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Estudo - O Poder Legislativo - Curso Senado Módulo I Criação da Assembléia: a aristocracia e os comerciantesreuniam-se em assembleias para debater essas – e outras – dificuldades que afligiam toda a comunidade. Após um longo processo de disputa de Poder, essa assembleia evoluiu para o modelo de Poder Legislativo, existente nos dias atuais. Revolução francesa: declaração dos direitos do homem e do cidadão. (26 agosto 1789 - direitos fundamentais), 100 anos antes surgiu o parlamento inglês 1689, a Magna Carta que limita o poder Real. Limitação do poder executivo. Sistema bicameral, países de forma federativa. Senado para equilibrar assimetria(estados com 40 milhões de habitantes e estados de 400mil) que existe no Brasil, representam os Estados. Para amenizar a assimetria dos estados. (Casa Moderadora - Câmara Revisora, todos os projetos do Pres. da republica começa na câmara, e faz a revisão se não tiver de acordo arquiva, se tiver pode emendar, transformar, etc. volta e a câmara decide se mantém ou se adota a proposta). Câmara e Senado se complementam para aprovar as Leis. Nasceu no império em 1824. Para Equilibrar a discussão na outra. em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorga à Nação a primeira Constituição brasileira. O Poder Legislativo - Completo.pdf 797 kB E quem poderia ser eleito Deputado ou Senador? Tempo do Império Podia ser eleito Deputado todo e qualquer eleitor de província,exceto: os que não tivessem 400 mil réis de renda líquida anual; os estrangeiros naturalizados; os que não professassem a religião do Estado. Podia ser eleito Senador todo e qualquer eleitor de província que: fosse cidadão brasileiro no gozo dos direitos políticos; tivesse a idade mínima de 40 anos; fosse pessoa de saber, capacidade e virtudes, com preferência os que tivessem prestado serviços à Pátria; tivesse rendimento anual, por bens, indústria, comércio ou emprego, de 800 mil réis. o pensador e filósofo Montesquieu, que nos legou a clássica organização dos Poderes do estado moderno e suas respectivas funções: Executivo, Legislativo e Judiciário. De fato, a cada Poder é atribuída uma função primordial. Isto é, ao Executivo cabe, principalmente, administrar os bens e recursos de toda sociedade; ao Legislativo compete, fundamentalmente, elaborar as normas legais; e, por fim, ao Judiciário cabe a função de dirimir os conflitos existentes na sociedade. Esses papéis são realizados de forma harmoniosa e cooperativa entre tais instituições Podemos afirmar que legislar é típica função do Poder Legislativo, embora eletambém exerça, de forma atípica, a função jurisdicional quando julga seus processos administrativos, bem como a função administrativa em relação aos seus bens, recursos e patrimônios. ...o Legislativo Nacional pode - e deve - atuar na ordem social por meio da inovação legislativa. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Códigos; Leis Ordinárias; Decretos; Resenha Diária; Medidas Provisórias Ramos do Direito: Conceituar o que seja o Poder Legislativo não é uma das tarefas mais fáceis. Talvez as frases seguintes, em seu conjunto, permitam-nos compreender o significado de tão importante instituição: “O Legislativo é a instituição responsável pela elaboração das leis de uma determinada comunidade.” “O Legislativo é o Poder que sintetiza e encarna a ideia de democracia.” “O Legislativo é a instituição representativa dos diversos segmentos da sociedade.” “O Legislativo é o espaço público em que as disputas sociais e os conflitos de interesses são redimensionados e transformados em consensos.” “O Legislativo é a caixa de ressonância da sociedade.” “O Legislativo é o local em que os grandes temas de um país são debatidos e solucionados.” “O Legislativo é o depositário da Soberania nacional.” “O Legislativo é o espelho da opinião nacional.” o Parlamento se caracteriza por ser o local por excelência dodebate, da discussão, da negociação, na busca do consenso, o que o torna a instância mais afinada com os princípios e as regras democráticas. É o Parlamento a instituição por excelência que melhor reflete a diversidade de opiniões, valores e tendências existentes em uma determinada sociedade. Entre as funções que o Legislativo exerce nas sociedades modernas, destacaremos três que se destacam pela sua visibilidade: Função Legiferante; Função Fiscalizadora; Função Educativa. papel do Poder Legislativo, a primeira coisa que nos vem à mente é a elaboração das leis, isto é, das normas jurídicas que irão nos dizer o que podemos ou não fazer, quais são os nossos direitos e os direitos dos outros. Em resumo, as regras de cumprimento obrigatório que norteiam uma determinada sociedade. Como já visto antes, o papel de legislar é, indubitavelmente, a função primordial dos Parlamentos modernos. (Incubadoras de Leis) -Twitter proporciona melhor interação com o Legislativo. Outra função fundamental exercida pelo Poder Legislativo é a de educar. É nesse espaço público – o Legislativo – que as propostas que afetam diretamente o interesse de todos os cidadãos são apresentadas, debatidas e transformadas em normas legais. Nesse processo de criação das leis é muito comum que os segmentos organizados da sociedade (sindicatos, confederações de trabalhadores e empregadores, ONGs, associações, etc.) sejam ouvidos, apresentem suas ideias e colaborem com os parlamentares. Por exemplo, isto ocorre frequentemente nas Audiências Públicas realizadas pelas duas Casas Legislativas. Norberto Bobbio, em seu Dicionário de Política, classifica as funções fundamentais dos Parlamentos da seguinte forma: de Representação --> o Parlamento é o espaço para as manifestações dos diversos segmentos e grupos sociais. de Legislação --> o Parlamento tem como a sua mais típica função a atividade legislativa. de Controle do Executivo --> o Parlamento exerce o controle do Executivo e das atividades dos seus setores burocráticos. de Legitimação --> o Parlamento ajuda a conferir ou a subtrair legitimidade política ao Governo. O orçamento geral da União é encaminhado pelo Poder Executivo (Governo Federal) ao Congresso Nacional para apreciação e aprovação? Nas leis orçamentárias estão previstos todos os recursos e fixados todas as despesas do Governo Federal relativas aos Poderes Legislativos, Executivo e Judiciário. Nesse aspecto, os Deputados Federais e os Senadores possuem um papel fundamental na medida em que são eles que ratificam ou não a proposta encaminhada pelo Presidente da República. Plano PluriAnual —> Leis orçamentárias PPA - Defende as macro-metas dos governantes, desce para as leis de diretrizes orçamentárias para depois aprovar os orçamentos. Tribunal de contas da união fiscaliza o Orçamento Público. Tudo É preciso que o dinheiro produza efeitos benéficos para a sociedade. Encontrar formas de medir o desempenho dos programas. O País escolhe quais setores vai investir. Pressão dos parlamentares para incluir no orçamento as emendas, superestimando o orçamento. Emendas importantes para os parlamentares. Podemos ajudar no controle, programa de informática mostra as verbas liberadas, qual o valor, e quem recebeu os pagamentos. Acesso às Verbas do Orçamento da União. Programa Siga Brasil - Acesso aos Dados Brutos do Orçamento www.senado.gov.br Diversas pesquisas de opinião apontam uma grande desconfiança, por parte de uma significativa parcela dos cidadão, em relação à legitimidade de nosso Congresso Nacional. É comum, em nosso trabalho, em nosso bairro, na nossa comunidade, ouvirmos pessoas falarem que "não acreditam nos políticos" ou que "somente voto porque é obrigatório" e, ainda, "os parlamentares legislam em causa própria". Esse descrédito e insatisfação - exageros à parte - não é exclusivo de nosso país. Diversas democracias do mundo vivem esse conflito. Tendo em vista essas informações, reflita sobre o quê você pode fazer para modificar essa realidade. Módulo II O voto direto foi instituídono Brasil em 1881, ainda, em pleno Império, quando entrou em vigor a Lei Saraiva. 1932 - 1º código eleitoral - 2ª estabelecimento do voto proporcional 1945 - Estabeleceu o sistema em 1 turno. 1988 promulgação da constituição - fim do regime autoritário. Lei Permante - 9.504 30 de setembro 1997 - assegurado legislação eleitoral democrática. O princípio do domicílio eleitoral é regra que, no Brasil, só surge com a República, quando a lei passa a impor, como condição de elegibilidade, um número determinado de anos de residência no Estado por onde o candidato deseja ser eleito. 