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Histologia do Sistema Respiratório

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Histologia do Sistema Respiratório
1- Identificar em fotomicrografias/lâminas histológicas o epitélio de revestimento da traqueia
Traqueia
A traqueia é um tubo curto e flexível de aproximadamente 2,5 cm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento. Serve de conduto para o ar; além disso, a sua parede ajuda na purificação do ar inspirado. A traqueia estende-se da laringe até aproximadamente a metade do tórax, em que se divide nos dois brônquios principais (primários). O lúmen da traqueia permanece aberto devido à existência da série de anéis cartilaginosos. É revestida internamente por epitélio do tipo respiratório. 
A parede da traqueia consiste em quatro camadas bem-definidas:
•A mucosa, composta de um epitélio pseudoestratificado ciliado e uma lâmina própria rica em fibras elásticas. A lâmina própria da mucosa é formada por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. Contém glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen traqueal. A secreção, tanto das glândulas como das células caliciformes do epitélio superficial, forma uma lâmina viscosa contínua sobre o epitélio, que é levada em direção à faringe pelos batimentos ciliares e, dessa maneira, remove partículas de pó e microrganismos que entraram com o ar inspirado e aderiram ao muco.
•A submucosa, composta de tecido conjuntivo ligeiramente mais denso que o da lâmina própria
•A camada cartilaginosa, composta de cartilagens hialinas em formato de C
•A adventícia, composta de tecido conjuntivo que liga a traqueia às estruturas adjacentes.
Epitélio da traqueia
· As células colunares ciliadas, as células mucosas (caliciformes) e as células basais constituem os principais tipos de células encontrados no epitélio da traqueia
· Uma “membrana basal” espessa caracteriza o epitélio da traqueia. Abaixo do epitélio da traqueia, há uma camada distinta típica de membrana basal que, em geral, é vista como uma camada fracamente corada, homogênea ou vítrea.
· Nos fumantes, particularmente naqueles que apresentam tosse crônica, essa camada (membrana basal) pode estar consideravelmente mais espessa em resposta à irritação da mucosa. Nos indivíduos com asma, a membrana basal também é mais espessa e mais pronunciada, particularmente nos bronquíolos.
· A lâmina própria da mucosa é formada por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. Contém glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen traqueal.
· A traqueia é revestida externamente por um tecido conjuntivo frouxo, constituindo a camada
adventícia, que se continua com os tecidos análogos de órgãos adjacentes.
 
Fotomicrografia do epitélio da traqueia- Três tipos celulares principais são evidentes no epitélio (Ep) da traqueia: as células colunares ciliadas; as células caliciformes (cc) secretoras de muco intercaladas com as células ciliadas; e as células basais localizadas próximas da membrana basal (MB). As células colunares ciliadas estendem-se da membrana basal até a superfície. Em sua superfície livre, essas células apresentam numerosos cílios que, em seu conjunto, conferem à superfície uma aparência de escova. Na base dos cílios, observa-se uma linha eosinófila densa. Tal linha é produzida pela distribuição linear de estruturas denominadas corpúsculos basais, localizados na extremidade proximal de cada cílio. Embora as membranas basais não sejam geralmente vistas em preparações coradas pela H&E, uma membrana basal é comumente observada sob o epitélio da traqueia humana. A lâmina própria (LP) subjacente consiste em tecido conjuntivo frouxo. A submucosa (SM) localiza-se mais profundamente e contém tecido conjuntivo denso não modelado com vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e numerosas glândulas traqueais secretoras de muco. 
2- Debater como agressões ao epitélio da traqueia podem levar à adaptações do mesmo
Em vários locais da mucosa da porção respiratória, desde as cavidades nasais até a laringe, existem áreas de epitélio estratificado pavimentoso, em vez do epitélio respiratório. O epitélio estratificado pavimentoso é encontrado nas regiões diretamente expostas ao fluxo de ar e à possibilidade de abrasão (p. ex., orofaringe, epiglote, cordas vocais). Esse tipo de epitélio oferece uma proteção melhor ao atrito do que o epitélio respiratório. Quando ocorrem modificações na corrente de ar e no direcionamento de substâncias abrasivas do ambiente, determinadas áreas do epitélio pseudoestratificado colunar se transformam em epitélio estratificado pavimentoso. 
