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Julia Paris Malaco – Ambulatorio urologia Doenças do envelhecimento masculino DAEM https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/book s/9788580553703/pageid/742 A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), também conhecida popularmente como andropausa, é definida como o momento em que o homem diminui de forma expressiva a produção de hormônios masculinos, como a testosterona. Embora com o avançar da idade haja uma redução natural destes hormônios em todos os homens, este processo não pode ser confundido com a DAEM, que afeta em torno de 20% da população geral masculina a partir dos 40 anos. No geral, a DAEM começa a aparecer em homens com idade entre 40 e 50 anos e a cada 10 homens com mais de 80 anos, 5 passarão pela andropausa. A andropausa é uma deficiência hormonal que não possui cura, pois decorre de um processo natural do corpo ao envelhecer. O que os urologistas oferecem são opções de tratamento que reduzem os efeitos da DAEM nos homens. A forma mais fácil de contê-la é lançar mão de reposição hormonal, que deve ser feita de forma contínua, pelo resto da vida do paciente, já que o tempo é implacável. Dada a ampla variedade de o ́rga ̃os afetados por ni ́veis de testosterona, na ̃o e ́ surpresa que a si ́ndrome de DAPHI se carac- terize por va ́rias alterações fi ́sicas e intelectuais inespeci ́ficas. Por causa dessa complexidade, a maioria dos cli ́nicos concorda que os sintomas ou as alterac ̧ões fi ́sicas devem estar acompanhados de indi ́cios laboratoriais de testosterona reduzida para que se possa considerar o tratamento da DAPHI. O hipogonadismo de ini ́cio adulto pode resultar em perda ou diminuic ̧a ̃o de libido, perda das erec ̧ões noturnas, perda de pelos corporais e reduc ̧a ̃o da forc ̧a muscular. Frequentemente, uma diminuic ̧a ̃o da freque ̂ncia sexual pode acompanhar a dimi- nuic ̧a ̃o do desejo sexual. Rubores ou sudorese, desconforto ma- ma ́rio ou ginecomastia e infertilidade sa ̃o tambe ́m sintomas mais especi ́ficos de deficie ̂ncia de testosterona. Sintomas que sa ̃o me- nos especi ́ficos de hipoandrogenismo incluem fadiga, depressa ̃o, diminuic ̧a ̃o da memória ou de outra func ̧a ̃o cognitiva, aumento da gordura corporal, diminuic ̧a ̃o do desempenho no trabalho e distúrbios do sono. O exame do homem com suspeita de hipogonadismo pode revelar hipersensibilidade mama ́ria ou ginecomastia, um decli ́- nio da massa corporal magra com reduc ̧a ̃o associada do volume e forc ̧a muscular e aumento da gordura visceral (circunfere ̂ncia abdominal). Pelos faciais e tora ́cicos diminui ́dos ou ralos e altera- ções cuta ̂neas, como aumento das rugas da face e pele de aspecto pa ́lido sugestivo de anemia também podem ser evidenciadas. A anemia tende a ser leve e do tipo normocro ̂mico normoci ́tico. Densidade mineral o ́ssea baixa, como osteopenia ou osteoporose, tambe ́m mostrou-se associada a ni ́veis baixos de testosterona cir- culante. O exame da genita ́lia pode revelar atrofia testicular, com testi ́culos reduzidos de volume ou de consiste ̂ncia amolecida. O diagnóstico de DAPHI na ̃o requer que todos esses sinto- mas e sinais estejam presentes. Entretanto, para muitos homens, o processo natural do envelhecimento, a depressa ̃o subjacente