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AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSO CIVIL

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Prévia do material em texto

AGRAVO DE INSTRUMENTO 1
📗
AGRAVO DE INSTRUMENTO
 AGRAVO DE INSTRUMENTO
→ Primeiro julga o agravo e depois a apelação. 
Arts. 1015 e seguintes.
→ O AI, diferente da apelação, não fica no mesmo caderno processual. Protocolado diretamente no 
tribunal.
→ Agravante é responsável por copiar peças e anexar no agravo, protocolando diretamente no tribunal. 
Forma um instrumento em apartado.
ESPÉCIES DE AGRAVO
Instrumento (1.015)
Interno (1.021)
→ Também nos tribunais superiores há situações em que se verificam decisões interlocutórias com 
previsão, no Código, do cabimento de agravo.
→ É, portanto, casos de cabimento de agravo, nos tribunais superiores. 
→ Decisões monocráticas de não admissibilidade ou de provimento e outras interlocutórias dentro do 
tribunal - agravinho. 
Julgamento pelo órgão colegiado. 
Também chamado de regimental.
Em Resp e RE → desentrancamento. 
Agravo em recurso especial e em recurso extraordinário
→ Cabe contra certas decisões singulares que, no tribunal de origem, inadmitem os recursos 
extraordinários e especiais intempestivos ou não os excluam da retenção provocada pelos 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 2
mecanismos da repercussão geral ou dos recursos repetitivos (art. 1.042)
CONCEITO
→ Agravo de instrumento é o recurso cabível contra algumas decisões interlocutórias, ou seja, contra 
os pronunciamentos judiciais de natureza decisória que não se enquadrem no conceito de sentença 
(pronunciamentos que não coloque fim a fase cognitiva do procedimento comum ou extingue a 
execução).
Art. 203 - conceito de sentença
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o 
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase 
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre 
no § 1º.
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a 
requerimento da parte.
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
CABIMENTO
→ CPC/73 - art. 522
→ NCPC - art. 1015 - restrição (incs. e inc. XIII)
→ Decisões interlocutórias que versem sobre determinados assuntos taxados no art. 1015
Art. 1015 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;
XII - (VETADO);
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art373%C2%A71
AGRAVO DE INSTRUMENTO 3
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na 
fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no 
processo de inventário.
→ Par. único - admissibilidade nos processos de inventário e execução. Isso porque esses 
procedimentos terminam por decisões que não comportam apelação. Assim, as interlocutórias ali 
proferidas não poderão ser impugnadas por meio de preliminar do apelo ou de suas contrarrazões
→ O novo CPC aboliu o agravo na modalidade retida*, determinando que, para as situações não 
alcançáveis pelo agravo, a impugnação deverá ser feita em preliminar de apelação ou contrarrazões de 
apelação, depois da sentença (art. 1.009, § 1º)
*agravo retido é o recurso interposto contra a decisão interlocutória de primeira instância, cujo exame 
não será feito de imediato, mas relegado a uma fase posterior, quando da remessa dos autos à 
instância superior, para o exame de recurso de apelação. ABOLIDO PELO NCPC - SUBSTITUIDO 
PELA PRELIMINAR.
RECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
→ Toda interlocutória é sujeita a impugnação. 
→ Contudo, serão imediatamente atacáveis por agravo aquelas que versem sobre conteúdos taxados no 
1015.
→ As demais, se sujeitam, mais remotamente, ao recurso de apelação.
→ Por outro lado, a manifestação recursal contra a decisão não agravável não é privativa da parte 
vencida e que tem legitimidade para interpor apelação contra a sentença definitiva ou terminativa (art. 
1.009, caput). 
→ O vencido recorre contra as decisões interlocutórias que, antes da sentença, lhe foram adversas, por 
meio de preliminares inseridas na apelação, enquanto ao vencedor é facultado impugná-las nas 
contrarrazões (art. 1.009, § 1º). 
→ O recurso do vencedor, todavia, não é autônomo, visto que adere à apelação do vencido e sua 
apreciação, em regra, dependerá do resultado a que chegar a apelação. Trata-se, pois, de um recurso 
subordinado e condicionado;
→ Inadmitida a apelação do vencido, ou extinta sem resolução de mérito, desaparece a possibilidade de 
apreciação da impugnação contida nas contrarrazões. Daí falar em recurso subordinado.
