Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exame osteomioarticular – analisar segmentos homólogos comparativamente Etapas: Inspeção, Palpação, Movimentação ativa (movimentos realizados sem a ajuda do examinador), Movimentação passiva (movimentos realizados pelo examinador no paciente). COLUNA VERTEBRAL - Paciente em posição ortostática, pés descalços e juntos, com braços ao longo do corpo. - Colocar-se na região posterior do paciente e observar postura geral, alinhamento dos ombros e cristas ilíacas (cristas ilíacas com alturas desiguais = MMII com comprimentos diferentes). Em perfil devem ser avaliadas curvaturas fisiológicas (lordose cervical, cifose torácica e lordose lombar). - Cifose = concavidade anterior da coluna torácica / lordose = concavidade posterior da coluna / escoliose = desvio lateral da coluna (postural ou compensatória). - Palpação/digitopressão – pressionar cada processo espinhoso, observando se estão alinhados e se há dor. A musculatura paravertebral deve ser palpada com os polegares até a região lombar, verificando hiper ou hipotonia. - Movimentação Ativa – FLEXÃO (tentar encostar as mãos no chão sem fletir os joelhos), EXTENSÃO (se inclinar levemente para trás), ROTAÇÃO (colocar as mãos na cintura ou atrás da cabeça e girar os ombros para um lado e para outro sem sair do eixo axial), LATERALIZAÇÃO (se inclinar para um lado e para outro), observar se há dor ou limitação dos movimentos. - ESPONDILITE ANQUILOSANTE = forma de artrite reumatóide na coluna que causa rigidez, dor, limitação da flexibilidade e retificação lombar. Realizar TESTE DE SCHOBER com o paciente em pé. Marca-se um ponto a 10 cm acima de uma linha que liga as espinhas posterosuperiores. Pede-se ao paciente que realize flexão da coluna. Normalmente, a distancia aumenta em mais 5 cm, totalizando 15cm. Na espondilite não se observa o aumento de 5 cm entre a linha e o ponto. ATM - Pedir ao paciente para sentar e se colocar a sua frente. Inspeção deve buscar desvios, deformidades e outras alterações. - Abrir e fechar a boca + lateralização. Colocar o dedo indicador diante do trago de cada orelha e pedir para que o paciente abra a boca, entrando nos espaços articulares. Realizar movimentação ativa e passiva. - Dor, edema e diminuição da amplitude = ARTRITE OMBRO - Inspeção realizada na região anterior e posterior do ombro e cintura escapular, observando se há edema, deformidade ou atrofia muscular. - Palpar as seguintes estruturas analisando presença de dor e sinais flogísticos: articulação esternoclavicular, articulação acromioclavicular, tendão da porção longa do bíceps e região subacromial. A articulação glenoumeral é geralmente impalpável. - Manguito Rotatório = supraespinhoso, infraespinhoso, redondo menor e subescapular - Movimentação ativa e passiva: FLEXÃO, EXTENSÃO, ABDUÇÃO, ADUÇÃO, ROTAÇÃO INTERNA e ROTAÇÃO EXTERNA. Verificar crepitação, colocando-se a mão sobre ombro do paciente durante os movimentos. - ARTRITE – dor pode limitar os movimentos, há crepitação articular. - TENDINITE do Manguito Rotatório – edema, inflamação e fibrose, com dor aguda e recidivante se agravando pela atividade. Dor intensa quando se ergue o braço acima da cabeça. Teste de Yocum (impacto, lesão acromioclavicular) – mão sobre o ombro oposto, com braço na horizontal. Examinador exerce força sobre cotovelo para cima. Teste de Yergason (TENDINITE BICIPITAL) – dor à supinação contra resistência do antebraço fletido a 90º. COTOVELOS - Inspeção – identificar epicôndilos medial e lateral do úmero e olecrano da ulna. Procurar espessamentos, dor, edema ou nódulos. - Movimentos a serem realizados: FLEXÃO, EXTENSÃO, PRONAÇÃO, SUPINAÇÃO. Testar a amplitude desses movimentos. - BURSITE OLECRANIANA (cotovelo do estudante) – ocorre por traumatismo, inflamação ou gota, que levam ao acumulo de liquido na bursa olecraniana. Tumefação superficial e edema flutuante. - DERRAME na articulação do cotovelo – grande protuberância flutuante em ambos os lados do processo olecraniano. - ARTRITE SÉPTICA – edema doloroso com pus / FEBRE REUMÁTICA – edema doloroso / ARTROSE – crepitação e pouca dor à movimentação. - EPICONDILITES: Lateral – “cotovelo de tenista” – acompanha extensão repetitiva