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CCJ0004-WL-RA-04-Psicologia Aplicada ao Direito (21-03-2012)

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Psicologia Aplicada ao Direito
Prof.: Fernando Antônio Domingos Lins�Disciplina:
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21/03/2012��
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	Plano de Aula: 4 - Psicologia Aplicada ao Direito
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
Título
4 - Psicologia Aplicada ao Direito.
Número de Aulas por Semana
1.
Número de Semana de Aula
4.
Tema
A família: relações afetivas e tipos de famílias na contemporaneidade.
Objetivos
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
-Compreender a formação dos afetos entre as pessoas;
-Descrever a formação e função da família em seus aspectos psicossociais;
-Diferenciar os tipos de famílias na contemporaneidade.
Estrutura do Conteúdo
A proposta desta aula é chamar a atenção do aluno para a formação das relações afetivas e a estruturação de afetos entre as pessoas. A partir daí, explicar a formação e função da família.
Conteúdos:
-Relações afetivas;
-Formação da família;
-Funções da família.
Tipos de famílias
Conceitos:
Relações afetivas - É preciso lembrarmos a importância dos vínculos, ou seja, a importância do outro para nos estruturarmos. Refletir sobre os vínculos é possibilitar novos significados para essa experiência primitiva; e para superar entraves precisamos falar das dificuldades. O afeto que não conseguimos administrar nos empobrece. Quando estamos em crise afetiva, é como se ficássemos menos atentos à percepção de um novo conteúdo, à percepção dos outros; é como se ficássemos embotados.
Formação da família – o professor deve iniciar a discussão com: O que é uma família? A dificuldade começa pela própria definição. Se fizermos uma pequena pesquisa com os mil participantes de uma Assembléia, vamos encontrar quase mil maneiras diferentes de estruturação do grupo familiar. Na nossa sociedade, o modelo vigente é mãe, pai, filhos; de preferência um casal, com divisões (rígidas) do trabalho etc. e tal. As exceções, segundo Eunice Durham, In Família e Reprodução Humana (1983), acabam sendo maiores do que a representação social que temos de família. Mas, esse é o modelo que acaba permeando a nossa demanda afetiva. Podemos então, definir família como um conjunto invisível de exigências funcionais que organiza a interação dos membros da mesma, considerando-a, igualmente, como um sistema, que opera através de padrões transacionais. Assim, no interior da família, os indivíduos podem constituir subsistemas, podendo estes ser formados pela geração, sexo, interesse e/ou função, havendo diferentes níveis de poder, em que os comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros. A família, como unidade social, enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento, diferindo a nível dos parâmetros culturais, mas possuindo as mesmas raízes universais.
Funções da família - As famílias, como agregações sociais, ao longo dos tempos, assumem ou renunciam funções de proteção e socialização dos seus membros, como resposta às necessidades da sociedade pertencente. Nesta perspectiva, as funções da família regem-se por dois objetivos, sendo um de nível interno, como a proteção psicossocial dos membros, e o outro de nível externo, como a acomodação a uma cultura e sua transmissão. A família deve então, responder às mudanças externas e internas de modo a atender às novas circunstâncias sem, no entanto, perder a continuidade, proporcionando sempre um esquema de referência para os seus membros . Existe, consequentemente, uma dupla responsabilidade, isto é, a de dar resposta às necessidades quer dos seus membros, quer da sociedade.
Apresentação, de forma breve, dos tipos de família na contemporaneidade. Sugestão de Conteúdo: Tipos de família na contemporaneidade – cada família assume uma estrutura característica. Por estrutura, entende-se, “uma forma de organização ou disposição de um número de componentes que se inter-relacionam de maneira específica e recorrente” (WHALEY e WONG, 1989, p. 21). Deste modo, a estrutura familiar compõe-se de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente reconhecidas, e com uma interação regular e recorrente também ela, socialmente aprovada. A família pode então, assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste num homem, numa mulher e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário. Existem também famílias com uma estrutura de pais únicos ou monoparental, tratando-se de uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenômenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar ou adoção de crianças por uma só pessoa. A família, ampliada ou extensa (também dita consanguínea) é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos. Para além destas estruturas, existem também as denominadas de famílias alternativas, sendo elas as famílias comunitárias e as famílias homoafetivas�� HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexual" . As famílias comunitárias, ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, em que  a total responsabilidade pela criação e educação das crianças se relaciona aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos. Nas famílias homossexuais existe uma ligação conjugal ou marital entre duas pessoas do mesmo sexo, que podem incluir crianças adotadas ou filhos biológicos de um ou ambos os parceiros. Quanto ao tipo de relações pessoais que se apresentam numa família, podemos apresentar três tipos de relação. São elas a de aliança (casal), a de filiação (pais e filhos) e a de consanguinidade (irmãos). É nesta relação de parentesco, de pessoas que se vinculam pelo casamento ou por uniões sexuais que se geram os filhos.
