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RESUMO Estudo PODER LEGISLATIVO COMPLETO - Legislativo FEDERAL LegislativoMUNICIPAL TRANSPARENCIA OUVIDORIA Gestao do Conhecimento Legislativo - Curso Universidade Senado Federal

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Estudo - O Poder Legislativo - Curso
Senado
Módulo I
Criação da Assembléia: a aristocracia e os comerciantesreuniam-se em 
assembleias para debater essas – e outras – dificuldades que afligiam toda a 
comunidade.
Após um longo processo de disputa de Poder, essa assembleia evoluiu para o 
modelo de Poder Legislativo, existente nos dias atuais.
Revolução francesa: declaração dos direitos do homem e do cidadão. (26 agosto 
1789 - direitos fundamentais), 100 anos antes surgiu o parlamento inglês 1689, a 
Magna Carta que limita o poder Real. Limitação do poder executivo. 
Sistema bicameral, países de forma federativa. 
Senado para equilibrar assimetria(estados com 40 milhões de habitantes e 
estados de 400mil) que existe no Brasil, representam os Estados. Para amenizar a 
assimetria dos estados. (Casa Moderadora - Câmara Revisora, todos os projetos 
do Pres. da republica começa na câmara, e faz a revisão se não tiver de acordo 
arquiva, se tiver pode emendar, transformar, etc. volta e a câmara decide se mantém 
ou se adota a proposta). 
Câmara e Senado se complementam para aprovar as Leis. Nasceu no império 
em 1824. Para Equilibrar a discussão na outra. 
em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorga à Nação a primeira Constituição 
brasileira.
O Poder Legislativo - Completo.pdf 797 kB
E quem poderia ser eleito Deputado ou Senador? Tempo do Império
Podia ser eleito Deputado 
todo e qualquer eleitor de província,exceto:
os que não tivessem 400 mil réis de renda líquida anual;
os estrangeiros naturalizados;
os que não professassem a religião do Estado.
Podia ser eleito Senador todo e qualquer eleitor de província que:
fosse cidadão brasileiro no gozo dos direitos políticos;
tivesse a idade mínima de 40 anos;
fosse pessoa de saber, capacidade e virtudes, com preferência os que tivessem prestado serviços à Pátria;
tivesse rendimento anual, por bens, indústria, comércio ou emprego, de 800 mil réis.
o pensador e filósofo Montesquieu, que nos legou a clássica organização dos 
Poderes do estado moderno e suas respectivas funções: Executivo, Legislativo e 
Judiciário.
De fato, a cada Poder é atribuída uma função primordial. Isto é, ao Executivo cabe, 
principalmente, administrar os bens e recursos de toda sociedade; ao 
Legislativo compete, fundamentalmente, elaborar as normas legais; e, por fim, 
ao Judiciário cabe a função de dirimir os conflitos existentes na sociedade. 
Esses papéis são realizados de forma harmoniosa e cooperativa entre tais instituições
Podemos afirmar que legislar é típica função do Poder Legislativo, embora 
eletambém exerça, de forma atípica, a função jurisdicional quando julga seus 
processos administrativos, bem como a função administrativa em relação aos 
seus bens, recursos e patrimônios.
...o Legislativo Nacional pode - e deve - atuar na ordem social por meio da inovação 
legislativa.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Códigos; Leis Ordinárias; Decretos; Resenha Diária; Medidas Provisórias
Ramos do Direito: 
Conceituar o que seja o Poder Legislativo não é uma das tarefas mais fáceis. Talvez 
as frases seguintes, em seu conjunto, permitam-nos compreender o significado de 
tão importante instituição:
“O Legislativo é a instituição responsável pela elaboração das leis de uma 
determinada comunidade.”
“O Legislativo é o Poder que sintetiza e encarna a ideia de democracia.”
“O Legislativo é a instituição representativa dos diversos segmentos da 
sociedade.”
“O Legislativo é o espaço público em que as disputas sociais e os conflitos de 
interesses são redimensionados e transformados em consensos.”
“O Legislativo é a caixa de ressonância da sociedade.”
“O Legislativo é o local em que os grandes temas de um país são debatidos e 
solucionados.”
“O Legislativo é o depositário da Soberania nacional.”
“O Legislativo é o espelho da opinião nacional.”
o Parlamento se caracteriza por ser o local por excelência dodebate, da 
discussão, da negociação, na busca do consenso, o que o torna a instância 
mais afinada com os princípios e as regras democráticas.
É o Parlamento a instituição por excelência que melhor reflete a diversidade de 
opiniões, valores e tendências existentes em uma determinada sociedade.
Entre as funções que o Legislativo exerce nas sociedades modernas, 
destacaremos três que se destacam pela sua visibilidade:
Função Legiferante;
Função Fiscalizadora;
Função Educativa.
papel do Poder Legislativo, a primeira coisa que nos vem à mente é a elaboração 
das leis, isto é, das normas jurídicas que irão nos dizer o que podemos ou não 
fazer, quais são os nossos direitos e os direitos dos outros. Em resumo, as regras 
de cumprimento obrigatório que norteiam uma determinada sociedade. Como 
já visto antes, o papel de legislar é, indubitavelmente, a função primordial dos 
Parlamentos modernos. (Incubadoras de Leis) -Twitter proporciona 
melhor interação com o Legislativo.
Outra função fundamental exercida pelo Poder Legislativo é a de educar.
É nesse espaço público – o Legislativo – que as propostas que afetam diretamente 
o interesse de todos os cidadãos são apresentadas, debatidas e transformadas 
em normas legais. Nesse processo de criação das leis é muito comum que os 
segmentos organizados da sociedade (sindicatos, confederações de 
trabalhadores e empregadores, ONGs, associações, etc.) sejam ouvidos, 
apresentem suas ideias e colaborem com os parlamentares. Por exemplo, isto 
ocorre frequentemente nas Audiências Públicas realizadas pelas duas Casas 
Legislativas.
Norberto Bobbio, em seu Dicionário de Política, classifica as funções 
fundamentais dos Parlamentos da seguinte forma:
de Representação --> o Parlamento é o espaço para as manifestações dos 
diversos segmentos e grupos sociais.
de Legislação --> o Parlamento tem como a sua mais típica função a atividade 
legislativa.
de Controle do Executivo --> o Parlamento exerce o controle do Executivo e das 
atividades dos seus setores burocráticos.
de Legitimação --> o Parlamento ajuda a conferir ou a subtrair legitimidade 
política ao Governo.
O orçamento geral da União é encaminhado pelo Poder Executivo (Governo 
Federal) ao Congresso Nacional para apreciação e aprovação? Nas leis 
orçamentárias estão previstos todos os recursos e fixados todas as despesas do 
Governo Federal relativas aos Poderes Legislativos, Executivo e Judiciário. 
Nesse aspecto, os Deputados Federais e os Senadores possuem um papel 
fundamental na medida em que são eles que ratificam ou não a proposta 
encaminhada pelo Presidente da República.
Plano PluriAnual —> Leis orçamentárias
 
PPA - Defende as macro-metas dos governantes, desce para as leis de diretrizes 
orçamentárias para depois aprovar os orçamentos.
Tribunal de contas da união fiscaliza o Orçamento Público. Tudo 
 
É preciso que o dinheiro produza efeitos benéficos para a sociedade.
Encontrar formas de medir o desempenho dos programas.  
O País escolhe quais setores vai investir.
 
Pressão dos parlamentares para incluir no orçamento as emendas, superestimando 
o orçamento. Emendas importantes para os parlamentares. 
 
Podemos ajudar no controle, programa de informática mostra as verbas 
liberadas, qual o valor, e quem recebeu os pagamentos.
Acesso às Verbas do Orçamento da União.
Programa Siga Brasil - Acesso aos Dados Brutos do Orçamento
www.senado.gov.br
Diversas pesquisas de opinião apontam uma grande desconfiança, por parte de uma 
significativa parcela dos cidadão, em relação à legitimidade de nosso Congresso 
Nacional. É comum, em nosso trabalho, em nosso bairro, na nossa comunidade, 
ouvirmos pessoas falarem que "não acreditam nos políticos" ou que "somente 
voto porque é obrigatório" e, ainda, "os parlamentares legislam em causa 
própria". Esse descrédito e insatisfação - exageros à parte - não é exclusivo de 
nosso país. Diversas democracias do mundo vivem esse conflito. Tendo em vista 
essas informações, reflita sobre o quê você pode fazer para modificar essa 
realidade.
Módulo II
O voto direto foi instituídono Brasil em 1881, ainda, em pleno Império, quando 
entrou em vigor a Lei Saraiva.
1932 - 1º código eleitoral - 2ª estabelecimento do voto proporcional
1945 - Estabeleceu o sistema em 1 turno. 
1988 promulgação da constituição - fim do regime autoritário. 
Lei Permante - 9.504 30 de setembro 1997 - assegurado legislação eleitoral 
democrática.
  
O princípio do domicílio eleitoral é regra que, no Brasil, só surge com a 
República, quando a lei passa a impor, como condição de elegibilidade, um número 
determinado de anos de residência no Estado por onde o candidato deseja ser 
eleito.
13 de maio de 1888 - Lei Áurea - abolição da escravatura/escravidão (princesa Izabel)
15 de novembro de 1889 caiu o império, se exilaram na França
Carta deixada pela Princesa Izabel:
Hoje: 
No Império, o Poder Legislativo exerceu – além da típica função legislativa – um 
papel político fundamental, adaptando-se às especificidades de cada um de seus 
períodos, seja durante o primeiro reinado, na fase da regência ou mesmo no 
decorrer do longo reinado de Dom Pedro II.
