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processo civil 1 - providencias preliminares e o julgamento conforme o estado do processo

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PROVIDÊNCIAS 
PRELIMINARES 
AS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E O SANEAMENTO 
DO PROCESSO 
AS HIPÓTESES QUE FARÃO NECESSÁRIA A ADOÇÃO DE 
ALGUMA DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES: 
REVELIA SEM ADMISSÃO DE VERACIDADE: 
Quando há revelia, mas ela não produz o seu principal efeito, a 
admissão de veracidade das afirmações fáticas feitas pelo autor, e 
é necessário oportunizar que o autor indique as provas que 
pretende produzir. 
Que providências se farão necessárias, diante de uma revelia que 
não implique admissão de veracidade? 
Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, 
verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto 
no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas 
que pretende produzir, se ainda não as tiver 
indicado. 
Neste caso, segue a lógica da economia processual extingue-se o 
processo como um todo ou parcialmente. 
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, 
contrapostas às alegações do autor, desde que se faça 
representar nos autos a tempo de praticar os atos 
processuais indispensáveis a essa produção. 
HOUVE ALEGAÇÃO PELO RÉU DE FATO IMPEDITIVO, 
MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR. 
É preciso, em respeito ao princípio do contraditório, oportunizar 
que o autor se manifeste. 
Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo 
ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no 
prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a 
produção de prova. 
 ALEGAÇÃO PELO RÉU DE ALGUMA PRELIMINAR (ART. 
337) 
Em respeito ao princípio do contraditório, é necessário 
oportunizar que o autor se manifeste sobre a preliminar arguida. 
Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias 
enumeradas no art. 337 , o juiz determinará a oitiva do 
autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a 
produção de prova. 
Se houver irregularidades ou vícios sanáveis, é necessário corrigi-
los, a bem de que o processo possa seguir sem problema de 
validade. 
Art. 352. Verificando a existência de irregularidades ou 
de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em 
prazo nunca superior a 30 (trinta) dias. 
O JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO 
PROCESSO 
Ao final da fase postulatória, “cumpridas as providências 
preliminares ou não havendo necessidade delas (Art. 353)”. 
Art. 353. Cumpridas as providências preliminares ou 
não havendo necessidade delas, o juiz proferirá 
julgamento conforme o estado do processo, observando 
o que dispõe o Capítulo X. 
As hipóteses de julgamento conforme o estado do processo 
dependem do modo como serão respondidas as seguintes 
indagações: 
- O processo reúne condições de vir a ter o seu mérito examinado? 
- Estão presentes os pressupostos processuais e as condições da 
ação? 
- Esse julgamento de mérito pode ocorrer imediatamente? Se sim, 
essa possibilidade de julgamento imediato abrange todo o 
conteúdo do processo ou apenas parte dele? 
O ART. 354 E A EXTINÇÃO IMEDIATA DO PROCESS O 
HIPÓTESES: 
1. A extinção do processo sem resolução do mérito (art. 485) 
2. A extinção com resolução do mérito por decorrência de: 
a) autocomposição do litígio - Art. 487, III (transação, renúncia, 
reconhecimento da procedência do pedido) 
b) prescrição ou decadência - Art. 487,II 
A lógica é de que não faz sentido que o processo ingresse na fase 
probatória se aquele direito não existe mais ou se a ação já estiver 
prescrita. Cabendo ao juiz extinguir o processo ou parte dele. 
O JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO 
Não há necessidade de nenhum outro ato preparatório ao 
julgamento, nenhum outro ato instrutório. Processo pronto para 
que o juiz profira o julgamento. 
Julgamento “imediato” é expressão melhor que julgamento 
“antecipado”. Não é um julgamento antecipado. É um julgamento 
no momento apropriado. 
Art. 355: O juiz julgará antecipadamente o pedido, 
proferindo sentença com resolução de mérito, quando: 
I - não houver necessidade de produção de outras 
provas; 
não há nenhuma controvérsia entre as partes bastando que a lei 
incida sobre o fato 
II - O réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 
e não houver requerimento de prova, na forma do art. 
349. 
Não há necessidade de prova alguma, pois não há questão fática. 
Ou não há necessidade de “outras provas”. Por exemplo, a prova é 
exclusivamente documental e já está nos autos. 
No caso do inciso II, não é propriamente a revelia que importa, 
mas a desnecessidade da prova que dela resulta. 
O JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DO MÉRITO = 
JULGAMENTO IMEDIATO DO MÉRITO 
Quando nada mais há para ocorrer nele. 
Trata sobre o sobjetos que podem ser julgados pelo juiz porque 
nada mais há para se produzir provas sobre aquilo. 
