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DOENÇAS INFLAMATORIAS

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Julia Paris Malaco – ambulatório reumato 
Doenças inflamatórias 
 
Esclerodermia 
 
A esclerodermia é um distúrbio raro em que a pele 
torna-se espessada e endurecida. A 
esclerodermia é divida em duas formas: 
esclerodermia localizada e esclerose sistêmica 
(ES). O reconhecimento é muitas vezes tardio. A 
esclerodermia afeta a pele, tecidos subcutâneos 
e músculo e osso subjacente. Na ES, a doença 
envolve órgãos internos e é frequentemente 
precedida de fenômeno de Raynaud. 
 
Etiopatogenese: A causa da esclerodermia é 
desconhecida. Acredita-se que os fatores 
desencadeantes são multifatoriais: gatilhos 
ambientais atuando sobre um indivíduo suscetível 
geneticamente. A característica da doença é 
fibrose aumentada, levando a um espessamento 
e endurecimento da pele. Há aumento da 
deposição de colágeno do tipo I e II, que são 
sintetizados pelos fibroblastos da pele. Pode ser 
precedido por lesão da célula endotelial 
causando ativação de fibroblastos perivasculares, 
o que provoca inflamação e edema tecidual. As 
lesões iniciais da pele podem parecer 
edemaciadas e eritematosas, com aparência 
“amadeirada” dos tecidos subcutâneos. Mais 
tarde, a pele fibrótica torna-se relativamente 
avascular e fina. Na ES, a inflamação e a fibrose 
progressiva são mais evidentes na pele, mas 
também afetam os sistemas gastrointestinal, 
respiratório, renal, cardiovascular e genitourinário. 
Alterações vasculares mostram uma predileção 
pelas pequenas artérias e arteríolas, com 
disfunção vascular como um dos primeiros 
sintomas observados; fenômeno de Raynaud 
ocorre em 95% dos adultos e 75% das crianças. 
 
Existem dois tipos de esclerodermia: a forma 
sistêmica (esclerose sistêmica) e a forma 
localizada (esclerodermia localizada). A esclerose 
sistêmica afeta a pele e os órgãos internos do 
organismo. Esta forma é quatro vezes mais 
frequente no sexo feminino que no sexo masculino 
e incide principalmente na quarta década de 
vida. A forma localizada afeta uma área restrita 
da pele, poupando os órgãos internos. A 
esclerodermia localizada é mais comum nas 
crianças 
 
Existem dois tipos principais de esclerodermia 
localizada: a morfeia e a esclerodermia linear. A 
morfeia é a forma clínica mais comum e se 
apresenta como uma ou mais placas de pele 
espessada com graus variados de pigmentação. 
Já na esclerodermia linear, as áreas de 
espessamento da pele são em forma de linha no 
sentido vertical do corpo. 
A esclerodermia localizada pode ser leve, com 
apenas discreta atrofia (perda de tecido) da área 
afetada, mas em algumas ocasiões pode ser mais 
grave, estendendo-se aos tecidos mais profundos 
(tecido subcutâneo, músculos e ossos), podendo 
inclusive retardar o crescimento ósseo de uma 
criança. 
 
A esclerose sistêmica é dividida em duas formas 
clínicas, de acordo com a extensão do 
acometimento da pele: limitada e difusa. Na 
esclerose sistêmica cutânea limitada, ocorre 
espessamente da pele distalmente aos cotovelos 
e aos joelhos. Já na esclerose sistêmica cutânea 
difusa, o espessamento cutâneo estende-se 
também proximalmente, acometendo braços, 
coxas, tronco e abdômen. Em ambas as formas a 
face pode ser acometida. Na esclerose sistêmica 
cutânea difusa, as complicações decorrentes do 
acometimento dos órgãos internos costumam 
ocorrer mais precocemente, nos primeiros 5 anos 
de doença. Na esclerose sistêmica cutânea 
limitada estas complicações tendem a ser mais 
tardias, comumente na forma de complicações 
vasculares, como a hipertensão arterial pulmonar. 
 