ou outros transtornos do humor, ou outras comorbidades me ́- dicas podem estar associados a muitas dessas caracteri ́sticas. Por exemplo, estudos te ̂m demonstrado que a fragilidade associada ao envelhecimento e ́ um problema socioecono ̂mico e de assiste ̂n- cia à saúde importante, porque pode comprometer a vida inde- pendente. Sintomas ti ́picos de deficie ̂ncia de testosterona, como diminuic ̧a ̃o do humor, prejui ́zo da cognic ̧a ̃o, perda de forc ̧a mus- cular e fraturas o ́sseas, podem todos ser encontrados em homens mais velhos, apesar de ni ́veis normais de testosterona. Apesar dessas observac ̧ões, a associac ̧a ̃o desses sintomas com a comprovac ̧a ̃o de deficie ̂ncia de testosterona certamente sugere que a DAPHI e ́ a causa subjacente. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788580553703/pageid/742 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788580553703/pageid/742 Julia Paris Malaco – Ambulatorio urologia Ha ́ controve ́rsia considera ́vel quanto aos exames laboratoriais que devem ser solicitados para diagnosticar deficie ̂ncia androge ̂ni- ca em homens idosos. Para a maioria dos homens, uma dosagem da testosterona se ́rica total deve ser obtida entre 7 e 11 da manha ̃ junto com uma globulina ligadora de hormo ̂nios sexuais (SHBG), sendo esses os dois exames iniciais. Uma declarac ̧a ̃o de consen- so publicada recentemente apoiou o diagno ́stico de deficie ̂ncia de testosterona para valores de testosterona se ́rica mais baixos que 230 ng/dL (8 nmol/L). Para ni ́veis de testosterona se ́rica menores que 150 ng/dL (5,2 nmol/L) deve ser dosada a prolactina se ́rica para se avaliar a possibilidade de um prolactinoma. Valores en- tre 230 e 350 ng/dL (8-12 nmol/L) devem ser confirmados com testes adicionais: repetic ̧a ̃o da testosterona se ́rica total, dosagem de testosterona biodisponi ́vel, testosterona livre ou testosterona livre calculada (usando SHBG, albumina se ́rica e testosterona to- tal; www.issam.ch/freetesto.htm). Esses testes de confirmac ̧a ̃o sa ̃o importantes para se quantificar toda a testosterona na ̃o ligada a ̀ SHBG. Embora valores de refere ̂ncia para testosterona biodispo- ni ́vel e livre tenham sido publicados, eles na ̃o te ̂m sido validados rigorosamente. Os limites de refere ̂ncia não dependem da idade, pois os efeitos da testosterona sobre os o ́rga ̃os finais sa ̃o os mes- mos, na ̃o importando a idade do homem. Os ni ́veis de testosterona livre mensurados por dia ́lise de equili ́brio de um modo geral sa ̃o confia ́veis, mas menos disponi ́veis que o ensaio de deslocamento ana ́logo. Este ensaio, embora largamente disponi ́vel, na ̃o e ́ uma medida confia ́vel da testosterona livre. Se os ni ́veis medidos ou cal- culados da testosterona ativa ou biodisponi ́vel estiverem normais nesses casos, sera ́ improva ́vel que haja deficie ̂ncia androge ̂nica. A Figura 45-5 ilustra um algoritmo de avaliac ̧a ̃o pra ́tica para o diag- nóstico laboratorial de deficie ̂ncia androge ̂nica. Atualmente, as dosagens dos ni ́veis dos metabo ́litos da testosterona (p. ex., DHT, estradiol e deidroepiandrosterona [DHEA]) na ̃o sa ̃o recomenda- dos nem úteis para o diagno ́stico de deficie ̂ncia androge ̂nica. Uma avaliac ̧a ̃o hematime ́trica com hemoglobina ou hema- tócrito pode ser u ́til para confirmar