Nos tabagistas ocorre aumento no número das células caliciformes e redução da quantidade de células ciliadas. O aumento da produção de muco nos fumantes facilita a retenção mais eficiente de poluentes; porém, a redução das células ciliadas devido ao excesso de CO2 produzido pelos cigarros resulta na diminuição do movimento da camada de muco, o que frequentemente leva à obstrução parcial dos ramos mais finos da porção condutora do sistema respiratório. 
Mudanças do epitélio podem ocorrer quando o padrão do fluxo de ar é alterado ou quando ocorre fluxo de ar forçado, como na tosse crônica. O epitélio estratificado é mais resistente ao estresse físico, mas é menos efetivo na funcionalidade respiratória. Em fumantes, incialmente, os cílios das células ciliadas perdem seu padrão de batimento devido aos elementos nocivos presentes na fumaça. Com isso a remoção do muco fica comprometida. Como forma de compensação, o indivíduo começa a tossir, facilitando a expulsão do muco acumulado nas vias respiratórias, principalmente na traqueia. O número de células ciliadas diminui em função à tosse crônica. Isso contribui para que o epitélio normal resulte em estratificado pavimentoso.
A fumaça e substâncias contidas nela agridem o epitélio e como defesa o epitélio muda de pseudoestratificado ciliado para estratificado pavimentoso e isso se chama metaplasia (forma de resistência). Metaplasia pode resultar em tumor.
3-Identificar em fotomicrografias/lâminas histológicas a estrutura do pulmão (brônquio, bronquíolo, bronquíolo respiratório, saco alveolar, alvéolo e septo alveolar)
Brônquios
A traqueia é dividida em dois ramos, que formam os brônquios principais (primários), os quais são anatomicamente denominados como brônquios principais direito e esquerdo. Na sua porção inicial, os brônquios apresentam a mesma estrutura histológica geral que a traqueia. A partir de sua entrada nos pulmões, onde irão se constituir os brônquios intrapulmonares, a estrutura da parede brônquica se modifica. Os anéis cartilaginosos são substituídos por placas de cartilagem de formato irregular.
Nos ramos maiores, a mucosa é semelhante à da traqueia, revestida por epitélio respiratório; já nos ramos menores, o epitélio é cilíndrico simples ciliado. A lâmina própria é rica em fibras elásticas. Externamente à mucosa segue-se uma camada de músculo liso, formada por feixes musculares dispostos em espiral. Esses feixes circundam completamente o brônquio e são, portanto, diferentes dos da traqueia, em que o músculo só existe na porção dorsal do tubo.
Externamente à camada muscular, estão situadas as peças cartilaginosas dos brônquios. Diferente das cartilagens em forma de C da traqueia, a parede dos brônquios tem várias pequenas peças cartilaginosas de formato irregular, cujo conjunto circunda o tubo inteiramente.
As peças cartilaginosas são envolvidas por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas. Essa capa conjuntiva, frequentemente denominada camada adventícia, se continua com as fibras conjuntivas do parênquima pulmonar adjacente. Tanto na adventícia como na mucosa, são frequentes os acúmulos de linfócitos. Particularmente nos pontos de ramificação da árvore brônquica, é comum a existência de nódulos linfáticos pertencentes ao BALT, tecido linfático associado à mucosa brônquica.
Corte transversal da parede de um brônquio intrapulmonar com seus principais componentes. À superfície do epitélio está aderida uma camada de muco. Duas pequenas glândulas estão assinaladas (Gl). 
Este brônquio está envolvido por alvéolos do parênquima pulmonar.
