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UNEMAT – UNIVERIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACET – FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL AVALIAÇÃO 3 – TÉCNICAS DE MELHORAMENTO DE SOLOS Acadêmica: Daniella Neia de Freitas Docente: Gustavo Benetti Data: 29/07/2021 Descreva todas as etapas de cálculo, bem como o processo de conclusão e valores obtidos. 1. Para os dados abaixo, dimensione o muro de solo reforçado. Dados Geometria Altura (m) 15 Espaçamento dos reforços (m) 0,80 Inclinação da face 1:12 Ângulo da face (°)(w) Parâmetros do solo de enchimento Peso específico 21 Ângulo de atrito interno 30 Fator de redução de pico 1,60 Coesão 0 Parâmetros do solo de fundação Peso específico 16 Ângulo de atrito interno 25 Coesão 5 𝜙 Nc Nq N𝛾 25,00 20,72 10,66 6,31 Parâmetros do geossintético Tipo do reforço Geogrelha Resistência a tração (kN/m) 85 Coeficiente de interação (fb) 0,80 Si 0,03 Módulo de rigidez do reforço (kN/m) 800 Resistência de projeto – Td (kN/m) 70 Dimensões dos blocos (b x l x h) cm 40x40x20 Rolo compactador Tensão induzida (kPa) 110 • Análise da estabilidade externa: Comprimento mínimo do reforço para que não ocorra arrancamento: 𝐿𝑚í𝑛,𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑐 = 0,8 ∙ 𝐻 = 0,8 ∙ 15 → 𝐿𝑚í𝑛,𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑐 = 12 𝑚 2 Coeficiente de Rankine – empuxo ativo: 𝑘𝑎 = 𝑡𝑔2 (45 − 𝜙 2 ) = 𝑡𝑔2 (45 − 30 2 ) → 𝑘𝑎 = 0,333 Verificação do deslizamento: 𝐿𝑟,𝑑𝑒𝑠𝑙𝑖𝑧 = 3 ∙ 𝐻 ∙ 𝑘𝑎 4𝑡𝑔(𝜙) = 3 ∙ 15 ∙ 0,333 4 ∙ 𝑡𝑔(30) → 𝐿𝑟,𝑑𝑒𝑠𝑙𝑖𝑧 = 6,49 𝑚 Verificação do tombamento (FS > 2,0): 𝐿𝑟,𝑡𝑜𝑚𝑏 = √( 2 3 ) ∙ 𝑘𝑎 ∙ 𝐻2 = √( 2 3 ) ∙ 0,333 ∙ 152 → 𝐿𝑟,𝑡𝑜𝑚𝑏 = 7,07 𝑚 Limite mínimo da tensão na base: 𝐿𝑚í𝑛,𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 = 𝐻 ∙ √𝑘𝑎 = 15 ∙ √0,333 → 𝐿𝑚í𝑛,𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 = 8,66 𝑚 Obs.: Como 𝐿𝑚í𝑛,𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑐 > 𝐿𝑚í𝑛,𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠, o comprimento mínimo do reforço para se impedir