do punho ou pronação e supinação do antebraço. Dor e hipersensibilidade no epicôndilo lateral. Medial – “cotovelo dos lançadores de beisebol” – acompanha a flexão repetitiva do punho. Hipersensibilidade no epicôndilo medial. PUNHO - Inspeção e palpação das extremidades do rádio e da ulna, articulação radiocarpiana. - Movimentação ativa e passiva: FLEXÃO, EXTENSÃO, LATERALIZAÇÃO RADIAL e ULNAR, ROTAÇÃO DAS MÃOS (lateral e medialmente). - SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO – compressão dos nervos e vasos que atravessam sua luz, sendo notadas alterações do nervo mediano. Há parestesia da região inervada, havendo dor associada na mão e antebraço. Pode haver também fraqueza e imprecisão dos movimentos, com atrofia da eminência tênar radial e hiperestesia dos 3 primeiros quirodáctilos. Sinal de Tinel – percurtir levemente a borda radial do tendão palmar. Paciente cita parestesia no território de inervação do mediano. Teste de Phalen – encostar uma região dorsal da mão sobre a outra, mantendo um ângulo de 90º das mãos com os antebraços (1 min). Se surgir parestesia, sinal é positivo. MÃO - Inspeção – atentar para deformidades ósseas e articulares, presença de nódulos e atrofia da musculatura interóssea. - Palpação – palpar metacarpos e falanges proximal, média e distal. Abranger também articulações interfalangianas, palpando medial e lateralmente à procura de edema, empastamento, aumento ósseo ou dor. - Movimentação ativa e passiva – articulação metacarpofalangiana com flexão a 90º e hiperextensão a 30º. Avaliar interfalangianas proximais e distais (flexão e extensão). Polegares realizam flexão, extensão, abdução, oposição e movimento de pinça. Por fim, paciente deve abrir e fechar a mão. - TENDINITE DE QUERVAIN – acometimento do tendão do extensor longo do polegar, geralmente lesão por LER. Manobra de Finckelstein = pedir ao paciente que feche a mão aprisionando seu próprio polegar e então realize um desvio ulnar. O paciente citará dor em caso de teste positivo. - DOENÇAS QUE ACOMETEM AS MÃOS ARTRITE REUMATÓIDE – inflamação sinovial crônica, principalmente em articulações periféricas. Causa deformidades de grande impacto. - À inspeção: nódulos de Bouchard (tumefações e espessamento nas articulações interfalangianas proximais + desvio ulnar dos dedos (“dedos em vendaval”) - Os dedos podem apresentar padrões característicos: deformidades tipo “pescoço de cisne” (hiperextensão das interfalangianas proximais com flexão das distais), “botoneira” (flexão da interfalangiana proximal e hiperextensão da distal), em martelo (flexão fixa da interfalangiana distal). - À palpação: articulações sensíveis, dolorosas e rígidas. - Comprometimento da movimentação ativa e passiva, sendo comum dor e crepitação. OTEOARTRITE (ARTROSE) – processo articular degenerativo, freqüente em idosos. - À inspeção: nódulos de Heberden (proeminências ósseas nas interfalangianas distais), os quais são duros e indolores. Pode ainda haver deformidades e desvios. TENOSSINOVITE ESTENOSANTE – inflamação no tendão dos músculos flexores digitais, sendo causada principalmente por LER. Dedo afetado permanece fletido. Palpação e compressão geram dor. Processo pode gerar um nódulo no tendão que impossibilita a extensão do dedo. Quando o examinador realiza extensão passiva com alguma força, o nódulo tende a ser puxado e ultrapassa o obstáculo. Esse mecanismo gera um som de estalo = Dedo em gatilho. COXA E QUADRIL - Articulação localizada profundamente, logo inspeção poderá não trazer muitas informações. Realizar medição dos MMII das espinhas ilíacas anterossuperiores até os maléolos mediais da tíbia. - Palpação das articulações também fica prejudicada. Com o paciente em decúbito dorsal, pressionar ambas as espinhas ilíacas anterossuperiores para baixo com a região tênar das mãos, observando se há dor nas articulações sacroilíacas. - Movimentaçãoativa e passiva: FLEXÃO, EXTENSÃO, ABDUÇÃO, ADUÇÃO, ROTAÇÃO INTERNA E EXTERNA, avaliando amplitude dos movimentos, deformidades e dor. - LOMBOCIATALGIA – dor lombar unilateral irradiando para MMII ipsilateral em região posterior da perna, devido à compressão das raízes do nervo ciático. Manobra de Laségue Manobra de Bragard