13 de maio de 1888 - Lei Áurea - abolição da escravatura/escravidão (princesa Izabel) 15 de novembro de 1889 caiu o império, se exilaram na França Carta deixada pela Princesa Izabel: Hoje: No Império, o Poder Legislativo exerceu – além da típica função legislativa – um papel político fundamental, adaptando-se às especificidades de cada um de seus períodos, seja durante o primeiro reinado, na fase da regência ou mesmo no decorrer do longo reinado de Dom Pedro II. "O Parlamento foi uma das forças que promoveram a unidade e a nacionalização do Brasil. Tem-se atribuído a muitos fatores a unidade nacional, e entre eles não se poderia nunca ocultar ou obscurecer o papel representado pelo Parlamento. A reunião, o encontro, o debate de brasileiros de várias regiões, a busca incansável pelo acordo nacional, a tentativa de conciliar interesses divergentes locais, provinciais e imperiais, tudo favoreceu o fortalecimento da ideia de uma pátria grande e unida" (Octaciano Nogueira - Poder Legislativo no Brasil - 1821 -1930 ...a partir de 1882, o censo literário, isto é, daquele ano em diante só poderiam votar as pessoas que soubessem ler e escrever. ...já tramitaram nas duas Casas do Congresso Nacional (encontram-se arquivadas) Propostas de Emenda à Constituição (PECs) investindo os ex-presidentes da República no cargo de Senador Vitalício, sem direito a voto. Constituição(Carta) de 24 fevereiro de 1891 considerada um Marco para o Estado Brasileiro, garantiu direitos que até hoje orientam a vida do cidadão, como a liberdade de imprensa, os direitos individuais dos cidadãos e a Separação entre Estado e a Igreja. Amadurecimento da Classe Política. A Constituição de 1891 estabelecia que o Poder Legislativo fosse exercido pelo Congresso Nacional, este composto de dois ramos: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Foi com a República que se consagrou a expressão Congresso Nacional para denominar a reunião conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Condições de elegibilidade para o Congresso Nacional - Estar na posse dos direitos de cidadão brasileiro e ser alistado como eleitor. - Para a Câmara, ser cidadão brasileiro há mais de 4 anos e para o Senado Federal há mais de 6 anos. - Para o Senado Federal era necessário ter mais de 35 anos de idade. Da Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados era composta de representantes do povo eleitos pelos Estados e pelo Distrito Federal, mediante o sufrágio direto, garantindo-se a representação da minoria. O número de Deputados era fixado por lei em proporção que não excedia de um por 70 mil habitantes, não devendo esse número ser inferior a 4 por Estado. Do Senado Federal A Constituição de 1891 estabeleceu em 3 o número de Senadores por Estado e pelo Distrito Federal, todos eleitos pelo mesmo processo da eleição dos Deputados. O mandato dos Senadores eleitos durava 9 anos e a renovação do Senado ocorria pelo terço trienalmente. Naquela época, o Vice-Presidente da República ocupava o cargo de Presidente do Senado. Entretanto, a ele só era dado o direito de voto de qualidade (desempate). Embora diversos avanços tenham ocorrido, a lógica do clientilismo, das trocas de favores, da corrupção eleitoral, do empreguismo e do nepotismo marcou profundamente a fase conhecida como "República Velha" (1889-1930). Na atualidade, as instituições públicas - em especial, as Casas Legislativas do Congresso Nacional - cada vez mais combatem o fenômeno do Nepotismo. Com a Revolução de 1930 e o fim da República Velha, chega ao Poder Getúlio Vargas, representante de novos atores políticos. A estrutura legal herdada da República Velha já não mais correspondia aos anseios do povo e, principalmente, das novas elites políticas. Esse período da história parlamentar brasileira restringe o papel exercido pela Casa Alta – O Senado Federal – ao determinar, conforme a CF/1934,que o Poder Legislativo fosse exercido pela Câmara dos Deputados com a colaboração do Senado Federal. A Lei Maior previa, ainda, que a Câmara dos Deputados fosse composta de representantes do povo, eleitos mediante o sistema proporcional e sufrágio universal, igual e direto, e derepresentantes eleitos pelas organizações profissionais na forma que a lei indicasse. ...grande novidade em nosso Legislativo: a existência da representação classista, isto é, indivíduos eleitos por sindicatos de empregados e de empregadores. Frisa-se que os Deputados representantes das profissões eram eleitos, na forma de lei ordinária, por sufrágio indireto de associações profissionais que representassem as seguintes divisões: 1 – lavoura e pecuária; 2 – indústria; 3 – comércio e transportes; e 4 – profissões liberais e funcionários públicos. Condições de elegibilidade Eram elegíveis para a Câmara dos Deputados os brasileiros natos, alistados eleitores e maiores de 25 anos, sendo que os representantes das profissões deveriam, ainda, pertencer a uma associação compreendida na classe e grupo que os elegessem. A grande barreira que persistiu foi a proibição dovoto aos analfabetos, que conquistaram esse direito com a Constituição de 1988. A Constituição de 1934 estabelecia que os Deputados das profissões seriam eleitos na forma da lei ordinária, por sufrágio indireto das associações profissionais. Esse tipo de representação foi previsto pelo Código Eleitoral de 1932 e chegou a ser implantado na Assembleia Constituinte de 1933/1934, que contou com 214 deputados populares e 40 deputados representantes das associações profissionais. Atualmente, o nosso Legislativo Nacional não comporta esse tipo de representação. Todos os 594 cargos (513 cargos de Deputado Federal + 81 cargos de Senador da República) são disputados, de forma competitiva, pelos candidatos apresentados pelos partidos políticos. ...a pertinência ou não de se estabelecer, hoje em dia, algum tipo de representatividade parlamentar baseada em determinados crivos sociais, como exemplo: classes profissionais (nos moldes estabelecidos na década de 1930) ou qualquer outro grupo de relevância política (representantes de Igrejas, de minorias sociais, do segmento negro, de pessoas com deficiência, etc.). Vivemos em um “mundo jurídico” em que algumas imposições legais (isto é, leis que não foram devidamente elaboradas, debatidas e votadas pelo órgão mais democrático de uma sociedade moderna: o Legislativo) sãofrutos de uma vontade não democrática. Exemplo: Código Penal: Decreto-Lei nº 2.848/1940. Consolidação das Leis do Trabalho – CLT: Decreto-Lei nº. 5.452/1943. Com a queda de Getúlio Vargas e o processo de redemocratização do país, torna- se necessária a elaboração de uma Constituição que refletisse esse novo período: cria-se, assim, a Constituição de 1946. Essa Constituição devolveu as prerrogativas inerentes ao Poder Legislativo, ao estabelecer, em seu artigo 37, que esse Poder fosse exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. A Constituição de 1946 previa que perderia o mandato, por 2/3 dos votos, o Deputado ou Senador cujo procedimento fosse reputado incompatível com o decoro parlamentar. Condições de elegibilidade para o Congresso Nacional ·Ser brasileiro. · Estar no exercício dos direitos políticos. ·Ser maior de 21 anos (para a Câmara dos Deputados). ·Ser maior de 35 anos (para o Senado Federal). Inicia-se uma nova fase para o Parlamento,com o Congresso Nacional reunindo- se por um período maior de tempo no decorrer do ano: de 15 de março até 15 de dezembro de cada ano. Nessa fase surgem os primeiros partidos políticos nacionais, com programas ideológicos definidos que expressavam as diversas correntes de opinião existentes naquela época. Embora no período 1945/1964 tenha existido mais de uma dúzia de partidos políticos, 3 deles dominaram o cenário político: o Partido Social Democrático (PSD), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Você sabia que pela Constituição de 1946: Os Deputados e Senadores recebiam, anualmente, igual subsídio e ajuda de custo? Esse subsídio era dividido em duas partes: uma fixa, que se pegava no decurso do ano, eoutra variável, correspondente ao comparecimento. Com o Golpe militar de 1964, tivemos um refluxo em nossa história democrática. Nesse período de exceção, os militares outorgam ao povo brasileiro a Constituição de 1967, feita sem a aprovação de uma assembleia constituinte. Essa Constituição foi substancialmente modificada em 1969 por meio de um decreto-lei baixado pela junta militar que governou durante o impedimento, por motivo de saúde, do então presidente General Costa e Silva. O Legislativo no âmbito da ditadura militar Esse período da história nacional foi marcado pela existência de duas agremiações políticas que atuavam no Parlamento: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), de base governista, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que agrupava as correntes de oposição - diga-se de passagem, uma “oposição consentida”. O processo de redemocratização de nosso país foi feito de maneira lenta e gradual, culminando com as eleições diretas para Presidente da República em 1989, onde 72 milhões de brasileiros foram às urnas. Entretanto, embora os direitos políticos e civis tenham sido reestabelecidos, grande parcela da população, ainda, encontra-se excluída das benesses da sociedade moderna ( são os "sem terra", "sem teto", "sem emprego", "sem escola", etc.). Módulo III A Constituição de 5 de outubro de 1988, popularmente conhecida como “Constituição Cidadã” em razão dos diversos direitos de cidadania nela incorporados, estabeleceu, em seu art. 2º, que os Poderes da união, independentes e harmônicos entre si, são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. O Legislativo, objeto deste nosso curso, encontra-se presente nos três níveis de Poder existentes no Brasil: federal (Câmara dos Deputados e Senado Federal), estadual (nos Estados, as Assembleias Legislativas, e, no Distrito Federal, a Câmara Legislativa do Distrito Federal) e municipal (as Câmaras de Vereadores). Como já salientado anteriormente, este nosso estudo restringe-se ao Poder Legislativo no âmbito federal, que é exercido pelo Congresso Nacional,composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal (art. 44 da CF/88). O Congresso Nacional reúne-se, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Quando as datas acima recaírem nos sábados, domingos ou feriados, as reuniões são transferidas para o primeiro dia útil subsequente. Além disso, a sessão legislativa não será interrompida, em 17 de julho, caso não se aprove o projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Ler Para compreendermos a composição da Mesa do Congresso Nacional, precisamos vislumbrar a composição das Mesas Diretoras das duas Casas Legislativas, a saber: Convocação Todos já devem ter visto na televisão ou lido nos jornais que “o Congresso Nacional foi convocado extraordinariamente” para aprovar essa ou aquela matéria, não é? Mas quem convoca? E em quais casos? Quais os assuntos que são objetos de deliberação? O Presidente do Senado Federal convoca extraordinariamente o Congresso Nacional nos seguintes casos: decretação de estado de defesa ou de intervenção federal; pedido de autorização para a decretação de estado de sítio; compromisso e posse do Presidente e Vice-Presidente da República. O Presidente da República, os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e a maioria dos membros de ambas as Casas, por meio de Representação e participação no Parl… 1 MB requerimento, convocam extraordinariamente o Congresso Nacional nos seguintes casos: de urgência ou interesse público relevante (em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional). Nessas convocações extraordinárias, o Congresso Nacional somente delibera sobre a matéria para a qual foi convocado, e havendo medidas provisórias em vigor na data da convocação extraordinária, serão elas automaticamente incluídas em sua pauta. O mandato de Senador da República dura 8 anos. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 48, estabeleceu que compete ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de competência da União. Outras matérias, conforme previsto no art. 49 da Constituição, são de competência exclusiva do Congresso Nacional, isto é, após aprovadas não irão se submeter ao veto ou sanção presidencial – por exemplo: autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente (ressalvados os casos previstos em lei complementar); sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; mudar temporariamente sua sede; escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; autorizar referendo e convocar plebiscito, e outras matérias assemelhadas. A Câmara dos Deputados, o Senado Federal e suas respectivas Comissões podem convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado. A ausência, sem justificativa adequada, importa crime de responsabilidade. Além disso, as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal podem encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das autoridades citadas anteriormente, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento no prazo de 30 dias, bem como a prestação de informações falsas. Embora a elaboração de leis seja uma função fundamental de qualquer parlamento, ela não é a única atribuição dos modernos legislativos. Outra tão importante quanto a de elaborar as leis é a função fiscalizadora exercida pelo Legislativo. Entre esses instrumentos, destacam-se: · as Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs; · os Requerimentos de Informações, que podem ser solicitados a todo e qualquer titular de órgão diretamente subordinado à Presidência da República, entre os quais os Ministros de Estado; · os Requerimentos de Convocação de Ministros de Estado e de titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República. Accountability é um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o português como responsabilidade com ética e remete à obrigação, à transparência, de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro termo usado numa possível versão portuguesa é responsabilização. Também traduzida como prestação de contas, significa que quem desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por qual motivo faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. (Transparência, Sansão e controle) O Senado Federal é composto, conforme o art. 46 da CF/88, de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Cada Estado e o Distrito Federal elegem 3 Senadores, cada um com dois suplentes, com mandato de 8 anos. A representação de cada Estado e do Distrito Federal é renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e doisterços. Frisa-se, então, que o mandato dos Senadores da República corresponde ao período de 2 Legislaturas (cada Legislatura dura 4 anos). Accountability – Wikipédia, a encicl… 218 kB O Brasil, atualmente, é formado por 27 unidades federativas (26 Estados e o Distrito Federal). Em cada uma delas há, de quatro em quatro anos, eleições para o Senado Federal. Temos então: 27 unidades federativas x 3 Senadores = 81 Senadores (o total de Senadores que compõe o Senado Federal). Entretanto, esses 3 Senadores não são eleitos de uma vez só! Em uma eleição são eleitos 2 Senadores e na eleição seguinte apenas 1 Senador, e assim sucessivamente. Matérias de competência privativa do Senado Federal Alguns assuntos de grande importância para o Brasil são discutidos e votados apenas no âmbito do Senado Federal, ou seja, não são nem objeto de votação na Câmara dos Deputados, nem sofrem a sanção ou o veto presidencial. Mas quais são essas matérias de competência privativa do Senado Federal? São várias. Como exemplo, cabe privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade. Além disso, o Senado Federal também processa e julga os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado- Geral da União nos crimes de responsabilidade. As competências privativas do Senado Federal não se restringem a processar e julgar ilustres autoridades públicas. Cabe a essa Casa Legislativa também aprovar previamente, por voto secreto (após arguição pública), a escolha de diversos ocupantes de importantes cargos públicos, como por exemplo os Ministros do Tribunal de Contas da União que sejam indicados pelo Presidente da República. A Câmara dos Deputados, conforme o art. 45 da CF/88, é composta de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, é estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de 8 ou mais de 70 Deputados. Sabemos que, atualmente, não existem territórios em nosso País. Não obstante, caso futuramente se crie algum Território, a própria Constituição Federal já determina que ele seja representado por 4 parlamentares na Câmara dos Deputados. Assim como há assuntos de competência privativa do Senado Federal, há também determinadas matérias que são deliberadas e votadas privativamente pela Câmara dos Deputados. É a Câmara dos Deputados que autoriza, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República. Além disso, caso o Presidente da República não preste contas ao Congresso Nacional dentro do prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, cabe privativamente à Câmara dos Deputados proceder a essa tomada de contas. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Desde a expedição do diploma, os Deputados e Senadores são submetidos a julgamento somente perante o Supremo Tribunal Federal. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Neste caso, os autos são remetidos, dentro de 24 horas, à respectiva Casa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. Os Deputados e Senadores não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. As imunidades de Deputados ou Senadores subsistem durante período de estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da respectiva Casa, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. Módulo IV Reforma política- desenho.pdf 1 MB No Brasil, o Poder Executivo é exercido, na esfera federal, pelo Presidente da República, que governa com o auxílio dos Ministros de Estado. Entre as diversas atribuições desse Poder, destacamos o fundamental papel que ele exerce na formulação e confecção das políticas orçamentárias (o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o orçamento anual e os créditos adicionais). Competência exclusiva do Presidente da República Além da prerrogativa de apresentar os projetos de lei relativos ao orçamento, o Presidente da República detém competência exclusiva para iniciar o processo legislativo em diversos outros assuntos, como por exemplo nos projetos que tratam: · da fixação ou modificação dos efetivos das Forças Armadas; · da criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; · da organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; · dos servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; · da organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Além disso, cabe ao Poder Executivo vetar no todo ou em parte os projetos aprovados pelo Poder Legislativo. O Congresso Nacional e a sociedade civil O Congresso Nacional é uma Casa viva, pulsante e extremamente diversificada. A frase acima surpreende muita gente que acredita que o Parlamento seja um espaço público dissociado da realidade social. Muitos, erroneamente, imaginam um Parlamento descolado das questões sociais, dos conflitos, dos dilemas e Coalizões políticas e democracia.pdf 1 MB dos problemas que ocupam as capas de jornais e as discussões entre familiares e amigos. Na verdade, o Parlamento é o lugar por excelência do convívio, nem sempre harmônico, entre, de um lado, os representantes eleitos, e de outro, os eleitores, as organizações da sociedade civil, os partidos políticos, as associações e demais organizações que diariamente ocupam o espaço do Congresso Nacional trazendo suas demandas, apresentando suas necessidades e expondo suas ideias sobre todo e qualquer assunto da agenda política e social. De fato, a nossa democracia só será plena e ampla se garantirmos a atuação livre, autônoma e plural da sociedade civil organizada. Se observarmos durante alguns dias a movimentação existente nas diversas comissões temáticas de qualquer uma das Casas do Congresso Nacional, ou mesmo nos próprios Gabinetes