arrancamento será 𝐿𝑟,𝑚í𝑛 = 12,00 𝑚. • Verificação da fundação: Tensão aplicada: 𝜎𝑧,𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝛿 ∙ 𝐻 (1 − 𝑘𝑎 3 ) ∙ ( 𝐻 𝐿𝑟,𝑚í𝑛 ) 2 = 21 ∙ 15 (1 − 0,333 3 ) ∙ ( 15 12 ) 2 → 𝜎𝑧,𝑏𝑎𝑠𝑒 = 226,80 𝑘𝑁/𝑚 2 Tensão aplicada com fator de segurança: 𝜎𝑧,𝑏𝑎𝑠𝑒(𝐹𝑆) = 𝜎𝑧,𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝐹𝑆 = 226,8 ∙ 2,5 → 𝜎𝑧,𝑏𝑎𝑠𝑒(𝐹𝑆) = 𝜎𝑙𝑖𝑚 = 567,00 𝑘𝑁/𝑚 2 Cálculo do embutimento (H2 = D; Sc = Sq = S𝛿 = dc = dq = d𝛿 = 1,0) 𝐷 = 𝜎𝑙𝑖𝑚 − [(0,5 ∙ 𝐿𝑟,𝑚í𝑛 ∙ 𝛿𝑠𝑜𝑙𝑜,𝑓𝑢𝑛𝑑 ∙ 𝑁𝛿) + 𝑐 ∙ 𝑁𝑐] 𝛿𝑠𝑜𝑙𝑜,𝑓𝑢𝑛𝑑 ∙ 𝑁𝑞 𝐷 = 567−[(0,5∙12∙16∙6,31)+5∙20,72] 16∙10,66 → 𝐷 = 0,83 ≈ 1,00 (5 blocos) 𝜎𝑧,𝑠𝑢𝑝𝑜𝑟𝑡 = 𝑐 ∙ 𝑁𝑐 ∙ 𝑆𝑐 ∙ 𝑑𝑐 + 𝛿𝑠𝑜𝑙𝑜,𝑓𝑢𝑛𝑑 ∙ 𝐷 ∙ 𝑁𝑞 ∙ 𝑆𝑞 ∙ 𝑑𝑞 + 1 2 ∙ 𝐿𝑟,𝑚í𝑛 ∙ 𝛿 ∙ 𝑁𝛿 ∙ 𝑆𝛿 ∙ 𝑑𝛿 𝜎𝑧,𝑠𝑢𝑝𝑜𝑟𝑡 = 5 ∙ 20,72 ∙ 1 ∙ 1 + 16 ∙ 1 ∙ 10,66 ∙ 1 ∙ 1 + 1 2 ∙ 12 ∙ 16 ∙ 6,31 ∙ 1 ∙ 1 3 𝜎𝑧,𝑠𝑢𝑝𝑜𝑟𝑡 = 879,92 𝑘𝑁/𝑚 2 • Estabilidade interna (Método de Jewell – 1991): Determinação do parâmetro de poro-pressão 𝛿𝑢 = 𝑈 𝛿𝑠𝑜𝑙𝑜 ∙ 𝐻 = 0 Ângulo de atrito de dimensionamento 𝜙𝑑 ′ = 𝑡𝑔−1 ( 𝑡𝑔(𝜙𝑠𝑜𝑙𝑜) £ ∙ 𝜙 ) = 𝑡𝑔−1 ( 𝑡𝑔(30) 1,60 ) → 𝜙𝑑 ′ = 19,84° ≈ 20° Coeficiente de empuxo requerido (ábaco) Inclinação do talude: 1:12 (h:v) Ângulo da face: 𝜃 = 𝑡𝑔−1 ( 12 1 ) = 85,24° 𝜃 ≈ 85°; 𝜙𝑑 ′ = 20° → Pelo ábaco: 𝑘𝑟𝑒𝑞 ≈ 0,45 Comprimento para garantir a estabilidade interna 𝐿 𝐻 = 0,58 → 𝐿 = 0,58 ∙ 𝐻 = 0,58 ∙ 15 → 𝐿 = 8,7 𝑚 Comprimento para que não ocorra deslizamento ao longo da base 𝐿 = 0,25 ∙ 𝐻 = 0,25 ∙ 15 → 𝐿 = 3,75 𝑚 Cálculo do LB (comprimento de ancoragem) 𝐿𝐵 = ( 𝑇𝑑 2 ∙ 𝛿𝑠𝑜𝑙𝑜,𝑒𝑛𝑐ℎ ∙ 𝐻 ) ∙ ( 1 1 − 𝛿𝑢 ) ∙ ( 1 𝑓𝑏 ∙ 𝑡𝑔(𝜙𝑑 ′ ) ) 𝐿𝐵 = ( 70 2 ∙ 21 ∙ 15 ) ∙ ( 1 1 − 0 ) ∙ ( 1 0,8 ∙ 𝑡𝑔(19,84) ) → 𝐿𝐵 = 0,38 𝑚 Coeficiente de empuxo de dimensionamento 𝑘𝑑 = 𝑘𝑟𝑒𝑞 1 − 𝐿𝐵 𝐿𝑟,𝑚í𝑛 = 0,45 1 − 0,38 12 → 𝑘𝑑 = 0,46 Espaçamento entre os reforços 4 𝑆𝑣 = 𝑇𝑑 𝑘𝑑 ∙ 𝛿𝑠𝑜𝑙𝑜,𝑒𝑛𝑐ℎ ∙ 𝐻 = 70 0,46 ∙ 21 ∙ 15 → 𝑆𝑣 = 0,48 𝑚 𝑆𝑣 adotado: 0,40 m (1 camada a cada 2 blocos) 2. Dimensione a berma de equilíbrio. Foi solicitada a construção de um aterro em uma camada de solo mole que se inicia no encontro de uma ponte e tem extensão aproximada de 300,00 metros. Este trecho foi licitado como