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Thais Alves Fagundes HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) CLASSIFICAÇÃO HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS): pressão arterial em consultório maior ou igual a 140/90 mmHg. Valor acima do qual os benefícios para tratamento parecem superar os riscos. Diagnóstico de HAS deverá ser validado por medidas repetidas em, pelo menos, três ocasiões. o Exceto quando é HA estágio 3, pacientes de alto risco e na presença de lesão de órgão alvo. Classificação é definida pelo nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica: HIPERTENSÃO SISTÓLICA ISOLADA: PAS ≥ 140 mmHg e PAD < 90 mmHg. Classificada em 1, 2 ou 3, pela PAS. HIPERTENSÃO DIASTÓLICA ISOLADA: PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg. Classificada em 1, 2 ou 3, pela PAD. HIPERTENSÃO SUSTENTADA (HS): PAS e PAD no consultório e fora do consultório anormais. HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO (HAB): PA elevada no consultório e normal fora. Indivíduo não é hipertenso. HIPERTENSÃO MASCARADA (HM): PA normal no consultório e elevada fora dele. Indivíduo é hipertenso. EPIDEMIOLOGIA Alta prevalência (30-45% da população geral) e baixas taxas de controle e é considerada um dos principais fatores de risco modificáveis. Principal causa de morte no mundo. Fator tratável mais facilmente reconhecido de acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca, doença vascular periférica, doença renal em estágio terminal. FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS: Genética: pode influenciar os níveis de PA entre 30-50%. Etnia: prevalente em afrodescendentes e melanodermos. Idade: homens ≥ 55 anos; mulheres ≥ 65 anos. o Prevalência de HAS superior a 60% na faixa etária acima de 65 anos, resultante do enrijecimento progressivo e da perda de complacência das grandes artérias. Gênero: sexo masculino. o Mais elevada nos homens até os 50 anos (sugerindo efeito protetivo do estrogênio nas mulheres), invertendo-se a partir desta idade (após a menopausa nas mulheres). Thais Alves Fagundes MODIFICÁVEIS: Álcool: ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo pode aumentar a PA. o Ingestão de seis ou mais doses ao dia, equivalente a 30 g de álcool/dia. o = 1 garrafa de cerveja (5% de álcool, 600 mL); = 2 taças de vinho (12% de álcool, 250 mL); = 1 dose (42% de álcool, 60 mL) de destilados. o Limite deve ser reduzido à metade para mulheres e homens de baixo peso. Medicações e drogas ilícitas: têm potencial de promover elevação da PA ou dificultar seu controle. o Anti-inflamatórios não esteroides, antidepressivos tricíclicos, contraceptivos orais, glicocorticoides, descongestionantes nasais (fenilefrina ou pseudoefedrina). Outros: inibidores da monoaminaoxidase, hormônios tireoidianos, ciclosporina, eritropoietina. o Drogas ilícitas (cocaína, cannabis sativa, anfetamina e 3,4-metilenodioximetanfetamina - MDMA). Ingestão excessiva (5g de NaCl): 5 colheres de café de sal (orientar utilizar 3 colheres/dia). Fatores socioeconômicos: menor escolaridade, condições de habitação inadequadas e baixa renda familiar. Sedentarismo: falta de atividade física (menos de 150 minutos de atividade física por semana ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana). Apneia obstrutiva do sono: graus leve, moderado e grave tem relação dose-resposta com a HAS (resistente). Resposta reflexa de barorreceptor, com aumento da PA, para compensar a diminuição da oxigenação. FISIOPATOLOGIA HIPERTENSÃO PRIMÁRIA Ocorre em 90 a 95% dos pacientes hipertensos. Única causa reversível da pressão arterial elevada não pode ser identificada. Comportamentos identificáveis (excesso de calorias, sal, álcool) contribuem para a pressão arterial elevada. HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA Ocorre nos 5 a 10% restantes. Decorrente de uma causa identificável, que pode ser tratada com uma intervenção específica, a qual determina a cura ou a melhora do controle pressórico. Indícios de HAS secundária: o Hipertenção refratária ao tratamento medicamentoso (3 classes diferentes de anti-hipertensivos). o Início da HAS antes dos 40 anos ou súbito desenvolvimento no