→ Por outro lado, improvida a apelação, quase sempre, desaparecerá também o interesse do vencedor 
na apreciação do recurso embutido nas contrarrazões, que somente fora manifestado levando em conta 
a eventualidade de a sentença ser reformada em benefício do apelante. 
→ Admite-se, todavia, que em circunstâncias excepcionais, possa o vencedor exigir o julgamento das 
contrarrazões, quando estas envolverem pretensões independentes em face do julgamento da apelação, 
e cuja solução corresponda a legítimo interesse da parte vencedora, ainda que a apelação do vencido 
seja desprovida
DO MANDADO DE SEGURANÇA
→ Como fora das hipóteses enumeradas pela lei não há como impugnar as interlocutórias se não depois 
da sentença, não sendo possível atacar de imediato a ilegalidade ou o abuso de poder praticado. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 4
→ Uma vez que a Lei nº 12.016/2009 permite a impetração do mandado de segurança contra ato judicial 
em face do qual não caiba recurso com efeito suspensivo (art. 5º, II), parece irrecusável o 
enquadramento das decisões não agraváveis nesse permissivo da lei especial.
→ Logo, estando demonstrada a lesão de direito líquido e certo da parte, causada pela decisão 
interlocutória não agravável, o remédio com que o lesado pode contar será mesmo o mandado de 
segurança. 
PRAZO DE INTERPOSIÇÃO
→ Prazo geral de 15 dias.
→ Se for por protocolo integrado ou direto, a petição terá de ser ajuizada dentro dos quinze dias, 
apurados pela autenticação da entrada no serviço competente.
→ Caso se utilize o serviço postal, o recurso será considerado interposto na data de sua postagem (art. 
1.003, § 4º)
→ Na hipótese de remessa eletrônica, a tempestividade será aferida pela data em que a petição for 
encaminhada por aquela via.
→ Se o agravante utilizar o fac-símile, terá que proceder à transmissão dentro do prazo legal do recurso. 
Além disso, a tempestividade do agravo ficará na dependência de o original da petição e os documentos 
que a instruem serem protocolados no tribunal até cinco dias depois de findo aquele prazo.
FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO DO AGRAVO
I - Conteúdo e instrução do recurso
→ Será processado fora dos autos da causa onde se deu a decisão impugnada.
→ Será dirigido diretamente ao tribunal competente, devendo atender os requisitos do art. 1016
Art. 1016
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunalcompetente, por meio de 
petição com os seguintes requisitos:
I - os nomes das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
→ Cabe ao agravante obter cópias dos documentos do processo, que deverão instruir o recurso - Art. 
1017.
→ São peças obrigatórias:
1. cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria 
decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove 
a tempestividade, e das procurações outorgadas aos advogados das partes;
2. declaração de inexistência de qualquer desses documentos acima referidos, feita pelo advogado 
do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
3. tratando-se de causa de interesse da Fazenda Nacional, admite-se que o termo de vista pessoal 
ao seu procurador possa fazer as vezes da certidão de intimação da decisão agravada, 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 5
atentando-se ao princípio da instrumentalidade das formas;
4. Havendo custas, o comprovante do respectivo preparo, conforme tabela publicada pelos 
tribunais. 
→ Peças facultativas: quaisquer outras que o agravante reputar úteis para a melhor compreensão da 
questão discutida no agravo. 
II - Meios para interposição
→ Como forma de facilitar o acesso à justiça, o código prevê uma variedade de formas - Art. 1017, §2:
1. por protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; 
2. por protocolo na própria comarca, seção ou subseção judiciárias (protocolo integrado);
3. por postagem, sob registro, com aviso de recebimento; 
4. por transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
5. por outra forma prevista em lei, como, por exemplo, por meio eletrônico, quando se tratar de 
autos da espécie. 
→ Se a parte interpuser o recurso por fax, o original deverá ser juntado aos autos até cinco dias do 
término do prazo recursal.
→ Se se tratar de autos eletrônicos, o agravante é dispensado de anexar as peças obrigatórias, 
facultando-lhe, contudo, anexar outros documentos não constantes do processo, que entender úteis para 
a compreensão da controvérsia. 
II - Vícios sanáveis ou ausência de documentos
→ Relator intimará o recorrente para em 5 dias:
1. juntar restante da documentação, ainda que seja peça obrigatória; ou
2. corrija o defeito.
