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CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE RECONVENÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO.
Processo nº 11111111111
MARCOS, devidamente qualificado, por intermédio de seus advogados, procuração inclusa, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar
CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE RECONVENÇÃO
em face de ação movida por JULYA, devidamente qualificado, nos termos e condições que se seguem:
I. DA TEMPESTIVIDADE
 A presente peça processual é tempestiva. O prazo para apresentação da contestação é o de 15 (quinze) dias a partir da juntada do AR relativo à carta de citação, ou seja, o prazo final para a prática do ato seria o dia 25/02/2019, restando a peça tempestiva.
II. DAS PRELIMINARES
 
Da gratuidade de Justiça:
Cabe informar que o processo tomou proporções financeiras que não podem ser suportadas pelo Requerido, visto que o pagamento de peritos e outros custos processuais comprometerão seu sustento e de sua família, necessitando, portanto, da Gratuidade da Justiça, nos termos do art. 98 e seguintes da Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil). Requer, ainda, que o benefício abranja a todos os atos do processo.
A concessão da gratuidade de justiça posteriormente ao ajuizamento da ação é permitido. Nesses sentido: 
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. CONCESSÃO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA APÓS A SENTENÇA. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. PAGAMENTO DE CUSTAS. EFEITOS DA CONCESSÃO. A concessão do benefício da gratuidade judiciária alcança os atos processuais a partir do momento do pedido e os que lhe forem posteriores, não atingindo aqueles que antecedem ao requerimento. Coisa julgada. A concessão do benefício da gratuidade no cumprimento de sentença não alcança à fase de conhecimento. Precedentes jurisprudenciais. Em decisão monocrática, nego seguimento ao agravo de instrumento. (Agravo de Instrumento Nº 70059357434, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Glênio José Wasserstein Hekman, Julgado em 14/04/2014)TJRS - Agravo de Instrumento AI 70059357434 RS (TJ-RS). Data de publicação: 17/04/2014 (grifo nosso) 
Diante disso, requer a concessão da gratuidade de justiça para o Reconvinte.
Da incorreção do valor da causa:
 Aponta a parte autora o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) como valor da causa. Acontece que esse valor não respeita os ditames legais. Conforme o art. 292, CPC, as ações indenizatórias devem ter por valor da causa o importe que se pretende.
 Ora, o montante pleiteado pela parte autora é o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), valor este que, segundo aduz, foi utilizado no conserto do veículo. Assim, o valor da causa indicado pela parte autora deveria ser o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), devendo o juiz decidir a respeito, impondo a complementação das custas, nos termos do art. 337, III, CPC.
III. PRELÚDIO FÁTICO
Trata-se de ação proposta em face de acidente de tânsito ocorrido na Rua 001 na cidade do Rio de Janeiro, onde a parte autora alega que ao dirigir que envolveu-se em uma batida de carro com o réu e que, em razão do acidente obteve um prejuízo de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), valor que foi utilizado para o conserto de seu carro.
Afirmou que o acidente foi por total culpa do réu, pois ele estaria dirigindo em alta velocidade. Pleiteou então, danos materias.
O valor da causa foi estipulado em R$1.000,00 (mil reias) e também informou que não há o desejo de realizar audiência de conciliação, pois segundo a parte autora, foi feito um acordo extrajudicial que não obteve êxito.
Ocorre que, é inexistente qualquer direito a ser reparado à autora, visto que a mesma se encontrava embriagada no momento do acidetente, tendo inclusive avançado o sinal vermelho, conforme se verá.
IV. DIREITO
  Sem ato ilícito não há responsabilidade civil. O réu em nenhum momento praticou ação voluntária com negligência ou imprudência que causasse danos a parte autora e, consequentemente, gerasse o dever indenizatório. Não houve afronta, portanto, aos arts. 186 c/c 925 do Código Civil.
 Ao contrário, toda responsabilidade cabe a parte autora que, conforme documentos apresentados, estava completamente embriagada no momento do acidente, pondo pedestres e outros motoristas em risco, avançando sinais vermelhos.
 Caso assim não se entenda, é necessário levantar a responsabilidade concorrente entre as partes. A culpa é fator determinante no momento de se determinar o valor indenizatório.
 O CC permite ''reduzir, equitativamente, a indenização'' quando houver excessiva desproporção entre a culpa e o dano (art. 944, parágrafo único, CC). Sendo estabelecido ainda que: ''se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com o do autor do dano'' (art. 945, CC).
 Ora, apesar do réu exceder o limite de velocidade em 5% , esse valor é ínfimo, não sendo o motivo preponderante para o acontecimento do acidente. Pelos motivos aduzidos, improcedentes os pleitos autorais. Caso reste configurado a responsabilidade civil, imperioso implicar que a mesma seja concorrente.
V - DA RECONVENÇÃO
 Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, se conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, nos termos do art. 343, CPC.
 Decorrente do mesmo fato, pleiteia o réu, ora reconvinte, indenização pelos danos materiais sofridos no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), importe utilizado para o conserto do veículo ocasionado pelo acidente (doc. anexo).
7 Restando claro o dever indenizatório do reconvindo, ante a prática de ato ilícito pela sua negligência ao dirigir embriagada, atravessando sinais vermelhos, tudo nos termos dos arts. 944 do Código Civil.
Atribui-se ao valor da causa o importe de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
VI - DOS PEDIDOS:
A) Requer o acolhimento da preliminar arguida, intimando a parte autora à complementar as custas.
B) Requer a gratuidade de justiça.
B) No mérito, requer a total improcedência dos pleitos autorais.
C) Subsidiariamente, requer a procedência parcial em razão da responsabilidade concorrente.
D) Quanto a reconvenção, requer a procedência do pedido reconvencional, para condenação da autora-reconvinda ao pagamento da indenização no valor de R$30.000,00.
E) No final, requer a condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios.
F) Pleiteia provar o alegado por todos os meios em direito admitido, em especial com a juntada das notas fiscais e comprovantes de pagamento dos R$30.000,00 e juntada do boletim de ocorrência.
Termos em que, pede deferimento.
CIDADE, DATA. 
Advogado/OAB

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