Parlamentares, perceberemos nitidamente que o Parlamento se constrói e se reorganiza substancialmente em torno de diversas demandas que esses atores sociais lançam diariamente na agenda política de nosso País. Alguns estudos acadêmicos ressaltam que vivemos em um período de crise da representação política, crise de legitimidade das instituições representativas e, consequentemente, do próprio significado do Parlamento. De fato, infelizmente, um número significativo de cidadãos apenas cumpre, de quatro em quatro anos, o papel obrigatório do voto, esquecendo-se de acompanhar o desempenho de seu parlamentar e de cobrar dele as ações e atitudes para as quais foi eleito. Como consequência, a imagem que se tem de alguns políticos – no caso, de alguns parlamentares – é de que eles se “preocupam” com os eleitores, com a população de seu Estado, região ou até mesmo sua cidade, apenas nos períodos eleitorais, momento em que são postos à prova novamente. Entretanto, essa é uma leitura superficial da realidade. O Congresso Nacional – e suas Casas, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados – é um espaço público de intensotrabalho, onde centenas, ou milhares, de pessoas, sindicatos, associações, Organizações Não Governamentais (ONGs), entidades de trabalhadores e de empregadores, apresentam, diariamente, suas demandas, seus anseios e seus interesses. E essas demandas são, sim, ouvidas, absorvidas e respondidas! Quer ver um exemplo atual e de grande repercussão na sociedade? A Lei Complementar nº 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) é exemplar. Ela surgiu da iniciativa da sociedade civil a partir da coleta de mais de 1 milhão de assinaturas em seu favor. Outro exemplo paradigmático da atuação da sociedade civil – e logo, da realidade social – na atuação parlamentar pode ser vista com a aprovação da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). O projeto inicial foi elaborado por um grupo interministerial, a partir da demanda de organizações que formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que o encaminhou à análise do Congresso Nacional. No Parlamento, essa proposta foi transformada em Projeto de Lei, sendo debatida em diversas audiências públicas com a presença de inúmeras entidades da sociedade civil. Em 7 de agosto de 2006, essa Lei, que previa mecanismos para coibir a violência no âmbito das relações familiares, foi sancionada pelo Presidente da República. Outro exemplo clássico da participação da sociedade civil temos com a discussão atual do novo Código Florestal, em tramitação no Congresso desde 1999, que, embora seja uma iniciativa tecnicamente parlamentar, envolve profundamente diversos segmentos da sociedade civil organizada, que defendem ou não a sua aprovação. O importante, com esses poucos exemplos, é constatarmos que todo e qualquer assunto debatido no âmbito do Legislativo nacional não passa despercebido. Esses temas agregaram ao seu redor uma parcela significativa de nosso povo. O nome disso é democracia. O Legislativo, enquanto instituição fundamental nas atuais democracias modernas, é, críticas à parte, uma instituição fundamental para a nossa sociedade. Precisamos, sem dúvida, melhorá-lo a cada dia. Como tudo na vida, seja nossa casa, nossas relações com os vizinhos, amigos, colegas de trabalho, seja com a forma de lidarmos e respeitarmos os bens e recursos públicos. Talvez, tanto como aprimorarmos o Poder Legislativo – incluído aí o seu (e o nosso) papel – precisamos, também, nos imbuir do papel de cidadão ativo, não é? E, nesse sentido, as Casas Legislativas do Congresso Nacional, hoje em dia, possuem diversos canais de comunicação com os cidadãos de todas as partes do país. Listamos, a seguir, algumas delas: Na Câmara dos Deputados: · Conheça os Deputados Federais acessando: http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa · Fiscalize o orçamento acessando: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/orcamentobrasil/fiscalize · Entre em contato com a Ouvidoria Parlamentar acessando: http://www2.camara.gov.br/a-camara/ouvidoria · Encaminhe sua proposta para a Comissão de Legislação Participativa acessando: http://www2.camara.gov.br/participe/sua-proposta-pode-virar-lei No Senado Federal: · Conheça os Senadores acessando: http://www.senado.gov.br/senadores/ · Fiscalize o orçamento acessando: http://www9.senado.gov.br/portal/page/portal/orcamento_senado · Entre em contato com a Ouvidoria do Senado acessando: http://www.senado.gov.br/senado/ouvidoria/ · Conheça o Portal da Transparência do Senado Federal acessando: http://www.senado.gov.br/transparencia/ http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/orcamentobrasil/fiscalize http://www2.camara.gov.br/a-camara/ouvidoria http://www2.camara.gov.br/participe/sua-proposta-pode-virar-lei http://www.senado.gov.br/senadores/ http://www9.senado.gov.br/portal/page/portal/orcamento_senado http://www.senado.gov.br/senado/ouvidoria/ http://www.senado.gov.br/transparencia/ —————————————————————————— Sugestões Eticidade e democracia brasileira.pdf 786 kB Influência.pdf 32 kB O homem e a política em Maquiavel… 267 kB O Poder Legislativo na democracia … 356 kB Reforma administrativa e mentalidad… 83 kB Processo Legislativo no Brasil.pdf 864 kB Participação Política.pdf 3 MB Coalizões políticas e democracia.pdf 1 MB Atividade parlamentar- accountabili… 139 kB Bibliografia ABSOLUTISMO. In: BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Tradução Carmen C. Varriale, et al. 12. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004, v.I. BALEEIRO, A.; SOBRINHO, B. L. Constituições brasileiras: 1946. Brasília: Senado Federal e Ministério da Ciência e Tecnologia, 2001. CHACON, V. História do Legislativo Brasileiro: Congresso Nacional. Brasília: Senado Federal, 2007. v. IV. Cultura e desenvolvimento.pdf 210 kB Cultura política e atores sociais.pdf 1 MB Estrutura e funcionamento do Pode… 248 kB O Senado e a inclusão digital nos mu… 21 kB Partidos, Congresso e democracia.pdf 1 MB Poder Legislativo no século XXI.pdf 290 kB Transparência administrativa e atua… 235 kB FAUSTO, B. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2012. LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. 4. ed. São Paulo: Companhia da Letras, 2012. MONTESQUIEU, C de S. O espírito das leis. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes 1996. NOGUEIRA, O. O Poder Legislativo no Brasil: 1821-1930. 2. ed. Brasília: Fundação Petrônio Portella, 1983. OLIVEIRA, C. S de. A representação política ao longo da história. Brasília: Positiva/Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, 2000. PARLAMENTO. In: BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Tradução de Carmen C. Varriale, et al. 11. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998. vol. I. SOARES, G. A. D. Sociedade e política no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974. STRECK, L. L.; MORAIS, J. L. B de. Ciência política e teoria geral do estado. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. Bibliografia complementar ANASTASIA, F.; INÁCIO, M. Notas sobre coalizões políticas e democracia: diz-me com quem andas... In: MESSENBERG, D. et al (Org.). Estudos legislativos: pensamento e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008. ARAÚJO, C. Reforma política: desenho de um debate. In: MESSENBERG, D. et al (Org.). Estudos legislativos: pensamento e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008. PINTO, J. R. S. Os poderes do legislativo brasileiro: uma análise comparada e histórica. In: MESSENBERG, D. et al (Org.). Estudos legislativos: pensamento e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008. SABÓIA, F. V. Representação e participação no parlamento. In: MESSENBERG, D. et al (Org.). Estudos legislativos: pensamento e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008. SANTOS, E. A. G. C. Para um modelo das relações entre eticidade universalista e sociedade política democrática no Brasil. In: MESSENBERG, D. et al (Org.). Estudos legislativos: pensamento e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008. Estudo - Processo Legislativo Federal - Mód. III - Unid.6 Processo Legislativo Federal Foi concebido com o objetivo de proporcionar, a todos os interessados, noções sobre os regimentos do Senado Federal e Congresso Nacional de forma a orientar e esclarecer sobre tramitação de proposições nessas instâncias legislativas. Seu conteúdo está dividido em três módulos, cuja leitura e estudo deverão ser feitos através de uma navegação linear, por meio do índice dos módulos, pois os temas vão sendo construídos gradativamente. O Conteúdo programático do curso está assim organizado: Módulo I – Introdução ao Processo Legislativo Legislatura - Sessão Legislativa / Sessão Plenária Posse de Senador, Reunião e Eleição da Mesa Fases das Sessões / Tipos de Sessão e Modalidades de Votação Quorum de iniciativa e Quorum de votação Módulo II – Proposições apreciadas pelo SF e pela CD (casas separadas) Proposições Legislativas - Medidas Provisórias - Destino das ProposiçõesMódulo III - Etapas do Processo Legislativo Procedimentos Legislativos - Comissões Unidade 6 - Procedimentos Gerais de Votação Unidade 7- Conselhos e Órgãos do CN e SF Módulo Complementar - Tramitações e Quadro de Siglas Módulo de Conclusão. Por se tratar de um curso de educação a distância por meio da Internet, sem auxílio de tutoria, você será o responsável pelo seu próprio aproveitamento e definirá seu percurso ao longo do conteúdo proposto, de modo que possa alcançar os seguintes objetivos: - Identificar os fundamentos básicos do Processo Legislativo; - conceituar seus principais elementos; - reconhecer os aspectos e rotinas elementares dos procedimentos legislativos; - identificar situações ou formas de execução de tramitações, bem como o mecanismos regimentais na sequência do processo legislativo; - identificar as características e a tramitação das diversas proposições legislativas e - identificar os Conselhos e Órgãos do Congresso Nacional e do Senado Federal. MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO Este primeiro módulo tem por objetivo oferecer os elementos introdutórios ao curso. Veremos aqui os principais conceitos e etapas que compõem o processo legislativo, bem como informações sobre posse e eleição da Mesa, fases das sessões e tudo o que se refere a votação. - Identificar os fundamentos básicos do Processo Legislativo; - conceituar seus principais elementos; - reconhecer os aspectos e rotinas elementares dos procedimentos legislativo e - identificar situações ou formas de execução de tramitações, bem como os mecanismos regimentais na sequência do processo legislativo. "SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS NOSSOS TRABALHOS." (palavras proferidas pelo Presidente ao declarar aberta a Sessão) PLF_Tramitações e Quadro de Siglas.