"O Parlamento foi uma das forças que promoveram a unidade e a 
nacionalização do Brasil. Tem-se atribuído a muitos fatores a unidade nacional, e 
entre eles não se poderia nunca ocultar ou obscurecer o papel representado pelo 
Parlamento. A reunião, o encontro, o debate de brasileiros de várias regiões, a 
busca incansável pelo acordo nacional, a tentativa de conciliar interesses 
divergentes locais, provinciais e imperiais, tudo favoreceu o fortalecimento da 
ideia de uma pátria grande e unida" (Octaciano Nogueira - Poder Legislativo no 
Brasil - 1821 -1930
...a partir de 1882, o censo literário, isto é, daquele ano em diante só poderiam 
votar as pessoas que soubessem ler e escrever.
...já tramitaram nas duas Casas do Congresso Nacional (encontram-se arquivadas) 
Propostas de Emenda à Constituição (PECs) investindo os ex-presidentes da 
República no cargo de Senador Vitalício, sem direito a voto.
Constituição(Carta) de 24 fevereiro de 1891 considerada um Marco para o Estado 
Brasileiro, garantiu direitos que até hoje orientam a vida do cidadão, como a 
liberdade de imprensa, os direitos individuais dos cidadãos e a Separação entre 
Estado e a Igreja.
 
 
 
Amadurecimento da Classe Política. 
A Constituição de 1891 estabelecia que o Poder Legislativo fosse exercido pelo 
Congresso Nacional, este composto de dois ramos: a Câmara dos Deputados e o 
Senado Federal.
Foi com a República que se consagrou a expressão Congresso Nacional para 
denominar a reunião conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Condições de elegibilidade para o Congresso Nacional
- Estar na posse dos direitos de cidadão brasileiro e ser alistado como eleitor.
- Para a Câmara, ser cidadão brasileiro há mais de 4 anos e para o Senado Federal 
há mais de 6 anos.
- Para o Senado Federal era necessário ter mais de 35 anos de idade.
Da Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados era composta de representantes do povo eleitos pelos 
Estados e pelo Distrito Federal, mediante o sufrágio direto, garantindo-se a 
representação da minoria.
O número de Deputados era fixado por lei em proporção que não excedia de um 
por 70 mil habitantes, não devendo esse número ser inferior a 4 por Estado.
Do Senado Federal
A Constituição de 1891 estabeleceu em 3 o número de Senadores por Estado e pelo 
Distrito Federal, todos eleitos pelo mesmo processo da eleição dos Deputados. O 
mandato dos Senadores eleitos durava 9 anos e a renovação do Senado ocorria pelo 
terço trienalmente. 
Naquela época, o Vice-Presidente da República ocupava o cargo de Presidente do 
Senado. Entretanto, a ele só era dado o direito de voto de qualidade (desempate).
Embora diversos avanços tenham ocorrido, a lógica do clientilismo, das trocas de 
favores, da corrupção eleitoral, do empreguismo e do nepotismo marcou 
profundamente a fase conhecida como "República Velha" (1889-1930). Na 
atualidade, as instituições públicas - em especial, as Casas Legislativas do Congresso 
Nacional - cada vez mais combatem o fenômeno do Nepotismo.
Com a Revolução de 1930 e o fim da República Velha, chega ao Poder Getúlio 
Vargas, representante de novos atores políticos. A estrutura legal herdada da 
República Velha já não mais correspondia aos anseios do povo e, principalmente, 
das novas elites políticas.
Esse período da história parlamentar brasileira restringe o papel exercido pela Casa 
Alta – O Senado Federal – ao determinar, conforme a CF/1934,que o Poder 
Legislativo fosse exercido pela Câmara dos Deputados com a colaboração do 
Senado Federal.
A Lei Maior previa, ainda, que a Câmara dos Deputados fosse composta de 
representantes do povo, eleitos mediante o sistema proporcional e sufrágio 
universal, igual e direto, e derepresentantes eleitos pelas organizações 
profissionais na forma que a lei indicasse.
...grande novidade em nosso Legislativo: a existência da representação classista, 
isto é, indivíduos eleitos por sindicatos de empregados e de empregadores.
Frisa-se que os Deputados  representantes das profissões eram eleitos, na forma 
de lei ordinária, por sufrágio indireto de associações profissionais que 
representassem as seguintes divisões: 1 – lavoura e pecuária; 2 – indústria; 3 – 
comércio e transportes; e 4 – profissões liberais e funcionários públicos.
Condições de elegibilidade
Eram elegíveis para a Câmara dos Deputados os brasileiros natos, alistados eleitores 
e maiores de 25 anos, sendo que os representantes das profissões deveriam, 
ainda, pertencer a uma associação compreendida na classe e grupo que os 
elegessem.
A grande barreira que persistiu foi a proibição dovoto aos analfabetos, que 
conquistaram esse direito com a Constituição de 1988.
A Constituição de 1934 estabelecia que os Deputados das profissões 
seriam eleitos na forma da lei ordinária, por sufrágio indireto das 
associações profissionais. Esse tipo de representação foi previsto pelo Código 
Eleitoral de 1932 e chegou a ser implantado na Assembleia Constituinte de 
1933/1934, que contou com 214 deputados populares e 40 deputados 
representantes das associações profissionais.
Atualmente, o nosso Legislativo Nacional não comporta esse tipo de 
representação. Todos os 594 cargos (513 cargos de Deputado Federal + 81 
cargos de Senador da República) são disputados, de forma competitiva, pelos 
candidatos apresentados pelos partidos políticos.
...a pertinência ou não de se estabelecer, hoje em dia, algum tipo de 
representatividade parlamentar baseada em determinados crivos sociais, como 
exemplo: classes profissionais (nos moldes estabelecidos na década de 1930) ou 
qualquer outro grupo de relevância política (representantes de Igrejas, de 
minorias sociais, do segmento negro, de pessoas com deficiência, etc.).
Vivemos em um “mundo jurídico” em que algumas imposições legais (isto é, leis 
que não foram devidamente elaboradas, debatidas e votadas pelo órgão mais 
democrático de uma sociedade moderna: o Legislativo) sãofrutos de uma 
vontade não democrática. Exemplo:
Código Penal: Decreto-Lei nº 2.848/1940.
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT: Decreto-Lei nº. 5.452/1943.
Com a queda de Getúlio Vargas e o processo de redemocratização do país, torna-
se necessária a elaboração de uma Constituição que refletisse esse novo 
período:  cria-se, assim, a Constituição de 1946.
Essa Constituição devolveu as prerrogativas inerentes ao Poder Legislativo, ao 
estabelecer, em seu artigo 37, que esse Poder fosse exercido pelo Congresso 
Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
A Constituição de 1946 previa que perderia o mandato, por 2/3 dos votos, o 
Deputado ou Senador cujo procedimento fosse reputado incompatível com o 
decoro parlamentar.
Condições de elegibilidade para o Congresso Nacional
·Ser brasileiro.
· Estar no exercício dos direitos políticos.
·Ser maior de 21 anos (para a Câmara dos Deputados).
·Ser maior de 35 anos (para o Senado Federal).
Inicia-se uma nova fase para o Parlamento,com o Congresso Nacional reunindo-
se por um período maior de tempo no decorrer do ano: de 15 de março até 15 
de dezembro de cada ano.
Nessa fase surgem os primeiros partidos políticos nacionais, com programas 
ideológicos definidos que expressavam as diversas correntes de opinião existentes 
naquela época. Embora no período 1945/1964 tenha existido mais de uma dúzia de 
partidos políticos, 3 deles dominaram o cenário político: o Partido Social 
Democrático (PSD), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido 
Trabalhista Brasileiro (PTB).
Você sabia que pela Constituição de 1946:
Os Deputados e Senadores recebiam, anualmente, igual subsídio e ajuda de 
custo? Esse subsídio era dividido em duas partes: uma fixa, que se pegava no 
decurso do ano, eoutra variável, correspondente ao comparecimento.
Com o Golpe militar de 1964, tivemos um refluxo em nossa história democrática. 
Nesse período de exceção, os militares outorgam ao povo brasileiro a 
Constituição de 1967, feita sem a aprovação de uma assembleia constituinte. 
Essa Constituição foi substancialmente modificada em 1969 por meio de um 
decreto-lei baixado pela junta militar que governou durante o impedimento, por 
motivo de saúde, do então presidente General Costa e Silva.
O Legislativo no âmbito da ditadura militar
Esse período da história nacional foi marcado pela existência de duas agremiações 
políticas que atuavam no Parlamento: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), 
de base governista, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que 
agrupava as correntes de oposição - diga-se de passagem, uma “oposição 
consentida”.
O processo de redemocratização de nosso país foi feito de maneira lenta e gradual, 
culminando com as eleições diretas para Presidente da República em 1989, onde 
72 milhões de brasileiros foram às urnas.
Entretanto, embora os direitos políticos e civis tenham sido reestabelecidos, grande 
parcela da população, ainda, encontra-se excluída das benesses da sociedade 
moderna ( são os "sem terra", "sem teto", "sem emprego", "sem escola", etc.).
Módulo III
A Constituição de 5 de outubro de 1988, popularmente conhecida como 
“Constituição Cidadã” em razão dos diversos direitos de cidadania nela 
incorporados, estabeleceu, em seu art. 2º, que os Poderes da união, 
independentes e harmônicos entre si, são o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário.
O Legislativo, objeto deste nosso curso, encontra-se presente nos três níveis de 
Poder existentes no Brasil: federal (Câmara dos Deputados e Senado Federal), 
estadual (nos Estados, as Assembleias Legislativas, e, no Distrito Federal, a 
Câmara Legislativa do Distrito Federal) e municipal (as Câmaras de Vereadores).
Como já salientado anteriormente, este nosso estudo restringe-se ao Poder 
Legislativo no âmbito federal, que é exercido pelo Congresso 
Nacional,composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal (art. 44 da 
CF/88).
O Congresso Nacional reúne-se, anualmente, na Capital Federal, de 2 de 
fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Quando as datas acima recaírem nos sábados, domingos ou feriados, as reuniões 
são transferidas para o primeiro dia útil subsequente.
