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Objetivos: Apresentar os desenhos metodológicos das categorias clínicas; entender os conceitos da busca na literatura em saúde; avaliar criticamente a literatura científica. Buscar fontes científicas para buscar melhor conduta perante o paciente. A prática medica deve seguir o rigor do método científico e tem por finalidade promover a melhoria da assistência à saúde e do ensino. Produto de informação (Pesquisar) x Usuário da informação (Tomar uma decisão). Tomada de decisão clínica: Especificar um problema; acessar a informação, avaliar a informação; sintetizar a informação, resolver o cenário clínico. O estudante deve ser fluente em expressar as informações de saúde baseada em evidências Mais centrado no método de com conduzir a tomada de decisão do que concentrada em um caso clínico. Origem do SBE: Evoluiu da Medicina baseada em Evidências (MBE) Ponto de atrito: SBE x Medicina Tradicional Anteriormente era supervalorizado: Conhecimento da prática; vivência da experiência; conhecimento da fisiologia; bom raciocínio lógico; todas essas características anteriormente já eram suficientes para tomar uma decisão. Saúde Baseada em Evidências MBE: O método anterior continua sendo útil, mas não é suficiente agora. A “prática pura” não é necessariamente errada, mas não é completa para fornecer as bases e tomar as melhores decisões para os pacientes. Continuamente é preciso fiscalizar para não ficar restrito à prática e esquecer das evidências. Aplicabilidade: Capacidade de estar sempre atualizado, senso crítico para identificar a boa ciência; independência profissional diante de outros interesses além do bem do paciente; domínio da busca de informações. Localizando Informações: Google: Não é possível ler tudo nas pesquisas do Google; impossível identificar todos os resultados; não se pode confiar nos resultados; deve evitar a utilização do google. Traz informações superficiais - Não é uma base de dados, mas sim um repositório de informações – As buscas no Google não são consistentes, a maior parte das informações não são artigos científicos. Bases de dados: Local/servidor que hospeda informações, principalmente, artigos científicos. Os dados são catalogados e classificados de acordo com um critério claro. É importante buscar informação útil, importante e valiosa. MEDLINE: A mais importante fonte de informação em saúde – é gratuita e possui artigos e interface de navegação em inglês. LILACS: Base de dados disponíveis e três idiomas – português, inglês e espanhol. É uma base de literatura latino-americana e do Caribe em ciências da saúde. SCIELO: É um repositório de informações. Desenvolvido pela FAPESP – Não tem peso de base de dados. É uma biblioteca eletrônica cientifica online. Não respeita o processo de indexação Estratégia de busca: Mecanismo planejado para identificar todos os estudos mais relevantes e que podem responder uma pergunta específica. Existem três partes fundamentas: Definir a pergunta norteadora; Usar palavras chave ou rótulos específicos; inserir operadores Booleanos. Pergunta norteadora: Deve ser estruturada com todos os componentes necessários para a busca; existem acrônimos para estruturar uma pergunta de pesquisa; de início deve saber população alvo e o que está sendo investigado. Descritores: Padrão de linguagem; Termos utilizados para armazenar e catalogar os documentos em bases de dados; DeCS; Mesh. Operadores Booleanos: Termos utilizados para conectar os descritores e elaborar a estratégia de busca. AND – Recupera somente os registros que contém ambos os termos. OR – Recupera tanto o primeiro assunto quando o segundo. AND NOT – Evitar usar. Funciona por exclusão. ( ) - Ordena a pesquisa, quando utilizado mais de 1 operador de busca. Passos para estratégia de busca: Definir uma pergunta norteadora; listar as bases de dados; procurar os descritores; acrescentar os operadores booleanos; selecionar os estudos. Conhecimento Científico: Pesquisas produzidas; resultados divulgados em revistar científicas (artigos); a “comunidade cientifica” valida ou não a incorporação do conhecimento; produção de novas pesquisas corroborando ou refutando os resultados anteriores; reprodutibilidade. Artigo científico: Fomato de apresentação dos resultados (ou achados) oriundos de uma pesquisa, acrescidos de contextualização, justificativa, objetivos e métodos utilizados. Formato mais comum de divulgação cientifica. Ter uma “postura cientifica” não significa ter uma descrença/certezas, mas sim estar sempre com uma postura pragmática diante de um assunto. O maior princípio é a redução continua das incertezas. O paciente se beneficia disto. Componente brasileiro: Os pacientes procuram muito mais profissionais que estejam cheios de certezas do que incertezas. O melhor é sempre ser o profissional que é transparente e aparenta a realidade Em geral, delega a “experts” a responsabilidade da decisão. Buscar o caminho daquele que sempre está aberto às perguntas e em busca da melhor resposta. Entender que o conhecimento cientifico, isoladamente, não é capaz de responder a todas as perguntas. Desenhos de Estudo – Estudos Observacionais: Estudo Caso-controle: Um grupo de “doentes” (casos) comparado com um grupo de “sadios” (controle). Estudo de Coorte: Um ou mais grupos de pessoas acompanhados e avaliados após um determinado tempo. Caso controle: Compara os grupos quanto a uma exposição a um fator de risco no passado. Exposição: O grupo utilizou ou foi exposto a um determinado produto, hábito, atividade ou condição ambiental. Sempre começa sua pesquisa pelos “casos” e depois seleciona “controles que sejam apropriados para cada caso”. Sempre avalia a exposição retrospectivamente. Útil para doenças raras (novas) ou com longo período de latência. O caso controle sempre é retrospectivo. Ideal para doenças raras