… 2 MB Introdução ao Processo Legislativo_… 524 kB Processo Legislativo Federal - MÓD… 228 kB Plano de aula PLF_Módulo I.pdf 36 kB Unidade 1 - Legislatura - Sessão Legislativa O que é uma Legislatura? LEGISLATURA é um período de 4 anos (art. 44 - CF), correspondente ao tempo de duração do mandato de um deputado. Um deputado é eleito para uma legislatura, ou seja, o mandato do deputado dura 4 anos. Um senador é eleito para duas legislaturas, isto é, o mandato do senador dura 8 anos. A Câmara dos Deputados se renova a cada 4 anos, integralmente. O Senado se renova a cada 4 anos, só que não integralmente, mas alternadamente em 2/3 e 1/3 de sua composição. Observação: Além de designar o tempo de duração dos trabalhos legislativos coincidentes com um mandato, o termo legislatura é usado para designar o "corpo de parlamentares" em atividade numa Casa Legislativa. Exemplo: A atual Legislatura tem se preocupado muito com o tema segurança pública. Ano da eleição Data da posse Renovação Eleitos 2002 fevereiro de 2003 2/3 54 senadores 2006 fevereiro de 2007 1/3 27 senadores 2010 fevereiro de 2011 2/3 foram eleitos 54 novos senadores Estamos na 55ª Legislatura que vai de 1º de fevereiro de 2015 até 31 de janeiro de 2019. A 56ª Legislatura irá de 1º de fevereiro de 2019 até 31 de janeiro de 2023. O Decreto Legislativo nº 79, de 1979, dispõe sobre a designação do número de ordem das legislaturas, tomando por base a que teve início em 1826, visando manter a continuidade histórica do Parlamento brasileiro. - Falando em tempo, que tal um tempinho para refletir? Um terço, dois terços: por que a renovação do Senado não acontece de uma só vez? E o que é uma SESSÃO LEGISLATIVA? A sessão legislativa pode ser ordinária ou extraordinária. A sessão legislativa ordinária corresponde a um ano de trabalhos legislativos. Assim, a sessão legislativa ordinária começa no dia 02 de fevereiro de cada ano e vai até o dia 22 de dezembro, com intervalo entre os dias 18 de julho e 31 de julho. Esses são os dois períodos da sessão legislativa: de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12.Nos intervalos entre esses períodos acontecem os recessos parlamentares. Entretanto, a sessão legislativa não será interrompida no mês de julho até que o Congresso aprove o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO (art. 57, § 2º, da CF, e art. 35, § 2º, II, do ADCT). As sessões marcadas para as datas acima citadas serão automaticamente transferidas para o primeiro dia útil subsequente, caso esses dias recaiam em sábados, domingos ou feriados (art. 57, § 1º, da CF). O Congresso Nacional pode ser convocado a trabalhar extraordinariamente nos períodos destinados ao recesso parlamentar. Esse período é chamado de sessão legislativa extraordinária. Quadro-resumo Quem pode convocar o Congresso? (art. 57, § 6º, da CF) Sessões Primeiro Intervalo entre as Sessões Segundo período Intervalo entre as sessões Ordinária 02/02 a 17/07 18/07 a 31/07 - Recesso parlamentar, após aprovação do PL de diretrizes orçamentárias 01/08 a 22/12 23/12 a 01/02 - Recesso parlamentar Extraordinária 18/07 a 31/07 Convocação nos períodos destinados ao recesso parlamentar 23/12/ a 01/02 Convocação nos períodos destinados ao recesso parlamentar Pode convocar o Congresso: Quando? Presidente do Senado Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para decretação de estado de sítio e para tomar o compromisso e dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República Na convocação extraordinária, o Congresso passa por uma sessão legislativa extraordinária, sem prazo definido constitucionalmente para funcionar, ou seja, sua duração é definida no ato convocatório ou na Mensagem do Presidente da República. Durante a sessão legislativa extraordinária, o Congresso somente delibera sobre as matérias para as quais foi convocado e sobre as medidas provisórias em tramitação (art. 57, §§ 7º e 8º, da CF). - Então, se uma legislatura é um período de quatro anos, podemos, com certeza, dizer que cada legislatura tem quatro sessões legislativas ordinárias, mas nunca podemos afirmar quantas sessões legislativas extraordinárias haverá numa legislatura. Certo? É isso mesmo. A partir da Emenda Constitucional (EC) nº 50, de 2006, para que o Congresso Nacional seja convocado em caso de vigência de interesse público relevante, por iniciativa tanto do Presidente da República como dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, é necessário que haja aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional (art. 57, § 6º, II). Unidade 2 - Sessão Plenária Presidente da República Em caso de urgência ou interesse público relevante Os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal Em caso de urgência ou interesse público relevante A maioria dos membros da Câmara e do Senado Também em caso de urgência ou interesse público relevante Na Unidade 1, vimos os conceitos de legislatura e sessão legislativa ordinária e extraordinária. Na presente Unidade 2, vamos estudar a sessão plenária. Sessão legislativa ordinária corresponde a um ano dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional. Sessão legislativa extraordinária é aquela que se realiza, por convocação, nos períodos de recesso do Poder Legislativo. Sessão plenáriaé cada unidade de trabalho, a cada dia. Às vezes, no mesmo dia, podemos ter mais de uma sessão do Senado. Ou, então, uma sessão plenária do Senado e outra, conjunta do Congresso Nacional. Então, sessão plenária é cada unidade de trabalho. Em uma sessão legislativa, seja ordinária (um ano de trabalhos), seja extraordinária, podem acontecer várias sessões plenárias deliberativas (ordinárias ou extraordinárias), não deliberativas e especiais. Podem acontecer também sessões conjuntas do Congresso. As sessões plenárias do Senado podem ser: As sessões plenárias conjuntas do Congresso podem ser: 1. deliberativas (ordinárias ou extraordinárias) 1. conjuntas; 2. não deliberativas; 2. conjuntas solenes.3. especiais Quadro Resumo Sessão Legislativa Ordinária Extraordinária Você pode assistir à Sessão Plenária diariamente por meio da TV Senado. http://www.senado.gov.br/noticias/tv/ Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da Mesa Veremos nesta Unidade 3 como um Senador toma posse e se investe no mandato. Em seguida, veremos os três usos do conceito de reunião e como acontece a eleição da Mesa do Senado. Você sabia que a posse é um ato público? A posse é um ato público, durante o qual o Senador se investe no mandato. Ela acontece perante o Senado, em reunião preparatória, durante uma sessão deliberativa ordinária ou extraordinária ou durante uma sessão não deliberativa. Se o Congresso estiver em recesso, a posse acontecerá no gabinete do Presidente do Senado, em solenidade pública. Em todos os casos, o fato será publicado no Diário do Senado Federal (DSF) (art. 4º-RISF). O que é necessário para um Senador tomar posse? Para tomar posse, em qualquer caso, o Senador precisa apresentar à Mesa o original do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, que será publicado no Diário do Senado Federal. A apresentação do diploma poderá ser feita pelo próprio diplomado, por de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12 quando o CN for convocado Sessão Plenária Deliberativa (ordinária ou extraordinária) Conjunta Não deliberativa Solene (ou conjunta solene) Especial http://www.senado.gov.br/noticias/tv/ ofício ao 1º-Secretário, por intermédio do seu Partido ou de qualquer Senador. Devem ser apresentadas cópias da última declaração do Imposto de Renda, sua e do cônjuge, e preenchido formulário contendo informações requeridas pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar (Resolução nº 20, de 1993). O Senador deve comunicar à Mesa seu nome parlamentar e a filiação partidária (art. 7º-RISF). Se a posse ocorrer numa sessão do Senado, o Presidente designará comissão de três Senadores para introduzir o diplomado no plenário e conduzi-lo à Mesa, onde, perante todos de pé, prestará o compromisso. O compromisso é o seguinte: Se houver mais de um Senador a tomar posse na mesma ocasião, um fará o pronunciamento e os outros, conforme forem sendo chamados, dirão: "Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil." "Assim o prometo". O Senador deve tomar posse dentro de 90 dias, contados