Além disso, a sessão legislativa não será interrompida, em 17 de julho, caso não 
se aprove o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
Ler
Para compreendermos a composição da Mesa do Congresso Nacional, precisamos 
vislumbrar a composição das Mesas Diretoras das duas Casas Legislativas, a saber:
Convocação
Todos já devem ter visto na televisão ou lido nos jornais que “o Congresso Nacional 
foi convocado extraordinariamente” para aprovar essa ou aquela matéria, não é?
Mas quem convoca? E em quais casos? Quais os assuntos que são objetos de 
deliberação?
O Presidente do Senado Federal convoca extraordinariamente o Congresso 
Nacional nos seguintes casos: decretação de estado de defesa ou de 
intervenção federal; pedido de autorização para a decretação de estado de 
sítio; compromisso e posse do Presidente e Vice-Presidente da República.
O Presidente da República, os Presidentes da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal e a maioria dos membros de ambas as Casas, por meio de 
Representação e participação no Parl… 1 MB
requerimento, convocam extraordinariamente o Congresso Nacional nos 
seguintes casos: de urgência ou interesse público relevante (em todas as 
hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das 
Casas do Congresso Nacional).
Nessas convocações extraordinárias, o Congresso Nacional somente delibera 
sobre a matéria para a qual foi convocado, e havendo medidas provisórias em 
vigor na data da convocação extraordinária, serão elas automaticamente incluídas 
em sua pauta.
O mandato de Senador da República dura 8 anos.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 48, estabeleceu que compete ao 
Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre 
todas as matérias de competência da União.
Outras matérias, conforme previsto no art. 49 da Constituição, são de 
competência exclusiva do Congresso Nacional, isto é, após aprovadas não irão 
se submeter ao veto ou sanção presidencial – por exemplo: autorizar o Presidente 
da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente 
(ressalvados os casos previstos em lei complementar); sustar os atos normativos 
do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de 
delegação legislativa; mudar temporariamente sua sede; escolher dois terços dos 
membros do Tribunal de Contas da União;  autorizar referendo e convocar 
plebiscito, e outras matérias assemelhadas.
A Câmara dos Deputados, o Senado Federal e suas respectivas Comissões podem 
convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente 
subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, 
informações sobre assunto previamente determinado. A ausência, sem 
justificativa adequada, importa crime de responsabilidade.
Além disso, as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal podem 
encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a 
qualquer das autoridades citadas anteriormente, importando em crime de 
responsabilidade a recusa, ou o não atendimento no prazo de 30 dias, bem 
como a prestação de informações falsas.
Embora a elaboração de leis seja uma função fundamental de qualquer parlamento, 
ela não é a única atribuição dos modernos legislativos. Outra tão importante 
quanto a de elaborar as leis é a função fiscalizadora exercida pelo Legislativo.
Entre esses instrumentos, destacam-se:
· as Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs;
· os Requerimentos de Informações, que podem ser solicitados a todo e qualquer 
titular de órgão diretamente subordinado à Presidência da República, entre os quais 
os Ministros de Estado;
· os Requerimentos de Convocação de Ministros de Estado e de titulares de órgãos 
diretamente subordinados à Presidência da República.
Accountability é um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o 
português como responsabilidade com ética e remete à obrigação, à 
transparência, de membros de um órgão administrativo ou representativo de 
prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro termo 
usado numa possível versão portuguesa é responsabilização.  Também traduzida 
como prestação de contas, significa que quem desempenha funções de 
importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como 
faz, por qual motivo faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. (Transparência, 
Sansão e controle)
O Senado Federal é composto, conforme o art. 46 da CF/88, de representantes 
dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
Cada Estado e o Distrito Federal elegem 3 Senadores, cada um com dois 
suplentes, com mandato de 8 anos.
A representação de cada Estado e do Distrito Federal é renovada de quatro em 
quatro anos, alternadamente, por um e doisterços.
Frisa-se, então, que o mandato dos Senadores da República corresponde ao 
período de 2 Legislaturas (cada Legislatura dura 4 anos).
Accountability – Wikipédia, a encicl… 218 kB
O Brasil, atualmente, é formado por 27 unidades federativas (26 Estados e o 
Distrito Federal). Em cada uma delas há, de quatro em quatro anos, eleições para o 
Senado Federal.
Temos então:
27 unidades federativas x 3 Senadores = 81 Senadores (o total de Senadores que 
compõe o Senado Federal).
Entretanto, esses 3 Senadores não são eleitos de uma vez só! Em uma eleição são 
eleitos 2 Senadores e na eleição seguinte apenas 1 Senador, e assim 
sucessivamente.
Matérias de competência privativa do Senado Federal
Alguns assuntos de grande importância para o Brasil são discutidos e votados 
apenas no âmbito do Senado Federal, ou seja, não são nem objeto de votação 
na Câmara dos Deputados, nem sofrem a sanção ou o veto presidencial.
Mas quais são essas matérias de competência privativa do Senado Federal?
São várias. Como exemplo, cabe privativamente ao Senado Federal processar e 
julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade.
Além disso, o Senado Federal também processa e julga os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho 
Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-
Geral da União nos crimes de responsabilidade.
As competências privativas do Senado Federal não se restringem a processar e 
julgar ilustres autoridades públicas. Cabe a essa Casa Legislativa também aprovar 
previamente, por voto secreto (após arguição pública), a escolha de diversos 
ocupantes de importantes cargos públicos, como por exemplo os Ministros do 
Tribunal de Contas da União que sejam indicados pelo Presidente da República.
A Câmara dos Deputados, conforme o art. 45 da CF/88, é composta de 
representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, 
em cada Território e no Distrito Federal.
O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo 
Distrito Federal, é estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à 
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, 
para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de 8 ou mais 
de 70 Deputados.
Sabemos que, atualmente, não existem territórios em nosso País. Não obstante, caso 
futuramente se crie algum Território, a própria Constituição Federal já determina que 
ele seja representado por 4 parlamentares na Câmara dos Deputados.
Assim como há assuntos de competência privativa do Senado Federal, há também 
determinadas matérias que são deliberadas e votadas privativamente pela 
Câmara dos Deputados.
É a Câmara dos Deputados que autoriza, por 2/3 de seus membros, a instauração 
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República.
Além disso, caso o Presidente da República não preste contas ao Congresso 
Nacional dentro do prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, cabe 
privativamente à Câmara dos Deputados proceder a essa tomada de contas.
Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas 
opiniões, palavras e votos.
Desde a expedição do diploma, os Deputados e Senadores são submetidos a 
julgamento somente perante o Supremo Tribunal Federal.
Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não podem 
ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.  Neste caso, os autos são 
remetidos, dentro de 24 horas, à respectiva Casa, para que, pelo voto da maioria de 
seus membros, resolva sobre a prisão.
Os Deputados e Senadores não são obrigados a testemunhar sobre informações 
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as 
pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
As imunidades de Deputados ou Senadores subsistem durante período de estado 
de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da 
respectiva Casa, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso 
Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Módulo IV
Reforma política- desenho.pdf 1 MB
No Brasil, o Poder Executivo é exercido, na esfera federal, pelo Presidente da 
República, que governa com o auxílio dos Ministros de Estado.
Entre as diversas atribuições desse Poder, destacamos o fundamental papel que 
ele exerce na formulação e confecção das políticas orçamentárias (o Plano 
Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o orçamento anual e os créditos 
adicionais).
Competência exclusiva do Presidente da República
Além da prerrogativa de apresentar os projetos de lei relativos ao orçamento, o 
Presidente da República detém competência exclusiva para iniciar o processo 
legislativo em diversos outros assuntos, como por exemplo nos projetos que 
tratam:
· da fixação ou modificação dos efetivos das Forças Armadas;
· da criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e 
autárquica ou aumento de sua remuneração;
· da organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, 
serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
· dos servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de 
cargos, estabilidade e aposentadoria;
· da organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como 
normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Além disso, cabe ao Poder Executivo vetar no todo ou em parte os projetos 
aprovados pelo Poder Legislativo.
O Congresso Nacional e a sociedade civil
O Congresso Nacional é uma Casa viva, pulsante e extremamente diversificada.
A frase acima surpreende muita gente que acredita que o Parlamento seja um 
espaço público dissociado da realidade social. Muitos, erroneamente, imaginam 
um Parlamento descolado das questões sociais, dos conflitos, dos dilemas e 
Coalizões políticas e democracia.pdf 1 MB
dos problemas que ocupam as capas de jornais e as discussões entre familiares 
e amigos.
Na verdade, o Parlamento é o lugar por excelência do convívio, nem sempre 
harmônico, entre, de um lado, os representantes eleitos, e de outro, os eleitores, 
as organizações da sociedade civil, os partidos políticos, as associações e 
demais organizações que diariamente ocupam o espaço do Congresso Nacional 
trazendo suas demandas, apresentando suas necessidades e expondo suas 
ideias sobre todo e qualquer assunto da agenda política e social.
De fato, a nossa democracia só será plena e ampla se garantirmos a atuação livre, 
autônoma e plural da sociedade civil organizada.
Se observarmos durante alguns dias a movimentação existente nas diversas 
comissões temáticas de qualquer uma das Casas do Congresso Nacional, ou mesmo 
nos próprios Gabinetes Parlamentares, perceberemos nitidamente que o 
Parlamento se constrói e se reorganiza substancialmente em torno de diversas 
demandas que esses atores sociais lançam diariamente na agenda política de 
nosso País.
Alguns estudos acadêmicos ressaltam que vivemos em um período de crise da 
representação política, crise de legitimidade das instituições representativas e, 
consequentemente, do próprio significado do Parlamento.
De fato, infelizmente, um número significativo de cidadãos apenas cumpre, de 
quatro em quatro anos, o papel obrigatório do voto, esquecendo-se de 
acompanhar o desempenho de seu parlamentar e de cobrar dele as ações e 
atitudes para as quais foi eleito.
