Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FERNANDA SOUZA O membro superior é caracterizado por sua mobilidade e capacidade de segurar, golpear e executar atividades motoras finas (manipulação). Há interação sincronizada entre as articulações do membro superior para coordenar os segmentos interpostos e executar um movimento uniforme e eficiente na distância ou posição mais adequada para uma tarefa específica. OSTEOLOGIA MEMBROS SUPERIORES OSSOS DOS MEMBROS SUPERIORES Os membros superiores são formados por quatro segmentos: cíngulo do membro superior e ossos do braço, do antebraço e da mão, que formam a parte livre. O cíngulo do membro superior liga a parte livre do membro superior ao esqueleto axial e é formado pela clavícula e pela escápula. • Braço. É formado pelo osso úmero. • Antebraço. Formado pelos ossos rádio e ulna. • Mão: Formada pelos ossos carpais, metacarpais e falanges (proximal, média e distal). Ressalta-se que o primeiro dedo (polegar) só apresenta as falanges proximal e distal. CLAVÍCULA A clavícula atua como suporte rígido e móvel, semelhante a um guindaste, que suspende a escápula e o membro livre, mantendo-os afastados do tronco, de modo que o membro tenha máxima liberdade de movimento. A clavícula, fina e em forma de U, repousa horizontalmente na parte anterior do tórax, acima da primeira costela. A metade medial da clavícula é convexa anteriormente, enquanto a metade lateral é côncava anteriormente. A extremidade medial da clavícula, chamada extremidade esternal, é arredondada e se articula com o manúbrio do esterno para formar a articulação esternoclavicular. A extremidade lateral, larga e plana, a extre-midade acromial, articula--se com o acrômio da escapula, na articulação acromioclavicular. ESCÁPULA A escápula é um osso plano triangular situado na face posterolateral do tórax. Uma crista proeminente, chamada espinha da escapula, corre diagonalmente pela face posterior da escapula. A extremidade lateral da espinha se projeta como um processo expandido achatado, chamado acrômio, facilmente perceptível como o ponto mais alto do ombro. O acrômio se articula com a extremidade acromial da clavícula para formar a articulação acromioclavicular. Inferiormente ao acrômio encontrasse uma de- pressão superficial, a cavidade glenoidal que recebe a cabeça do úmero para formar a articulação do ombro. FERNANDA SOUZA ÚMERO • O maior osso do membro superior, articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. • A extremidade proximal do úmero apresenta uma cabeça arredondada, que se articula com a cavidade glenoidal da escapula para formar a articulação do ombro. • Na extremidade distal o úmero se articula com radio lateralmente e a ulna medialmente. Existem acidentes articulares que relacionam o rádio (capitulo e fossa radial) e ulna (tróclea e fossa ulnar) com o úmero. Anterior - posterior DELTÓIDE OMBRO FERNANDA SOUZA MUSCULOS DO BRACO Dos quatro principais músculos do braço, três flexores (Mm. bíceps braquial, braquial e coracobraquial) estão no compartimento anterior (flexor), supridos pelo nervo musculocutâneo, e um extensor (tríceps braquial) está no compartimento posterior, suprido pelo nervo radial. O músculo ancôneo, um auxiliar do músculo tríceps braquial posicionado distalmente, também está no compartimento posterior. MOVIMENTOS • Flexão – músculos: braquial, bíceps braquial e braquorradial • Extensão – músculos: tríceps braquial e ancôneo OSSOS DO ANTEBRAÇO O antebraço por dois ossos paralelos, um dos quais (o rádio) consegue girar em torno do outro (a ulna), é possível realizar supinação e pronação. Isso torna possível girar a mão quando o cotovelo está fletido. • Ulna: estabiliza o antebraço e é o osso medial e mais longo dentre os dois ossos do antebraço. Sua extremidade proximal maior é especializada para