idoso. o Presença de hipocalemia espontânea, que levanta a suspeita de hiperaldosteronismo primário. o História de apneia do sono. o História de doença da tireoide. o Episódios repetidos de cefaleia, sudorese e palpitações, que levantaram a suspeita diagnóstica de feocromocitoma. o Presença de doença renal. Thais Alves Fagundes SUSPEITA DIAGNÓSTICA QUADRO CLÍNICO / EXAMES Doença renal parenquimatosa: doenças parenquimatosas (pielonefrite), doença renal policística, tumores renais (tumores secretores de renina), uropatia obstrutiva Edema, anemia, anorexia, fadiga. Exames: Creatinina e ureia elevados. RFG-e < 60 mL/min; Albuminúria 30 mg/24 h; Razão albuminúria/creatininúria 30 mg/g; US renal. Hipertensão renovascular: isquemia renal, causada por uma lesão obstrutiva da artéria renal, devido à aterosclerose ou estenose (idoso) ou por displasia fibromuscular da artéria renal (mulheres entre 20 e 60 anos). Indícios: diagnóstico antes de 30 anos ou diagnóstico de HAS grave após 55 anos, associada à doença renal crônica. HA de aparecimento súbito ou com piora, HA refratária. Sopro abdominal, edema pulmonar súbito. Assimetria entre o tamanho dos rins > 1,5 cm. Exames: doppler de artérias renais. Apneia obstrutiva do sono: parada respiratória provocada pelo colabamento das paredes da faringe. Indícios: sobrepeso, obesidade. Ronco, fragmentação do sono com pausas ou engasgos, sonol ncia diurna (sono não é reparador), fadiga. : estreitamento da aorta de modo que a pressão arterial é mais baixa nas pernas que nos braços. Pulsos e PA menores nos MMII do que em MMSS, Pulsos em MMII ausentes ou de amplitude diminuída. Exames: Angiografia : excesso de aldosterona por hiperplasia ou adenoma da suprarrenal. Hipertensão resistente. Hipocalemia (aldosterona causa troca excessiva de Na+ e K-) Nódulo adrenal. Exames: Renina e aldosterona plasmáticos Feocromocitoma e paragangliomas: excesso de catecolaminas, aumentando a pressão arterial. Causada por tumores de células da medula adrenal (feocromocitomas) ou extra-adrenais (paragangliomas). Tríade: cefaleia, sudorese e palpitações. Manchas "café com leite” na pele - neurofibromatose Hipotireoidismo Fadiga, ganho de peso, perda de cabelo, HA diastólica, fraqueza muscular, sonolência. Hipertireoidismo ntoler ncia ao calor, perda de peso, taquicardia/ palpitações, exoftalmia, hipertermia, reflexos exaltados, tremores, bócio. Hiperparatireoidismo: hiperplasia ou adenoma de glândula paratireoide, secundário (insuficiência renal crônica). i ase urin ria, osteoporose, depress o, letargia, fra ue a ou espasmos musculares, sede, poli ria, polidpsia, constipação. Síndrome de Cushing: hiperplasia, adenoma e e cesso de produ o de AC H na hipófise, com aumento de glicocorticoides / cortisol), com aumento da retenção de sódio e água com expansão de volume. Ganho de peso, diminui o da li ido, fadiga Hirsutismo, amenorreia, “f cies em lua cheia” Estrias purp reas, obesidade central, hipopotassemia. Exames: TC adrenal Obesidade: Classe 1: IMC de 30 a < 35 kg/m2; Classe 2: IMC de 35 a < 40 kg/m2; Classe 3: MC ≥ 40 kg/m2 Aumento da gordura central ou generalizada. Acromegalia: doença crônica provocada por excesso de produção do hormônio do crescimento na vida adulta. Diabetes, hipertrofia de VE. Defeitos visuais, paralisia de nervos cranianos, cefaleia, macrognatia, crescimento de pés e mãos, hipertrofia de tecidos moles, macroglossia, complicações musculoesqueléticas. Thais Alves Fagundes DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL Evolução inicial da hipertensão deve cumprir 3 metas: 1. Estadiar a pressão arterial 2. Avaliação etiológica - detectarhipertensão secundária 3. Avaliar o risco cardiovascular 4. Avaliar lesão em órgãos-alvo AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Diagnóstico de HAS deverá ser validado por três medidas repetidas em ocasiões diferentes. Exceto quando é HA estágio 3 e especialmente em pacientes de alto risco. Paciente deve sentar-se confortavelmente em ambiente silencioso por 5 min, antes de iniciar as medições da PA. Explique o procedimento e oriente a não conversar durante a medição. Certifique-se de que o paciente NÃO: Está com a bexiga cheia. Praticou exercícios físicos nos 60 minutos anteriores. Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos. Fumou nos 30 minutos anteriores. Manguito: Use o manguito adequado para a circunferência do braço. Manguito deve ser posicionado ao nível do coração. Paciente: Palma da mão deve estar voltada para cima e as roupas não devem garrotear o braço. Costas e antebraço apoiados, pernas descruzadas e pés apoiados no chão Quantidade de medidas: Três medidas de PA devem ser realizadas, com intervalo de 1 a 2 minutos. PA do paciente é a média das duas últimas leituras da PA, registre o braço medido. Medidas adicionais devem ser realizadas se as duas primeiras leituras diferirem em > 10 mmHg. PA do braço direito e esquerdo: Meça a PA nos dois braços na primeira visita, para detectar diferenças entre os braços. Use o braço com o maior valor como referência. Medir no braço com maior valor em consultas subsequentes. Diferenças de pressão PAS > 20 mmHg e PAD > 10 mmHg: Investigar doenças arteriais. Diferença de PAS > 15 mmHg é sugestiva de doença ateromatosa e está associada a um RCV aumentado. Pesquisa de hipotensão ortostática: Medida da PA em decúbito dorsal (sentado, quando não for possível), após ficar deitado por 3 minutos. Medida da PA em ortostatismo, 1 minuto e 3 minutos após ficar em pé. Em todos os pacientes na primeira consulta. Em todas as consultas de idosos, diabéticos, disautonômicos e pessoas em uso de anti-hipertensivo. Registre a frequência cardíaca. Para excluir arritmia, use palpação do pulso. ETAPAS PARA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL ETAPAS PARA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL 1. Colocar o manguito de tamanho adequado, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital. 2. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial. 3. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio. 4. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação. 5. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo). 6. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e aumentar a velocidade de deflação. 7. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff). 8. Auscultar 20-30mmHg abaixo do último som, confirmando desaparecimento e fazer a deflação rápida e completa. 12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff). Thais Alves Fagundes AVALIAÇÃO DA PA FORA DO CONSULTÓRIO MAPA (MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL DE 24 HORAS): Método que registra a pressão arterial durante 24 horas, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais durante os períodos de vigília e sono. Identifica alterações do ciclo circadiano da PA, sobretudo alterações no sono, com implicações prognósticas consideráveis. Método é superior à medida de consultório em predizer eventos clínicos, tais como IAM, AVE, IR. São consideradas anormais as médias de: o PA de 24 horas: 130 x 80 mmHg; o PA de Vigília 135 x 85 mmHg; o PA de Sono 120 x 70 mmHg. MRPA (MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL): Registro da PA, pelo paciente ou em centro de saúde, durante a vigília, no domicílio ou no trabalho com equipamentos validados (considerado hipertenso quando PA: 130 x 80 mmHg). Três medidas, revezando os braços, pela manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar, durante cinco dias; ou duas medidas em cada sessão, durante sete dias. AMPA (AUTOMEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL): Realizada por pacientes ou familiares, não-profissionais de saúde, fora do consultório, no dominício. Fonte de informação adicional, sem validação, devido à ausência de critérios para sua realização. Hipertensão do Avental Branco (HAB): medidas de PA elevadas (≥ 140/90 mmHg) no consultório, com médias de PA normais na residência, seja pela AMPA ou MRPA, ou pela MAPA NÃO é hipertenso. Hipertensão Mascarada (HM): medidas de PA normais (< 140/90 mmHg) no consultório, com PA elevada pela MAPA durante o período de vigília ou na MRPA na residência é HIPERTENSO. Pacientes com LOA ou com alto RCV. Pré-hipertensão no consultório. Thais Alves Fagundes AVALIAÇÃO DE LESÃO DE ÓRGÃO ALVO E CONSEQUÊNCIAS PATOLÓGICAS DA HIPERTENSÃO CORAÇÃO: o Doença