Apresentação clínica 
 
O principal sintoma é o espessamento cutâneo, 
que pode ser percebido pela rigidez ao toque e 
dificuldade de preguear a pele. Outros sinais e 
sintomas podem incluir: 
 Alteração da cor da ponta dos dedos 
(começa branco, passando a azul/arroxeado 
e, depois, vermelho). Essa condição é 
chamada de Fenômeno de Raynaud e 
costuma se relacionar ao frio. 
 Nódulos endurecidos que podem ser 
avermelhados ou esbranquiçados e 
representam depósitos de cálcio sobre 
algumas articulações (mãos e cotovelos, por 
exemplo); 
 Rigidez das articulações; 
 Microstomia - diminuição da abertura da 
boca; 
 Dificuldade para engolir alimentos sólidos; 
 Dificuldade para respirar. 
 
 
Esclerodermia localizada: O fenômeno de 
Raynaud é incomum na esclerodermia localizada 
(12 de 750 pacientes em um estudo).52 A 
Julia Paris Malaco – ambulatório reumato 
esclerodermia localizada é subdividida em 
morfeia e esclerodermia linear. Na morfeia, 
manchas ovais da pele espessada são 
observadas (que podem ser pigmentadas), 
geralmente no tronco (raramente sobre os 
dígitos). A esclerodermia linear é a forma mais 
comum observada em crianças. As bandas 
espessadas da pele podem seguir um padrão de 
dermátomo, afetando pernas, braços ou face. Os 
 
tecidos subjacentes são frequentemente 
afetados, o que provoca problemas funcionais e 
cosméticos. A esclerodermia linear da face é 
unilateral e pode iniciar na linha média, caso no 
qual é chamada de golpe de sabre. A 
esclerodermia localizada raramente evolui para 
ES (1 de 750 casos52). 
 
Esclerose sistêmica: A ES é muito rara em crianças. 
É dividida em ES cutânea limitada, na qual a 
esclerose é limitada aos membros distais (abaixo 
do punho e do tornozelo) e à face; e a ES cutânea 
difusa, na qual a esclerose também envolve os 
membros proximais e o tronco. Novos critérios de 
classificação para ES juvenil foram propostos. Tal 
como acontece na doença em adulto, o critério 
principal é o espessamento da pele, com vários 
critérios secundários. A classificação juvenil 
especifica que um critério principal e dois menores 
devem ser atendidos, enquanto a classificação 
em adultos especifica um critério principal ou dois 
menores (Quadro 105.1). A ES parece ser menos 
grave em crianças, mostrando menos 
envolvimento visceral e melhor resultado a longo 
prazo, com crises renais relatadas em apenas 1 de 
153 pacientes.51 A esclerodermia pode ocorrer 
como uma síndrome de sobreposição com LES, 
dermatomiosite ou artrite idiopática juvenil; 
entretanto, pacientes com esses distúrbios foram 
excluídos dos estudos. 
Usualmente, a primeira manifestação clínica na 
esclerose sistêmica é o fenômeno de Raynaud, 
que ocorre em mais de 90% dos pacientes e 
constitui um achado bastante importante para o 
diagnóstico precoce da doença. Caracteriza-se 
por alterações da coloração das extremidades do 
corpo, que se tornam pálidas ou azuladas quando 
expostas à temperatura fria ou avermelhadas 
quando aquecidas. Dependendo da gravidade, 
pode ocorrer a formação de úlceras. Acomete 
comumente as mãos e os pés, mas pode também 
afetar as orelhas, o nariz e a língua. Além do 
fenômeno de Raynaud, o paciente com esclerose 
sistêmica pode apresentar acometimento de 
outros sistemas orgânicos, como acometimento 
pulmonar (ex. falta de ar, tosse), renal (ex. 
aumento da pressão arterial), gastrointestinal (ex. 
refluxo, dificuldade para engolir alimentos e/ou 
líquidos, sensação de empachamento 
abdominal, obstipação) e cardíaco (ex. 
palpitações). 
 
Tratamento 
 
O tratamento visa controlar a inflamação; 
corticosteroides orais são geralmente utilizados,51 
embora cuidados devam ser tomados na ES, pois 
corticosteroides podem precipitar uma crise renal 
(observada em ES em adulto). Tratamentos de 
segunda linha incluem metotrexato, 
ciclofosfamida, D-penicilamina (embora menos 
desde 1998) e micofenolato de mofetila. 
Vasodilatadores, como bloqueadores de canais 
de cálcio, são utilizados para fenômeno de 
Raynaud e podem auxiliar na ulceração digital. 
Iloprost e bosentan são usados para fenômeno de 
Raynaud grave e hipertensão arterial pulmonar. A 
fisioterapia é importante para manter a força 
muscular (para neutralizar a tensão da pele) e 
para prevenir a restrição de movimento. Muitos 
pacientes necessitamde intervenção psicológica 
devido aos problemas cosméticos, e uma vez que 
a doença estiver inativa, a cirurgia plástica pode 
ser útil. 
 