um lote específico da licitação. Adotou-se como referência a cabeceira da ponte, sendo lá a estaca 0,00. Foram realizados diversos ensaios para obter principalmente a espessura média da camada de solo mole e a resistência da mesa. Na estaca 2 a camada tem espessura média de 60,00 metros, na estaca 9 a espessura média da camada é de 10,95 metros e na estaca 11 a espessura média da camada é de 4,00 metros. A coesão média obtida é de 24,00 kPa para o solo que é semelhante em toda a extensão. Utilize FS = 1,50. O aterro deve atingir a altura útil de 5,50 metros em todo o trecho e o órgão regulamentador indica que o talude tenha inclinação de 2:1 (h:v). O material disponível para a execução do aterro possui peso de 20,00 kN/m³. Para as bermas, pode- se optar por utilizar o mesmo material do aterro ou o material proveniente da remoção do subleito de outro lote da obra que tem peso de 11,00 kN/m³. DADOS: Estaca 2: D = 60,00 m Estaca 9: D = 10,95 m Estaca 11: D = 4,00 m 𝑐 = 24,00 kN/m² ℎ𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 5,50 m Inclinação: 2:1 𝛾𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 = 20 kN/m³ 5 𝛾𝑏𝑒𝑟𝑚𝑎 = 11 kN/m³ FS = 1,5 Como a altura do aterro é de 5,5 m e a inclinação do talude é de 2:1: 𝐵1 = 2 ∙ ℎ𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 2 ∙ 5,5 → 𝐵1 = 11 𝑚 Tensão admissível: 𝜏𝑎𝑑𝑚 = 𝑐 𝐹𝑆 = 24 1,5 → 𝜏𝑎𝑑𝑚 = 16 𝑘𝑁/𝑚 2 Determinando P: 𝑃1 = 𝛾𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 ∙ ℎ𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 20 ∙ 5,5 → 𝑃1 = 110 𝑘𝑁/𝑚 2 𝑃2 = 𝑃1 − 5,5 ∙ 𝜏𝑎𝑑𝑚 = 110 − 5,5 ∙ 16 → 𝑃2 = 22 𝑘𝑁/𝑚 2 𝑃2 < 5,5 ∙ 𝜏𝑎𝑑𝑚 Estaca 2: 𝐵1 𝐷 = 11 60 = 0,18 𝑃1 𝑃2 = 110 22 = 5 𝜏𝑎𝑑𝑚 𝑃1 = 16 110 = 0,14 Caso III: 𝐵2 𝐵1 = 1 → 𝐵2 = 𝐵1 = 11 𝑚 Estaca 9: 𝐵1 𝐷 = 11 10,95 ≈ 1 𝑃1 𝑃2 = 110 22 = 5 Caso II: 𝐵2 𝐵1 = 1,6 → 𝐵2 = 𝐵1 ∙ 1,6 = 11 ∙ 1,6 → 𝐵2 = 17,6 𝑚 Estaca 11: 𝐵1 𝐷 = 11 4 = 2,75 6 𝑃1 𝑃2 = 110 22 = 5 Caso I: 𝐵2 𝐷 = 1,5 → 𝐵2 = 𝐷 ∙ 1,5 = 4 ∙ 1,5 → 𝐵2 = 6 𝑚 Altura da berma 02: 𝐻2 = 𝑃2 𝛾𝑏𝑒𝑟𝑚𝑎 = 22 11 → 𝐻2 = 2 𝑚
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