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OAB-2004-01-Prova_Pratico-Profissional-Todas_Materias

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Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Santa Catarina 
Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
EXAME DE ORDEM 2004.1 – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
 
 
1064 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
 
Meghi Artuison, brasileira, casada, do comércio, residente na cidade de 
Florianópolis/SC, na Rua Valtuirson Estrema, n. 357, portadora do CPF/MF 
123.456.789-10, procura o escritório de advocacia em que você trabalha e lhe 
entrega uma cópia da Execução Fiscal n. 9999/04, em trâmite na 2a. Vara 
Federal de Florianópolis/SC, em que União Federal busca receber valores 
(R$1.986,00 atualizado até 02 de março de 2004), correspondentes a 
empréstimo compulsório, instituído pela União, mediante a Lei Ordinária n. 
7788, de 19 de dezembro de 2002, para atender a despesas extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública. A cliente informa que, efetivamente, não 
efetuou o pagamento da exação exigida. 
 
A certidão de dívida ativa e os aspectos processuais da Execução Fiscal foram 
atendidos na forma da lei, assim como a aplicação dos recursos provenientes 
do empréstimo compulsório foi vinculada à despesa que fundamentou a sua 
instituição. 
 
Faz 15 dias que a intimação da penhora foi realizada e 14 dias que o mandado 
de penhora foi juntado aos autos da execução. 
 
 
Meghi contrata seus serviços para defendê-la judicialmente. 
 
Observando as disposições legais atinentes, inclusive em relação a 
tempestividade, elabore a peça profissional adequada, fundamentando-a 
na lei, doutrina e/ou jurisprudência. 
 
 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA I 
 
Após ter sido citado para pagar dívida tributária ou garantir a execução fiscal, o 
executado leva a efeito o parcelamento do débito nos 5 (cinco) dias seguintes 
ao da citação. 
 
Deferido o parcelamento e paga a primeira parcela, o executado procura seu 
escritório, buscando informação a respeito da possibilidade de extinção do 
processo executivo fiscal. 
 
 
PERGUNTAS: 
 
a) O parcelamento deferido pelo Poder Público autoriza o Juiz a 
extinguir a execução fiscal? Explique, citando lei, doutrina e/ou 
 
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jurisprudência. 
 
 
 
 
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Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA II 
 
Operado o trânsito em julgado de decisão judicial que determinou a repetição 
do indébito, cliente de seu escritório informa que pretende optar por receber os 
seus créditos por meio de compensação e não mais pela via do precatório 
regular. 
 
Apesar de a lei aplicável não vedar a compensação, o juiz competente indeferiu 
o pleito, sob a alegação de que haveria desrespeito a coisa julgada, em vista 
de tratar-se de repetição de indébito (art. 165, do CTN). 
 
 
PERGUNTAS: 
 
a) O Juiz, em vista da jurisprudência atual, indeferiu acertadamente o 
pleito? Justifique sua posição, citando doutrina e/ou jurisprudência. 
 
 
 
 
 
 
Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Santa Catarina 
Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
EXAME DE ORDEM 2004.1 – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
 
 
1050 – DIREITO DO TRABALHO 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
No dia 25 de março de 2004, compareceu ao departamento jurídico do 
Sindicato de categoria profissional, sediado em Blumenau, uma trabalhadora, 
que prestou as seguintes informações/reclamações: 
 
Nome: Denise Serpa 
Qualificação: brasileira, casada, vendedora, CPF nº ...... 
Endereço residencial: Rua ......, Itoupava Seca, Blumenau/SC. 
Empregadora: Malharia Delta Ltda. 
Endereço: Avenida..........., nº...., Escola Agrícola, Blumenau, CEP.............. 
Data de admissão: 03 de dezembro de 2002. 
 
Data de registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS): 25 de 
fevereiro de 2003. 
Data da dispensa: 14 de março de 2004, com desligamento imediato. 
Motivo: sem justa causa. 
 
Função: costureira 
 
 
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Salário inicial: R$ 440,00 mensais, sendo que, a contar da formalização do 
contrato em carteira, passou a receber mais R$ 150,00 mensais, de modo 
informal, até ser despedida. 
 
Jornada de trabalho: das 7h30min às 19h, de segunda a sexta-feira, com 45 
minutos de intervalo para almoço, de segunda a sexta-feira e, aos sábados, 
das 7h30min as 12h. Além disso, no dia 25 de dezembro de 2002, feriado 
nacional, foi convocada e trabalhou numa faxina geral, das 8h às 13h, sem ter 
gozado folga compensatória. 
 
