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Psic. interdisciplinar: O trabalho do psicólogo no Brasil

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O trabalho do psicólogo no Brasil
No início da história da Psicologia como profissão, o exercício clínico, especialmente os
atendimentos individuais, ocupava um expressivo espaço do mercado de trabalho do
psicólogo.
Passados alguns anos da data de regulamentação desse exercício profissional, o
panorama é outro: surgiram diversas modalidades de atendimento, novos campos de
ação, novas demandas sociais e o psicólogo foi sendo cada vez mais solicitado a integrar
equipes de trabalho e a responder a demandas das mais diversas.
A ampliação de campos profissionais aumenta as possibilidades de inserção no mercado
de trabalho.
Os psicólogos, já inseridos nas áreas da Educação, da Saúde e das Organizações, desde o
início da profissão, conquistaram novas oportunidades em diversos outros setores da
sociedade, passando a ser chamados a intervir em casos jurídicos, do trânsito,
comunitários e dos serviços sociais, entre outros.
Esse processo histórico e social determinou a ocorrência de metamorfoses favoráveis na
identidade profissional do psicólogo, dada a ampliação de seu papel na sociedade.
Dois campos do conhecimento contribuíram para o início da profissionalização da
psicologia no Brasil: a educação e a medicina.
A Portaria 272, referente ao Decreto-Lei 9092, de 1946, institucionalizou, pela primeira vez
na história brasileira, a formação profissional do psicólogo. O psicólogo habilitado
legalmente deveria freqüentar os três primeiros anos de filosofia, biologia, fisiologia,
antropologia ou estatística e fazer então os cursos especializados de psicologia. Com a
formação dos denominados especialistas em psicologia iniciou-se oficialmente o exercício
dessa profissão. 
A formação profissional do psicólogo, em estabelecimento de nível superior e com
currículo majoritariamente dedicado à psicologia, foi iniciada em 1957, tanto no Rio
(Pontifícia Universidade Católica) quanto em São Paulo (USP). 
Em termos de mercado de trabalho, a partir das décadas de 1940 e 1950, o psicólogo
passou a atuar, cada vez mais, nas áreas de Educação e do Trabalho. Para a mentalidade
de administração racional do trabalho, então predominante, fazia-se necessário o
ajustamento dos funcionários para o desempenho perfeito de tarefas. Por essa razão,
cresceu a demanda por classificação, seleção, e recrutamento de pessoal. 
No dia 27 de agosto de 1962 foi aprovada a Lei nº 4.119, que regulamentou a profissão de
psicólogo. Também foi emitido, nesse mesmo ano, o Parecer 403 do Conselho Federal de
Educação, que estabeleceu o currículo mínimo e a duração do curso universitário de
psicologia. 
A psicologia conseguiu, em meados dos anos 1970, todos os requisitos necessários para
ser considerada uma profissão: conhecimento pouco acessível e institucionalizado,
mercado de trabalho formalmente assegurado e auto-regulação, instituída em conselhos e
códigos de ética. Neste sentido, o ano de 1975 assinala o fim do processo de
profissionalização da psicologia no Brasil.
Nicolle Marcondes - 7º semestre

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