articulação com o úmero na parte proximal e com a cabeça do rádio lateralmente. • O rádio, localizado lateralmente, é o mais curto dos dois ossos do antebraço. MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Dezessete músculos cruzam a articulação do cotovelo, e alguns deles atuam exclusivamente nessa articulação, enquanto outros atuam no punho e nos dedos. Na parte proximal do antebraço, os músculos formam massas carnosas que seguem inferiormente a partir dos epicôndilos medial e lateral do úmero. Os tendões desses músculos atravessam a parte distal do antebraço e continuam até o punho, a mão e os dedos. Os músculos flexores do compartimento anterior têm aproximadamente o dobro do volume e da força dos músculos extensores do compartimento posterior. VISTA ANTERIOR • Superficiais o m.pronador redondo o m.flexor radial do carpo o m. flexor ulnar do carpo o m.palmar longo o m.flexor superficial dos dedos • Profundos o m. flexor profundo dos dedos o m. flexor longo do polegar o m.pronador quadrado VISTA POSTERIOR • Superficiais o m.Braquiorradial o m.extensores radial longo e curto do carpo o m.extensor dos dedos o m.extensor do dedo mínimo FERNANDA SOUZA o m.extensor ulnar do carpo o m. ancôneo • Profundos o m.supinador, o m.abdutor longo do polegar, o m.extensores longo e curto do polegar o m.extensor do indicador MEMBROS SUPERIORES: MAOS O punho, ou carpo, é formado por oito ossos curtos dispostos em duas fileiras, proximal e distal, de quatro ossos. O carpo é bastante convexo de um lado ao outro posteriormente e côncavo anteriormente. Ampliando o movimento na articulação do punho, as duas fileiras de ossos carpais deslizam uma sobre a outra; além disso, cada osso desliza sobre aqueles adjacentes a ele. Os ossos carpais (fileira proximal, de lateral para medial, são o escafoide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme, e na fileira distal, de lateral para medial, são o trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato). O metacarpo é a região intermediaria da mão e consiste em cinco ossos longos chamados metacarpais. As falanges, ou ossos dos dedos, formam a região distal da mão. Existem 14 falanges nos cinco dedos de cada mão, e, como os metacarpais, os dedos são numerados de I a V, começando com o polegar, de lateral para medial. O osso do dedo é chamado individualmente de falange. • Vista anterior o Mão • Ossos do carpo o 8 ossos • Ossos do metarcarpo o 5 ossos • Falanges o Falange proximal o Falange média o Falange distal Os músculos intrínsecos da mão estão localizados em cinco compartimentos: 01. Músculos tenares no compartimento tenar: abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar e oponente do polegar 02. Músculo adutor do polegar no compartimento adutor 03. Músculos hipotenares no compartimento hipotenar: abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e oponente do dedo mínimo 04. Músculos curtos da mão, os lumbricais, estão no compartimento central com os tendões dos músculos flexores longos 05. Os músculos interósseos situam-se em compartimentos interósseos separados entre os metacarpais. EMINÊNCIA TENAR • m. abdutor curto do polegar, • m. flexor curto do polegar, • m. oponente do polegar • m. adutor do polegar. EMINÊNCIA HIPOTENAR • m.abdutor do dedo mínimo, • m.flexor curto do dedo mínimo, • m.oponente do dedo mínimo • m. palmar curto FERNANDA SOUZA REGIÃO MESOTENAR (MÚSCULOS INTRÍNSECOS) • m.lumbricais • m. interósseos dorsais • m. palmares • lumbricais e interósseos dorsais e palmares VASOS E NERVOS MEMBRO SUPERIOR VASCULARIZAÇÃO MEMBRO SUPERIOR As artérias que vascularizam o membro superior não possuem antimeria, a origem das artérias do lado direito, são através da artéria subclávia direita que possui origem normalmente do tronco braquicefalico que emerge a partir do arco aórtico. As