Aplicação Prática Teórica
1- A respeito das configurações familiares no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
(a) Vem diminuindo o percentual de famílias compostas pelo casal e filhos e paralelamente crescendo as formadas por apenas um dos pais e seus filhos;
(b) Em nossa realidade, estudos têm apontado que nas famílias de classe média permanece uma hierarquia de papéis, organizados a partir de uma visão tradicional do homem como provedor material e moral do núcleo familiar;
(c) Assiste-se à transferência da autoridade familiar para a escola, organizações assistenciais e Estado, o que institui um domínio público em questões antes consideradas privadas;
(d) A violência endêmica, com a consequente diminuição da utilização dos espaços públicos, vem comprometendo as relações de vizinhança, privando as famílias de uma rede de apoio social antes disponível;
(e) Nem todas as formas de constituição de famílias são reconhecidas pela legislação brasileira que não reconhece, por exemplo, o casamento homossexual.
(AGENTE DE DEFESA CIVIL – PSICÓLOGO – RECIFE / 2007)
2- As pesquisas sobre famílias no Brasil têm mostrado a diversidade na sua organização, tanto no que se refere à composição quanto no que diz respeito às formas de sociabilidade que vigoramno seu interior. Essa variedade segundo Romanelli (inCARVALHO, 2003), não elimina o predomínio da família nuclear constituída por:
(a)Uma mulher, seus filhos resultantes de uma ou mais uniões, um companheiro, permanente ou ocasional;
(b)Uma mulher, seus filhos resultantes de uma ou mais uniões, um companheiro permanente;
(c)Marido, esposa e filhos biológicos;
(d)Marido, esposa e filhos biológicos ou adotivos;
(e)Marido, esposa, filhos e outros parentes.
(PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS- PSICÓLOGO)
3- Leser (inCARVALHO, 2003) afirma que é comum considerar-se a desorganização familiar observada em muitas famílias que se encontram em condições de pobreza, como responsável pelo fracasso escolar. Entretanto, as pesquisas com famílias das favelas e periferias das grandes cidades apontam para o fato de que o que existe não é desorganização familiar, mas poliformismo familiar. A partir do texto acima responda:
a) Como pode ser explicado o poliformismo familiar?
b) Esta questão, do poliformismo familiar, teria consequências no fracasso escolar? Fundamente sua resposta. (ADAPTAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS – PSICÓLOGO/2004)
4- A família é o primeiro grupo social do qual o individuo faz parte. A observação e a análise das estruturas familiares permitem-nos identificar melhor a posição do individuo no grupo e os jogos que aí se produzem e podem se reproduzir na modalidade de sua articulação com todo o campo social.Exemplifique estas posições do indivíduo.
(ADAPTAÇÃO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MACEIÓ – PSICÓLOGO/2008)
4- Análise o texto abaixo à luz das questões de gênero:
Das mulheres são esperados comportamentos compatíveis como servir e cuidar dos outros, sendo capazes de realizar duas ou mais jornadas e várias tarefas simultâneas em uma jornada interminável, que leva a um desgaste prolongado, enquanto que dos homens são esperados comportamentos compatíveis com autocontrole emocional, sendo capazes de assumir riscos e exigências que em muitas vezes superam sua capacidade física.
(ADAPTAÇÃO SEPROD/EMATER-PARÁ- PSICÓLOGO/2005)
==XXX==
Resumo Aula (Waldeck Lemos)
	4ª AULA – Personalidade e Diversidade Humana
	1ª Parte: Caderno de textos-02 Personalidade: (Páginas 424-429)
Estrutura da Personalidade (pag. 424)
1° Modelo Freudiano (1900)
-Inconsciente;
-Pré-consciente;
-Consciente.