Como consequência, a imagem que se tem de alguns políticos – no caso, de 
alguns parlamentares – é de que eles se “preocupam” com os eleitores, com a 
população de seu Estado, região ou até mesmo sua cidade, apenas nos 
períodos eleitorais, momento em que são postos à prova novamente.
Entretanto, essa é uma leitura superficial da realidade. O Congresso Nacional – e 
suas Casas, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados – é um espaço público de 
intensotrabalho, onde centenas, ou milhares, de pessoas, sindicatos, 
associações, Organizações Não Governamentais (ONGs), entidades de 
trabalhadores e de empregadores, apresentam, diariamente, suas demandas, 
seus anseios e seus interesses.
E essas demandas são, sim, ouvidas, absorvidas e respondidas!
Quer ver um exemplo atual e de grande repercussão na sociedade?
A Lei Complementar nº 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) é exemplar. Ela surgiu da 
iniciativa da sociedade civil a partir da coleta de mais de 1 milhão de assinaturas em 
seu favor.
    
Outro exemplo paradigmático da atuação da sociedade civil – e logo, da realidade 
social – na atuação parlamentar pode ser vista com a aprovação da Lei nº 
11.340/2006 (Lei Maria da Penha).
O projeto inicial foi elaborado por um grupo interministerial, a partir da demanda de 
organizações que formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que o 
encaminhou à análise do Congresso Nacional.
No Parlamento, essa proposta foi transformada em Projeto de Lei, sendo debatida 
em diversas audiências públicas com a presença de inúmeras entidades da 
sociedade civil.
Em 7 de agosto de 2006, essa Lei, que previa mecanismos para coibir a 
violência no âmbito das relações familiares, foi sancionada pelo Presidente da 
República.
Outro exemplo clássico da participação da sociedade civil temos com a discussão 
atual do novo Código Florestal, em tramitação no Congresso desde 1999, que, 
embora seja uma iniciativa tecnicamente parlamentar, envolve profundamente 
diversos segmentos da sociedade civil organizada, que defendem ou não a sua 
aprovação.
O importante, com esses poucos exemplos, é constatarmos que todo e qualquer 
assunto debatido no âmbito do Legislativo nacional não passa despercebido. 
Esses temas agregaram ao seu redor uma parcela significativa de nosso povo.
O nome disso é democracia. O Legislativo, enquanto instituição fundamental nas 
atuais democracias modernas, é, críticas à parte, uma instituição fundamental para 
a nossa sociedade.
Precisamos, sem dúvida, melhorá-lo a cada dia. Como tudo na vida, seja nossa 
casa, nossas relações com os vizinhos, amigos, colegas de trabalho, seja com a 
forma de lidarmos e respeitarmos os bens e recursos públicos.
Talvez, tanto como aprimorarmos o Poder Legislativo – incluído aí o seu (e o nosso) 
papel – precisamos, também, nos imbuir do papel de cidadão ativo, não é?
E, nesse sentido, as Casas Legislativas do Congresso Nacional, hoje em dia, 
possuem diversos canais de comunicação com os cidadãos de todas as partes 
do país. Listamos, a seguir, algumas delas:
Na Câmara dos Deputados:
· Conheça os Deputados Federais acessando:
http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa
· Fiscalize o orçamento acessando:
http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/orcamentobrasil/fiscalize
· Entre em contato com a Ouvidoria Parlamentar acessando:
http://www2.camara.gov.br/a-camara/ouvidoria
· Encaminhe sua proposta para a Comissão de Legislação Participativa acessando:
http://www2.camara.gov.br/participe/sua-proposta-pode-virar-lei
No Senado Federal:
· Conheça os Senadores acessando:
http://www.senado.gov.br/senadores/
· Fiscalize o orçamento acessando:
http://www9.senado.gov.br/portal/page/portal/orcamento_senado
· Entre em contato com a Ouvidoria do Senado acessando:
http://www.senado.gov.br/senado/ouvidoria/
· Conheça o Portal da Transparência do Senado Federal acessando:
http://www.senado.gov.br/transparencia/
http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa
http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/orcamentobrasil/fiscalize
http://www2.camara.gov.br/a-camara/ouvidoria
http://www2.camara.gov.br/participe/sua-proposta-pode-virar-lei
http://www.senado.gov.br/senadores/
http://www9.senado.gov.br/portal/page/portal/orcamento_senado
http://www.senado.gov.br/senado/ouvidoria/
http://www.senado.gov.br/transparencia/
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Sugestões
Eticidade e democracia brasileira.pdf 786 kB
Influência.pdf 32 kB
O homem e a política em Maquiavel… 267 kB
O Poder Legislativo na democracia … 356 kB
Reforma administrativa e mentalidad… 83 kB
Processo Legislativo no Brasil.pdf 864 kB
Participação Política.pdf 3 MB
Coalizões políticas e democracia.pdf 1 MB
Atividade parlamentar- accountabili… 139 kB
Bibliografia
ABSOLUTISMO. In: BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. 
Tradução Carmen C. Varriale, et al. 12. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 
2004, v.I.
BALEEIRO, A.; SOBRINHO, B. L. Constituições brasileiras: 1946. Brasília: Senado 
Federal e Ministério da Ciência e Tecnologia, 2001.
CHACON, V. História do Legislativo Brasileiro: Congresso Nacional. Brasília: Senado 
Federal, 2007. v. IV.
Cultura e desenvolvimento.pdf 210 kB
Cultura política e atores sociais.pdf 1 MB
Estrutura e funcionamento do Pode… 248 kB
O Senado e a inclusão digital nos mu… 21 kB
Partidos, Congresso e democracia.pdf 1 MB
Poder Legislativo no século XXI.pdf 290 kB
Transparência administrativa e atua… 235 kB
FAUSTO, B. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2012.
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no 
Brasil. 4. ed. São Paulo: Companhia da Letras, 2012.
MONTESQUIEU, C de S. O espírito das leis. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes 1996.
NOGUEIRA, O. O Poder Legislativo no Brasil: 1821-1930. 2. ed. Brasília: Fundação 
Petrônio Portella, 1983.
OLIVEIRA, C. S de. A representação política ao longo da história. Brasília: 
Positiva/Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, 2000.
PARLAMENTO. In: BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. 
Tradução de Carmen C. Varriale, et al. 11. ed. Brasília: Editora Universidade de 
Brasília, 1998. vol. I.
SOARES, G. A. D. Sociedade e política no Brasil. São Paulo: Companhia Editora 
Nacional, 1974.
STRECK, L. L.; MORAIS, J. L. B de. Ciência política e teoria geral do estado. 3. ed. Porto 
Alegre: Livraria do Advogado, 2003.
Bibliografia complementar
ANASTASIA, F.; INÁCIO, M. Notas sobre coalizões políticas e democracia: diz-me 
com quem andas... In: MESSENBERG, D. et al (Org.). Estudos legislativos: pensamento 
e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008. 
ARAÚJO, C. Reforma política: desenho de um debate. In: MESSENBERG, D. et al 
(Org.). Estudos legislativos: pensamento e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008.
PINTO, J. R. S. Os poderes do legislativo brasileiro: uma análise comparada e 
histórica. In: MESSENBERG, D. et al (Org.). Estudos legislativos: pensamento e ação 
política. Brasília: Senado Federal, 2008.
SABÓIA, F. V. Representação e participação no parlamento. In: MESSENBERG, D. et al 
(Org.). Estudos legislativos: pensamento e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008.
SANTOS, E. A. G. C. Para um modelo das relações entre eticidade universalista e 
sociedade política democrática no Brasil. In: MESSENBERG, D. et al (Org.). Estudos 
legislativos: pensamento e ação política. Brasília: Senado Federal, 2008.
Estudo - Processo Legislativo Federal -
Mód. III - Unid.6
Processo Legislativo Federal
Foi concebido com o objetivo de proporcionar, a todos os interessados, noções 
sobre os regimentos do Senado Federal e Congresso Nacional de forma a 
orientar e esclarecer sobre tramitação de proposições nessas instâncias 
legislativas.
Seu conteúdo está dividido em três módulos, cuja leitura e estudo deverão ser feitos 
através de uma navegação linear, por meio do índice dos módulos, pois os temas 
vão sendo construídos gradativamente.
O Conteúdo programático do curso está assim organizado:
Módulo I – Introdução ao Processo Legislativo
Legislatura - Sessão Legislativa / Sessão Plenária
Posse de Senador, Reunião e Eleição da Mesa
Fases das Sessões / Tipos de Sessão e Modalidades de Votação
Quorum de iniciativa e Quorum de votação
Módulo II – Proposições apreciadas pelo SF e pela CD (casas separadas)
Proposições Legislativas - Medidas Provisórias - Destino das ProposiçõesMódulo III - Etapas do Processo Legislativo
Procedimentos Legislativos - Comissões
Unidade 6 - Procedimentos Gerais de Votação
Unidade 7- Conselhos e Órgãos do CN e SF
Módulo Complementar - Tramitações e Quadro de Siglas
Módulo de Conclusão.
Por se tratar de um curso de educação a distância por meio da Internet, sem auxílio 
de tutoria, você será o responsável pelo seu próprio aproveitamento e definirá seu 
percurso ao longo do conteúdo proposto, de modo que possa alcançar os seguintes 
objetivos:
- Identificar os fundamentos básicos do Processo Legislativo;
- conceituar seus principais elementos;
- reconhecer os aspectos e rotinas elementares dos procedimentos legislativos;
- identificar situações ou formas de execução de tramitações, bem como o 
mecanismos regimentais na sequência do processo legislativo;
- identificar as características e a tramitação das diversas proposições 
legislativas e
- identificar os Conselhos e Órgãos do Congresso Nacional e do Senado Federal.
MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO
Este primeiro módulo tem por objetivo oferecer os elementos introdutórios ao 
curso. Veremos aqui os principais conceitos e etapas que compõem o processo 
legislativo, bem como informações sobre posse e eleição da Mesa, fases das 
sessões e tudo o que se refere a votação.
- Identificar os fundamentos básicos do Processo Legislativo;
- conceituar seus principais elementos;
- reconhecer os aspectos e rotinas elementares dos procedimentos legislativo e
- identificar situações ou formas de execução de tramitações, bem como os 
mecanismos regimentais na sequência do processo legislativo.
"SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS NOSSOS TRABALHOS."
(palavras proferidas pelo Presidente ao declarar aberta a Sessão)
PLF_Tramitações e Quadro de Siglas.… 2 MB
Introdução ao Processo Legislativo_… 524 kB
Processo Legislativo Federal - MÓD… 228 kB
Plano de aula PLF_Módulo I.pdf 36 kB
Unidade 1 - Legislatura - Sessão Legislativa
O que é uma Legislatura?
LEGISLATURA é um período de 4 anos (art. 44 - CF), correspondente ao tempo 
de duração do mandato de um deputado. Um deputado é eleito para uma 
legislatura, ou seja, o mandato do deputado dura 4 anos. Um senador é eleito 
para duas legislaturas, isto é, o mandato do senador dura 8 anos. A Câmara dos 
Deputados se renova a cada 4 anos, integralmente. O Senado se renova a cada 
4 anos, só que não integralmente, mas alternadamente em 2/3 e 1/3 de sua 
composição.
Observação: Além de designar o tempo de duração dos trabalhos legislativos 
coincidentes com um mandato, o termo legislatura é usado para designar o 
"corpo de parlamentares" em atividade numa Casa Legislativa. Exemplo: A atual 
Legislatura tem se preocupado muito com o tema segurança pública.
Ano da eleição Data da posse Renovação Eleitos
2002 fevereiro de 2003 2/3 54 senadores
2006 fevereiro de 2007 1/3 27 senadores
2010 fevereiro de 2011 2/3 foram eleitos 54 
novos senadores
Estamos na 55ª Legislatura que vai de 1º de fevereiro de 2015 até 31 de janeiro 
de 2019. A 56ª Legislatura irá de 1º de fevereiro de 2019 até 31 de janeiro de 
2023.
O Decreto Legislativo nº 79, de 1979, dispõe sobre a designação do número de 
ordem das legislaturas, tomando por base a que teve início em 1826, visando 
manter a continuidade histórica do Parlamento brasileiro.
- Falando em tempo, que tal um tempinho para refletir? Um terço, dois terços: por 
que a renovação do Senado não acontece de uma só vez?
E o que é uma SESSÃO LEGISLATIVA?
A sessão legislativa pode ser ordinária ou extraordinária. A sessão legislativa 
ordinária corresponde a um ano de trabalhos legislativos.
Assim, a sessão legislativa ordinária começa no dia 02 de fevereiro de cada ano 
e vai até o dia 22 de dezembro, com intervalo entre os dias 18 de julho e 31 de 
julho. Esses são os dois períodos da sessão legislativa: de 02/02 a 17/07 e de 
01/08 a 22/12.Nos intervalos entre esses períodos acontecem os recessos 
parlamentares. Entretanto, a sessão legislativa não será interrompida no mês de 
julho até que o Congresso aprove o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 
- LDO (art. 57, § 2º, da CF, e art. 35, § 2º, II, do ADCT).
As sessões marcadas para as datas acima citadas serão automaticamente 
transferidas para o primeiro dia útil subsequente, caso esses dias recaiam em 
sábados, domingos ou feriados (art. 57, § 1º, da CF).
O Congresso Nacional pode ser convocado a trabalhar extraordinariamente nos 
períodos destinados ao recesso parlamentar. Esse período é chamado de sessão 
legislativa extraordinária.
Quadro-resumo
Quem pode convocar o Congresso? (art. 57, § 6º, da CF)
Sessões Primeiro Intervalo 
entre as 
Sessões
Segundo 
período
Intervalo 
entre as 
sessões
Ordinária 02/02 a 17/07 18/07 a 31/07 
- Recesso 
parlamentar, 
após 
aprovação do 
PL de 
diretrizes 
orçamentárias
01/08 a 22/12 23/12 a 01/02 
- Recesso 
parlamentar
Extraordinária 18/07 a 31/07 Convocação 
nos períodos 
destinados ao 
recesso 
parlamentar
23/12/ a 01/02 Convocação 
nos períodos 
destinados ao 
recesso 
parlamentar
Pode convocar o 
Congresso:
Quando?
Presidente do Senado Em caso de decretação 
de estado de defesa ou 
de intervenção federal, 
de pedido de autorização 
para decretação de 
estado de sítio e para 
tomar o compromisso e 
dar posse ao Presidente 
e ao Vice-Presidente da 
República
Na convocação extraordinária, o Congresso passa por uma sessão legislativa 
extraordinária, sem prazo definido constitucionalmente para funcionar, ou seja, sua 
duração é definida no ato convocatório ou na Mensagem do Presidente da 
República. Durante a sessão legislativa extraordinária, o Congresso somente 
delibera sobre as matérias para as quais foi convocado e sobre as medidas 
provisórias em tramitação (art. 57, §§ 7º e 8º, da CF).
- Então, se uma legislatura é um período de quatro anos, podemos, com certeza, 
dizer que cada legislatura tem quatro sessões legislativas ordinárias, mas nunca 
podemos afirmar quantas sessões legislativas extraordinárias haverá numa 
legislatura. Certo? É isso mesmo.
A partir da Emenda Constitucional (EC) nº 50, de 2006, para que o Congresso 
Nacional seja convocado em caso de vigência de interesse público relevante, 
por iniciativa tanto do Presidente da República como dos Presidentes da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, é necessário que haja aprovação da 
maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional (art. 57, § 6º, 
II).
Unidade 2 - Sessão Plenária
Presidente da República Em caso de urgência ou 
interesse público 
relevante
Os Presidentes da 
Câmara dos Deputados e 
do Senado Federal
Em caso de urgência ou 
interesse público 
relevante
A maioria dos membros 
da Câmara e do Senado
Também em caso de 
urgência ou interesse
público relevante
Na Unidade 1, vimos os conceitos de legislatura e sessão legislativa ordinária e 
extraordinária. Na presente Unidade 2, vamos estudar a sessão plenária.
Sessão legislativa ordinária corresponde a um ano dos trabalhos legislativos do 
Congresso Nacional.
Sessão legislativa extraordinária é aquela que se realiza, por convocação, nos 
períodos de recesso do Poder Legislativo.
Sessão plenáriaé cada unidade de trabalho, a cada dia. Às vezes, no mesmo dia, 
podemos ter mais de uma sessão do Senado. Ou, então, uma sessão plenária 
do Senado e outra, conjunta do Congresso Nacional. Então, sessão plenária é 
cada unidade de trabalho.
Em uma sessão legislativa, seja ordinária (um ano de trabalhos), seja extraordinária, 
podem acontecer várias sessões plenárias deliberativas (ordinárias ou extraordinárias), 
não deliberativas e especiais. Podem acontecer também sessões conjuntas do Congresso.
As sessões plenárias 
do Senado podem ser:
As sessões plenárias 
conjuntas do 
Congresso podem ser:
1. deliberativas 
(ordinárias ou 
extraordinárias)
1. conjuntas;
2. não deliberativas; 2. conjuntas solenes.3. especiais
Quadro Resumo
Sessão Legislativa
Ordinária Extraordinária
Você pode assistir à Sessão Plenária diariamente por meio da TV 
Senado. http://www.senado.gov.br/noticias/tv/  
Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da Mesa
Veremos nesta Unidade 3 como um Senador toma posse e se investe no mandato. 
Em seguida, veremos os três usos do conceito de reunião e como acontece a eleição 
da Mesa do Senado.
 Você sabia que a posse é um ato público?
A posse é um ato público, durante o qual o Senador se investe no mandato. Ela 
acontece perante o Senado, em reunião preparatória, durante uma sessão 
deliberativa ordinária ou extraordinária ou durante uma sessão não deliberativa. Se 
o Congresso estiver em recesso, a posse acontecerá no gabinete do Presidente do 
Senado, em solenidade pública. Em todos os casos, o fato será publicado no Diário 
do Senado Federal (DSF) (art. 4º-RISF).
O que é necessário para um Senador tomar posse?
Para tomar posse, em qualquer caso, o Senador precisa apresentar à Mesa o original 
do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, que será publicado no Diário do Senado 
Federal. A apresentação do diploma poderá ser feita pelo próprio diplomado, por 
de 02/02 a 17/07 e de 
01/08 a 22/12
quando o CN for 
convocado 
Sessão Plenária
Deliberativa (ordinária ou 
extraordinária)
Conjunta
Não deliberativa Solene (ou conjunta 
solene)
Especial
http://www.senado.gov.br/noticias/tv/
ofício ao 1º-Secretário, por intermédio do seu Partido ou de qualquer Senador. 
Devem ser apresentadas cópias da última declaração do Imposto de Renda, sua e do 
cônjuge, e preenchido formulário contendo informações requeridas pelo Código de 
Ética e Decoro Parlamentar (Resolução nº 20, de 1993). O Senador deve comunicar à 
Mesa seu nome parlamentar e a filiação partidária (art. 7º-RISF).
Se a posse ocorrer numa sessão do Senado, o Presidente designará comissão de três 
Senadores para introduzir o diplomado no plenário e conduzi-lo à Mesa, onde, 
perante todos de pé, prestará o compromisso.
O compromisso é o seguinte:
Se houver mais de um Senador a tomar posse na mesma ocasião, um fará o 
pronunciamento e os outros, conforme forem sendo chamados, dirão:
"Prometo guardar a 
Constituição Federal e as 
leis do País, 
desempenhar fiel e 
lealmente o mandato de 
Senador que o povo me 
conferiu e sustentar a 
união, a integridade e a 
independência do Brasil."