→ Entre os vícios corrigíveis a jurisprudência do STJ tem incluído a falta de assinatura do advogado na 
petição recursal.
Art. 1.017
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão 
agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento 
oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e 
do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo 
advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de 
retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por:
AGRAVO DE INSTRUMENTO 6
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
V - outra forma prevista em lei.
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a 
admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo 
único .
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as 
peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II 
do caput , facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a 
compreensão da controvérsia.
EFEITOS DO AGRAVO
→ Normalmente, limita-se ao efeito devolutivo. 
→ Poderá o efeito suspensivo ser concedido quando:
1. a imediata produção de efeitos da decisão recorrida deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou 
impossível reparação
2. houver a demonstração da probabilidade de provimento do recurso. 
Art. 995
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão 
judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se 
da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível 
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
Art. 1019, I
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for 
o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV ,**** o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou 
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
***Casos em que o relator não reconhece recurso:
1. inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da 
decisão recorrida
2. que for contrário a súmula STF, STJ ou próprio tribunal; acórdão do STF e STJ; ou matérias 
consolidadas por incidentes de demandas repetitivas.
→ Para que o efeito suspensivo seja dado, terá o agravante de formular requerimento ao relator, o qual 
poderá ser incluído na petição do agravo ou em peça separada
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art932p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art932iii
AGRAVO DE INSTRUMENTO 7
PROCESSAMENTO DO AGRAVO
I - Juntada de cópia do agravo no juízo de primeiro grau
→ O recorrente, após encaminhar o agravo diretamente ao tribunal, requererá, em três dias, a juntada, 
aos autos do processo, da cópia da petição recursal, com a relação dos documentos que a instruíram, e, 
ainda, o comprovante de sua interposição.
→ Tal diligência objetiva provocar o magistrado ao juízo de retratação, que, ocorrendo, prejudica o 
agravo.
→ Não tem poder de intimação do recorrido, visto que esta é feita pelo relator, art. 1019, II.
II - Atos do Relator
→ A distribuição do agravo, no tribunal, deve ocorrer incontinenti, ou seja, como ato imediato ao 
protocolo ou ao recebimento do registrado postal.
→ Quando utilizada a via postal, o invólucro do recurso, onde se acha o registro feito pelo Correio, 
deverá ser mantido nos autos para facilitar o exame do relator sobre a tempestividade. Não sendo 
possível, haverá sempre o comprovante de remessa.
→ Efetuada a distribuição, os autos do agravo serão imediatamente conclusos ao relator sorteado. No 
despacho da petição poderá ocorrer: 
1. Não reconhecimento do recurso por ser:
a) inadmissível 
fora do prazo
sem comprovante de custas quando houver
o ato impugnado não for agravável, como se dá com o despacho de expediente e a sentença
b) prejudicado
agravo perde o objeto, como quando o juiz a quo se retrata
ou por ter sido decidida questão prejudicial em outra sede
desistência do agravante
c) não impugnar especificamente os fundamentos da decisão agravada (art. 932, III).
2. Improvimento do recurso por:
a) ser contrário a súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal;
b) for ele contrário a acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos;
c) contrariar entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência.
3. Deferimento do processamento do agravo
→ Nesse caso, em 5 dias o relator deverá:
a) ordenara intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não 
tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida 
ao 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 8
b) seu advogado, para que responda no prazo de quinze dias, facultando-lhe juntar a documentação 
que entender necessária ao julgamento do recurso (art. 1.019, II);
c) determinar a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o 
caso de sua intervenção, para que se manifeste em quinze dias (art. 1.019, III)
4. Apreciação de requerimento de efeito suspensivo
→ Será no momento do despacho da inicial que apreciará, nos casos em que houver tal 
requerimento.
5. Dar provimento ao agravo em decisão singular, quando a decisão recorrida:
a) for contrária a súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal;
b) for contrária a acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos;
c) se contrariar entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência.
Nessa hipótese, haverá de ser resguardado o contraditório, mediante prévia intimação do 
agravado para responder ao recurso. Sem essa providência, a decisão singular de provimento do 
agravo será nula por “quebra dos princípios do contraditório e do devido processo legal. 
