Buscar

Histologia do sistema reprodutor feminino e técnicas de coleta

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Julyana De Aquino Guerreiro Araújo 
 
Histologia do S.R.F e técnicas de coleta 
Histologia 
➔ O trato genital feminino apresenta vários tipos de epitélio e tecidos de 
sustentação. 
 
1. Epitélio Escamoso Queratinizado 
Esse epitélio contém grânulos de eleidina, um 
pigmento derivado da queratina. Este epitélio é 
encontrado na pele, lábios maiores e em 
algumas condições patológicas da vagina, do 
colo e do endométrio. 
2. Epitélio Escamoso Estratificado não 
Queratinizado 
Este epitélio reveste os pequenos lábios da vulva, a vagina e a parte externa do colo 
uterino (a ectocérvice ou porção vaginal da cérvice). 
A zona basal do epitélio é composta por uma ou duas 
camadas de células basais, situadas sobre a lâmina 
basal. Estas células são esféricas, com núcleos 
relativamente grandes. Os núcleos são circundados 
por pouco citoplasma. 
As células da camada basal representam a principal 
área de atividade mitótica, permitindo a renovação 
do epitélio a cada 4 dias em média. Qualquer 
aumento anormal no número de células da camada 
basal é conhecido como hiperplasia de células 
basais do epitélio escamoso. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Julyana De Aquino Guerreiro Araújo 
 
3. Epitélio Endocervical 
É composto por uma camada única de células colunares altas. O tamanho destas células 
varia razoavelmente durante o ciclo menstrual. 
Na fase proliferativa, as células são um pouco menores, com citoplasma opaco e núcleo 
de forma esférica e posição central. Já na fase secretora, elas se encontram distendidas 
pela presença de muco, tornando-se, portanto, maiores e com citoplasma claro. Seus 
núcleos são deslocados para a periferia da célula e costumam demostrar contornos 
discretamente irregulares. 
Durante a fase proliferativa, o muco 
produzido pelas células endocervicais é 
capaz de se cristalizar, formando estruturas 
semelhantes a folhas de samambaia. Com a 
aproximação do período ovulatório, esse 
muco se liquefaz, facilitando a penetração 
dos espermatozóides no canal vaginal. Após 
a ovulação o muco cervical volta a torna-se 
espesso. 
As células endocervicais também revestem 
as glândulas endocervicais, glândulas que 
possuem configuração simples e tubular, penetrando no estroma da cérvice. Elas são 
variáveis não apenas em termos de tamanho como também de profundidade de 
penetração. 
4. Junção escamocolunar (zona de transformação) 
A área do colo na qual o epitélio do tipo endocervical 
encontra o epitélio estratificado escamoso é 
conhecido como ‘’junção escamocolunar’’. 
Deve estar localizada na região do orifício externo da 
cérvice; no entanto, sua verdadeira posição varia 
segundo a idade da mulher. Naquelas muito jovens, 
o epitélio endocervical é 
habitualmente encontrado na 
superfície ectocervical. 
Essas ilhotas de epitélio endocervical podem ser identificados 
como áreas vermelhas (o chamado ectrópio). Com o passar do 
tempo, o ectrópio costuma sofrer uma metaplasia escamosa, 
sendo substituído por epitélio escamoso estratificado. Por volta 
dos 30 anos de idade, a zona de transformação passa a assumir 
uma posição mais cranial e, na menopausa, ela geralmente se 
encontra no interior do canal endocervical. 
3 
 
Julyana De Aquino Guerreiro Araújo 
 
5. Estroma da Cérvice 
É composto por tecido conjuntivo, produzido por 
fibroblastos e por células musculares lisas. O 
estroma da cérvice é alongado e podem 
apresentar tamanhos variáveis. 
Os componentes celulares do estroma são 
circundados por uma matriz de colágeno, rica em 
proteoglicanos e proteínas fibrilares, tais como 
colágeno, elastina e fibrilina. 
 
 
❖ Princípios de coleta 
Duas técnicas de coleta são utilizadas para a citologia ginecológica: esfoliativa e abrasiva. 
Um exemplo de citologia esfoliativa é o esfregaço vaginal. Ela baseia-se na obtenção de 
células que descamam espontaneamente das superfícies do colo e da vagina e se 
acumulam no fundo-de-saco vaginal. 
A citologia abrasiva depende da remoção de células das superfícies da cérvice, da 
endocérvice e da vagina com o auxílio de um instrumento. Os esfregaços obtidos com 
uma espátula de Ayre ou uma escova endocervical são exemplos de citologia abrasiva. 
 
❖ Técnicas de coleta 
➔ Esfregaços vaginais 
É preparado com o material removido do fundo-de-saco posterior por meio de um 
abaixador de língua, uma pipeta de vidro ou a extremidade arredondada de uma 
espátula. Além das células epiteliais descamadas dos epitélios vaginal e cervical, o 
esfregaço também contém muco, leucócitos, macrófagos e detritos celulares. 
Mais raramente podemos encontrar células de origem endometrial, tubaria, ovariana e, 
até mesmo, peritoneal. O material também pode conter bactérias, vírus, fungos e 
parasitas. 
A vantagem dos esfregações vaginais é a boa representatividade das células com origem 
em todos os segmentos do trato genital; a desvantagem é, principalmente, o mau 
estado de conservação dessas células. 
Geralmente os esfregaços vaginais demostram evidências escassas das anomalias 
produzidas por lesões pré-cancerosas do colo uterino. No entanto, eles são mais eficazes 
que os esfregaços cervicais na detecção de tumores ocultos do endométrio, das tubas e 
dos ovários, bem como de lesões metastáticas. 
4 
 
Julyana De Aquino Guerreiro Araújo 
 
 
 
➔ Esfregaços cervicais 
O instrumento mais utilizado 
para a obtenção do 
esfregaço cervical é a 
espátula que tem um 
formato ideal para a 
amostragem da superfície 
ectocervical e da porção mais inferior do canal 
endocervical. 
Com alguns tipos de coleta, a ocorrência de pequenos 
sangramentos é muito comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Julyana De Aquino Guerreiro Araújo 
 
➔ Preparação do esfregaço 
Antes de o profissional preparar o esfregaço, ele deve assegurar a disponibilidade de 
lâminas limpas de vidro de boa qualidade. Após identificar a cérvice e obter o material, 
o instrumento de coleta é colocado sobre a superfície da lâmina de vidro e o esfregaço 
é produzido arrastando-o ao longo do maior eixo da lâmina. 
O preparo do esfregaço deve ser rápido para evitar-se o dessecamento do material. 
Ambas as superfícies da espátula e todas as faces da escova devem entrar em contato 
com a lâmina de vidro, tomando-se o cuidado para distribuir o material de forma 
homogênea. Movimentos circulares podem lesar as células e, portanto, não são 
recomendáveis. 
A fixação dos esfregaços deve ocorrer imediatamente após o seu preparo para preservar 
as células nelas contidas.

Outros materiais