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UNEMAT – UNIVERIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACET – FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 1 AVALIAÇÃO 1 – TÉCNICAS DE MELHORAMENTO DE SOLOS Acadêmica: Daniella Neia de Freitas Docente: Gustavo Benetti Data: 27/05/2021 1. Para a tabela abaixo, solicita-se realizar a mistura de três materiais: brita ¾’’, pedrisco e pó de pedra. Encontre, dentro da especificação, a porcentagem de cada material a ser misturada e que irá produzir uma mistura satisfatória. Peneiras Materiais disponíveis Especificação Brita ¾’’ Pedrisco Pó de Pedra ¾’’ 19,1 98,2 100 100 99,8 ½’’ 12,7 38 100 100 93,2 3/8’’ 9,52 6,6 93,9 100 87,2 4 4,76 0,7 31,8 98,2 60,3 10 2 0,6 2,5 57,8 28,8 40 0,42 0,5 0,6 16,4 8,2 80 0,18 0,4 0,6 9,5 4,9 200 0,074 0,2 0,3 5,9 3 Montando-se um sistema de equações, tem-se: 98,2𝑥𝑥 + 100𝑦𝑦 + 100𝑧𝑧 = 99,8 38𝑥𝑥 + 100𝑦𝑦 + 100𝑧𝑧 = 93,2 6,6𝑥𝑥 + 93,9𝑦𝑦 + 100𝑧𝑧 = 87,2 0,7𝑥𝑥 + 31,8𝑦𝑦 + 98,2𝑧𝑧 = 60,3 0,6𝑥𝑥 + 2,5𝑦𝑦 + 57,8𝑧𝑧 = 28,8 0,5𝑥𝑥 + 0,6𝑦𝑦 + 16,4𝑧𝑧 = 8,2 0,4𝑥𝑥 + 0,6𝑦𝑦 + 9,5𝑧𝑧 = 4,9 0,2𝑥𝑥 + 0,3𝑦𝑦 + 5,9𝑧𝑧 = 3 Selecionando-se as três primeiras equações para resolver o sistema: � 98,2𝑥𝑥 + 100𝑦𝑦 + 100𝑧𝑧 = 99,8 38𝑥𝑥 + 100𝑦𝑦 + 100𝑧𝑧 = 93,2 6,6𝑥𝑥 + 93,9𝑦𝑦 + 100𝑧𝑧 = 87,2 Aplicando-se o método de resolução de sistemas lineares de Gauss-Jordan: UNEMAT – UNIVERIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACET – FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 2 � 98,2 100 100 38 100 100 6,6 93,9 100 � 99,8 93,2 87,2 �𝐿𝐿1 = 𝐿𝐿1 98,2 → � 1 1,018 1,018 38 100 100 6,6 93,9 100 � 1,016 93,2 87,2 �𝐿𝐿2 = 𝐿𝐿2 − 38𝐿𝐿1 � 1 1,018 1,018 0 61,303 61,303 6,6 93,9 100 � 1,016 54,581 87,2 �𝐿𝐿3 = 𝐿𝐿3 − 6,6𝐿𝐿1 → � 1 1,018 1,018 0 61,303 61,303 0 87,179 93,279 � 1,016 54,581 80,492 � 𝐿𝐿2 = 𝐿𝐿2 61,303 → � 1 1,018 1,018 0 1 1 0 87,179 93,279 � 1,016 0,89 80,492 �𝐿𝐿3 = 𝐿𝐿3 − 87,179𝐿𝐿2 � 1 1,018 1,018 0 1 1 0 0 6,1 � 1,016 0,89 2,874 �𝐿𝐿3 = 𝐿𝐿3 6,1 → � 1 1,018 1,018 0 1 1 0 0 1 � 1,016 0,89 0,471 �𝐿𝐿2 = 𝐿𝐿2 − 𝐿𝐿3 � 1 1,018 1,018 0 1 0 0 0 1 � 1,016 0,419 0,471 �𝐿𝐿1 = 𝐿𝐿1 − 1,018𝐿𝐿3 → � 1 1,018 0 0 1 0 0 0 1 � 0,536 0,419 0,471 � 𝐿𝐿1 = 𝐿𝐿1 − 1,018𝐿𝐿2 → � 1 0 0 0 1 0 0 0 1 � 0,109 0,419 0,471 � ⇒ � 𝑥𝑥 = 0,11 → 11% 𝑦𝑦 = 0,42 → 42% 𝑧𝑧 = 0,47 → 47% Logo, a mistura será composta por 11% de brita ¾’’, 42% de pedrisco e 47% de pó de pedra. 2. Qual a diferença entre compactação e consolidação? Explique também qual a necessidade de se estabilizar um solo e dê exemplos de máquinas e métodos utilizados no processo. Na compactação, reduz-se o índice de vazios do solo por meio da expulsão do ar nas partículas, geralmente através de um processo rápido (aplicação mecânica de cargas variáveis em função do tempo), mantendo-se constante o teor de umidade. Já na consolidação, os vazios do solo são reduzidos pela expulsão da água, em um processo relativamente lento (aplicação de carga estática e contínua, que aproxima progressivamente as partículas e provoca o escoamento da fase líquida), alterando, assim, o teor de umidade. A compactação do solo é uma etapa extremamente importante em qualquer obra, visto que, quando bem executada, promove um aumento na resistência mecânica do solo, redução de possíveis recalques, aumento da estabilidade, redução da infiltração de água e da sedimentação do solo. UNEMAT – UNIVERIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACET – FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 3 A compactação exige sistemas vibratórios que geram impacto no solo, e este processo é realizado através de equipamentos, tais como: compactadores de percussão (“sapos” mecânicos que aplicam impactos no solo através de pistões); rolos compactadores tripulados e não tripulados (rolo liso, pé de carneiro, tandem, pneumático etc.); placas compactadoras (muito usadas na compactação de solos granulares soltos e pedras de pavimentação. 