a anemia do hipogonadismo, sendo importante para o estabelecimento de uma linha de base anterior ao ini ́cio do tratamento. HPB https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/book s/9788520444207/pageid/426 E etiologia da HPM parece ser multifatorial e de controle endo ́crino. A pro ́stata se compõe de elementos estromais e epiteliais, e cada um deles, isoladamente ou em combinac ̧a ̃o, pode dar origem a no ́dulos hiperpla ́sicos e aos sintomas asso- ciados a ̀ HPB. E ́ possi ́vel visar cada um desses elementos nos esquemas terapêuticos cli ́nicos. Observac ̧ões e estudos cli ́nicos em homens demons- traram claramente que HPB encontra-se sob controle endo ́crino. Castrac ̧a ̃o resulta na regressa ̃o da HPB esta- belecida e em melhora dos sintomas urina ́rios. Investiga- ções adicionais demonstraram a existência de correlac ̧a ̃o positiva entre níveis de testosterona e estroge ̂nio livres e o volume da HPB. Esse u ́ltimo dado pode sugerir que a associac ̧a ̃o entre envelhecimento e HPB decorre do au- mento dos ni ́veis de estroge ̂nio na velhice,causando in- duc ̧a ̃o do receptor de andrógenos que, assim, sensibiliza- ria a próstata para a testosterona livre. Contudo, ate ́ agora na ̃o foram publicados estudos capazes de demons- trar níveis elevados de receptores de estroge ̂nio em casos de HPB humana. Conforme se discutiu na sec ̧a ̃o precedente, a HPB desenvolve-se na zona de transic ̧a ̃o. Trata-se de um pro- cesso hiperpla ́sico verdadeiro resultante de um aumento no nu ́mero de ce ́lulas. A avaliaça ̃o microscópica revela um padra ̃o de crescimento nodular composto de quan- tidades varia ́veis de estroma e de epite ́lio. O estroma compõe-se de quantidades varia ́veis de cola ́geno e mus- culatura lisa. A diferente https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520444207/pageid/426 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520444207/pageid/426 Julia Paris Malaco – Ambulatorio urologia representac ̧a ̃o dos componentes histolo ́gicos na HPB explica, em parte, a resposta poten- cial ao tratamento clínico. Assim, o tratamento com α- bloqueadores pode resultar em respostas excelentes em pacientes com HPB que tenham componente significa- tivo de musculatura lisa, enquanto pacientes com HPB de composic ̧a ̃o predominantemente epitelial poderiam respondermelhorainibidoresda5�-␣ redutase.Pacien- tes com componentes significativos de cola ́geno no es- troma podem na ̃o responder a nenhuma dessas formas de tratamento cli ́nico. Infelizmente, na ̃o e ́ possi ́vel prever de modo confia ́vel a resposta a uma terapia especi ́fica (ver adiante). À medida que crescem os no ́dulos da HPB na zona de transic ̧a ̃o, essas estruturas comprimem as zonas exter- nas da pro ́stata, resultando na formac ̧a ̃o da chamada cáp- sula cirúrgica. Essa fronteira separa a zona de transic ̧a ̃o da zona perife ́rica, e funciona como plano de clivagem para a enucleac ̧a ̃o da próstata, durante prostatectomias simples abertas realizadas para HPB. O componente obstrutivo pode ser subdividido em obstruc ̧a ̃o meca ̂nica e obstru- c ̧a ̃o dina ̂mica. À medida que a pro ́stata hipertrofia, a obstruc ̧a ̃o me- ca ̂nica pode resultar da intrusa ̃o para o lúmen uretral ou colo vesical, levando a maior resiste ̂ncia uretral. Antes da classificac ̧a ̃o zonal da pro ́stata, os urologistas se referiam com frequ ̈e ̂ncia aos “tre ̂s lobos” da pro ́stata, ou seja, o lobo mediano e os dois lobos laterais. O tamanho da pro ́s- tata com o exame retal digital (ERD) correlaciona-se fra- camente com os sintomas, em parte porque o lobo me- diano na ̃o e ́ estrutura imediatamente palpável. O componente dina ̂mico da obstruc ̧a ̃o prosta ́tica ex- plica a natureza varia ́vel dos sintomas vivenciados pelos pacientes. O estroma prosta ́tico, composto de mu ́sculo liso e cola ́geno, conte ́m abundante inervac ̧a ̃o adrene ́rgica. Assim, a estimulac ̧a ̃o autono ̂mica estabelece um tônus para a uretra prosta ́tica. O uso da terapia com α-bloquea- dores diminui esse to ̂nus, causando diminuic ̧a ̃o na resis- te ̂ncia uretral na micc ̧a ̃o. As queixas de irritac ̧a ̃o durante a micca ̃o (ver adiante) da HPB decorrem da resposta secunda ́ria da be- xiga ao aumento da resiste ̂ncia uretral. Obstruc ̧a ̃o uretral leva a ̀ hipertrofia e hiperplasia do mu ́sculo detrusor, ale ́m da deposic ̧a ̃o de cola ́geno. Embora essa u ́ltima ocorre ̂ncia seja o mais prova ́vel responsa ́vel pela menor complace ̂ncia da bexiga, a instabilidade do detrusor e ́ tambe ́m um fator relacionado. Em uma inspec ̧a ̃o ma- croscópica por cistoscopia, feixes espessados do mu ́sculo detrusor sa ̃o observados como trabeculac ̧ões. Podendo evoluir para herniac ̧a ̃o da mucosa entre feixes do mús- culo detrusor, provocando a formac ̧a ̃o de divertículos (os chamados falsos diverti ́culos, compostos apenas de mucosa e serosa) Sintomas , os sintomas de HPB podem ser divididos em queixas obstrutivas e irritati- vas. Os sintomas obstrutivos sa ̃o: hesitaça ̃o, diminuic ̧a ̃o da forc ̧a e do calibre do jato de urina, sensac ̧a ̃o de esvazia- mento incompleto da bexiga, dupla micc ̧a ̃o (urinac ̧a ̃o pela segunda vez duas horas apo ́s a micc ̧a ̃o inicial), esforc ̧o miccional e gotejamento terminal. Os sintomas de irrita- ça ̃o sa ̃o: urge ̂ncia, polaciúria e noctúria. O questiona ́rio auto-aplicado desenvolvido pela American Urological Association (AUA) e ́ instrumento va ́lido e tambe ́m confia ́vel para identificaça ̃o da necessi- dade de tratamento de pacientes e na monitorac ̧a ̃o de sua resposta ao tratamento. O questiona ́rio de Pontua- c ̧ões para Sintomas da AUA (Tabela 22.1) talvez seja, iso- ladamente, o instrumento mais importante na avaliaça ̃o de pacientes com HPB, e e ́ recomendado para todos os pacientes antes do início do tratamento. Essa avaliac ̧a ̃o concentra-se em sete itens; solicita-se aos pacientes que quantifiquem a intensidade de suas queixas obstrutivas ou irritativas em uma escala de 0 a 5. Uma pontuac ̧a ̃o para sintomas de 0 a 7 e ́ considerada leve, 8 a 19 e ́ consi- derada moderada, e 20 a 35 e ́ considerada grave. A distri- buic ̧a ̃o relativa das pontuac ̧ões para pacientes com HPB e indivi ́duos do grupo de controle e ́ de, respectivamente, 20 e 83% nos indivi ́duos com pontuac ̧ões leves, 57 e 15% nos com pontuac ̧ões moderadas, e 23 e 2% naque- les com pontuac ̧ões graves. Julia Paris Malaco – Ambulatorio urologia Ha ́ necessidade de urina ́lise para exclusa ̃o de infec- c ̧a ̃o ou hematu ́ria e determinac ̧a ̃o de creatinina se ́rica para avaliac ̧a ̃o da func ̧a ̃o renal. Pode-se observar