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Clostridiaceae Epécies: C. tetani, C. botulinum, C. novyi, C. septicum e C. chauvoei Características da classe Gênero Clostridium Geralmente móveis por flagelos peritríquios Bacilos Gram positivos Esporulados e produtores de exotoxinas Anaeróbios estritos A mortalidade é de até 80% dos animais não imunizados São divididos em dois grupos de acordo coa a sua patogenia: Grupo 1: Clostrídios neurotrópicos - Patogenicidade em neurotoxinas, (Cl. tetani e o Cl. Botulinum). Grupo 2: Histotóxicos - Distribuição pela corrente circulatória. - Feridas e pontos de inoculações podem tornar- se infectados. Clostridium tetani Nas vias ora, retal e no T.G.I são inofensivas Produz duas exotoxinas: tetanospasmina e tetanolisina (hemolisina). O período de incubação para o tétano e de 1-3 semanas, mas em média é de 10-14 dias Nos ovinos, o começo dos sinais clínicos pode ser de 3-10 dias após a castração ou descola. Nos neonatos a infecção do cordão umbilical pode tornar-se evidentes após 48 horas do nascimento. Reservatório: solo Transmissão: A doença ocorre após uma ferida contaminada por esporos do C. tetani Sinais clínicos: rigidez muscular; tremores, rigidez do pescoço e membros traseiros. Patogenia: Hiper-reativo a bater palmas, exposição à luz ou toque. Espasmos iniciam com segundos ou minutos de tremores, depois se tornam permanentes. A alimentação tornar-se difícil, com a progressão da doença os animais desenvolvem trismo. Neurotoxina: -- Tétano ascendente: toxina age no membro da lesão, depois membro contrário e tronco. -- Tétano descendente: A toxina pode circular no sangue e linfonodos. Atinge nos músculos da cabeça e pescoço. -- Tetanolisina (hemolisina): necrose tissular local e favorece a multiplicação -- Tetanoespasmina: bloqueia a sinapse inibitória Age em terminais de células nervosas, migrando ascendentemente para neurônios para alcançar o SNC. Evitando a liberação da glicina, substância necessária para inibição da cadeia nervosa da medula espinhal. Tratamento e controle: -- Sensível às penicilinas, às tetraciclinas e ao cloranfenicol, junto a isso fazer a desinfecção de feridas. Abrir o ferimento e oxigenar. -- IMUNIDADE: Aves são naturalmente imunes. A antitoxina tetânica é preparada com o soro de equinos imunizados. Prevenção: -- As feridas devem ser propriamente limpas e desinfetadas. -- Cirurgias com precauções de higiene. -- Equinos devem ser imunizados antes de procedimentos cirúrgicos ou aplicados antitoxina logo após cirurgias ou medicado com penicilina Clostridium botulinum Resistente: pH ácido, 60graus C x 20 min, Alimentos mal conservados ou inadequadamente esterilizados. Produz potente neurotoxina. Reservatório: os esporos estão distribuídos em todos os lugares. Causa a doença chamada botulismo, que resulta da ingestão de toxina pré-formada nos alimentos contaminados (intoxicação). Toxicidade: toxina composta, que age como um complexo de moléculas com ação de toxina (degeneração celular) somada a uma hemaglutinina. Essa toxina não possui cor, odor e é estável em condições ambientais. Para que a toxina seja inativada precisa passara por uma aquecimento superior a 85 C por no mínimo 5 minutos. Patogenia: - Sintomas de 2h a 5 dias - Toxina penetra na célula nervosa, ligando-se a superfície interna da membrana nervosa, impedindo a liberação de acetilcolina. A toxina botulínica age somente nos nervos colinérgicos do sistema nervoso periférico. - A barreira hemato-encefálica protege os nervos colinérgicos do cérebro para que a toxina não chegue no SNC. - Causa paralisia flácida no SNP, devido a inibição da liberação de acetilcolina na junção neuromuscular esquelética. Formas de infecção: - para que ocorra a infeção primeiro contaminação de um substrato pelo organismo. - Multiplicação dos organismos e produção da toxina. - Sobrevivência da toxina aos processos líticos que a degrade - Ingestão da toxina pelo hospedeiro suscetível. - Após a ingestão da toxina, ela atravessa a parede intestinal em direção à corrente sanguínea e linfática. - A hemaglutinina a protege contra a digestão fisiológica. - Afosforose em bovinos e ovinos ingestão de ossos, ou de carcaças em decomposição. A doença existe onde há deficiência de fósforo no solo Sinais clínicos: - Paralisia flácida que é progressiva. - Há alterações na visão, na locomoção e na deglutição. A língua geralmente paralisa. - Morte resulta da insuficiência respiratória. - Os suínos e os animais carnívoros são normalmente. - Nas aves, há paralisia nas asas, pernas, pescoço. Resistentes a toxina botulínica. Tratamento: - Tratamento de suporte – hidratação e alimentos. - tratamento com antitoxina logo após os inicios dos sintomas. - Monitoramento da excreta (urina e fezes) pela retenção. - Animais com sinais clínicos leves recuperam-se espontaneamente. - Antimicrobianos é controversa: piorar os sinais clínicos pela