O tratamento pode ser feito com medicações 
tópicas (aplicadas diretamente na pele) ou 
medicações sistêmicas (por via oral ou mesmo via 
injetável), como corticoides e imunossupressores, 
um deles é o metotrexate. 
 
Esclerodermia localizada: Ainda não existe cura 
para a esclerodermia localizada. No entanto, 
alguns medicamentos orais e tópicos e, em alguns 
casos o tratamento com radiação ultravioleta 
(fototerapia), podem alterar a progressão da 
doença. A esclerodermia localizada costuma 
apresentar um curso autolimitado, tornando-se 
inativa e com melhora espontânea dentro de 3 a 
5 anos. A fisioterapia é muito importante para 
preservar a mobilidade das articulações 
acometidas até que haja melhora do quadro 
cutâneo. Naqueles pacientes com extenso 
envolvimento da face, a cirurgia plástica 
reparadora tem apresentado bons resultados. 
 
Esclerose sistemica: Até o presente momento, não 
há cura para a esclerose sistêmica, mas existem 
tratamentos disponíveis. Para evitar o fenômeno 
de Raynaud, deve-se manter as extremidades 
aquecidas com luvas e meias e evitar lavar as 
mãos com água fria. Para o tratamento do 
fenômeno de Raynaud são também utilizados 
medicamentos vasodilatadores, que melhoram a 
circulação nas extremidades. Além disso, na 
esclerose sistêmica, empregam-se medicações 
Julia Paris Malaco – ambulatório reumato 
específicas de acordo com o órgão acometido 
como, por exemplo, medicações que agem 
diminuindo a inflamação (drogas 
imunossupressoras) como no caso de doença do 
tecido pulmonar ou fibrose extensa da pele. Há 
ainda situações específicas em que o paciente 
pode vir a se beneficiar do transplante de medula 
óssea, realizado em centros especializados e com 
indicação precisa. 
 
Artropatias 
 
O significado de artropatia é uma patologia na 
articulação, referindo-se a problemas ou doenças 
articulares. As doenças reumatológicas são as 
responsáveis pela artropatia. Por sua grande 
variedade de causas, lesões, locais e formas de 
ação, a artropatia é dividida em diferentes tipos. 
 
Artropatia degenerativa 
 
A artropatia degenerativa envolve um conjunto 
de transtornos responsáveis por afetar a 
cartilagem hialina e o osso subcondral. Nela, existe 
um crescimento de todos os tecidos presentes, ou 
que envolvem as articulações afetadas. 
Esse tipo de artropatia provoca inflamação, dor e 
impede que o indivíduo possa realizar atividades 
do dia a dia. Mais frequente em mulheres, não se 
sabe ao certo as causas que originam a artropatia 
degenerativa. No entanto, alguns fatores de risco 
estão associados com seu surgimento, como: 
 idade: aumento de casos a partir dos 50 anos; 
 sexo; 
 genética: pode se desenvolver com mais 
frequência em pessoas com familiares com a 
doença; 
 atividade laboral: repetição de movimentos 
articulares; 
 atividades físicas elevadas: esportistas de elite 
apresentam maior risco; 
 menopausa; 
 obesidade; 
 traumatismos. 
 
Sintomas: A artropatia degenerativa inicia de 
forma gradual, afetando uma ou mais 
articulações e evoluindo para rigidez matinal, com 
melhora rápida. Com o avanço da doença, a 
mobilidade da articulação diminui, resultando no 
aparecimento de contraturas em flexão, 
sensibilidade à dor com pressão e sensação de 
estalos nas articulações. 
Muitas vezes alguns bloqueios mecânicos podem 
ocorrer. As dores e inflamações das articulações 
também podem surgir após longos períodos de 
inatividade física diária. 
 