insufi- cie ̂ncia renal em 10% dos pacientes com prostatismo, o que justifica estudo do trato superior. Em pacientes com insuficie ̂ncia renal, e ́ maior o risco de complicac ̧ões pós- operato ́rias após a ̀ intervenc ̧a ̃o cirúrgica para HPB. O PSA se ́rico e ́ considerado exame opcional, mas muitos me ́dicos incluira ̃o essa determinac ̧a ̃o na avaliac ̧a ̃o inicial. E ́ certo que PSA, em comparac ̧a ̃o com o uso exclusivo do ERD, aumenta a possibilidade de detecc ̧a ̃o de CaP. Mas devido a ̀ grande superposic ̧a ̃o observada entre os níveis observados em casos de HPB e CaP, seu uso permanece sendo objeto de controve ́rsia (ver Triagem para CaP). Cistoscopia na ̃o e ́ pra ́tica recomendada na determi- naça ̃o da necessidade de tratamento, mas pode ajudar na escolha da abordagem cirúrgica em pacientes que opta- rem por tratamento invasivo. Cirúrgico: ressecção transurteral da próstata (RTU), Insiçao transuretral de próstata, prostatectomia simples aberta Indicação de cirurgia: falha no tratamento, retenção urinaria, infecção urinaria recorrente, insuficienai renal, lobo mediano, contraindicação do tratamento. Terapia minimamente invasiva: laser, Eletrovaporizac ̧a ̃o transuretral da pro ́stata, hipertermia, ablação transuretral, USG com intensidade, Disfunção sexual Disfunc ̧a ̃o sexual masculina, denotando a incapaci- dade de alcanc ̧ar uma relac ̧a ̃o sexual satisfatória, pode envolver inadequac ̧a ̃o de erec ̧a ̃o ou problemas com emissa ̃o, ejaculac ̧a ̃o ou orgasmo. Disfunc ̧a ̃o ere ́til (impote ̂ncia) e ́ a incapacidade de obter e/ou manter erec ̧a ̃o peniana suficiente para um de- sempenho sexual satisfato ́rio (NIH Consensus Panel on Impotence, 1993). Ejaculac ̧a ̃o precoce (ra ́pida) diz respeito a ̀ ocorre ̂n- cia persistente ou recorrente de ejaculac ̧a ̃o com mi ́nima estimulac ̧a ̃o sexual antes, durante ou logo depois da pe- netrac ̧a ̃o, e antes que a pessoa assim o deseje. Ejaculac ̧a ̃o retardada e ́ a demora indevida em atingir um cli ́max durantea atividade sexual. Ejaculac ̧a ̃o retrógrada denota o refluxo de se ̂men na bexiga durante a ejaculac ̧a ̃o, em decorre ̂ncia de um me- canismo incompetente do colo da bexiga. Anorgasmia e ́ a incapacidade de atingir o orgasmo durante a atividade sexual consciente, embora possa ocorrer emissa ̃o noturna. Julia Paris Malaco – Ambulatorio urologia Distúrbios Neuroge ̂nicos: DE pode ser causada por doenc ̧a ou disfunc ̧a ̃o do ce ́- rebro, da medula espinhal ou dos nervos cavernosos ou pudendos. Em homens com lesa ̃o de medula espinhal, o grau da func ̧a ̃o ere ́til depende da natureza, localizac ̧a ̃o e extensa ̃o da lesa ̃o. Neuropatia perife ́rica (como e ́ possi ́vel observar em casos de diabetes mellitus, abuso cro ̂nico de bebidas alcoólicas ou deficie ̂ncia de vitaminas) pode afe- tar as terminac ̧ões nervosas e resultar em deficie ̂ncia de neurotransmissores. Lesa ̃o direta dos nervos cavernosos ou pudendos (por traumatismo ou cirurgia prosta ́tica ou retal radical) também pode causar interrupc ̧a ̃o da via nervosa e resultar em DE.. Distúrbios Hormonais: Hipogonadismo causado por tumores hipotala ̂micos ou hipofisa ́rios, terapia com estrógenos ou antiandróge- nos ou orquiectomia podem suprimir o interesse sexual e as erec ̧ões noturnas. Contudo, e ́ possi ́vel que esses