liberação de mais toxina Imunização e controle: - Antitoxinas protegem os animais contra o botulismo. - A vacinação nas aves não está aplicada à rotina visto que a ocorrência da doença é esporádica Clostridium novyi Causa a doença hemoglobinúria bacilar em ruminantes Patogenia: é ingerido cai no intestino e absorvido pelo sistema linfático e vai ser levado ao fígado, onde permanece quieto na forma esporulada Local de produção da toxina e no fígado Precisa de um ambiente sem O2 para se manifestar a doença. O parasita F. hepática é um dos fatores chaves para desencadear a doença, pois ela gera uma agressão no fígado onde retira o O2, e se o hospedeiro estiver contaminado com C. novyi pode desencadear a hemoglobinúria bacilar. Toxina: - A migração de F. hepática causa lesões em arteríolas e necrose hepática, deixando o ambiente sem O2, permitindo a germinação dos esporos nas células de Kupffer. - Quando saem de sua forma esporulada e adotam a forma vegetativa (forma ativa) durante a sua multiplicação produz sua toxina fosfolipase c que destroem células de Kupffer deixando as bactérias e a toxina livres, quando maior a multiplicação maior a produção toxina, que atinge outros tipos celulares no ambiente hepático. - A toxina no fígado causa hemólise maciça intravascular e lesão capilar. A hemoglobina passa para a urina, pois não consegue ser filtrada no rim devido a quantidade muito grande. Sinais clínicos: - Sangue na urina. Os animais infectados tem febre (40 a 41º C), hipotermia e morte. - Infartos no fígado como resultado da trombose de um dos ramos da veia porta. Tratamento - A doença é caracterizada por morte súbita - O tratamento precoce com antimicrobianos dá bons resultados. - C. haemolyticum é sensível à penicilina G, à ampicilina, ao cloranfenicol e às tetraciclinas Clostridium septicum Habitante normal do solo e nas fezes de herbívoros e outras espécies animais. Causa: Gangrena Gasosa ou Edema maligna Toxina: Produz quatro toxinas: - Alfa (lecitinase) necrotizante, hemolítica e letal. - β = beta (dessoxiribonuclease), leucocida. - γ = gama (hialuronidase) - δ - delta (hemolisina). A toxina mais importante é a alfa. Ela é fatal, necrotizante e contém hemolisina oxigênio estável. Patogenia: - para desenvolver a gangrena precisa haver um trauma antes - Começo súbito, taquicardia acumulo de gás nos tecidos moles e formação de bolhas - Hemorragia, edema e necrose se desenvolvem rapidamente quando a infecção se espalha ao longo dos planos faseais. - Dor, edema, crepitação do local, diminuição da temperatura, sugerindo perda da circulação - Curso clínico menor que 24 h. Infecção: - infecção de ferida- Irradia-se a partir do ponto de infecção em um período de horas ou dias. - O músculo adquire cor escura - hemorragia, edema e necrose. - As tumefações crepitantes mudam de dolorosas e quentes para indolores e frias. Gangrena gasosa: Controle e prevenção - O tratamento pode ser realizado com penicilina e tetraciclina por via sistêmica e/ou local. - O debridamento, drenagem e limpeza das lesões com antissépticos. - Os bezerros devem ser imunizados aos 3-4 meses de idade e os cabritos e cordeiros na época do desmame. Clostridium Chauvoei Está distribuído no solo e trato intestinal dos herbívoros Infecção endógena bovina Causa carbúnculo sintomático: que se trata de uma miosite necrotizante enfisematosa Sinais clínicos: - Miosite necrotizante enfisematosa - Febre alta anorexia depressão e claudicação com lesões crepitantes e morte súbita. - Áreas centrais da lesão secas e enfisematosas - Áreas periféricas edematosas, hemorrágicas, necróticas de odor rançoso Toxinas: Possui 4 toxinas: - alfa toxina (lecitinase), hemolítica, necrotizante e letal) - β - beta toxina - γ - gama toxina (hialuronidase) - δ - delta toxina (hemolisina) Patogenia: - Bovinos jovens, entre quatro meses e três anos de idade, no mais alto nível nutricional são os mais susceptíveis. Animais em bom estado nutricional e com idade entre 6 meses e 3 anos. - Esporos presentes no intestino são veiculados por macrófagos até musculatura onde permanecem em latência. - Traumas nas grandes massas musculares proporcionam um ambiente de baixo potencial de óxido-redução, possibilitando a germinação dos esporos e a consequente produção de toxinas. - O local torna-se edematoso e, à palpação, é observada crepitação decorrente das bolhas de gás produzidas pela multiplicação da bactéria. - A evolução para morte ocorre geralmente em até 72 horas. - Alguns animais tem morte súbita Tratamento: - Sensível a penicilina que pode ser utilizada concomitantemente ao soro hiperimune no local da lesão. - Tetraciclinas e cloranfenicol podem ser empregadas nos estágios iniciais da doença. Controle e profilaxia: - A imunização preventiva dos animais evita o aparecimento de carbúnculo sintomático e sua repercussão econômica. Resumo
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