“Vendeu” integralmente as férias relativas ao primeiro ano trabalhado, apesar 
do que foi procedido em registro na CTPS, como se de fato as tivesse gozado, 
na proporção de 30 dias. Pelo extrato que a Caixa Econômica Federal lhe 
forneceu, constatou que nos três últimos meses trabalhados não houve o 
devido recolhimento do FGTS. 
 
Com a dispensa não recebeu as verbas rescisórias de direito, e nem as guias 
do Seguro Desemprego. 
 
Com base nos dados prestados, como advogado apresente a peça processual 
adequada em favor da ex-empregada, postulando todos as vantagens legais 
sonegadas, bem como as penalidades possíveis, com a indicação da 
legislação pertinente, doutrina e jurisprudência. Na situação hipotética 
apresentada, não há Câmara de Conciliação Prévia na base de representação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Santa Catarina 
Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA I 
 
Tendo o empregado dado quitação ao contrato de trabalho, em acordo, perante 
a Comissão de Conciliação Prévia, legalmente constituída, é oponível a coisa 
julgada como matéria de defesa, caso o trabalhador venha a propor 
reclamação na Justiça do Trabalho contra a empresa? Explique o caso, com a 
devida indicação da legislação pertinente. 
 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA II 
 
 
Analise a seguinte situação hipotética. 
 
A empresa PESCADOS COIMBRA S.A., sediada em Florianópolis – SC, 
firmou Acordo Coletivo de Trabalho com o Sindicato dos Empregados na 
Indústria da Pesca em Florianópolis, assegurando aos empregados um 
reajuste salarial de 12% (doze por cento) a partir da data-base da 
categoria (1º.05.03). Ocorre que a Federação Estadual dos 
Trabalhadores na Indústria da Pesca do Estado de Santa Catarina 
firmou Convenção Coletiva de Trabalho com a Federação patronal 
representativa daquela mesma empresa (Pescados Lisboa), 
estabelecendo reajuste salarial da ordem de 8% (oito por cento), 
também a partir de 1º de maio de 2003. 
 
Em uma reclamatória trabalhista proposta em uma das Varas de Florianópolis, 
em que um ex-empregado postula o recebimento das diferenças salariais 
decorrentes da aplicação do reajuste de 12%, aquela empresa defendeu-se, 
alegando que a Convenção Coletiva de Trabalho firmada pela Federação 
Patronal, por ter maior abrangência e ser norma de ordem geral, deveria 
prevalecer sobre as disposições do Acordo Coletivo por ela firmado. Tem razão 
a empresa? Justifique sua posição de modo sintético. Na situação hipotética 
apresentada, não foram estabelecidas outras cláusulas, nem no ACT e nem na 
CCT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
EXAME DE ORDEM 2004.1 – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
 
 
1047 – DIREITO PENAL 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Aureliano Buendia, brasileiro, casado, escrivão da Polícia Civil, nascido em 06 
de março de 1.966, foi denunciado na Comarca de Joinville, por ter praticado o 
delito de concussão, quando, na qualidade de escrivão concursado da Polícia 
Estadual, lotado no 1° DP de Joinville, solicitou de um empresário a quantia de 
R$500,00 (quinhentos reais), visando alterar depoimentos prestados por fiscais 
da Receita Estadual em Inquérito Policial, que visava apurar possível crime 
contra a ordem tributária praticado pelo corrompido. 
 
Como o empresário corrompido verificou que o escrivão não procedera como 
combinado, denunciou-o ao Ministério Público Estadual da Comarca de 
Joinville, que requisitou a abertura de Inquérito Policial para apurar os fatos. No 
Inquérito Policial colheu-se a versão da vítima, a qual afirmou ter comparecido 
pessoalmente para ser interrogado, em 26 de fevereiro de 1.999, e que efetuou 
o pagamento da quantia indevida, valor que pediu emprestado a um conhecido 
chamado João Inácio, que, naquele dia, comparecera à Polícia Estadual 
daquela localidade, para retirar um documento. Este, por sua vez, ao ser 
ouvido, confirmou a versão do corrompido, aduzindo tão somente que a vítima, 
na ocasião, não lhe teria falado para quê se destinavam os R$500,00 
(quinhentos reais) solicitados. O Réu, ouvido naquela oportunidade, negou a 
solicitação da vantagem indevida, afirmando que exercera seus atos de forma 
idônea e de acordo com lei. 
 
