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Responsabilidade do Estado

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Direito Administrativo II 
6º período - 2021 
responsabilidade do estado 
A responsabilidade do Estado trata-se de uma obrigação atribuída ao Poder Público de ressarcir os 
danos causados a terceiros, pelos seus agentes, quando no exercício de suas atribuições. 
Art. 43, CC. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis 
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado 
direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa 
ou dolo. 
Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa. 
 
 
 
 
 
evolução histórica: 
• Irresponsabilidade: a primeira fase da evolução do instituto foi denominada fase da 
“irresponsabilidade do Estado”, em que o Poder Público não respondia por qualquer tipo de 
prejuízo causado a terceiros. 
Essa fase, que experimentou seu auge na época do Absolutismo no continente europeu, está bem 
representada pela seguinte frase, acolhida pela melhor doutrina: “The King can do no wrong” (O Rei 
não pode errar jamais). 
• Responsabilidade subjetiva: a segunda fase de evolução dessa teoria é a chamada fase da 
“responsabilidade subjetiva”, em que o Estado, que até então não respondia em hipótese 
alguma pelos prejuízos causados a terceiros, passa a responder com base no conceito de 
culpa. 
Essa culpa, por sua vez, poderia recair sobre um agente ou, então, caracterizar-se como anônima 
naquelas situações em que não se conseguisse vislumbrar alguém especificamente responsável pela 
lesão causada a terceiros. 
Para que haja pagamento da indenização, deverá existir o dano, ou seja, o prejuízo da vítima, que enseje, dessa 
maneira, a reparação. 
O dano pode ser patrimonial ou moral. 
− Os danos patrimoniais atingem bens jurídicos que podem ser auferidos pecuniariamente, ou seja, 
relacionados a uma quantia em dinheiro. 
− Os danos morais ofendem direitos que não estão na esfera patrimonial, que dizem respeito aos direitos 
personalíssimos, relacionados com o direito à integridade física, psíquica e moral. 
 
 
Direito Administrativo II 
6º período - 2021 
• Responsabilidade objetiva: a terceira e última fase de evolução desse instituto é denominada 
“responsabilidade objetiva”, em que o Estado, que anteriormente respondia com base no 
conceito de culpa, continua a responder, só que agora com base no conceito de “nexo de 
causalidade”. 
O denominado nexo causal representa a relação de causa e efeito existente entre o fato ocorrido 
e as consequências dele resultantes. 
Assim, sempre que se verificar uma estreita relação entre o fato ocorrido e as consequências por ele 
provadas, torna-se possível o acionamento do Estado para a recomposição dos prejuízos, sem a 
necessidade de comprovação de culpa ou dolo para a caracterização de sua responsabilidade. 
Essa modalidade de responsabilidade pode acarretar-se sob duas variantes, vale dizer, a do risco 
integral e a do risco administrativo, ambas apresentando como pressuposto a caracterização do nexo 
de causalidade. 
− Risco integral: entende-se por risco integral aquela situação em que o Estado responde por 
qualquer prejuízo causado a terceiros, ainda que não tenha sido o responsável por ele, o que faz 
com que, uma vez acionado, não possa invocar em sua defesa as chamadas “excludentes” ou 
“atenuantes” de responsabilidade. Isso porque responde por qualquer prejuízo causado a 
terceiros, pouco importando saber se foram eles originários de eventos provocados pela 
natureza, pelo homem ou mesmo de resultado de culpa exclusiva de quem o experimentou. 
− Risco administrativo: entende-se por risco administrativo aquela em que o Estado só responde 
por prejuízos que tiver ocasionado a terceiros, podendo ter sua responsabilidade afastada nas 
hipóteses em que o dano foi causado por eventos da natureza, pelo homem ou por culpa 
exclusiva da vítima. 
 
RISCO INTEGRAL 
O Estado responde por qualquer prejuízo causado a terceiros, não podendo invocar 
em sua defesa as chamadas “excludentes” ou “atenuantes” de responsabilidade 
(caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva da vítima). 
 
RISCO ADMINISTRATIVO 
O Estado só responde por prejuízos que tiver ocasionado a terceiros, podendo 
invocar em suas defesas as chamadas “excludentes” ou “atenuantes” de 
responsabilidade (caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva da vítima). 
 
teoria do risco administrativo: 
A teoria do risco administrativo representa o fundamento da responsabilidade objetiva do Estado. 
 
Para gerar responsabilidade do Estado, devem surgir três elementos: a conduta administrativa, o 
dano e o nexo causal. 
CONDUTA DANO NEXO CAUSAL 
• Conduta de agente público 
agindo nessa qualidade; 
• Dano afeta direito 
juridicamente tutelado 
pelo Estado; 
• Há relação entre a conduta 
estatal e o dano sofrido 
pelo terceiro; 
A responsabilidade objetiva do Estado pressupõe “ação” do agente público. 
 
 
Direito Administrativo II 
6º período - 2021 
• Agente público no exercício 
de função pública. 
• Pode decorrer de uma 
atividade lícita ou ilícita. 
• A conduta estatal causou o 
dano. 
 
No caso da teoria do risco administrativo, o Estado poderá eximir-se da reparação em alguns casos 
específicos (caso fortuito ou força maior, culpa exclusiva da vítima e fato exclusivo de terceiro), 
mas é preciso que comprove que determinada situação não foi sua culpa. Portanto, nessa teoria há 
uma presunção de culpa da administração. 
CASO FORTUITO 
OU FORÇA MAIOR 
CULPA EXCLUSIVA 
DA VÍTIMA 
FATO EXCLUSIVO 
 DE TERCEIROS 
Eventos humanos ou da natureza dos 
quais não se poderia prever ou evitar. 
 
Há casos em que a culpa é exclusiva 
da vítima. Todavia, o ônus da prova é 
do Estado. 
É o caso de eventos om multidões ou 
muitas pessoas e não há controle da 
situação. 
 
teoria da culpa administrativa: 
A teoria da culpa administrativa representa o fundamento da responsabilidade subjetiva do Estado. 
 
Aplica-se nos casos de omissão do Poder Público, caracterizada pela “falta de serviço” ou “falha do 
serviço”. Assim, é necessário que o lesado comprove que deixou de agir quando deveria. 
Art. 186, CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito. 
Para gerar responsabilidade do Estado, devem surgir quatro elementos: a conduta administrativa, o 
dano, o nexo causal e a culpa ou dolo (que deve ser comprovada). 
teoria objetiva x teoria subjetiva: 
Quando o ato que determinou a responsabilização for uma ação do Estado, é usada a Teoria do Risco 
Administrativo (teoria objetiva), por outro lado, no caso de omissão do Estado, a teoria utilizada é a 
culpa administrativa, ou seja, a teoria subjetiva. 
A responsabilidade subjetiva do Estado refere-se à omissão do agente público. 
 
 
Direito Administrativo II 
6º período - 2021 
 
Ação ou 
omissão
DOLOSA Conhecimento da ilicitude. Agiu intencionalmente (ação volitiva).
CULPOSA
A conduta como culposa surge 
quando o agente deu causa ao 
resultado por imprudência (agiu 
sem cuidado), negligência 
(descuido ou desatenção) ou 
imperícia (agiu sem habilidade).

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