"Assim o prometo".
O Senador deve tomar posse dentro de 90 dias, contados da instalação da sessão 
legislativa, ou, se ele for eleito durante a sessão legislativa, contados da sua 
diplomação, podendo ter o prazo prorrogado por motivo justificado, a seu 
requerimento, por mais 30 dias.
Se o Senador não tomar posse no prazo de 90 dias, nem pedir a prorrogação, 
considera-se que ele renunciou ao mandato, sendo chamado, então, seu primeiro 
suplente, que também é convocado sempre que o titular se licenciar por um prazo 
superior a 120 dias para tratar de interesse particular, ou por motivo de doença. 
Nesses casos, o suplente terá 30 dias improrrogáveis para prestar o compromisso.
Para tratar de interesse particular, o titular só pode tirar licença por mais de 120 
dias, desde que não seja na mesma sessão legislativa.
O suplente também assume nos casos de vaga por falecimento, renúncia ou perda 
de mandato do titular. Ou, ainda, nos casos de afastamento do titular para ocupar 
cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do DF, 
de Território, de Prefeitura de Capital ou, então, de Chefe de Missão Diplomática 
Temporária.
Nos casos de vaga ou de afastamento para assumir esses outros cargos, o suplente 
tem o prazo de 60 dias para assumir o exercício do mandato, prazo esse que poderá 
ser prorrogado por motivo justificado, a requerimento dele próprio, por mais 30 dias.
Se dentro desse prazo o suplente não tomar posse nem requerer sua prorrogação, 
também é considerado que tenha renunciado ao mandato e se convocará o 
segundo suplente, que, em qualquer hipótese, terá 30 dias para prestar o 
compromisso.
O suplente convocado pela primeira vez presta o compromisso na forma já acima 
mencionada. Se ele voltar a exercer o mandato na mesma legislatura, o Presidente 
da Casa apenas comunica ao Plenário o fato, não necessitando prestar novo 
compromisso. Entretanto, se for reeleito suplente para um novo mandato, terá que 
prestar o compromisso novamente.
Quando acontece uma vaga de Senador?
- Por falecimento;
- por renúncia;
- por perda de mandato.
Considera-se haver renunciado o Senador, titular ou suplente, que, convocado, não 
prestar compromisso na data estabelecida pelo Regimento.
Deve renunciar a um dos cargos o Senador que for eleito para mais de um cargo ou 
mandato público eletivo, conforme preceitua a Constituição. Ele vai ter que 
renunciar a um deles. Exemplo: é frequente a eleição de Senadores para Governos 
estaduais. Para ser empossado Governador, o Senador deverá renunciar a seu 
mandato no Senado Federal.
Observações importantes:
- um senador pode tomar posse durante o recesso parlamentar;
- posse sempre é um ato público;
- o diploma do senador expedido pelo Tribunal Eleitoral é documento 
imprescindível para que ele tome posse.
Perde o mandato o Senador que infringir qualquer das proibições constantes 
no art. 54 da Constituição, quais sejam:
1. Desde a diplomação:
- firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, 
empresa pública, sociedade e economia mista ou empresa concessionária de serviço 
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
- aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja 
demissível ad nutum, nas entidades acima descritas;
2. Desde a posse:
- ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente 
de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou exercer função remunerada 
nessas empresas;
- ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum em empresas públicas, 
autarquias, sociedades de economia mista, empresa concessionária de serviço 
público;
- patrocinar causa em que seja interessada qualquer uma dessas empresas acima 
mencionadas.
Perde também o mandato o senador que:
- tiver procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou deixar de 
comparecer à terça parte das sessões ordinárias do Senado em cada sessão 
legislativa, salvo se estiver em licença ou em missão autorizada;
- perder ou tiver suspensos os direitos políticos ou, quando o decretar a Justiça 
Eleitoral;
- sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível.
Em casos de falecimento, renúncia e perda de mandato, fala-se em vacância.
Outro conceito bastante importante a ser tratado é o de REUNIÃO. Veja abaixo:
a) Todas as vezes em que uma sessão plenária não puder ser realizada, por falta 
dequorum para seu início (1/20 da composição do Senado) ou por motivo de 
força maior assim definido pela Presidência, o que acontece é uma reunião.
Nesse caso, o Presidente declara que não pode ser realizada a sessão, determina 
a publicação do expediente que há sobre a mesa, independentemente de sua 
leitura, e a Secretaria de Ata prepara uma ata dessa reunião.
b) As comissões não realizam sessões; seus encontros chamam-se reuniões. Isso 
tanto para as comissões no Senado ou no Congresso, permanentes ou 
temporárias.
c) Antes do início da primeira e da terceira sessão legislativa ordinária da 
legislatura, o Senado reúne-se em reuniões preparatórias.
Esses são os três usos do conceito de REUNIÃO.
Vamos estudar, agora, para que servem as REUNIÕES PREPARATÓRIAS.
Na primeira sessão legislativa ordinária da legislatura, são realizadas três 
reuniões preparatórias:
- a primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos novos Senadores;
- a segunda, para eleger o Presidente da Mesa;
- a terceira, para eleger os demais Membros da Mesa, ou seja, dois Vice-
Presidentes, quatro Secretários e quatro Suplentes de Secretário.
Na terceirasessão legislativa ordinária da legislatura são realizadas duas 
reuniões preparatórias: a primeira, no 1º dia de fevereiro, para eleger o 
Presidente; e a segunda, os demais Membros da Mesa.
As reuniões preparatórias são iniciadas com o quorum de 1/6 de Senadores e 
dirigidas pelos Membros da Mesa anterior (excluídos, na reunião do início da 
legislatura, aqueles que tiverem concluído seu mandato no dia 31/01, ainda que 
reeleitos). Na Câmara dos Deputados, como ela se renova em sua totalidade, 
assume a direção dos trabalhos o último Presidente, se tiver sido reeleito 
Deputado, e, na sua falta, o mais idoso dentre os de maior número de 
legislaturas.
Como acontece a ELEIÇÃO DA MESA DO SENADO?
Os Membros da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos, em escrutínio 
secreto e por maioria simples de votos (a maioria de votos, estando presente a 
maioria absoluta dos Senadores), assegurada, tanto quanto possível, a participação 
proporcional das representações partidárias e dos blocos parlamentares com 
atuação no Senado.
A eleição para preenchimento do cargo de Presidente do Senado é feita em uma 
reunião preparatória. As demais, na outra reunião, na seguinte ordem: uma votação 
para os dois Vice-Presidentes, uma outra votação para os quatro Secretários, e ainda 
uma terceira votação para os quatro Suplentes de Secretário. Entretanto, as eleições 
dos Vice-Presidentes e dos Secretários podem ser realizadas em um único 
escrutínio, desde que seja aprovado requerimento nesse sentido, subscrito por 1/3 
de Senadores ou líder que represente esse número.
As eleições dos Vice-Presidentes, Secretários e Suplentes de Secretário são feitas 
com cédulas uninominais, ou seja, que contenham, cada uma, o nome do candidato 
e o cargo ao qual ele concorre, cédula que o Senador coloca em uma sobrecarta. A 
eleição do Presidente não é necessariamente realizada por esse sistema.
Para a apuração dos votos, o Presidente fará a separação das cédulas referentes ao 
mesmo cargo, lendo-as em seguida, uma a uma, e passando-as ao Segundo-
Secretário, que anotará o resultado.
O painel eletrônico de votação no plenário, por preservar o sigilo da eleição, vem 
sendo utilizado nos casos em que haja candidato único disputando a vaga.
Ainda se faz necessário explicar a diferença entre Mesa e Comissão Diretora do 
Senado.
A eleição é para a Mesa. É ela que dirige os trabalhos do Senado por dois anos. A 
Comissão Diretora é composta pelos mesmos Membros da Mesa. Ela dirige as 
atividades administrativas da Casa.
A Constituição de 1988, em seu art. 57, § 5º, instituiu a Mesa do Congresso Nacional, 
que é presidida pelo Presidente do Senado e tem seus demais cargos preenchidos, 
por alternância, entre Membros da Mesa da Câmara e do Senado. Assim, o Primeiro 
Vice-Presidente da Mesa do Congresso é o Primeiro Vice-Presidente da Mesa da 
Câmara: o Segundo Vice-Presidente da Mesa do Congresso é o Segundo Vice-
Presidente da Mesa do Senado. E assim por diante. Não há suplente na Mesa do 
Congresso Nacional.
Quadro-Resumo
Posse Reunião Eleição da Mesa
do Senador titular do 
mandato
não realização da sessão Presidente (1)
de 1º Suplente trabalho das comissões Vice-Presidente (2)
de 2 º Suplente preparatória Secretários (4)
Suplentes de Secretário 
(4)
Unidade 4 - Fases das Sessões
Já descrevemos, sucintamente, os tipos de sessão no Senado e no Congresso. 
Vamos, agora, detalhá-los.
No Senado, elas podem ser:
1. deliberativas (ordinárias ou extraordinárias);
2. não deliberativas;
3. especiais.
No Congresso:
1. conjuntas;
2. solenes (ou conjuntas solenes).
Que tal revermos um quadro-resumo sobre os tipos de Sessões?
Sessão Legislativa
Ordinária Extraordinária
de 02/02 a 17/07 e de 
01/08 a 22/12
quando o CN for 
convocado
 Sessão Plenária
Senado Federal Congresso Nacional
. Deliberativa (ordinária 
ou extraordinária)
. Conjunta
. Não deliberativa . Solene (ou conjunta 
solene)
. Especial
Qual é a diferença entre sessão deliberativa e não deliberativa?
A diferença é que a primeira (sessão deliberativa) possui Ordem do Dia, momento 
da sessão em que há deliberação sobre matérias legislativas, e a segunda (não 
deliberativa) não possui este momento, sendo destinada a pronunciamentos de 
Senadores, comunicações, leitura de expediente e outros assuntos de interesse 
político e parlamentar.