Denunciado pelo representante do parquet estadual, em 05 de maio de 2.001, 
o magistrado da comarca de Joinville recebeu a denúncia na mesma data, 
designando data para interrogatório. Interrogado, o denunciado negou a autoria 
do delito, reafirmando, nessa oportunidade, que nunca solicitou quantia 
indevida para si nem para ninguém, em razão do exercício de sua função. Em 
seguida foi ouvido o corrompido, João Inácio e as testemunhas de defesa, 
estas apenas abonatórias. Instruído o feito, somente o representante do 
Ministério Público apresentou as alegações finais. Devidamente intimado para 
constituir novo advogado, ante a renúncia do anterior, o Réu silenciou, 
restando condenado no dia 07 de maio de 2004. 
 
Para o decreto condenatório de 3 (três) anos e 6 (seis) meses de reclusão, o 
magistrado levou em consideração principalmente a palavra do corrompido. E 
fixou a pena-base em 3 anos de reclusão e multa, considerando que a 
 
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culpabilidade era de alta intensidade e que a personalidade do denunciado é 
mal formada, eis que fez exatamente o contrário do exigido de sua função, 
prejudicando a credibilidade do aparelho policial. Aumentou, ainda, a pena- 
base em 1/6, correspondente a 6 (seis) meses de reclusão, reconhecendo a 
agravante prevista na alínea “g” do inciso II do art. 61 do código repressivo, 
mandando lançar imediatamente o nome do réu no rol dos culpados. 
 
Intimado, o acusado procurou você para assumir a causa. Formule a peça 
profissional, atacando todos os pontos jurídicos suscitados, citando 
legislação, doutrina ou jurisprudência. 
 
 
 
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Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA I 
 
Maria foi estuprada quando tinha 17 anos e cinco meses e sua mãe, por ser 
amante do autor do delito, não fez a devida representação. Tendo completado 
18 anos, Maria, aconselhada por seu patrão, resolveu fazer a representação, 
acusando o autor do crime. O fato já não teria sido alcançado pela decadência? 
Qual o entendimento reinante, na hipótese de a mãe da vítima renunciar ao seu 
direito à representação? Justifique sua resposta, citando lei, doutrina e 
jurisprudência. 
 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA II 
 
Pedro Bacamarte, brasileiro, solteiro, desempregado, nascido em 04 de 
fevereiro de 1.978, subtraiu de um supermercado dois frangos assados para 
alimentar a família, no dia em que completara duas décadas de vida. Tendo a 
denúncia pelo furto simples sido recebida no dia 28 de março de 2001, e não 
tendo sido Pedro encontrado pelo oficial de justiça para citação, expediu-se 
edital designando interrogatório. 
 
Como Pedro deixou de comparecer ao interrogatório judicial, foi declarada sua 
revelia e nomeado defensor dativo, que acompanhou todo o desenvolver do 
processo, realizando sua defesa técnica. O magistrado, apreciando a matéria, 
condenou o réu em 2 de setembro de 2002, ao cumprimento da pena mínima 
prevista pela prática do crime de furto descrito na denúncia. 
 
Intimado da Sentença, Pedro constituiu você como seu bastante procurador, 
para a competente interposição de recurso. Indique todos os pontos jurídicos 
que deverão ser atacados no competente recurso. Cite legislação, doutrina ou 
jurisprudência, para melhor fundamentar a resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
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EXAME DE ORDEM 2004.1 – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
 
 
1033 – DIREITO COMERCIAL E DE EMPRESA 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Fátima Oliveira firma com Banco S/A contrato de abertura de crédito rotativo. A 
instituição financeira exige que ela assine também, na qualidade de promitente, 
nota promissória no valor do limite de crédito oferecido, qual seja R$ 3.000,00 
 
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(três mil reais). 
 
Em determinado momento, Fátima torna-se inadimplente e o banco lhe oferece 
a possibilidade de firmar outro contrato, agora de Confissão de Dívida, para 
que os valores devidos sejam pagos em 24 parcelas mensais fixas. Fátima 
firma-o e nele fica expressa a origem da dívida. 
 
Ela novamente não consegue cumprir o estabelecido e torna-se inadimplente. 
Esgotadas as tentativas de cobrança extrajudicial, o banco ajuíza ação 
executiva, fundada exclusivamente no Contrato de Confissão de Dívida, 
juntando também a procuração e o contrato social e apresentando memória 
detalhada da dívida. 
 