da instalação da sessão legislativa, ou, se ele for eleito durante a sessão legislativa, contados da sua diplomação, podendo ter o prazo prorrogado por motivo justificado, a seu requerimento, por mais 30 dias. Se o Senador não tomar posse no prazo de 90 dias, nem pedir a prorrogação, considera-se que ele renunciou ao mandato, sendo chamado, então, seu primeiro suplente, que também é convocado sempre que o titular se licenciar por um prazo superior a 120 dias para tratar de interesse particular, ou por motivo de doença. Nesses casos, o suplente terá 30 dias improrrogáveis para prestar o compromisso. Para tratar de interesse particular, o titular só pode tirar licença por mais de 120 dias, desde que não seja na mesma sessão legislativa. O suplente também assume nos casos de vaga por falecimento, renúncia ou perda de mandato do titular. Ou, ainda, nos casos de afastamento do titular para ocupar cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do DF, de Território, de Prefeitura de Capital ou, então, de Chefe de Missão Diplomática Temporária. Nos casos de vaga ou de afastamento para assumir esses outros cargos, o suplente tem o prazo de 60 dias para assumir o exercício do mandato, prazo esse que poderá ser prorrogado por motivo justificado, a requerimento dele próprio, por mais 30 dias. Se dentro desse prazo o suplente não tomar posse nem requerer sua prorrogação, também é considerado que tenha renunciado ao mandato e se convocará o segundo suplente, que, em qualquer hipótese, terá 30 dias para prestar o compromisso. O suplente convocado pela primeira vez presta o compromisso na forma já acima mencionada. Se ele voltar a exercer o mandato na mesma legislatura, o Presidente da Casa apenas comunica ao Plenário o fato, não necessitando prestar novo compromisso. Entretanto, se for reeleito suplente para um novo mandato, terá que prestar o compromisso novamente. Quando acontece uma vaga de Senador? - Por falecimento; - por renúncia; - por perda de mandato. Considera-se haver renunciado o Senador, titular ou suplente, que, convocado, não prestar compromisso na data estabelecida pelo Regimento. Deve renunciar a um dos cargos o Senador que for eleito para mais de um cargo ou mandato público eletivo, conforme preceitua a Constituição. Ele vai ter que renunciar a um deles. Exemplo: é frequente a eleição de Senadores para Governos estaduais. Para ser empossado Governador, o Senador deverá renunciar a seu mandato no Senado Federal. Observações importantes: - um senador pode tomar posse durante o recesso parlamentar; - posse sempre é um ato público; - o diploma do senador expedido pelo Tribunal Eleitoral é documento imprescindível para que ele tome posse. Perde o mandato o Senador que infringir qualquer das proibições constantes no art. 54 da Constituição, quais sejam: 1. Desde a diplomação: - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade e economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível ad nutum, nas entidades acima descritas; 2. Desde a posse: - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou exercer função remunerada nessas empresas; - ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum em empresas públicas, autarquias, sociedades de economia mista, empresa concessionária de serviço público; - patrocinar causa em que seja interessada qualquer uma dessas empresas acima mencionadas. Perde também o mandato o senador que: - tiver procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou deixar de comparecer à terça parte das sessões ordinárias do Senado em cada sessão legislativa, salvo se estiver em licença ou em missão autorizada; - perder ou tiver suspensos os direitos políticos ou, quando o decretar a Justiça Eleitoral; - sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível. Em casos de falecimento, renúncia e perda de mandato, fala-se em vacância. Outro conceito bastante importante a ser tratado é o de REUNIÃO. Veja abaixo: a) Todas as vezes em que uma sessão plenária não puder ser realizada, por falta dequorum para seu início (1/20 da composição do Senado) ou por motivo de força maior assim definido pela Presidência, o que acontece é uma reunião. Nesse caso, o Presidente declara que não pode ser realizada a sessão, determina a publicação do expediente que há sobre a mesa, independentemente de sua leitura, e a Secretaria de Ata prepara uma ata dessa reunião. b) As comissões não realizam sessões; seus encontros chamam-se reuniões. Isso tanto para as comissões no Senado ou no Congresso, permanentes ou temporárias. c) Antes do início da primeira e da terceira sessão legislativa ordinária da legislatura, o Senado reúne-se em reuniões preparatórias. Esses são os três usos do conceito de REUNIÃO. Vamos estudar, agora, para que servem as REUNIÕES PREPARATÓRIAS. Na primeira sessão legislativa ordinária da legislatura, são realizadas três reuniões preparatórias: - a primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos novos Senadores; - a segunda, para eleger o Presidente da Mesa; - a terceira, para eleger os demais Membros da Mesa, ou seja, dois Vice- Presidentes, quatro Secretários e quatro Suplentes de Secretário. Na terceirasessão legislativa ordinária da legislatura são realizadas duas reuniões preparatórias: a primeira, no 1º dia de fevereiro, para eleger o Presidente; e a segunda, os demais Membros da Mesa. As reuniões preparatórias são iniciadas com o quorum de 1/6 de Senadores e dirigidas pelos Membros da Mesa anterior (excluídos, na reunião do início da legislatura, aqueles que tiverem concluído seu mandato no dia 31/01, ainda que reeleitos). Na Câmara dos Deputados, como ela se renova em sua totalidade, assume a direção dos trabalhos o último Presidente, se tiver sido reeleito Deputado, e, na sua falta, o mais idoso dentre os de maior número de legislaturas. Como acontece a ELEIÇÃO DA MESA DO SENADO? Os Membros da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos, em escrutínio secreto e por maioria simples de votos (a maioria de votos, estando presente a maioria absoluta dos Senadores), assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias e dos blocos parlamentares com atuação no Senado. A eleição para preenchimento do cargo de Presidente do Senado é feita em uma reunião preparatória. As demais, na outra reunião, na seguinte ordem: uma votação para os dois Vice-Presidentes, uma outra votação para os quatro Secretários, e ainda uma terceira votação para os quatro Suplentes de Secretário. Entretanto, as eleições dos Vice-Presidentes e dos Secretários podem ser realizadas em um único escrutínio, desde que seja aprovado requerimento nesse sentido, subscrito por 1/3 de Senadores ou líder que represente esse número. As eleições dos Vice-Presidentes, Secretários e Suplentes de Secretário são feitas com cédulas uninominais, ou seja, que contenham, cada uma, o nome do candidato e o cargo ao qual ele concorre, cédula que o Senador coloca em uma sobrecarta. A eleição do Presidente não é necessariamente realizada por esse sistema. Para a apuração dos votos, o Presidente fará a separação das cédulas referentes ao mesmo cargo, lendo-as em seguida, uma a uma, e passando-as ao Segundo- Secretário, que anotará o resultado. O painel eletrônico de votação no plenário, por preservar o sigilo da eleição, vem sendo utilizado nos casos em que haja candidato único disputando a vaga. Ainda se faz necessário explicar a diferença entre Mesa e Comissão Diretora do Senado. A eleição é para a Mesa. É ela que dirige os trabalhos do Senado por dois anos. A Comissão Diretora é composta pelos mesmos Membros da Mesa. Ela dirige as atividades administrativas da Casa. A Constituição de 1988, em seu art. 57, § 5º, instituiu a Mesa do Congresso Nacional, que é presidida pelo Presidente do Senado e tem seus demais cargos preenchidos, por alternância, entre Membros da Mesa da Câmara e do Senado. Assim, o Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso é o Primeiro Vice-Presidente da Mesa da Câmara: o Segundo Vice-Presidente da Mesa do Congresso é o Segundo Vice- Presidente da Mesa do Senado. E assim por diante. Não há suplente na Mesa do Congresso Nacional. Quadro-Resumo Posse Reunião Eleição da Mesa do Senador titular do mandato não realização da sessão Presidente (1) de 1º Suplente trabalho das comissões Vice-Presidente (2) de 2 º Suplente preparatória Secretários (4) Suplentes de Secretário (4) Unidade 4 - Fases das Sessões Já descrevemos, sucintamente, os tipos de sessão no Senado e no Congresso. Vamos, agora, detalhá-los. No Senado, elas podem ser: 1. deliberativas (ordinárias ou extraordinárias); 2. não deliberativas; 3. especiais. No Congresso: 1. conjuntas; 2. solenes (ou conjuntas solenes). Que tal revermos um quadro-resumo sobre os tipos de Sessões? Sessão Legislativa Ordinária Extraordinária de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12 quando o CN for convocado Sessão Plenária Senado Federal Congresso Nacional . Deliberativa (ordinária ou extraordinária) . Conjunta . Não deliberativa . Solene (ou conjunta solene) . Especial Qual é a diferença entre sessão deliberativa e não deliberativa? A diferença é que a primeira (sessão deliberativa) possui Ordem do Dia, momento da sessão em que há deliberação sobre matérias legislativas, e a segunda (não deliberativa) não possui este momento, sendo destinada a pronunciamentos de Senadores, comunicações, leitura de expediente e outros assuntos de interesse político e parlamentar. As sessões deliberativas ordinárias e as não deliberativas são realizadas de 2ª a 5ª feira, às 14h. Na 6ª feira, a sessão inicia-se às 9h.Se