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Aula 03
Engenharia Civil (Obras Hídricas) p/
Prefeitura de Abreu e Lima-PE
(Engenheiro Civil) - Pós-Edital
Autor:
Marcus Campiteli
Aula 03
7 de Março de 2020
09448719418 - Tays Maria Rosado de Souza Bovet
 
 
 
 
 
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Tratamento de Esgotos ...................................................................................................... 2 
1 – Introdução ................................................................................................................... 2 
2 – Unidades Construtivas ................................................................................................. 3 
3 – Projeto da Rede Coletora de Esgoto (NBR 9649) ........................................................... 3 
3.1 – Requisitos do Projeto ................................................................................................................ 6 
3.2 – Atividades para elaboração do Projeto .................................................................................... 8 
3.3 – Dimensionamento hidráulico ................................................................................................... 9 
3.4 – Disposições construtivas......................................................................................................... 10 
4 – Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário .............................................................. 11 
4.1 – Definições ............................................................................................................................... 11 
4.2 – Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)............................................................................... 13 
4.3 – Níveis de Tratamento de Esgotos Domésticos ....................................................................... 13 
4.4 – Unidades de uma ETE ............................................................................................................. 20 
5 – Questões Comentadas ............................................................................................... 22 
6 – Questões Apresentadas Nessa Aula ........................................................................... 45 
10 – Gabarito ................................................................................................................... 55 
11 – Referências Bibliográficas ......................................................................................... 56 
 
 
Marcus Campiteli
Aula 03
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TRATAMENTO DE ESGOTOS 
Olá pessoal, 
Nesta aula de Tratamento de Esgotos há o complemento do assunto de Saneamento incluindo a 
Coleta, o Tratamento e o Lançamento de Esgoto. 
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli 
Bons estudos! 
 
1 – INTRODUÇÃO 
O sistema de esgoto sanitário é o conjunto de obras e instalações destinadas a propiciar a coleta, 
afastamento, condicionamento (tratamento) e disposição final do esgoto sanitário de uma 
comunidade, de forma contínua e higienicamente segura. 
Adotam-se as seguintes definições: 
a) águas residuárias: despejos líquidos ou efluentes de comunidades. Compreendem o esgoto 
doméstico, os despejos industriais e as águas pluviais. 
b) águas imundas: águas residuárias que contêm dejetos (matéria fecal). 
c) águas servidas: efluentes que resultam das operações de limpeza e de lavagem. 
d) esgoto doméstico: despejos líquidos das habitações, estabelecimentos comerciais, instituições e 
edifícios públicos e também instalações sanitárias de estabelecimentos industriais. Incluem as 
águas imundas ou negras e as águas servidas. É resultante do uso da água na higiene e 
necessidades fisiológicas humanas. 
e) Despejos: refugos líquidos dos edifícios, excluídas as águas pluviais. 
f) Esgoto industrial: efluentes das operações industriais, ou seja, de água utilizada nos processos 
industriais. 
g) Água de infiltração: parcela das águas do subsolo que penetra nas canalizações de esgoto. 
h) Águas pluviais: parcela das águas das chuvas que escoa superficialmente. 
i) Contribuição pluvial parasitária: parcela das águas pluviais absorvida pela rede coletora de 
esgoto. 
j) Esgoto sanitário: despejo líquido constituído de esgotos domésticos e industrial, água de 
infiltração e contribuição pluvial parasitária. 
k) Sistema unitário de esgotamento: sistema de esgoto em que as águas pluviais e o esgoto 
sanitário escoam na mesma canalização. 
l) Sistema separador absoluto: compreende dois sistemas distintos de canalizações, um exclusivo 
para esgoto sanitário e outro destinado às águas pluviais (adotado no Brasil). 
Marcus Campiteli
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m) Sistema separador parcial ou sistema misto: também compreende dois sistemas de 
canalizações, porém, é considerada a introdução de uma parcela definida de águas pluviais nas 
canalizações de esgoto sanitário (águas pluviais que se originam em áreas pavimentadas internas, 
terraços e telhados de edifícios). 
2 – UNIDADES CONSTRUTIVAS 
Um sistema de esgoto sanitário compreende: 
- canalizações: coletores (secundários, principais e troncos), interceptores e emissários; 
- órgãos acessórios: poço de visita, tubo de inspeção e limpeza, terminal de limpeza, caixa de 
passagem, sifão invertido e passagem forçada; 
- estações elevatórias; 
- estações de tratamento; 
- obras de lançamento final e corpo receptor. 
Na concepção do sistema, a delimitação da área de planejamento, bem como de suas bacias 
contribuintes, deve obedecer às condições naturais do terreno, desconsiderando a divisão político-
administrativa. 
 