Tratamento: O objetivo principal do tratamento 
para artropatia degenerativa é o alívio dos 
sintomas dolorosos e invalidez funcional. Para isso, 
o primeiro passo é procurar uma clínica 
reumatológica com profissionais que possam 
ensinar maneiras de evitar o aumento das lesões 
nas articulações de forma individual para cada 
caso. 
Em fases agudas, medicamentos são usados para 
alívio da dor e inflamação, como anti-
inflamatórios, analgésicos e infusões medicinais, 
promovendo o alívio e redução do inchaço. 
 
Artropatia acromioclavicular 
 
A artropatia acromioclavicular consiste no 
desgaste das articulações que se encontram 
entre a clavícula e o osso chamado acrômio. Mais 
frequente em atletas e trabalhadores que utilizam 
muito os braços, essa condição pode causar fortes 
dores e dificuldades para movimentação. 
 
Possíveis causas: De forma geral, esse tipo de 
artropatia é ocasionado pelo processo 
inflamatório que pode ocorrer pela sobrecarga na 
articulação, levando ao desgaste e causando 
dores ao executar movimentos. 
 
Sinais e sintomas: As pessoas que sofrem com a 
artropatia acromioclavicular sentem dores à 
palpação da articulação, dores na região superior 
do ombro, e também ao rodar ou levantar o 
braço, durante atividades comuns do dia a dia. 
 
Tratamento: Ao ser diagnosticada, 
o reumatologista realiza uma série de medidas 
para melhorar os sintomas e reduzir a limitação, 
visto que a condição não apresenta cura. 
Fisioterapia, redução de exercícios que causam o 
desgaste e o uso de medicamentos anti-
inflamatórios e analgésicos são indicados. Caso 
não sejam suficientes, a realização de infiltração 
com corticóides na articulação pode ser uma 
opção para reduzir a inflamação, assim como a 
cirurgia pode ser uma alternativa em casos mais 
graves. 
 
Artropatia degenerativa do quadril 
 
A artropatia degenerativa do quadril é uma 
doença articular crônica, inflamatória e 
degenerativa que se caracteriza pelo desgaste 
progressivo da cartilagem articular seguido da 
exposição e lesão do osso subcondral, da 
articulação do quadril. 
Devido à degeneração, ocorre a perda da 
função da cartilagem causando atrito entre ossos 
http://clinicacroce.com.br/blog/clinica-de-reumatologia/
http://clinicacroce.com.br/blog/clinica-de-reumatologia/
http://clinicacroce.com.br/blog/reumatologista-o-que-e/
Julia Paris Malaco – ambulatório reumato 
dessa articulação. Por ser altamente inervada, a 
progressão da doença é acompanhada de fortes 
dores que podem reduzir a funcionalidade e 
independência do indivíduo. 
As articulações mais suscetíveis à degeneração 
são as do joelho e quadril, condição relacionada 
à carga recebida durante atividades diárias e 
também recreativas, de alto rendimento. 
 
Causas: As causas mais comuns da artropatia 
degenerativa do quadril estão relacionadas às 
doenças na infância que favorecem o 
aparecimento da patologia no quadril, como a 
displasia do desenvolvimento do quadril e Legg-
Calvé-Perthes. Além disso, o aparecimento pode 
estar relacionado a variáveis como predisposição 
genética, estilo de vida, desequilíbrios musculares, 
sedentarismo e má formação genética. 
 
Sinais e Sintomas: Visto que esse tipo de artropatia 
é progressiva e gradual, os sinais e sintomas do 
acometimento da articulação de quadril seguem 
uma sequência progressiva de leve para intensa, 
extremamente limitantes. Os sinais e sintomas da 
doença são: 
 rigidez articular, principalmente durante as 
manhãs; 
 dores locais próximo da articulação das 
nádegas, virilha e lateral da coxa; 
 dor ao movimentar o quadril; 
 rigidez articular em quadril que melhora 
durante o dia e, após um período, passa a ser 
constante; 
 desconforto permanente em qualquer 
posição. 
Na tentativa de evitar a dor, a pessoa se torna 
cada vez menos ativa e passa a mancar. Ainda 
que pareça ajudar no início, essa estratégia 
contribui para o agravamento do quadro ao 
enfraquecer músculos da perna e nádegas, 
importantes protetores da articulação do quadril. 
 
