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Dellirium TRANSTORNOS ORGÂNICOS MENTAIS TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS (TNCs) DELIRIUM: - Conhecido como estado confusional agudo - É um transtorno neurocognitivo agudo de curso flutuante - Tipos: estado hiperativo, hipoativo e misto. - Caracterizado por alteração do nível de consciência, da atenção, memória, pensamento, comportamento e do ciclo sono-vigília. - É considerado uma emergência geriátrica, pois ocorre mais em idosos, principalmente os com mais tempo de hospitalização. FATORES PREDISPONENTES FATORES PRECIPITANTES - Idade avançada (idosos > 65 anos)** - Demência** - Comorbidades - Hospitalização - Doenças graves - Desidratação - Estresse - Imobilização - Medicamentos**(benzodiazepínicos, corticoides, antidepressivos, anticolinérgicos, polifarmácia). - Hiperpirexia prolongada - Procedimentos invasivos - Iatrogenia - Abstinência (álcool, drogas) - Deficiência de vitamina B12, ácido fólico FISIOPATOLOGIA - Alteração do sistema reticular ativador ascendente e do sistema nervoso autônomo - Redução do Metabolismo oxidativo cerebral provoca: hipoatividade colinérgica (acetilcolina) e hiperatividade dopaminérgica (induz a diminuição de acetilcolina). - Em situações de estresse: hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenais (aumenta catecolaminas) - é diferente do delírio é um sintoma psicopatológico alteração do juízo da realidade; - enquanto o delirium é um transtorno mental orgânica aguda. - alucinação -> percepção de algo que não existe na realidade QUADRO CLÍNICO HIPERATIVO HIPOATIVO MISTO - Ansiedade - Agressividade - Agitação - Alucinações - Ilusões - Delírio tremens (álcoolatras em abstinência)* - Rebaixamento do nível de consciência - Prostração - Pior prognóstico (subdiagnóstico) - Apatia - quando ocorre os 2 tipos variando - Quadro clínico flutuante durante o dia (piora à noite) - Desorientação em tempo e espaço - Alteração da atenção/foco, memória, ciclo sono-vigília (insônia), humor, sensoriopercepção (zoopsias) - Sintomas autonômicos (tremor, taquicardia, sudorese, febre). DIAGNÓSTICO - Exame Neurológico - Checar Medicamentos em uso - Analisar uso abusivo de álcool - Exames que busquem alteração dos níveis de consciência, atenção, memória, percepção, pensamento, humor MANEJO CLÍNICO - Criar rotina de cuidados - Permitir a presença da família na hospitalização - Se comunicar de forma clara e calma - Uso de antipsicótico: haloperidol, risperidona, quetiapina e olanzapina - Evitar benzodiazepínicos. TNCs DE LONGA DURAÇÃO/CRÔNICOS- déficits cognitivos adquiridos Leves - o paciente ainda tem independência e autonomia nas atividades cotidianas. - menor gravidade ou na fase inicial podem evolui p/ demência (5 a 10%). - experiência subjetiva de um declínio cognitivo (notado pelo paciente ou acompanhante ) + evidências objetivas de declínio do desempenho de 1 ou mais funções cognitivas. Preocupações com a memória, atenção e funções executivas. Maiores Demências: + mais frequentes na senilidade (> 65 anos) nível de consciência não altera (vígil, desperto). + perda progressiva irreversível de funções cognitivas (linguagem, cognição social, atenção, memória e aprendizagem, habilidades visuoespaciais e visuoconstrutivas, praxia e gnosia, velocidade de processamento, velocidade psicomotora, julgamento). + causa limitação funcional, interferindo na independência e autonomia do paciente. + etiologias neurodegenerativas e cerebrovasculares: doença de Alzheimer (DA), doença cerebrovascular, traumatismo cranioencefálico, doença nos corpos de Lewy, doença de Parkinson (DP) e demência frontotemporal; + Outras causas: alcoolismo crônico, neoplasias, neurosífilis, deficiência de vitamina B1 (tiamina), ácido fólico, hidrocefalia, hipotireoidismo, choque térmico. + Alterações difusas do tecido cerebral hemisférios cerebrais, tálamo, núcleos da base, substância branca subcortical e glia. Doença de Alzheimer Doença cerebrovascular Demência frontotemporal Doença com corpos de Lewy Doença de Parkinson - causa mais comum de demência - neurodegenerativas - perda da memória episódica e aprendizagem; irritabilidade, depressão e apatia, agressividade. - linguagem fluente, mas com conteúdo pobre. - Causa: depósito de beta-amiloide inferfere gera inflamação morte neuronal e atrofia cerebral + hiperfosforização da proteína tau (sustenta microtúbulos) prejudica transporte de nutrientes morte neuronal. - grandes vasos e microvascular. - associados à hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sopro carotídeo. - AVE, infartos subcorticais, microangiopatia. - Prejudica conexões cortico-subcortical pré-frontal compromete funções executivas, atenção, memória de trabalho. - Afasia motora, labilidade emocional, depressão e apatia. - nas fases iniciais acomete funções executivas, memória de trabalho, atenção e cognição social e controle dos impulsos. - acomete linguagem, a capacidade de entender os “sinais sociais”. < 65 anos - 2 variações: 1 do tipo hiperoralidade, comportamento repetitivo e hiperssexual e a 2 com afasia. - alfa-senucleidopatia (duplicações errôneas e agregação da alfa-sinucleína) alteração de neurônios do córtex cerebral, núcleos subcorticais e substância negra. - prejuízo cognitivo flutuante + alucinações visuais + declínio cognitivo progressivo + sintomas parkinsonianso (mas bilaterais). - é uma alfa-senucleidopatia - Pode ser um TNC leve que evoluiu para um TNC maior. Síndromes amnésicas - declínio grave da memória com acometimento do nível intelectual desproporcional a outros domínios cognitivos. - dificuldade de aprender conteúdos novos (memória de fixação) perde a memória mais recente (anterógrada). - dificuldade de evocar informações previamente aprendidas. + Etiologias: deficiência de vitaminas (vitamina B12, tiamina – vitamina B1), desnutrição, uso crônico de álcool, anorexia nervosa, neuroinfecção (encefalite herpética), TCE, tumor, uso de substâncias neurotóxicas. - Também é conhecida pela Síndrome de Wernicke-Korsakoff (SWK) junção de 2 síndromes Síndrome de Wernicke (oftalmoplegia+ ataxia+ confusão mental ) e Síndrome de Korsakoff (perda da memória de fixação + desorientação temporoespacial + confabulações). OBJETIVOS: COMPREENDER A ETIOPATOGENIA DOS TRANSTORNOS ORGÂNICOS QUE CAUSAM ALUCINAÇÃO COMPREENDER A DIFERENÇA ENTRE DELÍRIO E DELIRIUM ENTENDER OS FATORES E RISCO E AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DOS TRANSTORNOS ORGÂNICOS QUE CAUSAM ALUCINAÇÕES DISCUTIR O EXAME DO ESTADO MENTAL RELACIONADO AO PACIENTE DO CASO CONHECER O MANEJO CLÍNICO DE PACIENTES COM TRANSTORNOS ORGÂNICOS QUE CAUSAM ALUCINAÇÕES
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