artérias do lado esquerdopossuem origem da artéria subclávia que tem origem direta do arco aórtico. Em direção ao membro superior as artérias mudam de nome, devido as suas relações, facilitando a sua identificação (ex: axilar e braquial) emitindo diversos ramos colaterais e terminais que serão citados posteriormente. ARTÉRIA AXILAR A artéria axilar começa na margem lateral da costela I como a continuação da artéria subclávia e termina na margem inferior do músculo redondo maior. Segue posteriormente ao músculo peitoral menor até o braço e torna-se a artéria braquial quando passa na margem inferior do músculo redondo maior, quando geralmente chegou ao úmero (L.) ARTÉRIA BRAQUIAL A artéria braquial é responsável pela irrigação arterial principal do braço e é a continuação da artéria axilar. Começa na margem inferior do músculo redondo maior e termina na fossa cubital, diante do colo do rádio, onde, sob o revestimento da aponeurose do músculo bíceps braquial, divide-se nas artérias radial e ulnar ARTÉRIAS DO ANTEBRAÇO As principais artérias do antebraço são as artérias ulnar e radial, que geralmente se originam em posição oposta ao colo do rádio na parte inferior da fossa cubital como ramos terminais da artéria braquial ARTÉRIA ULNAR NA MÃO A artéria ulnar entra na mão anteriormente ao retináculo dos músculos flexores entre o osso pisiforme e o hâmulo do osso hamato através do túnel ulnar (loja de Guyon). A artéria ulnar situa-se lateralmente ao nervo ulnar. A artéria divide-se em dois ramos terminais, o arco palmar superficial e o ramo palmar profundo. O arco palmar superficial, o principal término da artéria ulnar, dá origem a três artérias digitais palmares comuns que se anastomosam com as artérias metacarpais palmares do arco palmar profundo. Cada artéria digital palmar comum divide-se em um par de artérias digitais palmares próprias, que seguem ao longo das laterais adjacentes do 2º ao 4ºdedos. FERNANDA SOUZA ARTÉRIA RADIAL NA MÃO A artéria radial curva-se dorsalmente ao redor dos ossos escafoide e trapézio e atravessa o assoalho da tabaqueira anatômica. Entra na palma da mão passando entre as cabeças do 1o músculo interósseo dorsal e depois gira medialmente, passando entre as cabeças do músculo adutor do polegar. A artéria radial termina anastomosando-se com o ramo profundo da artéria ulnar para dar origem ao arco palmar profundo, formado principalmente pela artéria radial. Esse arco atravessa os ossos metacarpais na porção imediatamente distal às suas bases. O arco palmar profundo dá origem a três artérias metacarpais palmares e à artéria principal do polegar. A artéria radial do indicador segue ao longo da face lateral do dedo indicador. Geralmente é um ramo da artéria radial, mas pode originar-se da artéria principal do polegar. VEIAS PROFUNDAS DO MEMBRO SUPERIOR As veias profundas situam-se internamente à fáscia muscular, e — ao contrário das veias superficiais — geralmente são pares de veias acompanhantes (com interanastomoses contínuas) que seguem as principais artérias do membro e recebem o mesmo nome delas. A veia axilar situa-se inicialmente (distalmente) na face anteromedial da artéria axilar, e sua parte terminal está posicionada anteroinferiormente à artéria. Essa grande veia é formada pela união da veia braquial (as veias acompanhantes da artéria braquial) e veia basílica na margem inferior do músculo redondo maior (L.) VEIAS PROFUNDAS Há muitas veias profundas que acompanham artérias no antebraço. Essas veias acompanhantes originam-se das anastomoses do arco palmar venoso profundo na mão. Da região lateral do arco originam-se pares de veias radiais que acompanham a artéria radial; da região medial, surgem pares de veias ulnares que acompanham a artéria ulnar. As veias que acompanham cada artéria anastomosam-se livremente entre si. As