Pode ocorrer que algum dos pedidos ou parcela de algum pedido 
esteja em condições de ser imediatamente julgado, embora nem 
todo o objeto do processo possa ser imediatamente decidido. 
Juiz profere decisão sobre o que está em condições de ser 
imediatamente decidido e o processo prossegue em relação às 
demais questões ainda por resolver. 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando 
um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: 
I - mostrar-se incontroverso; 
Quando não há resistência do réu a determinado pedido - no 
entanto se o direito for indisponível a controvérsia não é motivo 
suficiente, sendo necessário que o autor comprove o seu direito. 
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos 
termos do art. 355; 
Quando o processo pode permitir um esvaziamento paulatino de 
seu mérito - pode ser decidido aos poucos. se certa pretensão 
pode ser julgada preliminarmente, estando esclarecido para que o 
juiz decida sobre um pedido ou parcela dele, não faz sentido que 
as partes precisam esperar pela produção de provas dos demais 
pedidos, por uma decisão que já é possível de ser decidida 
anteriormente. 
Não é tutela provisória. É tutela definitiva, fruto de cognição 
exauriente, plena. (não é tutela antecipada, pois nela se antecipa 
ao autor o direito a algo antes do momento normal, que seria 
após encerrado o processo, para que o autor possa desfrutar 
daquele bem da vida durante o momento do processo, pois muito 
provavelmente, tudo indica que ele será vitorioso ao final) (já no 
julgamento antecipado trata sobre um julgamento definitivo, 
sendo, portanto, uma tutela definitiva, fruto de uma cognição 
plena. 
No CPC 73, impropriamente, essa hipótese vinha prevista como se 
fosse hipótese de antecipação de tutela, embora a doutrina já a 
tratasse como tutela definitiva. O art. 273, VI do CPC de 1973, 
dizia: § 6º A tutela antecipada também poderá ser concedida 
quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, 
mostrar-se incontroverso. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS DO JUIZ : 
SENTENÇAS X DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: 
Sentença julga ao final, decisão interlocutória o juiz profere 
ao longo do processo. 
Neste sentido: 
O RECURSO CONTRA A DECISÃO QUE PROFERE 
JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO 
• se o julgamento é integral, a decisão é sentença e, como 
tal, é recorrível por apelação. 
• se julgamento parcial, a decisão é decisão interlocutória e 
é impugnável por agravo de instrumento (arts. 356, § 5º e 
1.015, II) 
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é 
impugnável por agravo de instrumento. 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as 
decisões interlocutórias que versarem sobre: 
(...) 
II - mérito do processo; 
A POSSIBILIDADE DE LIQUIDAÇÃO OU EXECUÇÃO DA 
OBRIGAÇÃO RECONHECIDA NA DECISÃO QUE JULGOU 
PARCIALMENTE O MÉRITO ENQUANTO, 
CONCOMITANTEMENTE, O PROCESSO PROSSEGUE EM 
RELAÇÃO ÀS DEMAIS QUESTÕES POR DECIDIR . 
Art. 356: 
§ 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá 
reconhecer a existência de obrigação líquida ou 
ilíquida. 
Trata de quando existe a possibilidade de que uma decisão 
condene o réu a indenizar prejuízos cujo valor será apurado no 
futuro em etapa de liquidação. 
§ 2º A parte poderá liquidarou executar, desde logo, a 
obrigação reconhecida na decisão que julgar 
parcialmente o mérito, independentemente de caução, 
ainda que haja recurso contra essa interposto. 
Ou seja, aquilo que o juiz decidir em julgamento parcial de mérito, 
mesmo que haja recurso [agravo de instrumento] por parte do 
réu, esta decisão já produz efeitos desde logo. a parte beneficiada 
poderá exigir que seja cumprida pela outra parte mesmo que haja 
recurso, pois, este recurso não possui efeito suspensivo. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito em julgado 
da decisão, a execução será definitiva. 
§ 4º A liquidação e o cumprimento da decisão que 
julgar parcialmente o mérito poderão ser processados 
em autos suplementares, a requerimento da parte ou a 
critério do juiz. 
A incoerência do parágrafo 2º, tendo em vista que, em regra, as 
apelações têm efeito suspensivo e as sentenças, a princípio, não 
têm eficácia enquanto não apreciada a apelação. Se o mérito é 
decidido em “sentença”, é apelável e a sentença não produzirá 
efeito imediatamente. Se o mérito é parcialmente decidido em 
julgamento antecipado, é decidido em decisão interlocutória, 
impugnável por agravo de instrumento e, a princípio, eficaz desde 
logo. 