ou doenças novas. Vantagens: Estudo inicial para novas hipóteses; mais rápido e barato; possibilita estudar diversos fatores para uma única doença. Desvantagens: Dificuldade de obter os controles. Estudo de Coorte: Dois ou mais grupos de pessoas seguidas juntas em um período de tempo. Parte da exposição (2 grupos): Expostas e não expostas. Prospectivo ou retrospectivo. Análise posterior da incidência da doença. Avalia etiologia e fatores de risco. Vantagem: Ideal para incidência, etiologia e fator de risco (prospectivo). Desvantagens: Estudos caros, podem ser demorados. Não vale a pena no caso das doenças raras. Perdas durante o seguimento Diferenças: Caso-controle: Inicia com os casos e depois são selecionados os controles (pensar em doenças raras ou novas). P – Participante, paciente ou problema (situação clínica). I - Intervenção (algo novo a ser testado) C – Controle ou comparador (o que já está consagrado ou é utilizado na prática) O – Outcomer (Desfechos), critérios para afirmar o que é “melhor”. P - Participante, paciente ou problema (situação clínica) E - Exposição C - Controle ou comparador (o que já está consagrado ou é utilizado na prática) O - Outcomer (Desfechos), critérios para afirmar o que é “melhor”. Diferenças entre Incidência e Prevalência: Tanta incidência (incidência cumulativa) quanto prevalência são medidas de frequência de ocorrência de um determinado evento em uma determinada população em risco. A diferença crucial entre as medidas está no delineamento do estudo. No caso da incidência, conta-se o número de eventos novos (oriundo, por exemplo, de um estudo de coorte). Já para prevalência, conta-se o número de eventos existentes (em um estudo transversal, por exemplo). Incidência = n° de eventos novos entreos indivíduos observados / n° total de indivíduos observador. Prevalência = n° de eventos existentes entre os indivíduos observados / n° total de indivíduos observador Medidas de Associação: As medidas de associação baseadas em razões (RR e OR) fornecem dados sobre a força da associação entre o fator em estudo e o desfecho, permitindo que se faça um julgamento sobre uma relação de causalidade. Acurácia: A origem do termo está na palavra accuracy, da língua inglesa, mas foi na Física e Matemática que começou a ganhar força no Brasil, já que áreas passaram a falar em acurácia para definir a proximidade de um resultado experimental com o seu valor real, onde quanto maior a acurácia, mais autêntico é o resultado da experiência. Em sua aplicação na tecnologia, a acurácia também pode ser definida como a proximidade de um resultado experimental com o seu valor de referência real. Acurácia e precisão são diferentes: Embora possam ter significados parecidos e até mesmo serem utilizados muitas vezes como sinônimos, é muito importante deixar claro que são conceitos diferentes e que, para evitar eventuais equívocos, é importante ter clareza sobre as especificidades de cada um. A precisão é o grau de variação gerado por diferentes medições. Dessa forma, quanto mais preciso um processo, menor será a variação entre os valores obtidos. Já a acurácia é uma espécie de soma entre exatidão e precisão. Ou seja, na acurácia, os resultados obtidos por uma experiência, por exemplo, não apenas podem ser precisos, mas também precisam estar perto do valor de referência ou valor real usado como base. Importância da acurácia: Contar com altos índices de acurácia nos resultados de uma experiência, seja qual for o objetivo ao qual ela se propõe, é fundamental. Quando se fala em aplicação de tecnologia, mais ainda. Ao aplicar Inteligência Artificial e Machine Learning em soluções antifraude, por exemplo, é preciso trabalhar com nível altíssimo de acurácia, para garantir que bons consumidores estão protegidos e que as ações criminosas estão sob controle. Trabalhar com altos níveis de acurácia é ter a certeza de que os métodos utilizados para os processos têm resultados satisfatórios e que a aplicação da tecnologia é feita da maneira mais correta possível. Níveis de acurácia: A acurácia não é um conceito binário, onde simplesmente há ou não há acurácia. Existem níveis percentuais que ajudam a classificar se a acurácia de um processo ou modelo está satisfatória. Conheça os níveis e o que significam: Baixo: Quando o nível de acurácia fica entre 0% e 30%, pode-se dizer que ele é baixo. Com isso, há pouca ou nenhuma convicção de que os resultados obtidos são próximos do real. Pensando no combate a fraudes, por exemplo, quando se tem um nível baixo de acurácia, há um risco relativamente elevado, o que não é interessante para uma solução. Médio: Se a acurácia varia entre 30% e 70%, ela é considerada média. No exemplo citado acima, isso quer dizer que ela apresentaria um risco moderado de não apresentar resultados aceitáveis em relação aos valores de referência. Embora não seja o nível mais seguro de acurácia, alguns modelos de negócio com mais apetite ao risco podem entender que é aceitável trabalhar desta forma e simplesmente correr o risco. Alto: Nos casos em que o nível de acurácia varia entre 70% e 100%, pode-se considerar que há alta precisão dos resultados e baixo risco de erro, o que traz mais segurança para a tomada de decisão. Na verdade, quando a acurácia está acima dos 90%, o efeito prático é o de resultado comprovado, uma vez que a variação em relação ao valor real de referência é bem baixa. Quando a decisão não tem muito espaço para erro e o apetite ao risco não pode ser muito grande, trabalhar com elevados níveis de acurácia é o único caminho aceitável. ( Ponto de atrito: SBE x Medicina Tradicional Localizando Informações: Desenhos de Estudo – Estudos Observacionais: Diferenças: Caso-controle: Inicia com os casos e depois são selecionados os controles (pensar em doenças raras ou novas).
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