pacientes atinjam graus varia ́veis de erec ̧a ̃o durante a estimulac ̧a ̃o sexual visual (Bancroft e Wu, 1983) e, assim, fica preser- vada a capacidade ere ́til. Analogamente, e ́ prova ́vel que a DE resultante de hiperprolactinemia seja causada pela supressa ̃o do interesse sexual. Hipertireoidismo, hipotireoidismo, si ́ndrome de Cushing e doenc ̧a de Ad- dison sa ̃o citados como causadores de reduc ̧a ̃o da libido e de DE. Ainda ha ́ necessidade de investigac ̧ões mais aprofundadas para saber se o distu ́rbio hormonal ou ou- tros fatores sa ̃o responsa ́veis pela ocorre ̂ncia de DE. Distúrbios Arteriais: Embora DE arterioge ̂nica possa decorrer de trauma- tismo, ou possa ser conge ̂nita, mais frequ ̈entemente faz parte de uma arteriopatia siste ̂mica generalizada. Mas a distribuiça ̃o e a gravidade da doenc ̧a diferem de pessoa para pessoa. Alguns pacientes com arteriopatia grave podem ainda estar potentes, desde que o fluxo arterial ex- ceda o fluxo venoso; por outro lado, alguns pacientes com arteriopatia mi ́nima podem ficar com impote ̂ncia parcial ou completa por causa do fluxo venoso relativa- mente volumoso, da disfunc ̧a ̃o da musculatura lisa caver- nosa ou da liberac ̧a ̃o inadequada de neurotransmissores. A arteriopatia pode ser classificada como insuficie ̂n- cia arterial extrapeniana ou intrapeniana. E ́ possi ́vel tra- tar arteriopatia extrapeniana por tratamento ciru ́rgico, abrangendo doenc ̧as da arte ́ria pudenda interna, artérias ili ́acas interna e comum e aorta, a si ́ndrome do roubo pe ́lvico e traumatismo pe ́lvico. Arteriopatia intrapeniana, como a resultante do envelhecimento, da arteriosclerose ou do diabetes mellitus, na ̃o responde de modo satisfató- rio a ̀s técnicas ciru ́rgicas atualmente disponi ́vel. Distúrbios Cavernosos: impote ̂ncia cavernosa (venosa) pode ser dividida em cinco tipos, conforme a causa: no tipo 1, veias calibrosas deixam o corpo cavernoso (esse tipo e ́ provavelmente conge ̂nito); no tipo 2 canais venosos esta ̃o dilatados, como resultado da distorc ̧a ̃o da túnica albugi ́nea (como na doenc ̧a de Peyronie ou no enfraquecimento associado ao processo de envelhecimento); no tipo 3, o músculo liso cavernoso mostra-se incapaz de relaxar, por causa de fibrose, degenerac ̧a ̃o ou disfunc ̧a ̃o das junc ̧ões do hiato; no tipo 4, ocorre liberaça ̃o inadequada de neuro- transmissores (na impote ̂ncia neurolo ́gica ou psicolo ́gica, ou na disfunc ̧a ̃o endotelial); e no tipo 5 ha ́ comunicac ̧a ̃o anormal entre o corpo cavernoso e o corpo esponjoso ou a glande peniana (conge ̂nito, trauma ́tico ou em con- sequ ̈e ̂ncia de procedimento de desvio para priapismo) (Lue, 2000). Estudos de microscopia eletro ̂nica do tecido ere ́til cavernoso obtido durante o implante de próteses penianas revelam alta incide ̂ncia de atrofia da muscula- tura lisa, reposic ̧a ̃o por tecido fibroso e ruptura do endo- te ́lio em pacientes com diabetes mellitus e aterosclerose (Mersdorf et al., 1991). Tratamento: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader /books/9788520444207/pageid/680 Urologia geral smith https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520444207/pageid/680 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520444207/pageid/680
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