 
A Ação de Execução tramita na 3ª Vara Cível de Florianópolis-SC, sob o nº 
023.04.001100-1. 
 
 
Fátima foi citada e no dia seguinte procura você. 
 
 
TAREFA: 
 
Com base nas informações acima, elabore a peça processual mais 
adequada aos interesses da executada, indicando a fundamentação legal, 
doutrinária e jurisprudencial e os documentos juntados. 
 
 
Qualificação das partes: 
 
 
- Fátima Oliveira - brasileira, casada, artesã, inscrita no CPF, sob o nº 
000.111.000-11, residente e domiciliada na Servidão Almirante, nº 12, 
Florianópolis/SC; 
- Banco S/A - CNPJ 11.000.111/0001-11, com endereço na Praça do Teatro, nº 
15, Florianópolis/SC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA I 
 
Bárbara Corrêa e Graziella Viana firmam contrato para constituição de uma 
sociedade limitada (BCGV Comércio de Vestuário Ltda.). Não o inscrevem na 
Junta Comercial ou em qualquer outroórgão de registro. Ainda assim, passam 
a desenvolver a atividade empresarial e adquirem bens necessários ao 
desenvolvimento da atividade. 
 
Em determinado momento, e em virtude da atividade desenvolvida, são 
contraídas obrigações que acabam não saldadas, e o credor opta pela 
cobrança judicial dos valores. 
 
 
As obrigações estão documentadas em contratos firmados pela sócia Bárbara 
Corrêa. 
 
 
Responda fundamentadamente, inclusive com base na legislação aplicável. 
 
 
PERGUNTAS: 
 
a) Quem pode residir no pólo passivo da ação judicial proposta pelo 
credor? 
b) O patrimônio particular das sócias está à disposição dos credores, 
para saldar as obrigações? 
c) Há possibilidade de os sócios indicarem patrimônio da sociedade, 
para responder pelas obrigações contraídas? 
 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA II 
 
Roberto Schmidt firmou contrato de arrendamento mercantil (leasing) com 
Arrendadora S/A, tendo como objeto um automóvel para uso pessoal, com o 
pagamento de 24 (vinte e quatro) parcelas que incluíam o valor residual 
garantido (VRG). 
 
A partir da 5ª (quinta) parcela, Roberto deixou de pagar as prestações e foi 
notificado extrajudicialmente pela arrendadora, para que adimplisse sua 
obrigação. 
 
 
Responda fundamentadamente, com base na doutrina e jurisprudência atual. 
 
 
PERGUNTAS: 
 
a) Admite-se o pagamento antecipado do valor residual, nos moldes 
colocados no enunciado? 
b) Que medida judicial deve ser adotada pela Arrendadora, em virtude 
do inadimplemento de Roberto? 
 
 
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1020 – DIREITO CIVIL 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Tião Gavião (brasileiro, casado, comerciante, CPF nº 000.000.000-00, 
residente e domiciliado na rua Caiaxá, 35 – Centro – São José – SC) é credor 
da importância de R$ 100.000,00 (cem mil reais) de Estelio Nato (brasileiro, 
casado, contador, CPF nº 111.111.111-11, residente e domiciliado na rua Jiboá 
Batera, 02 – Ataboão – São José – SC). 
 
Após conversarem chegaram a um acordo, firmando confissão de dívida 
particular, assinada por 2 testemunhas, pelo qual Estelio Nato reconhece ser 
devedor da importância acima, garantindo que pagará o valor em um prazo de 
10 dias, dando em garantia seu único imóvel, em que reside com sua esposa 
Maria Pacata Nato (brasileira, casada, do lar, CPF nº 222.222.222-22), sem, 
contudo, constar do instrumento a assinatura dela. 
 
O valor do imóvel é de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), sendo que os 
bens que o guarnecem totalizam o montante de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 
Estelio Nato é casado com Maria Pacata Nato sob o regime da comunhão 
universal de bens, tendo adquirido o imóvel e os bens que o guarnecem após o 
casamento. 
 
Decorrido o prazo sem o pagamento, não restou a Tião Gavião outra 
alternativa senão executar judicialmente Estelio Nato, requerendo a penhora da 
meação do referido imóvel, dado em garantia no contrato, ou seja, a penhora 
recaiu sobre 50% do imóvel, parcela que, por lei, é de propriedade de Estelio 
Nato. 
 
