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● O que é?
Recursos utilizados para gerar efeitos nos discursos, expressando de
maneira melhor o que se quer falar.
● Metáfora
Comparação implícita, sem o elemento comparativo - “como”, “tanto quanto”,
“tal qual”.
➔ Exemplo: “…Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa…”
(Rosa de Hiroshima-Vinícius de Moraes).
● Comparação
Comparação entre dois elementos de forma explícita, com o elemento
comparativo - “como”, “tanto quanto, “tal qual”.
➔ Exemplo: “Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador”.
(Cecília Meireles).
● Metonímia
Substituição de um termo por outro, um único elemento que representa todo
o referente.
➔ Exemplo: Adoro ouvir Jorge Vercillo.
“Jorge Vercillo” substitui o termo “ as músicas de Jorge Vercillo”.
● Hipérbole
Uso de expressões muito exageradas para causar mais impacto, enfatizando
propositalmente a ideia da frase.
➔ Exemplo: “Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí,
Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor,
Eu só quero amar você,
E quando amanhecer eu quero acordar…
Do seu lado…”
(Vagalumes-Banda Pollo).
● Catacrese
Nome utilizado para designar algo que não tem termo específico, utilizando
outro para substituir.
➔ Exemplo: “Dente de alho”.
“Maçã do rosto”.
● Eufemismo
Expressões utilizadas para amenizar uma ideia desagradável, deixar uma
expressão mais leve.
➔ Exemplo: "Tirar Inês ao mundo determina,
Por lhe tirar o filho que tem preso,
Crendo co'o sangue só da morte indina
Matar do firme amor o fogo aceso.
Que furor consentiu que a espada fina,
Que pôde sustentar o grande peso
Do furor Mauro, fosse alevantada
Contra uma fraca dama delicada?”
(Os Lusíadas- Luís Vaz de Camões).
● Ironia
O autor diz o oposto do que realmente se quer falar.Geralmente utilizada para
expressar algo de forma sarcástica ou humorística .
➔ Exemplo: “Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.”
(Cidade Grande-Carlos Drummond de Andrade).
● Antítese
Palavras ou ideias com significados opostos que não se excluem.
➔ Exemplo: “Tristeza não tem fim,
Felicidade, sim.”
(Vinicius de Moraes).
● Paradoxo
Palavras ou ideias com significados opostos que se excluem, foge à lógica.
➔ Exemplo: “É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.”
(Luís Vaz de Camões).
● Personificação ou prosopopeia
Características humanas atribuídas a objetos inanimados.
➔ Exemplo: “As casas espiam os homens
Que correm atrás das mulheres”.
(Poema de Sete Faces-Carlos Drummond de Andrade).
● Gradação
Sequência de palavras de acordo com uma progressão decrescente ou
crescente.
➔ Exemplo: “Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bilião, uns cingidos
de luz, outros ensanguentados.” (Machado de Assis)
● Sinestesia
Mistura de duas ou mais sentidos humanos- olfato, paladar, audição, visão e
tato.
➔ Exemplo: "Agora, o cheiro áspero das flores leva-me os olhos por
dentro de suas pétalas."(Cecília Meirelles).
● Pleonasmo
Repetição de uma palavra na mesma frase com o mesmo significado,
considerado redundância.
➔ Exemplo: "E ali dançaram tanta dança,
que a vizinhança toda despertou.
Ele morreu de morte matada. “
(Valsinha- Chico Buarque e Vinícius de Moraes).
● Elipse
Omissão de um termo na frase sem alterar o sentido.
➔ Exemplo: “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (Machado de
Assis).
Omissão do verbo “haver”.
● Silepse
Concordância com a ideia que as palavras expressam a frase, um elemento
implícito.Pode ser de número, de pessoa e de gênero.
➔ Exemplo: “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins
públicos.” (Machado de Assis- silepse de pessoa).
● Zeugma
Funciona como um tipo de elipse, omissão de um termo já citado
anteriormente.
➔ Exemplo: “Um deles queria saber dos meus estudos; outro, se trazia
coleção de selos (...)” (José Lins do Rego).
● Hipérbato
Inversão proposital da ordem direta da frase- sujeito, verbo e complemento.
➔ Exemplo: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo
heróico o brado retumbante”.(Hino Nacional).
● Polissíndeto
Repetição proposital de conjunções e conectivos na oração.
➔ Exemplo: “(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a
sede; e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo;
e o esmagamento das ruínas..." (Euclides da Cunha).
● Anáfora
Repetição de palavras ou expressões para dar ênfase, geralmente no
começo das frases.
➔ Exemplo: “É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol.”
(Tom Jobim).
● Assíndeto
Omissão de conectivos da oração, geralmente substituído por vírgulas.
➔ Exemplo: “Luciana, inquieta, subia à janela da cozinha, sondava os
arredores, bradava com desespero, até ouvia duas notas estridentes,
localizava o fugitivo, saía de casa como (…)” (Graciliano Ramos).
● Anacoluto
Alteração na construção sintática da frase, inserindo um termo no meio de
forma solta.
➔ Exemplo: Umas carabinas que guardavam atrás do guarda-roupa, a
gente brincava com elas, de tão imprestáveis." (José Lins do Rego).
● Aliteração
Repetição do som de uma consoante na frase como um recurso estilístico.
➔ Exemplo: “Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
(Cruz e Souza).
● Assonância
Repetição do som de uma vogal na frase como um recurso estilístico.
➔ Exemplo: “Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina”.
(Cecília Meireles).
● Onomatopeia
Reprodução de sons por meio da escrita.
➔ Exemplo: “O Relógio
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac…”
(Vinícius de Moraes e Paulo Soledade).
● Paronomásia
Utilização de palavras com sons semelhantes, mas com sentidos diferentes.
➔ Exemplo: “Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs”
(Almir Sater e Renato Teixeira).

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