houver Ordem do Dia, será uma sessão deliberativa ordinária.Caso contrário, uma sessão não deliberativa. As sessões deliberativas extraordinárias não têm horário preestabelecido no Regimento. Esse horário é definido pelo Presidente, no momento de sua convocação, que o fará ouvidas as lideranças partidárias, quando as circunstâncias o recomendarem, ou sempre que haja necessidade de deliberação urgente. Além do horário, as sessões deliberativas ordinárias e extraordinárias se diferenciam pela determinação de sua Ordem do Dia. Para as primeiras, as matérias que farão parte das deliberações são definidas com 3 sessões deliberativas ordinárias (art. 170, § 2º, III-RISF) de antecedência. Já para as extraordinárias, como o próprio nome diz, não há previsão. Sua Ordem do Dia e seu horário de realização são definidos pelo Presidente no momento da convocação. Tanto as sessões deliberativas quanto as não deliberativas precisam da presença em plenário de, no mínimo, 1/20 dos Senadores para serem iniciadas ou para terem continuação. As sessões especiais são destinadas a homenagens ou comemorações.O Senado pode interromper uma sessão ou realizar uma sessão especial, a juízo do Presidente ou por deliberação do Plenário, mediante requerimento assinado por pelo menos seis Senadores e aprovado por maioria simples de votos. Nela podem ser admitidos convidados à mesa e no plenário, sem necessidade de quorum para ser realizada. A convocação pode ser feita em sessão ou mediante publicação no Diário do Senado Federal. O uso da palavra é restrito aos oradores designados pelo Presidente. O Senado ainda pode prestar homenagem sem que esta dure uma sessão inteira. Ela pode ser realizada na primeira parte da sessão, Período do Expediente. Para isso, também é necessário requerimento assinado por no mínimo seis Senadores e aprovado pelo Plenário. Os Senadores que quiserem fazer uso da palavra, neste caso, podem se inscrever. As sessões deliberativas, ordinárias ou extraordinárias, do Senado, possuem três FASES: - Período do Expediente; - Ordem do Dia; e - após a Ordem do Dia As não deliberativas, como não têm Ordem do Dia, só possuem Período do Expediente. E no Congresso, como ocorrem as sessões? No Congresso, as sessões são conjuntas, quer de trabalho, quer de homenagem. As que não tiverem data previamente estabelecida serão convocadas pelo Presidente do Senado ou seu substituto, com prévia audiência da Mesa da Câmara. As sessões pré-datadas são as de posse do Presidente e do Vice-Presidente da República (1º de janeiro) (arts. 60 a 67 - RCCN) e a destinada a abrir os trabalhos da sessão legislativa ordinária (02 de fevereiro ou primeiro dia útil subsequente) (arts. 57 a 59 - RCCN). As sessões conjuntas são realizadas no plenário da Câmara dos Deputados, salvo escolha de outro lugar previamente anunciado. Em geral, nesta hipótese, a opção recai sobre o plenário do Senado Federal. Nas sessões de trabalho legislativo, havendo Ordem do Dia, os avulsos (publicação) das matérias devem estar disponíveis aos parlamentares com 24 horas de antecedência. As sessões de trabalho também são divididas em FASES. Por analogia ao Regimento do Senado, compreendem: As fases das sessões são: Período do Expediente Ordem do Dia após a Ordem do Dia O Congresso Nacional realiza sessão solene para: - Inaugurar sessão legislativa (ordinária ou extraordinária); - Dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República; - Promulgar emendas constitucionais; - Homenagear Chefesde Estado estrangeiro; - Comemorar datas nacionais. Todas as sessões, do Senado ou do Congresso, têm duração de quatro horas e meia, podendo ser prorrogadas por proposta do Presidente ou a requerimento de qualquer Senador, no Senado, ou de qualquer Congressista, no Congresso, tantas vezes quantas necessárias. A prorrogação será sempre por prazo fixo, que não poderá ser restringido, salvo por falta de matéria ou de número para o prosseguimento da sessão. As fases das sessões são: - Período do Expediente; - Ordem do Dia; e - após a Ordem do Dia. Agora você irá compreender melhor o que acontece em cada uma das FASES DAS SESSÕES. PERÍODO DO EXPEDIENTE Nas sessões deliberativas ordinárias, esse período dura 120 minutos, contados a partir do real início da sessão. É destinado à leitura do expediente pelo Primeiro- Secretário, na íntegra ou em resumo, e aos oradores inscritos, que têm até 10 minutos para fazer seu pronunciamento, sendo permitidos apartes. O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma única vez, para que o orador conclua seu pronunciamento, caso não tenha esgotado o tempo de que disponha, após o que a Ordem do Dia terá início impreterivelmente. Caso haja matéria a ser deliberada que esteja tramitando no rito de urgência urgentíssima (art. 336, I - RISF), não serão permitidos oradores no Período do Expediente. Esse tempo também pode ser destinado a homenagens. Nas sessões deliberativas extraordinárias, esse período dura 30 minutos, e só haverá oradores caso não haja número para as deliberações da Ordem do Dia. No Congresso, o Expediente dura trinta minutos e é destinado à leitura do expediente pelo Primeiro-Secretário e aos oradores inscritos, que poderão usar da palavra pelo prazo máximo de cinco minutos. Ainda no Período do Expediente podem acontecer votações de requerimentos que não sejam objeto de deliberação na Ordem do Dia. No Senado Encerrado a Período do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação é de competência do Presidente da Casa. As matérias são incluídas na Ordem do Dia segundo sua antiguidade e importância, observada a seguinte sequência: - medida provisória (art.62-CF) a partir do 46º dia de vigência; matéria com urgência constitucional (art. 64 CF) com prazo já esgotado; matéria em regime de urgência urgentíssima (calamidade pública e perigo de segurança nacional); matéria com prazo determinado, segundo o art. 172, II, do RISF; matéria em regime de urgência, nos termos do art. 336, II, do RISF; matéria em regime de urgência, nos termos do art. 336, III, do RISF; - matéria em tramitação normal. Além desse critério, há precedência de: - matérias em votação sobre as em discussão; matérias da Câmara dos Deputados sobre as do Senado; redações finais sobre matérias em deliberação do mérito; matérias em turno suplementar, em turno único, em segundo turno e em primeiro turno, nessa ordem; projetos de lei sobre projetos de decreto legislativo, sobre projetos de resolução, sobre pareceres, sobre requerimentos, nessa ordem; - matérias da pauta anterior que não foram deliberadas sobre outras dos grupos a que pertencem. Os projetos de código serão incluídos com exclusividade na Ordem do Dia. Os pareceres sobre escolha de autoridade serão colocados ao final da Ordem do Dia. Apesar de o Regimento dispor sobre a sequência das matérias, essa ordem pode ser alterada por requerimento assinado por qualquer Senador, solicitando inversão da pauta, apresentado e votado antes de se iniciar a Ordem do Dia.Depois desta iniciada, a sequência ainda pode ser alterada por requerimento de preferência de um item sobre outro, assinado por qualquer Senador e aprovado pelo Plenário. São lidos no Período do Expediente e votados após a Ordem do Dia da mesma sessão: - Os requerimentos de urgência, nos termos do art. 336, II; - os requerimentos que solicitam sessão especial; - os requerimentos que solicitam que o tempo destinado aos oradores do Período do Expediente de uma determinada sessão seja para prestar alguma homenagem. Link das Atividades Legislativa http://www25.senado.leg.br/web/atividade No Congresso Terminada a leitura do expediente e o horário destinado aos oradores do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação também é da competência do Presidente do Senado (na condição de Presidente da Mesa do Congresso). Na sua organização, as proposições em votação têm precedência sobre aquelas em discussão. Projetos de lei têm preferência sobre os projetos de decreto legislativo, os projetos de resolução e os requerimentos. Também nas sessões conjuntas, a ordem da Ordem do Dia pode ser alterada por requerimento de inversão da pauta ou de preferência. A diferença é que os requerimentos devem ser apresentados por líder partidário. Tanto no Senado quanto nas sessões conjuntas, estando uma matéria em fase de votação e não havendo quorum para as deliberações, passar-se-á à matéria que estiver em discussão. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta dequorum, a Presidência pode suspender a sessão por prazo não superior a 30 minutos (no Congresso) ou a uma hora (no Senado) ou conceder a palavra a algum parlamentar. Sobrevindo número para as deliberações, voltar-se-á às matérias, interrompendo-se o orador que se encontra na tribuna. http://www25.senado.leg.br/web/atividade Nenhum Senador no Senado ou parlamentar no Congresso presente à sessão poderá deixar de votar, salvo quando se tratar de assunto em que tenha interesse pessoal (nesse caso, o Senador ou parlamentar deve declarar tal fato, sendo, contudo, sua presença computada para efeito de quorum) ou quando seu partido estiver em obstrução declarada pelo líder. APÓS A ORDEM DO DIA No Senado e no Congresso Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e, havendo tempo, pelos oradores inscritos, que no Senado, neste momento, dispõem de até vinte minutos para seu pronunciamento. Algumas votações são realizadas nesta fase da sessão no Senado. Alguns exemplos: - requerimentos de urgência nos termos do art. 336, II, do RISF; - redações finais de matérias em rito normal de tramitação que foram deliberadas na Ordem do Dia, caso haja requerimento de dispensa de sua publicação. Uma sessão só não se realiza, no Senado, por falta de quorum, por deliberação do Plenário, quando seu período de duração coincidir, mesmo que parcialmente, com o de sessão conjunta do Congresso, ou por motivo de força maior, assim definido pela Presidência da Casa. No Congresso, ela não se realiza por falta de quorum ou por cancelamento por parte da Presidência do Senado. O Senado, nos sessenta dias que antecedem as eleições gerais, funciona de acordo com o Regimento Comum, ou seja, suas sessões se realizam por convocação, como as conjuntas do Congresso.Nesses dias, também o Período do Expediente ou a Ordem do Dia podem ser dispensados, desde que ouvidas as lideranças. Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação TIPOS DE SESSÃO E MODALIDADES DE VOTAÇÃO Veremos aqui que as sessões, tanto do Senado como as conjuntas do Congresso, podem ser públicas ou secretas. As votações também podem ser públicas - o Regimento usa a palavra "ostensivas" - ou secretas. Quem pode assistir a uma sessão no Senado ou no Congresso? A maior parte das sessões é pública, ou seja, qualquer pessoa desarmada, ocupando em silêncio o lugar que lhe é reservado, pode assistir tanto a uma sessão do Senado como do Congresso, na Tribuna de Honra ou nas galerias. À imprensa é reservada uma bancada própria. Quem pode entrar no Plenário do Senado? No plenário do Senado são admitidos, além dos Senadores, os suplentes de Senador, os ex-Senadores e suplentes que tenham exercido o mandato, Ministros de Estado, nos casos previstos no Regimento - ou seja, quando convocados ou quando solicitarem sua vinda para expor algum assunto de interesse de sua Pasta. Também são admitidosno plenário funcionários da Casa, quando em pleno exercício de suas funções. Nas sessões especiais são admitidos convidados, podendo estes, inclusive, a convite do presidente, compor a Mesa. - Se a maior parte das sessões é pública, quer dizer que podemos divulgá-las? - A divulgação das sessões por reportagem fotográfica no recinto, por irradiação sonora ou por filmagem e transmissão em televisão, dependem de autorização do Presidente do Senado. Das sessões será elaborada ata circunstanciada, que constará do Diário do Senado Federal, tanto durante as sessões legislativas ordinárias como nas extraordinárias. Nos períodos de recesso, haverá publicação sempre que houver matéria que assim justifique. Quando o Senado funcionará secretamente? Obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre: - acordos de paz; - declaração de guerra; - suspensão de imunidade de Senador durante estado de sítio; - escolha de Chefe de Missão Diplomática - os Embaixadores; e - também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta do Senado. Neste último caso, chegando à Mesa um requerimento solicitando sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário sobre a sua existência, sem, no entanto, comunicar quem é seu autor nem o motivo pelo qual está sendo solicitada a sessão secreta. Para deliberar sobre esse requerimento, o Senado já funcionará em sessão secreta. O Presidente solicita a retirada dos funcionários e de todos que estejam assistindo àquela sessão, podendo determinar a presença dos funcionários que julgar necessários. Já em sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário o nome do requerente e o assunto a ser apreciado em sessão secreta. Os Senadores votam por maioria simples, em votação simbólica, se desejam que aquele assunto seja apreciado em sessão secreta. Aprovado o requerimento, será marcada essa sessão para o mesmo dia ou o dia seguinte, caso a data da sessão já não venha preestabelecida no requerimento. Antes de a sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de debate e votação, por maioria simples, se deseja que seja divulgado o nome do requerente e o assunto tratado. Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será objeto de debates em sessão pública. As atas das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário, assinadas pelo Presidente e pelos Primeiro e Segundo-Secretários, colocadas em sobrecarta (envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes de a sessão voltar a ser pública, a ata é votada com qualquer número. Em sessão secreta, além dos Senadores e dos funcionários determinados, o Presidente ou um líder podem propor ao Plenário - e este vota a proposta - que outras pessoas assistam àquela sessão. E as sessões no CONGRESSO? São públicas ou secretas? As sessões são públicas, como regra, podendo também ser secretas, se assim deliberar o Plenário, mediante proposta da Presidência ou de líder, prefixando-lhe a data. O procedimento é o mesmo que para o Senado. O Presidente anuncia a existência do requerimento, mas sem dizer seu autor nem sua finalidade, a qual só será divulgada quando o Congresso já estiver trabalhando em sessão secreta. Como se dá o registro das sessões? Também as sessões do Congresso são registradas em ata. As atas das sessões públicas são circunstanciadas; as das sessões secretas são redigidas pelo Segundo- Secretário. A ata será submetida ao Plenário - que deliberará com qualquer número, antes de a sessão voltar a ser pública, -, assinada pelos Membros da Mesa, e encerrada em "sim", "não" e "abstenção". E no caso de o painel eletrônico não estar funcionando? Faz-se chamada pela lista de comparecimento dos Senadores. Como se dá a transformação de uma votação simbólica em votação nominal? Nas votações simbólicas, se algum Senador não concordar ou se tiver dúvida a respeito do resultado, pode pedir, com o apoiamento de outros três Senadores, verificação da votação.E a votação, que havia sido feita simbolicamente, passa agora a ser realizada pelo painel eletrônico, nominalmente, para justamente verificar se o resultado anteriormente anunciado corresponde à realidade. Uma outra forma de uma matéria que deveria ser votada simbolicamente ser votada nominalmente é através de requerimento pedindo sua votação nominal.Este deve ser apresentado e votado antes de se passar à votação da matéria em si. Se aprovado, ela não será submetida à votação simbólica, mas será realizada diretamente por processo nominal. Assim, os processos simbólico e nominal (no painel ou por chamada) de votação são utilizados para votações ostensivas, ou seja, para as votações públicas. Já nas votações secretas só se pode utilizar o sistema nominal, quer no painel, quer por esferas, ou em cédulas, nas eleições. A diferença é que, nas votações públicas, aparecem, no painel eletrônico, o nome do votante, seu voto e o resultado total da votação. Nas votações secretas, aparecem tão somente o nome do votante e o resultado total. Não aparece a qualidade do voto. A norma geral é que as sessões sejam públicas e as votações também.Mas numa sessão pública pode haver votação pública ou votação secreta. E numa sessão secreta pode haver votação secreta ou votação ostensiva (pública). Depende da matéria que está sendo deliberada. Resumindo: SESSÕES São públicas, como regra, podendo também ser secretas, se assim deliberar o Plenário (mediante proposta da Presidência ou de líder, prefixando-lhe a data). São secretas, obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre: . acordos de paz; . declaração de guerra; . suspensão de imunidade de Senador durante o estado de sítio; . escolha de Chefe de Missão Diplomática - os Embaixadores; . e também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta do Senado. VOTAÇÕES I - Ostensivas (públicas) a) Simbólica b) Nominal II - Secretas a) Eletrônica b) Por meio de cédula c) Por meio de esfera Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação QUORUM DE INICIATIVA E QUORUM DE VOTAÇÃO Iniciativa é o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. Tal poder pode ser exercido individual ou coletivamente. Quem pode iniciar uma proposta de regra jurídica nova? Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, o Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal, os Tribunais Superiores, o Procurador-Geral da República e os cidadãos. Vamos verificar alguns exemplos de iniciativa? Referência: RISF - arts. 182 a 186; 190 a 198; 201 a 208; 289 a 298; 383 a 385. Iniciativa Individual Presidente da Républica Proposta de emenda à Constituição, projeto de lei. http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/regsf/ http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/regsf/ http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/regsf/ Senador ou Deputado Projeto de lei, projeto de decreto legislativo, projeto de resolução,emendas diversas a outras matérias (salvo a proposta de emenda à Constituição), requerimento. Procurador-Geral da República, STF, Tribunais Superiores Projeto de lei de matéria atinente à sua competência privativa. Iniciativa Coletiva Senadores ou Deputados Proposta de emenda à Constituição, emendas à proposta de emenda à Constituição; na mesma sessão legislativa, projeto de lei ordinária rejeitado. Senadores Projeto de resolução referente à competência tributária dos Estados e do Distrito Federal. Comissão Projeto de resolução referente às matérias estabelecidas no art. 52 VI, VII, VIII, IX da Constituição; projeto de resolução relativo à competência tributária dos Estados e do Distrito Federal; projeto de lei, projeto de decreto legislativo, projeto de resolução suspendendo a execução no todo ou em parte de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal Mesa Provocação à Casa, propondo a perda de mandato
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