cardíaca é a causa mais comum de morte nos pacientes hipertensos. o Cardiopatia hipertensiva leva a hipertrofia ventricular esquerda (HVE), insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial coronariana aterosclerótica e arritmias cardíacas. o Avaliar o aparelho cardiovascular: Desvio de ictus e propulsão à palpação. Presença de B3 ou B4 (HVE), hiperfonese de segunda bulha. Sopros e arritmias. NEUROLÓGICAS: fator de risco para AVC. RIM: fator de risco para lesão renal e doença renal em estágio terminal. o Alteração no volume e na frequência e no aspecto da urina (hematúria); Edema e desidratação. o Urina rotina; creatinina; ureia; Na+; K+; cloro. ARTÉRIAS PERIFÉRICAS: doença aterosclerótica secundária à pressão arterial elevada de longa duração. o Doença vascular é uma contribuinte importante para AVC, doença cardíaca e insuficiência renal. Ateroclerose (disfunção endotelial): o Disfunção endotelial: baixa disponibilidade de óxido nítrico (NO) e consequente desequilíbrio entre fatores de relaxamento e constrição de arteríolas. o Estado inflamatório crônico na HAS, pelo aumento de citocinas pró-inflamatórias (moléculas de adesão leucocitária, endotelina-1, angiotensina II). o Reduz a expressão da sintase endotelial que produz óxido nítrico. o Aumenta o estresse oxidativo que acelera a degradação do óxido nítrico. o Baixa disponibilidade local de NO aumenta o tono do músculo liso vascular, induz a proliferação de células musculares lisas da camada média e aumenta a permeabilidade do endotélio. o Facilita a passagem das lipoproteínas de baixa densidade (LDL-c) para o espaço subendotelial. o Evento inicial no desenvolvimento da aterosclerose. o Proteína C-reativa (PCR) avalia a disfunção endotelial. Retinopatia hipertensiva: o Realizar fundoscopia ou retinografia. AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR: análise de urina; Potássio; Creatinina; Glicemia de jejum; Estimativa do ritmo de filtração glomerular; Colesterol total, HDL-c e TG; Ácido úrico plasmático; Eletrocardiograma convencional. Colesterol total; LDL e HDL: estratificação de risco cardiovascular. Glicemia de jejum e hemoglobina glicada: avaliação de diabetes. Creatinina sérica: identificação de lesão de órgão alvo. Estimativa do ritmo de filtração glomerular: identificação de lesão de órgão alvo. Eletrocardiograma: verificação de hipertrofia ventricular esquerda. Ecocardiografia: verificação de função ventricular esquerda. Dosagem de potássio: identificação de etiologia secundária Ácido úrico plasmático: estratificação de risco cardiovascular. Thais Alves Fagundes ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR Risco cardiovascular: probabilidade de determinado indivíduo desenvolver um evento cardiovascular em um determinado período de tempo. Relação entre o aumento da pressão arterial (PA) e o risco de doença cardiovascular. Classificação do risco cardiovascular depende dos níveis da PA,de outros fatores associados, da presença de lesões em órgãos-alvo (LOA - em vasos, coração, cérebro, rins e retina), da existência de doença cardiovascular ou doença renal estabelecidas. AVALIAÇÃO DO RISCOCARDIOVASCULAR GLOBAL Não é específica para o paciente hipertenso. Risco global de um indivíduo entre 30 e 74 anos de desenvolver doença cardiovascular em 10 anos. Considera: o Valores de PA o Fatores de risco adicionais: Sexo masculino Idade: > 55 anos no homem e > 65 anos na mulher DCV prematura em parentes de 1º grau (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos) Tabagismo Dislipidemia: LDL-colesterol ≥ 100mg/d ; n o-HDL-colesterol 130 mg/dL; HDL-colesterol ≤ 40mg/d no homem e ≤ 46mg/d na mulher; G >150 mg/d Diabetes melito O esidade ( MC ≥ 30 kg/m2). o Lesões em órgãos-alvo (LOA) o Doenças cardiovasculares Thais Alves Fagundes DIFERENÇA ENTRE DIRETRIZES ENTRE SBC E AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) Pré-hipertenso é considerado hipertenso estágio 1. o Aumento do tratamento. o Diminuição de LOA, principalmente em paciente de alto risco cardiovascular, como diabéticos. Não possui hipertensão estágio 3. DIFERENÇA ENTRE DIRETRIZES ENTRE SBC E (EHEA)
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