INCOERÊNCIA: se o juiz profere um julgamento parcial de mérito, 
a decisão interlocutória será impugnada pelo agravo de 
instrumento, mas a parte poderá desde logo dar início a 
liquidação/executar. Já, se esta mesma decisão esgotasse todo o 
mérito do processo, sendo, portanto, uma sentença, esta 
sentença seria impugnada por uma apelação, que em via de regra 
possuem efeitos suspensivos. Neste caso, havendo apenas uma 
sentença final, sem a decisão parcial de mérito há um duplo 
prejuízo ao autor, pois além de precisar esperar sem necessidade 
até o final do processo, a provável apelação do réu interrompe os 
efeitos da sentença. 
3° HIPÓTESE DE CONDUTA DO JUIZ: O SANEAMENTO E A 
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO 
É a hipótese que se abre quando não ocorre nenhuma das 
hipóteses anteriores… 
É necessário organizar o processo, prepará-lo para a fase 
instrutória. 
Isto implica deliberar sobre: qual é o objeto da prova; quais são as 
questões de direito a decidir; como se distribui o ônus da prova 
entre os litigantes; quais os meios de prova que serão 
empregados; designação de audiência, de prova pericial, de 
inspeção judicial, se for o caso. 
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste 
Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de 
organização do processo: 
I - resolver as questões processuais pendentes, se 
houver; 
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá 
a atividade probatória, especificando os meios de prova 
admitidos; 
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado 
o art. 373 ; 
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a 
decisão do mérito; 
V - designar, se necessário, audiência de instrução e 
julgamento. 
Trata de evitar que a gente gaste energia/tempo com discussões 
irrelevantes ao julgamento do processo, devendo-se definir quais 
são as questões que precisam ser resolvidos, para que não se 
torne um processo tumultuado em que as partes se dediquem a 
produzir provas sobre algo que não interessa ao resultado do 
processo. 
TODO ESSE CONTEÚDO É OBJETO DE DECISÃO ESCRITA OU É 
DECIDIDO EM AUDIÊNCIA 
Se a causa não apresenta complexidade em matéria de fato ou de 
direito - decisão escrita (“despacho saneador”) 
Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de 
direito, o juiz deve designar audiência preliminar, para deliberar 
sobre tudo isso em diálogos, em cooperação com as partes. 
Art. 357, § 3º. Se a causa apresentar complexidade em 
matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar 
audiência para que o saneamento seja feito em 
cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, 
se for o caso, convidará as partes a integrar ou 
esclarecer suas alegações. 
A POSSIBILIDADE DE REAGIR ANTE O CONTEÚDO DESSA 
DECISÃO DE SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO 
PROCESSO. 
➢ possibilidade de pedir esclarecimentos ou ajustes 
o se decisão proferida por escrito, prazo de 5 dias 
o se decisão em audiência, solicitação na própria 
audiência 
➢ passada esta oportunidade de pedir esclarecimentos ou 
ajustes, estabiliza-se a decisão. 
Art. 357 § 1º: 
§ 1º Realizado o saneamento, as partes têm o direito de 
pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo 
comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se 
torna estável. 
O recurso, propriamente dito, só caberá ao final do processo 
quando for proposta a apelação. Salvo no que diz respeito à 
decisão sobre redistribuição do ônus da prova. 
Se todo este conteúdo for tratado em audiência, a parte deverá 
fazer estes pedidos também na audiência. 
Exceção: é a única que permite o agravo de instrumento contra 
decisões interlocutórias. 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as 
decisões interlocutórias que versarem sobre: (...) 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 
373, § 1º ; 
 
ALGUNS DISPOSITIVOS RELATIVOS A PROVAS EM 
ESPÉCIE 
Art. 357 - § 4º Caso tenha sido determinada a produção 
de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não 
superior a 15 (quinze) dias para que as partes 
apresentem rol de testemunhas. 
§ 5º Na hipótese do § 3º, as partes devem levar, para a 
audiência prevista, o respectivo rol de testemunhas. 
Se o conteúdo foi decidido em audiência de saneamento e 
organização, deve-se observar o §5°, pois deve-se levar a 
audiência o rol das testemunhas ouvidas, sob pena de preclusão 
da oportunidade de arrolá-las. 
§ 6º O número de testemunhas arroladas não pode ser 
superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a 
prova de cada fato. 
Nota-se que não se trata de uma proibição absoluta/delimitativa, 
tendo em vista a complexidade e o número de fatos 
§ 7º O juiz poderá limitar o número de testemunhas 
levando em conta a complexidade da causa e dos fatos 
individualmente considerados. 
Aplica-se este § desde que não implique cerceamento da 
possibilidade probatória. 
§ 8º Caso tenha sido determinada a produção de prova 
pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, 
se possível, estabelecer, desde logo, calendário para 
sua realização. 
§ 9º As pautas deverão ser preparadas com intervalo 
mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências.

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