Consciência: Será a nossa capacidade de responder aos estímulos na vida presente.
2° Modelo Freudiano (1930)
-Princípio do Prazer (ID);
-Superego (Super Eu);
-Ego (Eu ou Princípio da Realidade)
Desenvolvimento da Personalidade Segundo Freud:
-Fases Psicossexuais:
-Oral;
-Anal (Sádica);
-Fálica;
-Latência;
-Genital.
Avaliando o Inconsciente (Não Freudiana) (pag. 426)
-Testes Projetivos de Personalidade:
-Teste de Apercepção Temática (TAT);
-Teste de Rurschach.
Avaliando a Perspectiva Psicanalítica (pag. 427-429)
-Descendentes e Dissidentes Freudianos;
-As Idéias de Freud à luz da Pesquisa Moderna;
-As Idéias de Freud na Condição de Teoria Científica.
2ª Parte: Caderno de textos-01 A Ciência da Psicologia: (Páginas 19 a 22)
Diversidade Humana (pag. 19-22)
-Gênero e Estereótipos de Gênero;
-Orientação Sexual;
-Raça e Etnia;
-Minorias Raciais e Étnicas na Psicologia;
-Cultura (Conceitos e Princípios Gerais).
	EXTRA
	Assistir: Os Contos Proibidos do Marquês de Sade - Documentário.
	EXTRA
	Ler: Livro: Infiel – Ayan Irsiali (Clitoridectomia – Somália).
==XXX==
	Capítulo 1: A Ciência da Psicologia (Páginas 09-18)
Livro: Introdução à Psicologia
(Charles G. Morris e Albert A. Maisto)
	A Ciência da Psicologia
	2-O Crescimento da Psicologia? (ASSUNTO PROVA – AV1)
“A Psicologia possui um longo passado, mas uma curta história”. O que isso significa?
No Ocidente, desde os tempos de Platão e Aristóteles, as pessoas se questionavam sobre o comportamento humano e os processos-mentais. Mas foi somente no final do século XIX que começou a ser aplicado o método científico às questões que intrigaram os filósofos durante séculos. Só então a psicologia se tornou uma disciplina formal e científica, separada da filosofia. A história da psicologia pode ser dividida em três fases principais: seu surgimento como uma ciência da mente, as décadas do behaviorismo e a "revolução cognitiva".
	2.1-A “nova Psicologia” uma ciência da mente.
-Como Wundt ajudou a definir a psicologia como uma ciência da mente?
-Por que James acreditava que a sensação e a percepção sozinhos não explicavam o comportamento?
-Por que a teoria do inconsciente de Freud causou tanto espanto na virada do século XX?
No início do século XX, a maioria dos cursos de psicologia localizava-se nos departamentos de filosofia. Mas os fundamentos da "nova psicologia" — a ciência da psicologia — já haviam sido lançados
	Wilhelm Wundt e Edward Bradford Titchener: estruturalismo
Wilhelm Wundt
Há concordância geral de que a psicologia nasceu em 1879, ano em que Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha. Aos olhos do público, um laboratório identificava um ramo de investigação como "ciência" (Benjamin, 2000). A princípio, Wundt não atraiu muita atenção; apenas quatro alunos assistiram à sua primeira aula. Na metade da década de 1890, contudo, as aulas ministradas por ele estavam sempre lotadas.
Wundt pôs-se a tentar explicar a experiência imediata e a desenvolver maneiras de estudá-la cientificamente, embora também acreditasse que alguns processos mentais não pudessem ser explicados por meio de experimentos científicos (Blumenthal, 1975). Wundt deu importância central à atenção seletiva — processo por meio do qual determinamos em que vamos prestar atenção em um determinado momento. Para ele, a atenção é ativamente controlada por intenções e motivações. Por outro lado, a atenção controla outros processos psicológicos, como percepções, pensamentos e memórias. Examinaremos o papel da atenção mais detalhadamente nos Capítulos 4 ("Estados de consciência") e 6 ("Memória"), mas por enquanto é suficiente observar que, ao estabelecer um laboratório e insistir na mensuração e na experimentação, Wundt fez com que a psicologia passasse do domínio da filosofia para o mundo da ciência (Benjamin, 2000).