Corte da paredede um brônquio com acúmulo de tecido linfático (BALT), que é componente do tecido linfático associado às mucosas
Apesar da traqueia e brônquios apresentarem características histológicas semelhantes podemos diferenciá-los a partir da musculatura lisa e das peças cartilaginosas:
· O brônquio apresenta uma musculatura lisa bem desenvolvida na camada mucosa, esta estrutura está ausente na traqueia.
· A traqueia apresenta anel de cartilagem hialina, nos brônquios observam-se as placas de cartilagem hialina
A- Traqueia 
B- Brônquio
Bronquíolos 
Quando se compara a espessura da camada muscular dos brônquios com a dos bronquíolos, nota-se que a musculatura bronquiolar é proporcionalmente mais espessa que a brônquica.
Os bronquíolos são segmentos intralobulares, com diâmetro de 1 mm ou menos. Além do diâmetro menor, algumas de suas características diferenciais com os brônquios são: ausência de cartilagem e de glândulas em suas paredes. Nódulos linfáticos do BALT são infrequentemente encontrados.
Seu epitélio é cilíndrico simples ciliado nas porções iniciais, passando, na porção final, a cúbico simples inicialmente ciliado e finalmente sem cílios. As células caliciformes diminuem em número, podendo estar ausentes completamente no final dos bronquíolos.
O epitélio dos bronquíolos apresenta regiões especializadas, os corpos neuroepiteliais. Cada corpo neuroepitelial é constituído por 80 a 100 células que contêm grânulos de secreção e recebem terminações nervosas colinérgicas.
Os segmentos broncopulmonares são ainda subdivididos em lóbulos pulmonares. Cada lóbulo é suprido por um bronquíolo. Septos delicados de tecido conjuntivo que separam parcialmente os lóbulos adjacentes podem estar presentes na superfície do pulmão como áreas poligonais de limites imprecisos. Os ácinos pulmonares são pequenas estruturas presentes nos lóbulos. Cada ácino consiste em um bronquíolo terminal, nos bronquíolos respiratórios e nos alvéolos. Por conseguinte, a unidade bronquiolar respiratória é a menor unidade funcional da estrutura pulmonar. Consiste em um único bronquíolo respiratório e nos alvéolos que ele supre.
Os bronquíolos maiores representam ramos dos brônquios segmentares. Esses ductos ramificam-se repetidamente, dando origem aos bronquíolos terminais menores, que também se ramificam. Por fim, os bronquíolos terminais dão origem aos bronquíolos respiratórios.
Fotomicrografia mostrando a porção respiratória da árvore bronquial. Nesta fotomicrografia, um bronquíolo terminal (BT) é mostrado em corte longitudinal, quando se ramifica em dois bronquíolos respiratórios (BR). O bronquíolo terminal é a parte mais distal da porção condutora do sistema respiratório e não participa da troca gasosa. O bronquíolo respiratório atua na troca gasosa e constitui o início da porção respiratória da árvore bronquial. Os bronquíolos respiratórios dão origem aos ductos alveolares (DA), que são vias respiratórias alongadas, cujas paredes são formadas predominantemente pelos próprios alvéolos que circundam o espaço ductal. Os sacos alveolares (SA) são espaços situados na terminação dos ductos alveolares que, de modo semelhante, são circundados por alvéolos
Os bronquíolos respiratórios constituem uma zona de transição no sistema respiratório; eles estão envolvidos tanto na condução de ar quanto na troca gasosa. Apresentam um pequeno diâmetro e são revestidos por epitélio cuboide. O epitélio dos segmentos iniciais dos bronquíolos respiratórios contém tanto células ciliadas quanto células de Clara. Distalmente, há um predomínio de células de Clara. Ocasionalmente, observa-se também a existência de células em escova e células granulares de centro denso ao longo da extensão do bronquíolo respiratório. Os alvéolos, que consistem em evaginações de paredes finas, estão dispersos e estendem-se a partir do lúmen dos bronquíolos respiratórios. Os alvéolos constituem os locais em que o ar entra e sai do bronquíolo para possibilitar a troca de gases.