veias radial e ulnar drenam o antebraço, mas levam relativamente pouco sangue da mão. As veias profundas ascendem no antebraço ao lado das artérias correspondentes, recebendo veias tributárias que deixam os músculos com os quais mantêm relação. As veias profundas comunicam-se com as veias superficiais. As veias interósseas profundas, que acompanham as artérias interósseas, unem-se às veias acompanhantes das artérias radial e ulnar. Na fossa cubital, as veias profundas estão unidas à veia intermédia do cotovelo, uma veia superficial. Essas veias profundas da região cubital também se unem às veias acompanhantes da artéria braquial. VEIAS DA MÃO Os arcos palmares venosos superficiais e profundos, associados aos arcos palmares (arteriais) superficiais e profundos, drenam para as veias profundas do antebraço. As veias digitais dorsais drenam para três veias metacarpais dorsais, que se unem para formar uma rede venosa dorsal. Superficialmente ao metacarpo, essa rede prolonga-se em sentido proximal na face lateral como a veia cefálica. A veia basílica origina-se da face medial da rede venosa dorsal. VEIAS SUPERFICIAIS DO MEMBRO SUPERIOR As principais veias superficiais do membro superior, as veias cefálica e basílica, originam-se na tela subcutânea do dorso da mão a partir da rede venosa dorsal. Veias perfurantes formam comunicações entre as veias superficiais e profundas. VEIA CEFÁLICA A veia cefálica ascende na tela subcutânea a partir da face lateral da rede venosa dorsal, prosseguindo ao longo da margem lateral do punho e da face anterolateral da região proximal do antebraço e do braço; muitas vezes é visível através da pele. A veia cefálica segue superiormente entre os músculos deltoide e peitoral maior ao longo do sulco deltopeitoral* e, então, entra no trígono clavipeitoral. A seguir, perfura a membrana costocoracoide e parte da fáscia clavipeitoral, unindo-se à parte terminal da veia axilar. FERNANDA SOUZA VEIA BASÍLICA Esta veia ascende na tela subcutânea a partir da extremidade medial da rede venosa dorsal ao longo da face medial do antebraço e da parte inferior do braço; muitas vezes é visível através da pele. Em seguida, passa profundamente perto da junção dos terços médio e inferior do braço, perfurando a fáscia do braço e seguindo em sentido superior paralelamente à artéria braquial e ao nervo cutâneo medial do antebraço até a axila, onde se funde com as veias acompanhantes da artéria axilar para formar a veia axilar. VEIA INTERMEDIA DO ANTEBRAÇO É muito variável. Inicia-se na base do dorso do polegar, curva-se ao redor da face lateral do punho e ascende no meio da face anterior do antebraço entre as veias cefálica e basílica. Às vezes a veia intermédia do antebraço divide-se em uma veia intermédia basílica, que se une à veia basílica, e uma veia intermédia cefálica, que se une à veia cefálica. PUNÇÃO VENOSA SUPERFICIAL Os vasos linfáticos superficiais originam-se de plexos linfáticos na pele dos dedos, palma e dorso da mão e ascendem principalmente junto com as veias superficiais, como as veias cefálica e basílica. Alguns vasos que acompanham a veia basílica entram nos linfonodos cubitais, situados proximais ao epicôndilo medial e mediais à veia basílica. Os vasos eferentes dos linfonodos ascendem no braço e terminam nos linfonodos axilares umerais (laterais(L.) PUNÇÃO VENOSA PROFUNDA PLEXO BRAQUIAL A maioria dos nervos no membro superior origina-se no plexo braquial, uma importante rede nervosa que supre o membro superior; começa no pescoço e estende-se até a axila. Quase todos os ramos do plexo originam-se na axila (após o plexo cruzar a costela I). O plexo braquial é formado pela união dos ramos anteriores dos quatro últimos nervos cervicais (C5–C8) e o primeiro nervo torácico (T1), que constituem as raízes do plexo braquial.
Compartilhar