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DOENÇA VASCULAR RENAL

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Joëlle Moreira - Medicina UFPE
Nefrologia
DOENÇA VASCULAR RENAL
ESTENOSE DA ARTÉRIA RENAL .
CAUSAS:
Aterosclerose
● 70-90% dos casos
● Idosos
● Acometimento proximal à
aorta
Displasia fibromuscular
● Menos comum
● Mulheres jovens
● Acometimento distal à aorta
CONSEQUÊNCIAS:
Hipofluxo ⤍ liberação de renina ⤍
ativação do SRAA ⤍ hipertensão renovascular +
hipocalemia e alcalose + vasoconstrição da arteríola
eferente
SRAA
Como meio de adaptação a estenose, temos uma
vasoconstrição gerada pela angiotensina II, o que faz
com que a PA corporal do corpo aumente (H.
renovascular), juntamente com aumento na pressão
glomerular. Isso permite que a função renal melhore
(capacidade filtrativa). Já a retenção de sódio, promovida
pela aldosterona, é a responsável tanto por contribuir
com o aumento da pressão, quanto causando
hipocalemia e alcalose em consequência da estenose. A
angiotensina II também faz vasoconstrição da arteríola
eferente.
QUANDO SUSPEITAR?
Hipertensão
- Inesperada (< 30 ou > 50 anos)
- Com sopro abdominal
- Com hipocalemia
DIAGNÓSTICO:
Exames iniciais
Cintilografia renal (renograma) - Administração de um
radiofármaco, que é filtrado pelo rim. Daí, fazemos a
captação da imagem. O exame é feito em duas fases. Na
primeira damos apenas o radiofármaco e, quando temos
uma estenose da artéria renal com o rim adaptado,
teremos uma imagem igual a de um rim normal (os dois
rins filtrando o radiofármaco).
Na segunda fase administramos um IECA (captopril),
paramos de ter a produção da angiotensina II e,
consequentemente, não temos mais o rim adaptado, não
conseguindo mais filtrar.
Esse exame não é diagnóstico, mas prova a repercussão
do acometimento vascular, sinalizando a grande
probabilidade de encontrarmos a patologia.
USG com Doppler - Vemos a assimetria renal e a
diminuição do fluxo ou um fluxo turbilhonado.
Exame diagnóstico
Angio TC
Angio RM
Dúvida ou indicação de intervenção direta no vaso
Arteriografia renal (padrão-ouro) - cateterizamos a
artéria renal e inserimos dentro dela um contraste.
Invasivo.
TRATAMENTO:
Aterosclerose: IECA ou BRA-II - o outro rim suprime
- Não usar se estenose bilateral ou estenose em rim
único (nefropatia isquêmica). Nestes, fazemos
revascularização (angioplastia ou cirurgia) com stent.
Displasia fibromuscular: Angioplastia - correção cirúrgica,
sem a colocação de stent
Joëlle Moreira - Medicina UFPE
Nefrologia
INFARTO RENAL .
Obstrução da artéria renal por grande trombo.
CAUSA:
● Embolia (fibrilação atrial)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
● Dor súbita (flanco)
● HAS
● ⇡LDH
DIAGNÓSTICO:
● Angio TC - presença de contraste na aorta e no
rim direito. Já o esquerdo (seta preta) tem uma
parte sem contraste.
● Angio RM
● Arteriografia (padrão-ouro) - falhas
TRATAMENTO:
Anticoagulação (recanalização frequente) - não dissolve
o trombo, apenas evita que novos se formem.
Se grave: trombólise ou revascularização.
ATEROEMBOLISMO .
Embolia por placa de ateroma.
CAUSA:
● Procedimento vascular (ex. aortografia)
A placa de ateroma pode ir para vários sítios:
- Rim: insuficiência renal
Se fizermos biópsia renal, encontraremos:
Essas fendas vazias são entendidas como placas de
ateromas dentro do vaso.
- Pele: livedo reticular
- Extremidades: síndrome do dedo azul
- Retina: placas de Hollenhorst - ponto brilhante
dentro do vaso (patognomônico)
LABORATÓRIO:
● Eosinofilia
● Eosinofilúria
● ⇣complemento
● ⇡CPK
● Creatinina > 2
TRATAMENTO:
Suporte - o organismo dissolve a placa + CTI

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