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Intervenções Humanitárias O conceito de Intervenção humanitária • Tradicionalmente: quebra de soberania • Sistema internacional pautado no princípio da não- intervenção • Década de 90: mudança nessa perspectiva - a era de ouro das intervenções humanitárias? Objeções • I.H. servem como rótulo para avançar interesses políticos – margem de manobra • DH são tão importantes quanto a segurança e estabilidade e essas são ameaçadas por práticas intervencionistas Objeções • Viola o acordo Estado-cidadão ao expor seus soldados para se sacrificar por outro Estado • Aplicadas de forma seletiva e com base nas preferências s dos poderosos • Encobre os interesses nacionais em linguagem de legitimidade moral • Pode minar a ordem internacional e servir para a imposição de uma ordem cultural em cima dos mais fracos Perspectivas solidaristas - Solidarismo: compromisso de desenvolver princípios morais consensuais para IH legítimas • defendem direito de intervenção humanitária com base nos direitos humanos previstos pela Carta da ONU e pelo direito internacional consuetudinário • Aspecto moral: humanidade em comum; “guerra justa” • Aspecto moral: soberania como responsabilidade; humanidade em comum; “guerra justa” • Direito possibilita a intervenção, mas não determina de forma precisa suas circunstâncias e forma Guerra Fria • Relutância para legitimar IH em função do temor de abrir precedente contra o princípio da não- intervenção • Reações também condicionadas pela geopolítica da Guerra Fria Pós-Guerra Fria: a era de ouro? • sofrimento humano transmitido pela mídia: Efeito CNN -> Pressão pública sobre os líderes ocidentais para as IH • Somália e Curdos no Iraque • Mais legítima quando feitas com autorização do Conselho de Segurança - Capítulo VII • No entanto, efeitos do “fantasma da Somália” : os fracassos das intervenções em Ruanda e na Bósnia IH no pós-GF • Eficácia questionada: Aliviam o sofrimento imediato, mas nem sempre as causas subjacentes (longo prazo) • Utilização do rótulo “humanitário” para encobrir interesses políticos (Iraque e Afeganistão versus Darfur) • Preocupação com o próprio interesse (ex. segurança dos seus soldados) pode vir às custas do melhor interesse da população local • Debates se pode intervir e quem deve intervir protelam ação rápida R2P • ICISS tenta resolver tensão entre soberania e DH • Soberania deve ser interpretada no sentido de responsabilidade para proteção de seus cidadãos • Ou seja, soberania também é um dever para com o indivíduo e não só um direito entre Estados • Responsabilidade primária é do Estado , se ele não puder ou não quiser cumprir o seu dever de proteção, essa responsabilidade passa para a comunidade internacional R2P • multilateralismo como elemento legitimador da IH • Tentativa de tornar mais difícil tanto o veto indiscriminado pelo CS, mas também o uso político da IH • CS tem a responsabilidade principal de autorizar • Se não autorizar, pode legitimar recorrendo à AG ou às organizações regionais: estabelece hierarquia R2P • Deve ser por uma causa justa: massacres , genocídios ou limpeza étnica • Entende que os motivos sempre mesclam o humanitário com o interesse político, mas a causa humanitária deve, pelo menos, ser relevante na decisão • O que considerar quando houver debate sobre intervenção: intenção “correta”; intervenção deve ser o último recurso; razoável possibilidade de sucesso) • E... Autorização por órgão multilateral R2P • Durante a interveção: Como atuar? Princípios operacionais: • Objetivos e regras de engajamento devem ser claros, coordenação com agência humanitárias, uso proporcional da força
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