As sessões deliberativas ordinárias e as não deliberativas são realizadas de 2ª a 
5ª feira, às 14h. Na 6ª feira, a sessão inicia-se às 9h.Se houver Ordem do Dia, será 
uma sessão deliberativa ordinária.Caso contrário, uma sessão não deliberativa. As 
sessões deliberativas extraordinárias não têm horário preestabelecido no 
Regimento. Esse horário é definido pelo Presidente, no momento de sua 
convocação, que o fará ouvidas as lideranças partidárias, quando as circunstâncias o 
recomendarem, ou sempre que haja necessidade de deliberação urgente.
Além do horário, as sessões deliberativas ordinárias e extraordinárias se 
diferenciam pela determinação de sua Ordem do Dia. Para as primeiras, as 
matérias que farão parte das deliberações são definidas com 3 sessões deliberativas 
ordinárias (art. 170, § 2º, III-RISF) de antecedência. Já para as extraordinárias, como o 
próprio nome diz, não há previsão. Sua Ordem do Dia e seu horário de realização 
são definidos pelo Presidente no momento da convocação.
Tanto as sessões deliberativas quanto as não deliberativas precisam da 
presença em plenário de, no mínimo, 1/20 dos Senadores para serem iniciadas 
ou para terem continuação.
As sessões especiais são destinadas a homenagens ou comemorações.O Senado 
pode interromper uma sessão ou realizar uma sessão especial, a juízo do Presidente 
ou por deliberação do Plenário, mediante requerimento assinado por pelo menos 
seis Senadores e aprovado por maioria simples de votos. Nela podem ser 
admitidos convidados à mesa e no plenário, sem necessidade de quorum para ser 
realizada. A convocação pode ser feita em sessão ou mediante publicação no 
Diário do Senado Federal. O uso da palavra é restrito aos oradores designados 
pelo Presidente. O Senado ainda pode prestar homenagem sem que esta dure uma 
sessão inteira. Ela pode ser realizada na primeira parte da sessão, Período do 
Expediente. Para isso, também é necessário requerimento assinado por no 
mínimo seis Senadores e aprovado pelo Plenário. Os Senadores que quiserem 
fazer uso da palavra, neste caso, podem se inscrever.
As sessões deliberativas, ordinárias ou extraordinárias, do Senado, possuem 
três FASES:
- Período do Expediente;
- Ordem do Dia; e
- após a Ordem do Dia
As não deliberativas, como não têm Ordem do Dia, só possuem Período do 
Expediente.
E no Congresso, como ocorrem as sessões?
No Congresso, as sessões são conjuntas, quer de trabalho, quer de homenagem. 
As que não tiverem data previamente estabelecida serão convocadas pelo 
Presidente do Senado ou seu substituto, com prévia audiência da Mesa da Câmara. 
As sessões pré-datadas são as de posse do Presidente e do Vice-Presidente da 
República (1º de janeiro) (arts. 60 a 67 - RCCN) e a destinada a abrir os trabalhos da 
sessão legislativa ordinária (02 de fevereiro ou primeiro dia útil subsequente) (arts. 
57 a 59 - RCCN).
As sessões conjuntas são realizadas no plenário da Câmara dos Deputados, 
salvo escolha de outro lugar previamente anunciado. Em geral, nesta hipótese, a 
opção recai sobre o plenário do Senado Federal.
Nas sessões de trabalho legislativo, havendo Ordem do Dia, os avulsos 
(publicação) das matérias devem estar disponíveis aos parlamentares com 24 
horas de antecedência. As sessões de trabalho também são divididas em FASES. 
Por analogia ao Regimento do Senado, compreendem:
As fases das sessões são:
Período do Expediente Ordem do Dia após a Ordem do Dia
O Congresso Nacional realiza sessão solene para:
- Inaugurar sessão legislativa (ordinária ou extraordinária);
- Dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República;
- Promulgar emendas constitucionais;
- Homenagear Chefesde Estado estrangeiro;
- Comemorar datas nacionais.
Todas as sessões, do Senado ou do Congresso, têm duração de quatro horas e 
meia, podendo ser prorrogadas por proposta do Presidente ou a requerimento de 
qualquer Senador, no Senado, ou de qualquer Congressista, no Congresso, tantas 
vezes quantas necessárias. A prorrogação será sempre por prazo fixo, que não 
poderá ser restringido, salvo por falta de matéria ou de número para o 
prosseguimento da sessão.
As fases das sessões são:
- Período do Expediente;
- Ordem do Dia; e
- após a Ordem do Dia.
Agora você irá compreender melhor o que acontece em cada uma das FASES DAS 
SESSÕES.
PERÍODO DO EXPEDIENTE
Nas sessões deliberativas ordinárias, esse período dura 120 minutos, contados a 
partir do real início da sessão. É destinado à leitura do expediente pelo Primeiro-
Secretário, na íntegra ou em resumo, e aos oradores inscritos, que têm até 10 
minutos para fazer seu pronunciamento, sendo permitidos apartes.
O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma única vez, 
para que o orador conclua seu pronunciamento, caso não tenha esgotado o 
tempo de que disponha, após o que a Ordem do Dia terá início impreterivelmente. 
Caso haja matéria a ser deliberada que esteja tramitando no rito de urgência 
urgentíssima (art. 336, I - RISF), não serão permitidos oradores no Período do 
Expediente. Esse tempo também pode ser destinado a homenagens.
Nas sessões deliberativas extraordinárias, esse período dura 30 minutos, e só 
haverá oradores caso não haja número para as deliberações da Ordem do Dia. No 
Congresso, o Expediente dura trinta minutos e é destinado à leitura do expediente 
pelo Primeiro-Secretário e aos oradores inscritos, que poderão usar da palavra pelo 
prazo máximo de cinco minutos.
Ainda no Período do Expediente podem acontecer votações de requerimentos 
que não sejam objeto de deliberação na Ordem do Dia.
No Senado
Encerrado a Período do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação 
é de competência do Presidente da Casa. As matérias são incluídas na Ordem do 
Dia segundo sua antiguidade e importância, observada a seguinte sequência:
- medida provisória (art.62-CF) a partir do 46º dia de vigência; matéria com 
urgência constitucional (art. 64 CF) com prazo já esgotado; matéria em regime 
de urgência urgentíssima (calamidade pública e perigo de segurança nacional); 
matéria com prazo determinado, segundo o art. 172, II, do RISF; matéria em 
regime de urgência, nos termos do art. 336, II, do RISF; matéria em regime de 
urgência, nos termos do art. 336, III, do RISF;
- matéria em tramitação normal.
Além desse critério, há precedência de:
- matérias em votação sobre as em discussão; matérias da Câmara dos 
Deputados sobre as do Senado; redações finais sobre matérias em deliberação 
do mérito; matérias em turno suplementar, em turno único, em segundo turno 
e em primeiro turno, nessa ordem; projetos de lei sobre projetos de decreto 
legislativo, sobre projetos de resolução, sobre pareceres, sobre requerimentos, 
nessa ordem;
- matérias da pauta anterior que não foram deliberadas sobre outras dos 
grupos a que pertencem.
Os projetos de código serão incluídos com exclusividade na Ordem do Dia. Os 
pareceres sobre escolha de autoridade serão colocados ao final da Ordem do Dia.
Apesar de o Regimento dispor sobre a sequência das matérias, essa ordem pode 
ser alterada por requerimento assinado por qualquer Senador, solicitando 
inversão da pauta, apresentado e votado antes de se iniciar a Ordem do 
Dia.Depois desta iniciada, a sequência ainda pode ser alterada por requerimento de 
preferência de um item sobre outro, assinado por qualquer Senador e aprovado 
pelo Plenário.
São lidos no Período do Expediente e votados após a Ordem do Dia da mesma 
sessão:
- Os requerimentos de urgência, nos termos do art. 336, II;
- os requerimentos que solicitam sessão especial;
- os requerimentos que solicitam que o tempo destinado aos oradores do Período 
do Expediente de uma determinada sessão seja para prestar alguma homenagem.
Link das Atividades Legislativa http://www25.senado.leg.br/web/atividade
No Congresso
Terminada a leitura do expediente e o horário destinado aos oradores do 
Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação também é da 
competência do Presidente do Senado (na condição de Presidente da Mesa do 
Congresso). Na sua organização, as proposições em votação têm precedência 
sobre aquelas em discussão. Projetos de lei têm preferência sobre os projetos 
de decreto legislativo, os projetos de resolução e os requerimentos. Também 
nas sessões conjuntas, a ordem da Ordem do Dia pode ser alterada por 
requerimento de inversão da pauta ou de preferência. A diferença é que os 
requerimentos devem ser apresentados por líder partidário.
Tanto no Senado quanto nas sessões conjuntas, estando uma matéria em fase 
de votação e não havendo quorum para as deliberações, passar-se-á à matéria 
que estiver em discussão. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta 
dequorum, a Presidência pode suspender a sessão por prazo não superior a 30 
minutos (no Congresso) ou a uma hora (no Senado) ou conceder a palavra a algum 
parlamentar. Sobrevindo número para as deliberações, voltar-se-á às matérias, 
interrompendo-se o orador que se encontra na tribuna.
http://www25.senado.leg.br/web/atividade
Nenhum Senador no Senado ou parlamentar no Congresso presente à sessão 
poderá deixar de votar, salvo quando se tratar de assunto em que tenha interesse 
pessoal (nesse caso, o Senador ou parlamentar deve declarar tal fato, sendo, 
contudo, sua presença computada para efeito de quorum) ou quando seu partido 
estiver em obstrução declarada pelo líder.
APÓS A ORDEM DO DIA
No Senado e no Congresso
Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será 
destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e, havendo 
tempo, pelos oradores inscritos, que no Senado, neste momento, dispõem de até 
vinte minutos para seu pronunciamento.