3 – PROJETO DA REDE COLETORA DE ESGOTO (NBR 9649) 
A NBR 9649 adota as seguintes definições: 
Ligação predial: Trecho do coletor predial compreendido entre o limite do terreno e o coletor de 
esgoto. 
Coletor predial: Canalização que conduz o esgoto sanitário dos edifícios até a rede de esgoto. 
Coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores 
prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento. 
Coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia. 
Coletor tronco: Tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros 
coletores. 
Corpo receptor: coleção de água ou solo que recebe o esgoto sanitário em estágio final. 
Emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante. 
Estações elevatórias: Instalações eletromecânicas e obras civis destinadas ao transporte do esgoto 
sanitário do poço de sucção das bombas ao nível de descarga do recalque. 
Rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais, coletores de esgoto, e seus órgãos 
acessórios. 
Marcus Campiteli
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Trecho: Segmento de coletor, coletor tronco, interceptor ou emissário, compreendido entre 
singularidades sucessivas; entende-se por singularidade qualquer órgão acessório, mudança de 
direção e variações de seção, de declividade e de vazão quando significativa. 
Órgãos acessórios: dispositivos fixos desprovidos de equipamentos mecânicos, construídos em 
pontos singulares da rede de esgoto. São eles: poço de visita, tubo de inspeção e limpeza, terminal 
de limpeza, caixa de passagem, sifão invertido e passagem forçada. 
Poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura existente em sua parte superior, 
destinada à execução de trabalhos demanutenção. 
Tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável que permite inspeção e introdução de 
equipamentos de limpeza. 
Terminal de limpeza (TL): Dispositivo que permite introdução de equipamentos de limpeza, 
localizado na cabeceira de qualquer coletor. 
Caixa de passagem (CP): Câmara sem acesso localizada em pontos singulares por necessidade 
construtiva. 
Sifão invertido: Trecho rebaixado com escoamento sob pressão, cuja finalidade é transpor 
obstáculos, depressões do terreno ou cursos d’água. 
Passagem forçada: Trecho com escoamento sob pressão, sem rebaixamento. 
Profundidade: Diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz inferior interna do 
coletor. 
Recobrimento: Diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz superior externa do 
coletor. 
Tubo de queda: Dispositivo instalado no poço de visita (PV), ligando um coletor afluente ao fundo 
do poço. 
Coeficiente de retorno: Relação média entre os volumes de esgoto produzido e de água 
efetivamente consumida. 
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Sistema Convencional de Esgoto. 
EEE – Estação Elevatória de Esgoto 
Fonte: Sandro Filippo (IME) 
Marcus Campiteli
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3.1 – REQUISITOS DO PROJETO 
O levantamento planialtimétrico da área de projeto e de suas zonas de expansão deve ser 
apresentado em escala mínima de 1:2000, com curvas de nível de metro em metro e pontos 
cotados onde necessários. 
A planta topográfica deve indicar, pelo menos, o arruamento, as curvas de nível, as cotas de 
pontos característicos (cruzamentos de ruas), os talvegues, a rede existente eventual, os cursos 
d’água ou outros locais de descarga do esgoto coletado e as interferências ao caminhamento dos 
coletores, tais como adutoras e galerias. 
A planta deve ser apresentada com escala mínima de 1:10000, onde estejam representadas em 
conjunto as áreas das bacias de esgotamento de interesse para o projeto. 
Dave haver o levantamento de obstáculos superficiais e subterrâneos nos logradouros onde, 
provavelmente, deve ser traçada a rede coletora, assim como o levantamento cadastral da rede 
existente. 
Deve-se realizar sondagens de reconhecimento para determinação da natureza do terreno e dos 
níveis do lençol freático. 
a) Traçados da Rede 
O traçado da rede de esgotos está diretamente relacionado à topografia da cidade, uma vez que o 
escoamento se processa segundo o caimento do terreno. 
Para definição do traçado da rede coletora, primeiramente, identificam-se os divisores de água e 
os talvegues. Com isso, loca-se o ponto de lançamento final dos esgotos na planta. Em seguida, 
locam-se os condutos principais, canalizações interceptoras e emissárias, focando a redução das 
dimensões às menores possíveis, em todos os níveis. 
Definida essa concepção geral do projeto, parte-se para o projeto dos coletores secundários. A 
princípio, todas as ruas deverão possuir coletores de esgotos. Com isso, o traçado de uma rede 
terá forma similar ao das vias públicas, em combinação com a topografia, geologia e hidrologia da 
área. 
O traçado, de acordo com a sua forma, classifica-se em: perpendicular, leque, interceptor, zonal ou 
distrital e radial. 
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Fonte: Sandro Filippo (IME) 
 