Tratamento: O tratamento para a doença deve 
ser feito de forma individualizada, de acordo com 
as expectativas de vida de cada pessoa. Dessa 
forma, o primeiro tratamento realizado é o 
conservador, seguido por abordagensfeitas com 
o uso de medicamentos anti-inflamatórios e 
exercícios direcionados na fisioterapia. O objetivo 
é aliviar a dor e reduzir a inflamação, promovendo 
a amplitude dos movimentos do quadril sempre 
que possível. 
 
 
Artropatia inflamatória 
 
Classificadas como artropatia inflamatória estão 
as doenças reumatológicas causadas por 
inflamações do tecido articular, diminuindo níveis 
de líquido sinovial e ocasionando a essa 
condição. Entre as mais comuns, que podem ser 
tratadas por meio de infusões medicinais, estão: 
 artrite reumatóide; 
 espondilite anquilosante; 
 artrite psoriática; 
 doença de Crohn; 
 lúpus eritematoso sistêmico; 
 esclerose sistêmica (esclerodermia); 
 síndrome de Sjogren. 
 
Artropatia de Charcot 
 
A Artropatia de Charcot é uma condição 
caracterizada pela destruição progressiva de 
ossos e tecidos articulares de pés e tornozelos. Em 
sua forma severa, pode causar alterações que 
levam a amputação. 
As manifestações iniciais da doença são 
frequentemente leves, tornando-se graves com o 
passar do tempo, a ponto de causar traumas 
diversos. Caso não seja diagnosticada, a 
artropatia de Charcot pode levar a necessidade 
de amputação em membros em casos severos. 
 
Sintomas: A falta de sensibilidade gerada pela 
doença dificulta realizar um diagnóstico precoce. 
Os sinais mais relevantes envolvem edemas nos 
pés, sinais de calor e vermelhidão. Além disso, o 
desconforto está presente, assim como a falta de 
sensibilidade devido à destruição de nervos 
sensoriais. 
 
Tratamento: O tratamento para a Artropatia de 
Charcot pode levar meses. Dessa forma, é 
fundamental avaliar as dores nos pés ou tornozelos 
lesionados enquanto durar o tratamento, com o 
objetivo de aliviá-las e melhorar o desconforto. 
Quando as lesões provocam instabilidade dos 
pés, tornando impossível o uso de sapatos e 
também o caminhar, a cirurgia é o tratamento 
mais indicado, assim como em casos de ferida 
grave. 
 
Artropatia degenerativa do joelho 
 
De caráter inflamatório, a artropatia degenerativa 
do joelho é uma doença que afeta as 
articulações causando desgaste das cartilagens 
que revestem extremidades ósseas, causando 
dores e deformidades. As articulações mais 
acometidas são aquelas que suportam o peso, 
como quadris, joelhos e coluna vertebral. 
A dor ao nível do joelho é geralmente um dos 
primeiros sintomas. Com caráter progressivo, ela se 
acentua em atividades físicas e com o aumento 
http://clinicacroce.com.br/blog/doenca-reumatologica/
http://clinicacroce.com.br/blog/artrite-reumatoide/
http://clinicacroce.com.br/blog/lupus-eritematoso/
Julia Paris Malaco – ambulatório reumato 
de peso. Entre os fatores de risco para a artropatia 
degenerativa do joelho, estão: 
 hereditariedade; 
 peso; 
 idade, mais frequente acima de 50 anos; 
 sexo, visto que ocorre com maior frequência 
em mulheres; 
 trauma; 
 esporte de alto impacto; 
 doenças reumatológicas e metabólicas. 
 
Tratamento: Para o tratamento da artropatia 
degenerativa do joelho os objetivos são aliviar os 
sintomas como dor, inchaço e dificuldades de 
mobilização e corrigir deformidades, assim como 
impedir que a doença se agrave. 
Em casos moderados, a viscossuplementação, ou 
seja, a reposição de propriedades do líquido 
sinovial por meio de injeções dentro do joelho pela 
substância desenvolvida em laboratório é uma 
possibilidade, trazendo viscosidade e protegendo 
a cartilagem. Consequentemente, melhora a dor 
no paciente e a mobilidade articular. 
Em pacientes com dores incapacitantes que não 
podem ser controladas por medidas simples, é 
recomendada a perda de peso e diminuição de 
atividades quando a doença atingiu estado 
avançado com desgaste total da cartilagem ou 
em caso de desvio do joelho por deformidade. 
 