JUÍZO DE RETRATAÇÃO DO MAGISTRADO A QUO
→ Desde que o agravante, nos três dias subsequentes à remessa direta ao tribunal, junte ao processo a 
cópia do agravo, está o juiz autorizado a rever o ato impugnado, independentemente de ficar aguardando 
a resposta do agravado, mesmo porque esta não lhe será endereçada, mas sim ao tribunal.
→ Convencido do equívoco cometido, o juiz poderá emendá-lo desde logo, comunicando a retratação ao 
tribunal. Nessa hipótese, o relator considerará prejudicado o recurso (art. 1.018, § 1º).
→ Como a retratação funciona apenas como expressa causa de extinção do agravo (art. 1.018, § 1º), a 
nova deliberação do juiz de origem, como outra decisão interlocutória que é, desafiará novo agravo a ser 
aviado por aquele que se tornou vencido no incidente.
→ Se, porém, ao retratar a decisão agravada, o juiz extinguir o processo, seu ato configurará sentença. 
O recurso, então, haverá de ser a apelação.
JULGAMENTO DO RECURSO PELO COLEGIADO
I - Prazo para julgamento
→ 1 mês contado da intimação do agravado (art. 1020)
II - Intervenção do Ministério Público
→ O Ministério Público, quando o agravo disser respeito a processo onde deva dar-se sua intervenção, 
terá o prazo de quinze dias para pronunciar-se (art. 1.019, III)
III - Sustentação oral
→ Na sessão de julgamento, os advogados e o membro do Ministério Público, nos casos de sua 
intervenção, poderão nos casos previstos em lei ou no regimento interno do tribunal, fazer sustentação 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 9
oral de suas razões, pelo prazo improrrogável de quinze minutos cada, depois da exposição da causa 
pelo relator (art. 937)
Art. 937 - cabimento de sustentação oral
Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a 
palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do 
Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de 
sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021 :
I - no recurso de apelação;
II - no recurso ordinário;
III - no recurso especial;
IV - no recurso extraordinário;
V - nos embargos de divergência;
VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação;
VII - (VETADO);
VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas 
provisórias de urgência ou da evidência;
IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal.
§ 1º A sustentação oral no incidente de resolução de demandas repetitivas observará o disposto no 
art. 984, no que couber.
§ 2º O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até o início da sessão, que 
o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais.
§ 3º Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá sustentação oral no 
agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga.
§ 4º É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está 
sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso 
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia 
anterior ao da sessão.
IV - Ampliação de julgamento
→ A Turma julgadora será ampliada quando ocorrer decisão não unânime do agravo de instrumento, nos 
termos do art. 942, quando se tratar de reforma da decisão que houver julgado parcialmente o mérito. 
ENCERRAMENTO DO FEITO
→ Como se trata de feito processado originariamente no tribunal, caberá a seu regimento determinar o 
destino dos autos do agravo de instrumento, i.e., se permanecerão em seus arquivos ou se serão 
encaminhados ao juízo de primeiro grau para apensamento aos autos principais
→ No caso de retorno ao juízo a quo, não haverá necessidade de comunicação apartada, porque os 
próprios autos do agravo servirão como veículo de transmissão do teor do decisório de segundo grau
→ Permanecendo em seus arquivos, o tribunal deverá oficiar ao juiz da causa, encaminhando-lhe cópia 
da decisão do relator ou do acórdão, conforme o caso.
AGRAVO DE INSTRUMENTO 10
FORMAÇÃO DA COISA JULGADA ANTES DO JULGAMENTO DO AGRAVO
→ Uma vez que o agravo não tem efeito suspensivo, pode acontecer que o processo chegue à sentença 
antes do julgamento, pelo Tribunal, do recurso manejado contra a decisão interlocutória.
→ Se a parte vencida interpuser apelação, o órgão recursal deverá julgar primeiro o agravo, por seu 
caráter prejudicial em face da sentença apelada (NCPC, art. 946).
→ Sendo provido o agravo, cairá a sentença, ficando prejudicada a apelação.
→ Diversa, porém, é a sorte do agravo, se o vencido na sentença deixar de interpor a apelação. Já então 
prejudicado restará o agravo, porquanto da inércia da parte perante o julgamento que põe fim ao 
processo emana a coisa julgada, ou seja, torna-se imutável e indiscutível a solução dada à causa.
*Referência: Humberto Theodoro Júnior.

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