Um dos importantes produtos do laboratório de Leipzig foram seus alunos, que levaram a nova psicologia científica para universidades de outros países, inclusive os EUA. G. Stanley Hall, que estabeleceu o primeiro laboratório de psicologia norte-americano na Universidade Johns Hopkins, em 1883, estudou com Wundt, assim como J. M. Cattell, o primeiro norte-americano a ser chamado de "professor de psicologia" (na Universidade da Pensilvânia, em 1888). Também outro aluno, Edward Bradford Titchener, nascido na Grã-Bretanha, seguiu para a Universidade Cornell. Em vários aspectos, as idéias de Titchener se diferenciavam muito das de seu mentor. Titchener estava impressionado com os recentes avanços da química e da física, alcançados ao analisar os compostos complexos (moléculas) quanto a seus elementos básicos (átomos). Da mesma forma, pensou Titchener, os psicólogos deveriam analisar experiências complexas quanto a seus componentes mais simples. Por exemplo: quando as pessoas olham para uma banana, pensam imediatamente: "Aqui temos uma fruta, algo para comer". Mas essa percepção se baseia em associações de experiências passadas; quais são então os elementos mais fundamentais, os "átomos", do pensamento?
Titchener dividiu a consciência em três elementos básicos: sensações físicas (o que vemos), sentimentos (como gostar ou não de bananas) e imagens (lembranças de outras bananas). Até mesmo os mais complexos pensamentos e sentimentos, argumentou ele, podem ser reduzidos a esses elementos simples. Titchener via o papel da psicologia como sendo o de identificar esses elementos e mostrar o modo como eles podem ser combinados e integrados — uma abordagem conhecida como estruturalismo. Embora a escola estruturalista da psicologia tenha tido vida relativamente curta e poucos efeitos de longoprazo, o estudo da percepção e da sensação continua a ser parte importante da psicologia contemporânea (veja o Capítulo 3, "Sensação e percepção").
	William James: funcionalismo
William James
Um dos primeiros acadêmicos a desafiar o estruturalismo foi um norte-americano, William James (filho do filósofo transcendentalista Henry James, pai, e irmão do romancista Henry James). Quando jovem, James, pai, se graduou em fisiologia e estudou filosofia por conta própria, sem ser capaz de decidir o que lhe interessava mais. Na psicologia ele encontrou a relação entre as duas coisas. Em 1875, James ministrou uma aula de psicologia em Harvard. Mais tarde, ele comentou que a primeira conferência que ouviu sobre o assunto foi a sua própria.
James afirmava que os "átomos da experiência" de Titchener — sensações em seu estado puro, sem associações -- simplesmente não existiam na vida real. Nossa mente estaria constantemente fazendo associações, revendo experiências, iniciando, interrompendo e movendo-se para a frente e para trás no tempo. Percepções, emoções e imagens não podem ser separadas, argumentou James; a consciência flui continuamente. Se não pudéssemos reconhecer uma banana, teríamos de descobrir o que é uma banana sempre que víssemos uma. As associações mentais permitem que nos beneficiemos de nossas experiências anteriores.
Quando nos levantamos pela manhã, vestimo-nos, abrimos a porta e caminhamos pela rua, não precisamos pensar sobre o que estamos fazendo; agimos guiados pelo hábito. James sugeriu que, quando repetimos uma ação, nosso sistema nervoso é modificado de maneira que cada repetição se torna mais fácil que a anterior.
James desenvolveu uma teoria funcionalista dos processos mentais e do comportamento, que levantava questões ainda bastante atuais a respeito da aprendizagem, da complexidade da vida mental, do impacto que as experiências têm sobre o cérebro e do lugar que a humanidade ocupa no mundo natural. Embora não tivesse muita paciência com experimentos, James, assim como Wundt e Titchener, acreditava que o objetivo da psicologia era analisar a experiência. Wundt não se surpreendeu. Após ler o livro de James Os princípios da psicologia (1890), ele comentou: "É literatura, é lindo, mas não é psicologia” (apua Hunt, 1994, p. 139).
