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Hemoparasitoses de Cães e Gatos Gabriela Lima Queiroz Medicina Veterinária - 6º Semestre Doenças Parasitárias de Cães e Gatos Doença: Em cães e gatos Etiologia Epidemiologia Sinais Clínicos Diagnóstico Controle e Prevenção Hepatozoonose canina Causada pelo protozoário Hepatozoon canis. Acomete principalmente os carnívoros domésticos. A transmissão para os cães ocorre após a ingestão de carrapatos contendo oocistos maduros. Seu principal vetor é o carrapato do cão Rhipicephalus sanguineus encontrado em regiões tropicais, subtropicais e temperadas do mundo todo, tornando potencial a distribuição mundial deste protozoário. Não são claramente definidos, pois são inespecíficos e similares àqueles vistos em outras doenças caninas comuns. Baseia-se principalmente na identificação dos gamontes dentro de neutrófilos, mas também de monócitos em esfregaços sanguíneos. O controle dos carrapatos é a melhor forma de prevenção. Cytauxzoonose felina Causada pelo protozoário Cytauxzoon felis. Acomete felídeos. Ocorre exclusivamente nos EUA, tendo como reservatório os linces, que adquirem o patógeno após serem picados pelo carrapato do cão americano (Dermatocentor variabilis). São inespecíficos. Os animais infectados geralmente apresentam anorexia, febre, letargia, dispnéia, depressão, hemoglobinúria, desidratação, icterícia, febre, anemia, sensibilidade à palpação da região abdominal e esplenomegalia. Esfregaço sanguíneo. Entretanto, apenas uma pequena quantidade de animais infectados apresentam parasitas circulantes e só são eritrócitos parasitados somente no estágio mais avançado da doença. O controle e a prevenção são realizados mantendo o controle de carrapatos e restringindo o acesso dos gatos, especialmente nos meses quentes do ano. Micoplasmoses/ Hemoplasmose Causadas por bactérias Mycoplasma transmitidas através da picada de pulgas (gatos) e pulgas e carrapatos (cães). Estritamente ligadas à presença dos seus vetores que são encontrados em regiões tropicais, subtropicais e temperadas do mundo todo, tornando potencial a distribuição mundial deste protozoário. Apatia, perda de peso, linfadenomegalia e mucosas hipocoradas. Associação entre os achados hematológicos (esfregaços sanguíneos) e os sinais clínicos. O controle dos vetores é a principal medida de prevenção desta enfermidade. Além de cuidados nos animais utilizados para reprodução e transfusões sanguíneas. Doença de Lyme em cães A.E.: Espiroquetas do gênero Borrelia, sendo transmitidas por meio do repasto sanguíneo de carrapatos, habitualmente do gênero Ixodes. As espécies responsáveis pela doença podem variar entre os continentes, assim como o carrapato transmissor. Acomete mamíferos domésticos, selvagens e seres humanos. Grande parte dos cães infectados com a doença de Lyme, quase não apresentam sinais. Os sinais inespecíficos na forma aguda incluem hipertermia, apatia, depressão, anorexia, linfadenomegalia, diarreia, conjuntivite, vômitos, córnea opaca e claudicação. A claudicação inicia-se, geralmente, no membro mais próximo à picada do carrapato. Deve ser feito com base no exame clínico, considerando dados epidemiológicos e exames laboratoriais, dentre eles a microscopia, cultura e isolamento bacteriano, histopatologia, imunohistoquímica, ensaio imunoenzimático indireto (ELISA), reação de imunofluorescência indireta (RIFI), Western blot e PCR. Feito através do controle de artrópodes vetores da bactéria e, em alguns países com maior incidência como os Estados Unidos, a vacinação dos animais. Rangeliose Causada pelo hemoprotozoário Rangelia vitalii. Acomete cães e é transmitida pela picada dos carrapatos ixodídeos, da espécie Amblyomma aureolatum. Acomete cães de qualquer raça, sexo e faixa etária, sendo mais comum em animais jovens de áreas rurais, cães caçadores e cães militares. É uma doença de ocorrência incomum em cães adultos. No Brasil, a doença ocorre em todas as estações do ano, sendo mais frequente no verão devido ao maior número de vetores. Anemia, icterícia, febre, esplenomegalia, linfadenomegalia, hemorragias no trato gastrointestinal e sangramentos persistentes na superfície auricular, cavidade nasal e oral. O diagnóstico clínico da rangeliose é baseado no histórico, sinais clínicos e achados hematológicos, seguido do uso de fármacos antiprotozoários. O controle de carrapatos é a principal medida de prevenção desta enfermidade.
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