3. Para o solo abaixo, especifique a quantidade de cimento a ser adicionado de forma a estabilizá-lo. Solo Massa Específica (kN/m²) 18,5 Limite de Liquidez 23 Limite de Plasticidade NP Granulometria % Passante #4 90 #10 85 #40 80 #200 25 AASHTO – TRB A – 4 (2) Obs.: Para os três teores escolhidos, considere que os valores de RCNC médios obtidos serão, respectivamente, do menor teor para o maior: 1650 kPa, 1900 kPa e 2200 kPa. Como pela peneira #4 passa 90% do material, será utilizado o Método B. O primeiro passo é estimar a massa específica aparente seca, através do ábaco: A porcentagem de Silte + Areia a ser utilizada é a porcentagem de solo fino que passa pela peneira #200; neste caso, 25%. Já a porcentagem de Pedregulho fino + UNEMAT – UNIVERIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACET – FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 4 grosso que será adotada é a porcentagem de solo que ficou retido nas peneiras #4 (grosso) e #10 (fino); neste caso, 10% na #4 e 5% na #10, logo, 15%. Cruzando-se estes valores (25 e 15) no ábaco, encontra-se: Estimou-se, então, uma massa específica aparente seca de 1,925 g/cm³. O segundo passo é estimar três teores de cimento, através do seguinte ábaco: Utilizando-se a massa específica aparente seca encontrada de 1925 g/dm³ e a porcentagem de 25% de solos finos que passaram pela peneira #200, obtém-se: 1,925 15 25 UNEMAT – UNIVERIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACET – FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 5 Como, normativamente, 5% não é uma porcentagem aceitável de cimento, utilizaremos 6% e outros dois teores para comparação, de 2% a mais cada; neste caso, 8% e 10%. O terceiro passo é estimar a massa específica aparente seca da mistura, através do ábaco: Adotou-se, portanto, os seguintes valores para a massa específica aparente seca da mistura: 1675 g/dm³ (para o teor de 6%); 1792 g/dm³ (para o teor de 8%) e 1930 g/dm³ (para o teor de 10%). 5% 1925 UNEMAT – UNIVERIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACET – FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 6 O quarto passo é a determinação da resistência mínima em 7 dias, pelo ábaco: Estimou-se, então, uma resistência à compressão não confinada de aproximadamente 20,8 kg/cm² ou 2080 kPa. Conforme foi informado no enunciado, os valores médios de RCNC para cada teor são: 1650 kPa (para o teor de 6%); 1900 kPa (para o teor de 8%) e 2200 kPa (para o teor de 10%). O último passo é, portanto, a comparação dos três teores de cimento com relação à resistência: Portanto, o teor de cimento ideal a ser adicionado é o de 10%, que foi o único a atingir (neste caso, superar) o valor de resistência mínima de 2080 kPa. 1650 1900 2200 2080 1900 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100 2200 2300 5% 6% 7% 8% 9% 10% 11% R C N C (k Pa ) Teor de Cimento em Massa (%) Evolução da Resistência à Compressão Não Confinada com aumento do Teor de Cimento 25
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