A ação de execução tramita perante a 2ª Vara Cível da Comarca de São José, 
com nº 6404000000.0. 
 
O Advogado de Tião Gavião argumentou que o novo Código Civil, em seu art. 
391, teria possibilitado a penhora de bem de família, já que não trazia mais em 
seu bojo as exceções previstas em lei, contempladas pelo art. 591 do Código 
de Processo Civil. Segundo a argumentação do causídico, o art. 591 do CPC 
estaria derrogado pelo Código Civil de 2002, não existindo mais exceções à 
responsabilidade do devedor, no que concerne aos seus bens. 
 
O juiz deferiu a penhora, que recaiu sobre 50% do imóvel e 50% dos bens que 
o guarneciam. 
 
 
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Sabendo da situação, Maria Pacata Nato procurou você, e lhe pediu que 
fossem tomadas as medidas cabíveis para liberação total da penhora. Disse, 
ainda, que passava por sérias dificuldades financeiras e que, para pagar contas 
em atraso, teria que vender seu forno de microondas urgentemente; logo, 
precisava de medida antecipatória para poder efetuar a venda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elabore a peça processual mais adequada ao caso, com o intuito de 
liberar o imóvel em sua totalidade da penhora, fundamentando na lei, 
doutrina e jurisprudência a inviabilidade dessa penhora, e requerendo, de 
forma antecipada, de acordo com a lei, medida para que seja liberada a 
venda do forno de microondas. 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA I 
 
João, viúvo, pai de 2 filhos, alcoólatra, em estado de embriaguez aliena um 
imóvel, por preço vil, durante jogo de cartas, uma vez que perdeu o jogo, e não 
tinha como pagar a dívida. 
 
Nessa data, seus filhos Pedro e Felipe contam com 10 e 12 anos de idade, 
respectivamente. 
 
O referido imóvel, único na família de João, foi adquirido 2 anos após o 
casamento com sua esposa, o qual se deu pelo regime da Comunhão Parcial 
de Bens, encontra-se registrado no Cartório de Registros de Imóveis em nome 
de João e de sua esposa já falecida, não tendo João providenciada a abertura 
de inventário. 
 
O companheiro de bar de João, que ganhou o imóvel, pretendendo fazer 
justiça, não o reivindica até que o filho mais novo de João complete 18 anos, 
quando o jovem é surpreendido por uma interpelação extrajudicial, exigindo a 
desocupação e entrega imediata do imóvel. 
 
Na época da alienação, João firmou, com seu companheiro de bar, contrato de 
doação, tendo-o assinado e falsificado a assinatura de sua falecida esposa. 
 
Considerando que todos os eventos jurídicos acima ocorreram sob a égide da 
Lei 10.406/2002 (Código Civil de 2002), justifique suas respostas com base na 
lei, doutrina e jurisprudência. 
 
 
PERGUNTAS: 
 
a) Na data da alienação perpetrada por João, a quem pertencia o direito de 
propriedade do imóvel? Responda explicando, e fundamentando no 
CC/2002, como se deu a sucessão. 
b) Munido do contrato de doação, pode o adversário de jogo de João 
satisfazer seu crédito de outra forma? Haveria alguma forma legal e 
lícita de o adversário obrigar João ao pagamento? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SITUAÇÃO-PROBLEMA II 
 
 
A ELETROTON, empresa que comercializa aparelhos de ar-condicionado em 
Florianópolis, efetua a venda de um modelo industrial a Paulo da Silva. 
 
O aparelho é entregue a Paulo, que firma com a ELETROTON contrato de 
compra e venda, com reserva de domínio, pelo qual pagará a importância de 
R$ 10.000,00 em 10 parcelas fixas de R$ 1.000,00, ficando garantida a 
propriedade do aparelho até o pagamento da última parcela. Dez notas 
promissórias são vinculadas ao contrato, no valor de R$ 1.000,00 cada. 
 
Paulo paga as 03 primeiras parcelas e, em virtude de dificuldades financeiras, 
e de não ter mais condições de pagar as vincendas,propõe à ELETROTON um 
novo acerto. 
 
As partes firmam uma confissão de dívida, ficando acertado que Paulo pagaria 
o saldo restante em 14 parcelas de R$ 500,00 cada, ficando vinculadas 14 
notas promissórias. Ambos os contratos prevêem juros e correção monetária 
legais, no caso de inadimplência. 
 
