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Universidade Nove de Julho - Campus SBC Lara Barreto - Medicina - Turma 6 Biofísica da ventilação ● Objetivos: 1. Compreender o conceito de pressão parcial de um gás; 2. Entender o efeitos das pressões pulmonares no processo de ventilação; 3. Apresentar as principais propriedades pulmonares; 4. Discutir as alterações da biofísica pulmonar nos processos patológicos; ● Aspectos gerais O trato respiratório é dividido em: ➢ Superior: cavidade nasal, faringe e laringe. ➢ Inferior: laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. ● Músculos ventilatórios O volume dos pulmões aumentam e diminuem conforme a cavidade torácica se expande ou se contrai, quem irá permitir esse movimento são os músculos. Os músculos ao contraírem e relaxarem, geram gradientes de pressão, no qual o �uxo de ar é sempre da região de maior pressão para a de menor pressão. Na inspiração tranquila está presente a ação dos músculos diafragma, intercostais internos e externos, que permite o movimento de ´´alça de balde`` das costelas. - Diafragma se contrai na inspiração → músculos inspiratórios se contraem; o ar entra. 1 Universidade Nove de Julho - Campus SBC Lara Barreto - Medicina - Turma 6 Na expiração tranquila o diafragma relaxa e há uma retração elástica dos pulmões estruturas abdominais, permitindo a saída de ar. Já na expiração forçada ocorre a contração dos músculos expiratórios, pois a retração elástica não é forte o su�ciente. Os músculos da expiração forçada são os intercostais internos, reto abdominal, oblíquo interno e oblíquo externo e transverso do abdome. ● Ventilação É a troca gasosa entre o ar ambiente e os pulmões. Na Inspiração ocorre a passagem do O2 da atmosfera em direção aos pulmões (processo ativo pois envolve contração muscular). Já na expiração, ocorre a passagem do ar dos pulmões para a atmosfera (relaxamento da musculatura inspiratória). O ar ambiente é uma mistura de gases e a pressão parcial de cada gás irá compor a pressão total da atm. A pressão atmosférica pode variar em algumas situações, como por exemplo, altitude. ● Lei de Dalton: pressão total = soma das pressões parciais (de um gás). *A pressão parcial é a pressão de um único gás. ● Lei de Boyle: Maior o volume, menor a pressão, são inversamente proporcionais. 2 Universidade Nove de Julho - Campus SBC Lara Barreto - Medicina - Turma 6 ● Lei de Fick: o que gera �uxo de um �uido de uma ambiente para o outro nada mais é do que a diferença de pressão entre esses dois compartimentos. ● Pressões que interferem na ventilação Pressão pleural: pressão do líquido na cavidade pleural. Se entrar ar na cavidade, o pulmão colapsa. No pulmão em repouso, essa pressão é responsável por manter o pulmão aderido à parede da caixa torácica. Pressão alveolar: é a pressão dentro dos alvéolos. Quando não há circulação de ar, a pressão alveolar se iguala à pressão atmosférica. *Lei de Laplace: Se duas bolhas apresentarem a mesma tensão super�cial, a menor bolha terá maior pressão. 3 Universidade Nove de Julho - Campus SBC Lara Barreto - Medicina - Turma 6 *O surfactante é um agente ativo na superfície da água, sendo responsável por diminuir a tensão super�cial. É composto por proteínas, íons de cálcio e fosfolipídeos, que são liberados pelos pneumócitos do tipo II. Pressão transpulmonar: é a diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural. Forças que tendem a colapsar os pulmões e quanto maior for, mais difícil de o pulmão colapsar. *As 3 pressões, na inspiração, diminuem e, na expiração, aumentam. *Pressão atm = 760 mmHg 4 Universidade Nove de Julho - Campus SBC Lara Barreto - Medicina - Turma 6 ● Fatores que influenciam o trabalho respiratório: Complacência: É a força capaz de deformar um corpo, refere-se à facilidade de expansão do pulmão. Se há muita complacência é mais fácil se expandir e se há pouca complacência, há pouca capacidade de distensão, sendo necessário realizar mais trabalho respiratório. Elastância: Capacidade de o pulmão voltar ao seu estado de repouso. Força que faz o pulmão colapsar, puxa ele para dentro. É o inverso da complacência. Tensão superficial: A água que reveste os alvéolos promove uma ação semelhante a uma membrana elástica. Sua redução é pela ação de surfactantes *Alvéolos menores possuem uma maior tendência a se colapsar. Doenças pulmonares: - Síndrome da Angústia Respiratória do Recém Nascido (SARRN) Os bebês que nascem de forma prematura e não possuem as concentrações adequadas de surfactante nos alvéolos, desenvolvem a SARRN. *O surfactante começa a ser produzido em torno do 6-7 mês. - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Conjunto de doenças, nas quais, as trocas gasosas são prejudicadas devido ao estreitamento das vias aéreas. Como, por exemplo, o en�sema pulmonar. ➢ Enfisema As �bras de elastina presentes no pulmão são destruídas, o que resulta em aumento da complacência e diminuição da elasticidade, ou seja, o pulmão se estira facilmente e possui di�culdade em retornar ao estado de repouso. 5
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