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MECANISMOS DE CARCINOGÊNESE E PROGRESSÃO NEOPLÁSICA Robbins: Capítulo 7 Bogliolo 10 ➔A carcinogênese é um fenômeno complexo que envolve mutação iniciadora (germinativa ou somática) seguida de mutações adicionais associadas a progressão do processo. (estímulo a outras mutações) ➔1-INICIAÇÃO- Ativação do oncogene. Ação de agentes mutagênicos (germinativa ou somática) -fase 1 e 2 tanto na neoplasia benigna quanto maligna 2-PROMOÇÃO proliferação celular Mutações adicionais- Acúmulo de mutações 3-PROGRESSÃO Malignidade- anaplasia e angiogênese -comum área de necrose e hemorragia ➔GENES ENVOLVIDOS NA CARCINOGÊNESE 1) Proto-oncogenes:Os proto-oncogenes podem ter múltiplas funções, mas todas elas participam em algum nível nas vias de sinalização que levam à proliferação. Portanto, os proto-oncogenes de pró-crescimento podem codificar fatores de crescimento, receptores do fator de crescimento, transdutores de sinal, fatores de transcrição ou componentes do ciclo celular. Os oncogenes correspondentes geralmente codificam oncoproteínas que servem funções semelhantes às suas contrapartes normais, com a importante diferença de que elas normalmente são constitutivamente ativas. Como resultado desta atividade constitutiva, as oncoproteínas de pró-crescimento favorecem células com a autossuficiência em crescimento. ➔Papel fisiológico:Ativação de vias de multiplicação e diferenciação celulares (epiteliais, medula óssea -células lábeis) ➔Processo patológico Mutação (oncogenes) 1. Mutação em 1 único locus gênico (pontual) 2. Amplificação gênica/ superexpressão (múltiplas cópias do gene/ aumento da função) 3. Mutação cromossômica (sequência gênica- translocação) ➔Mutação de ponto em RAS (normalmente mutação de ponto) → aumento da síntese de proteínas cinases → proliferação celular ➔Amplificação gênica do gene mutante de cMYC → ↑ transcrição de Ciclina/ CDK→ proliferação celular (ciclo, ciclinas que promovem atividade replicativa/mitótica) ➔Translocação → ABL- BCR (cromossomo Philadelfia) → proliferação celular (mais comum nas leucemias mielóides, que formam proteína quimérica) -O proto-oncogene MYC está expresso em praticamente todas as células eucarióticas e pertence aos genes de resposta imediata precoce, que são rapidamente induzidos por sinalização RAS/MAPK seguindo a estimulação do fator de crescimento nas células quiescentes.• O MYC ativa a expressão de diversos genes que estão envolvidos no crescimento celular.(EX: ciclinas do ciclo celular).Regula a expressão de telomerase. MYC representa um dos poucos fatores de transcrição que podem agir em conjunto para reprogramar as células somáticas em células-tronco multipotentes -Os complexos ciclina-CDK fosforilam proteínas-alvo cruciais que conduzem a célula adiante através do ciclo celular. Enquanto as ciclinas estimulam as CDK, seus inibidores (CDKI), dos quais há muitos, silenciam as CDK e exercem um controle negativo sobre o ciclo celular. A expressão desses inibidores tem sua regulação diminuída por vias de sinalização mitogênicas, promovendo assim a progressão do ciclo celular. -a ativação de receptores tirosina cinasecinase estimula a RAS e dois grandes “braços” de sinalização à jusante, a cascata MAPK e a via PI3K/AKT. -inflamação crônica (doenças auto imunes,obesidade, gastrite por h pylori) podem promover cancer 2) Genes supressores de tumores/ genes de reparo de DNA ➔Papel fisiológico Ativação de mecanismos de reparo e ou indução de apoptose ➔Processo patológico Mutação Perda dos mecanismos de controle de ciclo celular; Pontos de checagem - inibição dos mecanismos de reparo e ou de indução de apoptose. ➔ ➔ciclinas participa todas as parte do ciclo celular, expressam gene Rb (neoplasias, perda do controle do ciclo com a mutação nesse gene, que pode vir acompanhado da mutação do gene p53) e p53(que detectam o erro, ativando mecanismo de reparo ou apoptose), provoca senescência (envelhecimento) ou inibindo cdk, cessando o ciclo, além de ativar a gad45 que promove reparo, pode ativar baks que incita a via intrínseca da apoptose ➔Proteína Rb (regulador negativo na transcrição do ciclo celular G1/S: -estado ativo hipofosforilado nas células quiescentes e em um estado inativo hiperfosforilado em células que passam através da transição entre o ciclo celular G1/S . A função da RB pode estar comprometida de duas formas diferentes: • Mutações de perda de função envolvendo ambos os alelos do gene RB. • Uma mudança do estado ativo hipofosforilado para o estado inativo hiperfosforilado por mutações de ganho de função que regulam positivamente a atividade de CDK/ciclina D ou por mutações de perda de função que anulam a atividade de inibidores de CDK. ➔O dano inicial (ou mutação) pode ser causada por exposições ambientais, pode ser herdada na linhagem germinativa, ou pode ser espontânea e aleatória,. O termo ambiental, utilizado neste contexto, refere-se a qualquer mutação adquirida causada por agentes exógenos, tais como os vírus ou produtos químicos ambientais, ou por produtos endógenos do metabolismo celular. • Um tumor é formado pela expansão clonal de uma única célula precursora que sofreu dano genético • Quatro classes de genes reguladores normais – os proto-oncogenes promotores do crescimento, os genes supressores do tumor que inibem o crescimento, os genes que regulam a morte celular programada (apoptose) e os genes envolvidos na reparo do DNA – são os principais alvos de mutações causadoras de câncer -O TP53, um gene supressor de tumor que regula a progressão do ciclo celular, o reparo de DNA, a senescência celular e a apoptose, é o gene que sofre mutação em cânceres humanos com mais frequência. -A p53 desempenha esse papel servindo como ponto focal de uma grande rede de sinais que detectam o estresse celular, principalmente danos no DNA, mas também o encurtamento dos telômeros, a hipóxia e o estresse causado pelo excesso de sinalização pró-crescimento, como pode ocorrer em células portadoras de mutações em genes como RAS e MYC. Em células saudáveis não estressadas, a p53 é mantida à distância por meio de sua associação já mencionada com o MDM2, uma enzima que faz a ubiquitinação da p53, levando à sua degradação pelo proteassomo.
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