Artropatia degenerativa tricompartimental 
 
A artropatia degenerativa compartimental é uma 
doença caracterizada pelo desgaste extenso em 
cartilagens que recobrem o joelho. São diversos os 
fatores que podem provocar o aparecimento 
dessa patologia. 
 
Sintomas: Esse tipo de artropatia apresenta 
sintomas específicos que incluem grande inchaço 
na região, limitando a movimentação, 
deformidade dos joelhos e desgastes das regiões 
ósseas. Além disso, edemas na região do joelho e 
dores constantes e agudas que afetam as 
condições de locomoção do indivíduo, causando 
dificuldades para dobrar e esticar o joelho. 
 
Tratamento: Para o tratamento da artropatia 
degenerativa tricompartimental alguns fatores 
estão envolvidos, como a idade, sexo, nível de 
atividade física e grau de sintomas. As opções 
mais recomendadas para o tratamento, 
associado a terapia desenvolvida de acordo com 
cada um desses fatores, são: 
 medicamentos específicos para combater 
dores e inflamação da região; 
 fisioterapia para restabelecer força e 
movimentação do joelho; 
 procedimentos cirúrgicos para reparação de 
cartilagem; 
 prótese total do joelho. 
 
Artropatia interapofisária 
 
A artropatia envolve a região da apófise, partes 
salientes do osso, nas vértebras afetadas. Quando 
a apófise é situada atrás das vértebras, é 
chamada de artropatia interapofisária posterior. 
Essas parte óssea permite a estabilização de 
vértebras e manutenção da parte superior do 
corpo quando está em posição ereta. 
 
Sintomas: Os principais sintomas da artropatia 
interapofisária são dores na coluna, no pescoço, 
glúteos, quadril e ombros. Além disso, a pessoa 
que é acometida pela doença apresenta rigidez 
articular, estalos em articulações, dureza e 
limitação em movimentos. 
 
Tratamento: O tratamento para esse tipo de 
artropatia consiste na prática de exercícios físicos 
e o peso controlado, visto que esses são fatores 
primordiais para a não progressão da doença. 
Ainda não existe medicamento com níveis de 
evidência que possam contribuir para evitar o 
agravamento da enfermidade. 
Ainda que a artropatia interapofisária não tenha 
cura, o indivíduo não está condenado a sofrer 
dores por toda a vida. Com o auxílio de 
um reumatologista é possível desenvolver um 
tratamento que contribua para anular o quadro 
de dor, mesmo com a doença presente. 
 
LUPUS 
 
+mulher, idade fértil (menarca ate a menopausa) 
Artrite, ulceras orais, rash malar, fotosenssibilidade, 
alopecia, cerosite, lúpus discoide, nefrites, 
convulsão, citopenia, FAN+, 
 
Artrite reumatoide 
 
Mulher, 35 aos 45 
Artrite com rigidez matinal, em mãos, punhos e 
joelhos, artrite erosiva e deformante, pedir fator 
reumatoide (FR – 70% dos casos é positivo), VHS, 
PCR 
 
Síndrome de sjogren 
 
Mulher, 40 anos 
Síndrome sicca (secura nas mucosas, pele) – 
primaria sem doença associada, secundaria com 
doença associada 
Relação com Vírus Epstein bar (EBV) – pode causar 
linfoma com frequência 
http://clinicacroce.com.br/blog/doencas-reumaticas-entenda-sobre-este-mal-que-atinge-todas-as-idades/
http://clinicacroce.com.br/blog/quando-procurar-um-reumatologista/
Julia Paris Malaco – ambulatório reumato 
Pedir FAN – antiRO e antiLA, cintilografia , 
diagnostico é biopsia 
 
Esclerodermia 
 
Mulheres, 30 a 50 anos, 
Raynaud é a primeira manifestação clinica, 
acomete pulmão, TGI, renal com alterações com 
relação a esse locais 
Pedir FAN – anti SCC70, anticentromero 
 
Espondilite 
 
Homens, 17 a 40 anos 
Acometimento de esqueleto axial (coluna, bacia, 
sacroiliaca, quadril) 
Lombalgia inflamatória, rigidez matinal, piora ao 
repouso e melhora com esforço 
Sintomas associados, uretite, uveite, colites etc 
Pedir antígeno HLA-B27 (65% da positivo)

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