Sinal de Neri - Manobras para avaliação do quadril Teste de Patrick – paciente em decúbito dorsal, examinador deve fazer movimentação passiva, posicionando o pé do membro examinado sobre o joelho oposto formando um “quatro”. Fixar a pelve e empurrar o joelho fletido lateralmente até o máximo possível. A dor no início do movimento significa que a articulação coxofemoral está comprometida, enquanto dor no fim do movimento significa comprometimento da sacroilíaca. Manobra de Volkman – fazer um movimento de abertura da bacia, empurrando e lateralizando as espinhas ilíacas anterossuperiores. Manobra de Lewin – executar pressão na crista ilíaca do paciente em decúbito lateral As últimas duas avaliam capacidade de mobilização da sacroilíaca. Teste de Trendelenburg – Realizada em pacientes com deficiência na marcha por instabilidade do quadril unilateral. Pede-se ao paciente se apoiar sobre a perna boa, o glúteo médio se contrai mantendo firme a ligação entre quadril e fêmur. Observa-se que a pelve se inclina. Quando o paciente fica apenas sobre a perna ruim, o glúteo médio desta não consegue contrabalançar o peso e o quadril fica caído para o lado contralateral. JOELHO - Exame feito com paciente de pé ou decúbito dorsal. Inspeção pode denotar deformidades como geno varo (arqueado lateralmente), geno valgo (medialmente) e genu recurvatum (hiperextendidos). Notar presença de sinais inflamatórios. - Palpação pode indicar hidroartrose, hemartrose e pioartrose, sentidos à inspeção como aumento do volume do joelho e perda dos contornos da patela. - A fim de melhor palpação da articulação tibiofemoral devemos flexionar o joelho do paciente em cerca de 90º. - Movimentação ativa e passiva: FLEXÃO, EXTENSÃO e leve lateralização. - SINAL DA ONDA (volumes menores) – é produzido ao se ordenhar com a palma da mão a face medial do joelho para deslocar qualquer líquido. Comprimi-se o joelho logo atrás da borda lateral da patela e verifica-se presença de abaulamentos produzidos pelo retorno do líquido = DERRAME ARTICULAR. - SINAL DA TECLA (volumes maiores) – segura-se firmemente a coxa logo acima do joelho com uma das mãos, fazendo o liquido penetrar entre a patela e o fêmur. Com os dedos da outra mão, empurra-se a patela contra a superfície femoral que irá afundar como uma tecla pressionada. - PESQUISA DE LESÃO DOS LIGAMENTOS CRUZADOS ANTERIOR E POSTERIOR – paciente em decúbito dorsal, com perna semifletida, senta-se sobre os pés do paciente fixando a coxa. Apoia-se uma mão sobre a panturrilha e empurra-se para frente e para trás a perna. Caso haja relato de dor ao empurrar, o cruzado posterior deve estar afetado, se ocorrer ao puxar suspeita-se do cruzado anterior. Sinal da gaveta – a perna vai para trás quando há lesão do LCP e para frente quando o LCA está comprometido - PESQUISA DE LESÃO DOS LIGAMENTOS COLATERAIS MEDIAL E LATERAL – paciente em decúbito ventral, perna fazendo ângulo de 90º com a coxa fixada. Tenta-se fazer lateralização. Movimentação anormal para a linha lateral indica lesão do LCM e vice-versa. ESTRESSE EM VARO (LCL) X ESTRESSE EM VALGO (LCM) com paciente em decúbito dorsal. - Pode ser encontrada ainda BURSITE PRÉ-PATELAR, com edema flutuante ou BURSITE INFRAPATELAR, com edema em ambos os lados do ligamento patelar. TORNOZELO E PÉS - À inspeção buscar sinais flogísticos. - GOTA – elevação do ácido úrico faz com que ocorra acumulo de metabolitos nitrogenados nas articulações, gerando cristais que causam reações inflamatórias. Dor, edema, rubor, calor e PODAGRA (primeira articulação metatarsofalangiana do primeiro pododáctilo. - O pé normal é dotado de arco plantar, que quando exagerado configura o pé cavo e quando ausente, o pé chato. - ARTROPATIA DE CHARCOT – comum no paciente diabético, hiperglicemia lesa capilares do vaso nervorum, isquemiando os nervos periférico. Isso gera perda de sensibilidade. - Avaliar palpação das articulações do tornozelo aos pés. - Tendão de Aquiles – deve ser palpado em toda sua extensão. Realizar compressão da panturrilha, devendo-se observar do dorso a extensão do pé (teste de Thopson-Doherty). - - Movimentação ativa e passiva: DORSOFLEXÃO, FLEXÃO PLANTAR, INVERSÃO, EVERSÃO. � PAGE \* MERGEFORMAT �1�
Compartilhar