Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Liana Ribeiro Insuficiênci� Pancreátic� �ócrin� ● O pâncreas é uma GLÂNDULA EXÓCRINA e ENDÓCRINA que se localiza adjacente à porção cranial do duodeno e à porção caudal do estômago. Nos cães e gatos tem a forma de V invertido; ● Exócrina: enzimas digestivas → excretadas no lúmen intestinal; ● Endócrina: insulina e glucagon → corrente sanguínea; ● O suco pancreático, contendo enzimas digestivas são transportadas pelos ácinos pelos ductos pancreáticos; ● Os ductos coalescem e desembocam no duodeno ou ducto colédoco; ● Enzimas são liberadas de forma inativas, e são ativadas na presença de alimentos; ○ Tripsinogênio → tripsina: digere proteínas; ○ Amilase: digere carboidratos; ○ Lipase: lipídeos; ○ Bicarbonato (neutralizar acidez do alimento quando saí do estômago); ○ Fator intrínseco pancreático (controla a flora intestinal, em caso de SIBOS/desequilíbrio da flora - o animal passa a ter transtornos na digestão e falta de cobalamina - bactérias se alimentam de B12); Insuficiência Pancreática Exócrina (IPE): ● Perda progressiva e irreversível do tecido acinar, ocasionando a secreção insuficiente de enzimas pancreáticas (tripsinogênio, amilase, lipase) → má digestão; ● Quando há 85 a 90% de perda de células acinares → DESNUTRIÇÃO E MANIFESTAÇÃO DE SINAIS; ● Parte endócrina se mantêm; Etiologia: ● Atrofia acinar pancreática; ○ Hereditária: destruição imunomediada com base genética - cães (pastor, alemão e collie) com inícios dos sinais clínicos de forma precoce em 1 a 2 anos de idade; ○ Idiopática: qualquer raça - adultos de meia idade (+/- 5 anos); ● Destruição acinar inflamatória → necrose → fibrose pancreática; ○ Pode ser secundário À pancreatite crônica ou aguda recorrente; Liana Ribeiro ● Neoplasias acinares em cães idosos; Patogenia: Sinais Clínicos: ● Defecação frequente (> 3x/dia); ● Perda de peso progressiva até emaciação com polifagia e até mesmo apetite voraz; ● Coprofagia/alotrofagia; ● Fezes volumosas, esteatorreicas, pastosas a aquosas e explosivas (SIBO); ● Borborigmos e flatulência (SIBO); ● Presença de alimentos inteiros nas fezes; ● Atrofia da musculatura esquelética; ● Alterações na pelagem ● Pelo opaco, com aspecto mal cuidado; ● Pelo oleoso em volta do períneo por causa da esteatorreia; ● Vômito; ● Dor abdominal; Diagnóstico: ● Histórico e sinais clínicos; ○ Desde quando, como? Quando começou e como está hoje? ● Exclusão de outras causas de diarreia do ID (parasitismo crônico, DII); ● Exames laboratoriais de rotina; ○ Lipemia, anemia…; ● Dosagem sérica de cobalamina (B12) → GERALMENTE DIMINUÍDO; 1. Teste da imunorreatividade sérica da tripsina e do tripsinogênio (TLI); ● TLI; ● Coleta de soro do animal em jejum por 12 horas - exame pelo método de radioimunoensaio; ● Espécie específico (cTLI, fTLI); ● Dosa concentrações de tripsina e tripsinogênio no soro; ● Cães: normal = 5 a 35μg/l; ○ < 2 μg/l = confirma IPE (indica secreção acinar inadequada) ; ○ 2 a 5 μg/l = suspeito de IPE ● Gatos: normal = 12 a 82 μg/l; ○ < 8 ug/l = confirma IPE; ○ 8 a 12 ug/l = suspeito de IPE; ● Casos suspeitos, recomenda-se tratar o animal e repetir o teste em 2 a 3 meses; Liana Ribeiro Tratamento: 1. Suplementação com enzimas pancreáticas (lipase, amilase, protease); ● Em pó: iniciar com doses baixas e ajustá-las até não haver esteatorreia; ● 1 colher de chá/10 kg por refeição; 2. Antibióticos para controlar a SIBO; ● Metronidazol; ● Tilosina oral; ● Tetraciclina oral; 3. Cobalamina se necessário; ● 100 a 250 ug IM para gatos semanalmente, durante 3 meses e 250 a 500 ug IM para cães semanalmente, durante 3 meses; ● Após, mensurar anualmente as concentrações séricas de b12; 4. Vit. E, K se necessário; 5. Dieta de acordo com a necessidade do animal; ● Prognóstico depende da adesão e resposta ao tratamento;
Compartilhar