Ainda assim, Paulo fica impossibilitado de dar cumprimento ao acordo. 
Considerando que todos os eventos jurídicos acima ocorreram sob a égide da 
Lei 10.406/2002 (Código Civil de 2002), responda, justificando as respostas 
com base na lei, doutrina e jurisprudência: 
 
 
PERGUNTAS: 
 
a) Com a assinatura da confissão de dívida teria ocorrido a novação do 
contrato de compra e venda? 
b) Pedro, funcionário da empresa de Paulo, interessado em trabalhar com 
ar-condicionado, em virtude do calor, quita o saldo devedor com a 
empresa ELETROTON. Que efeitos gera essa quitação, em relação a 
Paulo? Que direitos são conferidos a Pedro? 
c) Paulo dispõe de maquinário em sua empresa, capaz de liquidar a dívida. 
A ELETROTON não aceita o maquinário. Paulo procura um advogado, 
que lhe sugere o ingresso de Ação de Dação em Pagamento. A 
ELETROTON é obrigada a aceitar o bem dado em pagamento para 
quitar a dívida? 
 
d) Decorridos 30 dias do vencimento da parcela, Paulo resolve efetuar o 
 
pagamento à ELETROTON, que dá recibo do valor pago com data 
 
atrasada. A ELETROTON terá sucesso, pleiteando os juros do período 
 
 
 
 
 
 
 
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Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Santa Catarina 
Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
EXAME DE ORDEM 2004.1 – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
 
 
1016 – DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
O Estado do Paraná promulgou lei de intervenção estatal no domínio 
econômico – Lei 10.248/ 93 tratando, especificamente, sobre a obrigação de 
pesagem, pelos estabelecimentos que comercializam GLP – Gás Liquefeito de 
Petróleo – à vista do consumidor, por ocasião da venda de cada botijão ou 
cilindro entregue e, também, do recolhido, com pagamento imediato, ao 
consumidor, de eventual diferença a menor do produto. 
 
 
Os seus principais artigos assim dispõem: 
 
Art. 1º É obrigatória a pesagem, pelos estabelecimentos que comercializarem 
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo, à vista do consumidor, por ocasião da venda 
de cada botijão ou cilindro entregue e também do recolhido, quando procedida 
a substituição. 
 
Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput desse artigo, os postos 
revendedores de GLP, bem como os veículos que procedam à distribuição em 
domicílio, deverão portar balança apropriada para essa finalidade. 
 
Art. 2º Verificada a diferença a menor, entre o conteúdo e a quantidade líquida 
especificada no botijão ou cilindro, o consumidor terá direito a receber, no ato 
do pagamento, abatimento proporcional ao preço do produto. 
 
Art. 3º Caso se constate sobra de gás na pesagem do botijão ou cilindro que 
esteja sendo substituído, o consumidor será ressarcido da importância 
correspondente através de compensação, no ato do pagamento do produto 
adquirido. 
 
Art 4º Os botijões ou cilindros, na forma do Código de Defesa do Consumidor, 
deverão conter especificação, em lugar visível, sobre o peso da embalagem e o 
peso líquido do produto envasilhado. 
 
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A Confederação Nacional do Comércio, inconformada com tal Lei, deseja um 
parecer jurídico sobre a questão direcionado ao apontamento das possíveis 
lesões de tal lei à Constituição Federal, bem como sua pertinência ou não, face 
ao Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078 de 11 de setembro de 1990). 
 
Formule um parecer conforme o requerido, considerando as regras e 
princípios constitucionais e infraconstitucionais a respeito de tal lei e 
indicando a medida judicial que poderia ser adotada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Execução OAB/SC Página 1 de 2 
 
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Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Santa Catarina 
Exame de Ordem – 2004.1 – Prova Prático-Profissional 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA I 
Determinada Autarquia da Administração Indireta Estadual possui terreno de 
sua propriedade, não edificado e, temporariamente, sem utilização (terreno 
baldio). O Poder Público municipal pretende sujeitar tal imóvel à incidência do 
IPTU (Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana). 
 
PERGUNTA: Existe embasamento constitucional para tal cobrança? Justifique 
a resposta. 
 
 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA II 
Determinada empresa multinacional, após vencer licitação visando travar 
posterior contrato de fornecimento de produtos de informática com o poder 
público federal, apresenta minuta de contrato administrativo de adesão, a ser 
firmado com o poder público, cabendo a este aceitar ou não, de forma plena, 
os termos do ajuste. O poder público aceitou tais termos. 
 
 
PERGUNTA: É juridicamente cabível tal contrato? Justifique.

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