulina AT: 3 semanas / Imunidade passiva mãe para bebê 2 meses. Etiologia · Clostridium tetani. · Bacilo gram + esporulado, anaeróbio. · Esporos → sobrevivência no meio por anos. Transmissão Contaminação por esporos presentes no ambiente → anaerobiose → bactéria (forma vegetativa) → produção de toxinas. Fisiopatogênese Na fisiopatogênese do tétano, teremos um fator no qual não conseguimos fazer o estímulo inibitório, permanecendo sempre o estímulo excitatório. Fisiopatologia Produção de toxinas pelo C. tetani - tetanolisina e tetanospasmina (responsável pelos espasmos característicos da doença). → Ligação irreversível aos neurônios inibitórios (responsáveis pela inibição da contração muscular) → Bloqueio da neurotransmissão proporcionando desinibição dos impulsos excitatórios (cortex/medula e fibras autonomicas) → CLÍNICA. Epidemiologia · ↓ Número casos (vacinação). · 2011: 14.272 casos T. acidental e 4.214 T. neonatal (30% África). · EUA (2001 – 2008): 233 casos de T. acidental. Letalidade 10 – 17%. · Brasil (2007 – 2016): 5.224 casos suspeitos de tétano acidental; 56,2% (2.939) confirmados / 973 óbitos / letalidade 33,1%. DISTRIBUIÇÃO DE CASOS CONFIRMADOS DE TÉTANO ACIDENTAL, SEGUNDO ZONA DE RESIDÊNCIA, BRASIL, 2007 A 2016. Distribuição de casos confirmados de tétano acidental, segundo faixa etária, Brasil, 2007 a 2016. Distribuição dos casos confirmados de tétano acidental segundo tipo e local do ferimento e hospitalização, Brasil, 2007 a 2016. Manifestações clínicas · Sintomas iniciais: trismo (riso sardônico) e dificuldade para deambular; · Espasmos musculares frequentes e intensos (localizados e generalizados); · Febre baixa ou apirexia; · Hiperreflexia. · Contraturas paroxísticas (estímulos externos). · Manutenção de consciência. · Rigidez de nuca / Disfagia / Opistótono. · Hipertonia torácica / crises espásticas / contração glote → Ins. Respiratória (óbito). · Taquicardia, sudorese profusa, hipertensão arterial, bexiga neurogênica e febre → gravidade. Distribuição de casos confirmados de tétano acidental segundo manifestações clínicas, Brasil, 2007 a 2016. Manifestações clínicas Tétano neonatal (mal de 7 dias) · Febre e contraturas musculares. · Dificuldade de sucção / choro excessivo /rigidez de nuca e outros grupos musculares / sialorréia / cianose / convulsão. · Letalidade elevada. Diagnóstico Diferencial · Meningites / Intoxicação por neurolépticos. · Processos inflamatórios bucoamigdalofaringianos. · Histeria / Intoxicação por estricnina e metoclopramida. · Raiva. · Distúrbios eletrolíticos. · Crises convulsivas. · Distonias. Diagnóstico · Eminentemente clínico. · Exames laboratoriais: tratamento do paciente e controle das complicações. · Exames para infecções secundárias. Complicações · Pneumonias / TEP / SDRA → principal causa mortalidade. · ITU. · Sepse. · Asfixia por obstrução alta ou insuficiência respiratória baixa. · Fratura de vértebras e de costelas. Tratamento · Hospitalização imediata (UTI). · Isolamento em ambiente silencioso, baixa luminosidade e temperatura estável. · Manutenção dos sinais vitais (medidas de suporte). · Debridamento do foco infeccioso para eliminação do C. tetani. · Bloqueio da toxina livre e produção. · Controle das bactérias. · Controle das crises espásticas (sedação). · Identificação e tratamento das complicações e dos procedimentos realizados. 1- Sedação (relaxamento muscular): benzodiazepínicos (midazolam) / bloqueadores neuromusculares / opioides (morfina) / antipsicótico (clorpromazina) / MgSO4. 2- Neutralização da toxina tetânica: SAT (heterólogo) preconizado / Imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT). 3- Eliminação do C. tetani: OBS.: Metronidazol preferível / Penicilina ↓ GABA? 4- Debridamento do foco: limpeza e H2O2 5- Manter via aérea pérvea: VM / Traqueostomia precoce. 6- Vacinação: 3 doses (0 / 2 / 4 meses). 7 – Fisioterapia: respiratória e motora. 8- Profilaxia da TVP: Heparina. 9- Reabilitação. Profilaxia Condutas profiláticas de acordo com o tipo de ferimento e situação vacinal.
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