	Sigmund Freud: psicologia psicodinâmica (ASSUNTO PROVA - AV1
Sigmund Freud
De todos os pioneiros da psicologia, Sigmund Freud é de longe o mais conhecido — e o mais controverso. Doutor em medicina, ao contrário dos outros nomes que apresentamos anteriormente, Freud era fascinado pelo sistema nervoso central. Ele passou muitos anos pesquisando no laboratório de psicologia da Universidade de Viena e somente com muita relutância se tornou um médico praticante. Após uma viagem a Paris, onde estudou com um neurologista que estava utilizando a hipnose no tratamento de distúrbios do sistema nervoso, Freud abriu um consultório particular em Viena. Seu trabalho com pacientes o convenceu de que diversas doenças nervosas tinham origens psicológicas em vez de fisiológicas. As observações clínicas o levaram a desenvolver uma ampla teoria da vida mental, que se diferenciava radicalmente das visões de seus predecessores.
Freud sustentava que os seres humanos não são tão racionais quanto imaginam e que o "livre-arbítrio", que era tão importante para Wundt, é uma grande ilusão. Em vez disso, somos motivados por instintos e impulsos inconscientes que não estão disponíveis na parte racional e consciente de nossa mente. Outros psicólogos haviam se referido ao inconsciente apenas brevemente, como um depósito empoeirado de velhas experiências e informações que poder mos recordar sempre que necessário. Em contraste, Freud via o inconsciente como um dinâmico caldeirão de impulsos sexuais e agressivos primitivos, desejos reprimidos, medos e vontades inominável: memórias traumáticas da infância. Embora reprimidos (ou escondidos da percepção), os impulsos inconscientes exercem pressão sobre a mente consciente e se expressam de maneiras disfarçadas ou alteradas que inclui sonhos, manias, lapsos de linguagem e sintomas de doenças mentais, bem como por meio atividades socialmente aceitáveis como a arte e a literatura. A fim de desvendar o inconsciente, Freud desenvolveu a técnica da associação livre, na qual o paciente deita-se em um sofá, relembra sonhos e diz o que lhe vier à mente.
A teoria psicodinâmica de Freud foi tão controversa no começo do século XX quanto a teoria da evolução de Charles Darwin havia sido 25 anos antes. Seus contemporâneos vitorianos ficaram em estado choque não apenas devido à ênfase que ele dava à sexualidade, mas também por sua sugestão de que frequentemente não estamos conscientes de nossos verdadeiros motivos e, assim, não estamos inteiramente no controle de nossos pensamentos e comportamentos. Apesar de (ou talvez por causa de) sua notoriedade, as conferências e os escritos de Freud atraíram considerável atenção tanto nos EUA quanto na Europa; ele exerceu um impacto profundo nas artes e na filosofia, bem como na psicologia. Entretanto, teorias e os métodos de Freud continuam a inspirar um debate acalorado.
A teoria psicodinâmica, conforme expandida e revista pelos colegas e sucessores de Freud, lançou os fundamentos do estudo da personalidade e dos distúrbios psicológicos, conforme discutiremos mais adiante neste livro (capítulos 10, 12 e 13). Sua noção revolucionária do inconsciente e sua descrição que os seres humanos estão em constante guerra consigo mesmos são aceitas como verdadeiras hoje dia, pelo menos nos meios artísticos e literários. Entretanto, as teorias de Freud nunca foram totalmente aceitas pelas principais correntes da psicologia e, nas últimas décadas, sua influência sobre a psicologia clínica e a psicoterapia diminuiu (Robins, Gosling e Craik, 1999; veja também Westen, 1998).
	2.2-Redefinindo a Psicologia: o estudo do comportamento.
Até o começo do século XX, a psicologia via-se como o estudo dos processos mentais, conscientes ou inconscientes (psicologia psicodinâmica), tidos como pequenas unidades e componentes (estruturalismo) ou como um fluxo em constante mudança (funcionalismo). O principal método de coleta de dados era a introspecção ou a auto-observação, em laboratório ou no divã de um analista. Entretanto, no início do século XX, uma nova geração de psicólogos se rebelou contra essa abordagem "amena". Quem liderou essa postura desafiadora foi o psicólogo norte-americano John B. Watson.
	
	
	
	
	
	
	
==XXX==
	Capítulo 15: Personalidade (Páginas 422-429)
Livro: Psicologia
(David G. Myers)
	
	
	
	
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-004/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-004/WLAJ/DP

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