Alvéolos
Os alvéolos constituem o local da troca de gases. Cada alvéolo é circundado por uma rede de capilares que coloca o sangue em grande proximidade com o ar inalado dentro do alvéolo. Cada alvéolo tem uma câmara poliédrica de parede fina, confluente com um saco alveolar. 
Fotomicrografia mostrando um saco alveolar com alvéolos adjacentes. Esta fotomicrografia mostra os componentes terminais do sistema respiratório, isto é, o saco alveolar (SA) e os alvéolos (A) circundantes. Os alvéolos são circundados e separados uns dos outros por uma fina camada de tecido conjuntivo, os septos interalveolares, que contêm capilares sanguíneos. À direita, encontra-se a superfície do pulmão, que é coberta pela pleura visceral contendo epitélio simples pavimentoso e uma camada subjacente de tecido conjuntivo
 Assim como os sacos alveolares, quase sempre a parede de um alvéolo é comum a dois alvéolos adjacentes, sendo denominada parede alveolar ou septo interalveolar. O septo interalveolar é composto por duas camadas de células epiteliais separadas por uma delgada lâmina de tecido conjuntivo formado de fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do conjuntivo. No tecido conjuntivo do interior dos septos, há também uma extensa rede de capilares sanguíneos.
Os septos interalveolares são revestidos por dois tipos de células que estão em contato com o ar presente no lúmen alveolar. São o pneumócito tipo I e o pneumócito tipo II.
Observe, à esquerda, um bronquíolo respiratório que se continua com um ducto alveolar:
4-Diferenciar funcionalmente os pneumócitos do tipo I e II e compreender a importância clínica da substância surfactante
Pneumócito tipo I
O pneumócito tipo I é uma célula pavimentosa, com citoplasma muito delgado e núcleo achatado, que faz uma ligeira saliência para o interior do alvéolo. Em razão da grande extensão do seu citoplasma, os núcleos de células estão muito separados uns dos outros. Em grande parte da superfície alveolar, o citoplasma dos pneumócitos tipo I é tão delgado que somente com o microscópio eletrônico é possível ter certeza de que eles formam uma camada contínua.
Pneumócitos I adjacentes aderem entre si por desmossomos e por zônulas de oclusão (junções oclusivas), que impedem a passagem de fluidos do espaço tecidual (interstício) para o interior dos alvéolos. A principal função dos pneumócitos tipo I é constituir uma barreira de espessura mínima para possibilitar as trocas de gases entre o lúmen alveolar o tecido intersticial que forma o eixo da parede alveolar, e ao mesmo tempo impedir a passagem de líquido.
Pneumócito tipo II
O pneumócito tipo II localiza-se na superfície alveolar, intercalado entre os pneumócitos tipo I. Ambos os tipos de células aderem entre si por meio de desmossomos e junções oclusivas.
Os pneumócitos tipo II são células arredondadas frequentemente vistas em grupos de duas ou três células nos pontos em que as paredes alveolares se tocam, e o núcleo esférico é maior e mais claro em relação às demais células da parede interalveolar. O citoplasma aparece vacuolizado em cortes histológicos.
A principal característica dos pneumócitos tipo II, observada por microscopia eletrônica de transmissão, são os corpos multilamelares de 1 a 2 mm de diâmetro. 
Células de revestimento das paredes alveolares. Observe pneumócitos tipo I, reconhecidos pelos seus núcleos alongados próximos do lúmen alveolar, e pneumócitos tipo II, esféricos, com núcleo esférico e citoplasma pouco corado.
Esta secreção é denominada surfactante pulmonar, pois, após liberada, se espalha sobre a superfície dos alvéolos, formando uma camada de surfactante. Esta consiste em uma hipofase aquosa e proteica, coberta por uma camada monomolecular de fosfolipídios, composta principalmente de dipalmitoilfosfatidilcolina e fosfatidilglicerol. O surfactante exerce diversas funções, das quais uma das mais importantes é reduzir a tensão superficial da parede alveolar, mantendo-a estruturalmente e evitando seu colapso durante a inspiração e o colabamento do alvéolo. A camada surfactante nãoé estática, sendo renovada constantemente.

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