Algumas votações são realizadas nesta fase da sessão no Senado. Alguns exemplos:
- requerimentos de urgência nos termos do art. 336, II, do RISF;
- redações finais de matérias em rito normal de tramitação que foram deliberadas 
na Ordem do Dia, caso haja requerimento de dispensa de sua publicação.
Uma sessão só não se realiza, no Senado, por falta de quorum, por deliberação 
do Plenário, quando seu período de duração coincidir, mesmo que 
parcialmente, com o de sessão conjunta do Congresso, ou por motivo de força 
maior, assim definido pela Presidência da Casa.
No Congresso, ela não se realiza por falta de quorum ou por cancelamento por 
parte da Presidência do Senado.
O Senado, nos sessenta dias que antecedem as eleições gerais, funciona de acordo 
com o Regimento Comum, ou seja, suas sessões se realizam por convocação, 
como as conjuntas do Congresso.Nesses dias, também o Período do Expediente 
ou a Ordem do Dia podem ser dispensados, desde que ouvidas as lideranças.
Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação
TIPOS DE SESSÃO E MODALIDADES DE VOTAÇÃO
Veremos aqui que as sessões, tanto do Senado como as conjuntas do Congresso, 
podem ser públicas ou secretas. As votações também podem ser públicas - o 
Regimento usa a palavra "ostensivas" - ou secretas.
Quem pode assistir a uma sessão no Senado ou no Congresso?
A maior parte das sessões é pública, ou seja, qualquer pessoa desarmada, 
ocupando em silêncio o lugar que lhe é reservado, pode assistir tanto a uma 
sessão do Senado como do Congresso, na Tribuna de Honra ou nas galerias. À 
imprensa é reservada uma bancada própria.
Quem pode entrar no Plenário do Senado?
No plenário do Senado são admitidos, além dos Senadores, os suplentes de 
Senador, os ex-Senadores e suplentes que tenham exercido o mandato, 
Ministros de Estado, nos casos previstos no Regimento - ou seja, quando 
convocados ou quando solicitarem sua vinda para expor algum assunto de interesse 
de sua Pasta. Também são admitidosno plenário funcionários da Casa, quando 
em pleno exercício de suas funções. Nas sessões especiais são admitidos 
convidados, podendo estes, inclusive, a convite do presidente, compor a Mesa.
- Se a maior parte das sessões é pública, quer dizer que podemos divulgá-las?
- A divulgação das sessões por reportagem fotográfica no recinto, por 
irradiação sonora ou por filmagem e transmissão em televisão, dependem de 
autorização do Presidente do Senado.
Das sessões será elaborada ata circunstanciada, que constará do Diário do 
Senado Federal, tanto durante as sessões legislativas ordinárias como nas 
extraordinárias. Nos períodos de recesso, haverá publicação sempre que 
houver matéria que assim justifique.
Quando o Senado funcionará secretamente?
Obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre:
- acordos de paz;
- declaração de guerra;
- suspensão de imunidade de Senador durante estado de sítio;
- escolha de Chefe de Missão Diplomática - os Embaixadores; e
- também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta do 
Senado.
Neste último caso, chegando à Mesa um requerimento solicitando sessão 
secreta, o Presidente informa ao Plenário sobre a sua existência, sem, no 
entanto, comunicar quem é seu autor nem o motivo pelo qual está sendo 
solicitada a sessão secreta. Para deliberar sobre esse requerimento, o Senado já 
funcionará em sessão secreta. O Presidente solicita a retirada dos funcionários e de 
todos que estejam assistindo àquela sessão, podendo determinar a presença dos 
funcionários que julgar necessários.
Já em sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário o nome do requerente e 
o assunto a ser apreciado em sessão secreta. Os Senadores votam por maioria 
simples, em votação simbólica, se desejam que aquele assunto seja apreciado 
em sessão secreta. Aprovado o requerimento, será marcada essa sessão para o 
mesmo dia ou o dia seguinte, caso a data da sessão já não venha 
preestabelecida no requerimento.
Antes de a sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de debate e 
votação, por maioria simples, se deseja que seja divulgado o nome do requerente e 
o assunto tratado.
Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será objeto de 
debates em sessão pública.
As atas das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário, assinadas pelo 
Presidente e pelos Primeiro e Segundo-Secretários, colocadas em sobrecarta 
(envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes de a sessão voltar a ser 
pública, a ata é votada com qualquer número.
Em sessão secreta, além dos Senadores e dos funcionários determinados, o 
Presidente ou um líder podem propor ao Plenário - e este vota a proposta - 
que outras pessoas assistam àquela sessão.
E as sessões no CONGRESSO? São públicas ou secretas?
As sessões são públicas, como regra, podendo também ser secretas, se assim 
deliberar o Plenário, mediante proposta da Presidência ou de líder, prefixando-lhe a 
data.
O procedimento é o mesmo que para o Senado. O Presidente anuncia a existência 
do requerimento, mas sem dizer seu autor nem sua finalidade, a qual só será 
divulgada quando o Congresso já estiver trabalhando em sessão secreta.
Como se dá o registro das sessões?
Também as sessões do Congresso são registradas em ata. As atas das sessões 
públicas são circunstanciadas; as das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-
Secretário. A ata será submetida ao Plenário - que deliberará com qualquer número, 
antes de a sessão voltar a ser pública, -, assinada pelos Membros da Mesa, e 
encerrada em "sim", "não" e "abstenção".
E no caso de o painel eletrônico não estar funcionando?
Faz-se chamada pela lista de comparecimento dos Senadores.
Como se dá a transformação de uma votação simbólica em votação nominal?
Nas votações simbólicas, se algum Senador não concordar ou se tiver dúvida a 
respeito do resultado, pode pedir, com o apoiamento de outros três Senadores, 
verificação da votação.E a votação, que havia sido feita simbolicamente, passa 
agora a ser realizada pelo painel eletrônico, nominalmente, para justamente 
verificar se o resultado anteriormente anunciado corresponde à realidade.
Uma outra forma de uma matéria que deveria ser votada simbolicamente ser votada 
nominalmente é através de requerimento pedindo sua votação nominal.Este deve 
ser apresentado e votado antes de se passar à votação da matéria em si. Se 
aprovado, ela não será submetida à votação simbólica, mas será realizada 
diretamente por processo nominal.
Assim, os processos simbólico e nominal (no painel ou por chamada) de 
votação são utilizados para votações ostensivas, ou seja, para as votações 
públicas.
Já nas votações secretas só se pode utilizar o sistema nominal, quer no painel, 
quer por esferas, ou em cédulas, nas eleições. A diferença é que, nas votações 
públicas, aparecem, no painel eletrônico, o nome do votante, seu voto e o resultado 
total da votação. Nas votações secretas, aparecem tão somente o nome do 
votante e o resultado total. Não aparece a qualidade do voto.
A norma geral é que as sessões sejam públicas e as votações também.Mas 
numa sessão pública pode haver votação pública ou votação secreta. E numa 
sessão secreta pode haver votação secreta ou votação ostensiva (pública). 
Depende da matéria que está sendo deliberada.
Resumindo:
SESSÕES
 
São públicas, como 
regra, podendo também 
ser secretas, se assim 
deliberar o Plenário 
(mediante proposta da 
Presidência ou de líder, 
prefixando-lhe a data).
São secretas, 
obrigatoriamente, 
sempre que tiver que 
deliberar sobre:
. acordos de paz;
. declaração de guerra;
. suspensão de 
imunidade de Senador 
durante o estado de sítio;
. escolha de Chefe de 
Missão Diplomática - os 
Embaixadores;
. e também para 
deliberar sobre 
requerimento que solicite 
sessão secreta do 
Senado.
VOTAÇÕES
I - Ostensivas (públicas)
 a) Simbólica
 b) Nominal
II - Secretas
 a) Eletrônica
 b) Por meio de cédula
 c) Por meio de esfera
 
Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação
QUORUM DE INICIATIVA E QUORUM DE VOTAÇÃO
Iniciativa é o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. Tal poder 
pode ser exercido individual ou coletivamente.
Quem pode iniciar uma proposta de regra jurídica nova?
Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal 
ou do Congresso Nacional, o Presidente da República, o Supremo Tribunal 
Federal, os Tribunais Superiores, o Procurador-Geral da República e os cidadãos.
Vamos verificar alguns exemplos de iniciativa?
Referência:
RISF - arts. 182 a 186; 
190 a 198; 201 a 208; 
289 a 298; 383 a 385.
Iniciativa Individual
Presidente da 
Républica
Proposta de emenda à 
Constituição, projeto de 
lei.
http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/regsf/
http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/regsf/
http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/regsf/
Senador ou Deputado Projeto de lei, projeto de 
decreto legislativo, 
projeto de 
resolução,emendas 
diversas a outras 
matérias (salvo a 
proposta de emenda à 
Constituição), 
requerimento.
Procurador-Geral da 
República, STF, 
Tribunais Superiores
Projeto de lei de matéria 
atinente à sua 
competência privativa.
Iniciativa Coletiva
Senadores ou 
Deputados
Proposta de emenda à 
Constituição, emendas à 
proposta de emenda à 
Constituição; na mesma 
sessão legislativa, 
projeto de lei ordinária 
rejeitado.
Senadores Projeto de resolução 
referente à competência 
tributária dos Estados e 
do Distrito Federal.
Comissão Projeto de resolução 
referente às matérias 
estabelecidas no art. 52 
VI, VII, VIII, IX da 
Constituição; projeto de 
resolução relativo à 
competência tributária 
dos Estados e do Distrito 
Federal; projeto de lei, 
projeto de decreto 
legislativo, projeto de 
resolução suspendendo a 
execução no todo ou em 
parte de lei declarada 
inconstitucional pelo 
Supremo Tribunal Federal
Mesa Provocação à Casa, 
propondo a perda de 
mandato

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