- Traçado perpendicular: é indicado para cidades atravessadas ou circundadas por cursos de água 
e compõe-se de vários coletores-tronco independentes, com traçado mais ou menos perpendicular 
ao curso de água. Um interceptor marginal deverá receber esses coletores, levando os efluentes ao 
destino adequado. A conformação topográfica acarreta a existência de diversos coletores 
principais, aproximadamente perpendiculares ao interceptor. 
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- Traçado em leque: é próprio para terrenos acidentados. Os coletores troncos correm pelos 
fundos dos vales ou pela parte baixa das bacias e nele incidem os coletores secundários, com um 
traçado em forma de leque ou fazendo lembrar uma espinha de peixe. 
- Traçado radial ou distrital: é característico de cidades planas. A cidade é dividida em distritos ou 
setores independentes; em cada um criam-se pontos baixos, para onde são dirigidos os esgotos. 
Dos pontos baixos, o esgoto é recalcado, ou para o distrito vizinho, ou para o destino final. 
 
3.2 – ATIVIDADES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO 
a) Delimitação das bacias e sub-bacias de esgotamento cujas contribuições podem influir no 
dimensionamento da rede, inclusive as zonas de expansão previstas, desconsiderando os limites 
políticos administrativos. 
b) Delimitação da área do projeto. 
c) Fixação do início de operação da rede e determinação do alcance do projeto e respectivas 
etapas de implantação para as diversas bacias de esgotamento. 
d) Cálculo das taxas de contribuição inicial e final 
e) Traçado da rede, interligações com a rede existente, se prevista sua utilização, e posição dos 
outros componentes do sistema em relação à rede. 
f) Verificação da capacidade da rede existente, se prevista sua utilização. 
g) Dimensionamento hidráulico da rede e seus órgãos acessórios. 
h) Desenho da rede coletora e de seus órgãos acessórios. Devem ser localizadas em planta as 
contribuições industriais e outras contribuições singulares. 
i) Relatório de apresentação do projeto contendo no mínimo: 
- apreciação comparativa em relação às diretrizes da concepção básica; 
- cálculo hidráulico; 
- aspectos construtivos; 
- definição dos tubos, materiais e respectivas quantidades; 
- especificações de serviços; 
- orçamentos; 
- aspectos de operação e manutenção; 
- desenhos. 
 
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3.3 – DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO 
Os coletores, interceptores e emissários são projetados para funcionar como condutos livres. 
Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões inicial e final (Qi e Qf). 
Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com validade estatística, recomenda-se como a 
menor valor de vazão 1,5 L/s em qualquer trecho, que corresponde ao pico instantâneo 
decorrente de descarga do vaso sanitário. 
Os diâmetros a empregar devem ser os previstos nas normas e especificações brasileiras relativas 
aos diversos materiais, o menor não sendo inferior a DN 100. 
A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à mínima admissível e nem 
superior à máxima calculada segundo o critério dos parágrafos seguintes. 
Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor mínimo σt = 1,0 Pa, 
calculada para vazão inicial (Qi), para coeficiente de Manning n = 0,013. A declividade mínima que 
satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão aproximada: Iomín. = 0,0055.Qi - 0,47, 
sendo Iomín. em m/m e Qi em L/s. 
Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de tensão trativa média e declividade 
mínima a adotar devem ser justificados. 
A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha velocidadefinal = 5 m/s, a fim de 
evitar erosão da tubulação. 
Quando a velocidade final é superior à velocidade crítica, a maior lâmina admissível deve ser 
reduzida para 50% do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho. Isso decorre da 
possibilidade de emulsão de ar no líquido, aumentando a área molhada no conduto. 
A velocidade crítica é definida por: vc = 6 (g.RH)
1/2 ,onde g = aceleração da gravidade e RH = raio 
hidráulico. 
As lâminas d’água devem ser sempre calculadas admitindo o escoamento em regime uniforme e 
permanente, sendo o seu valor máximo, para vazão final (Qf), ≤ a 75% do diâmetro do coletor 
(lâmina de água máxima igual a 0,75.do). 
A parte superior dos condutos destina-se à ventilação do sistema e às imprevisões e flutuações 
excepcionais de nível. 
A declividade da linha de energia equivale à declividade do conduto e é igual à perda de carga 
unitária. 
Sempre que a cota do nível d’água na saída de qualquer PV ou TIL está acima de qualquer das 
cotas dos níveis d’água de entrada, deve ser verificada a influência do remanso no trecho de 
montante. 
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3.4 – DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS 
Devem ser construídos poços de visita (PV) em todos os pontos singulares da rede coletora, tais 
como no início de coletores, nas mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e de material, 
na reunião de coletores e onde há degraus. 
Garantidas as condições de acesso de equipamento para limpeza do trecho a jusante, pode ser 
usada caixa de passagem (CP) em substituição a poço de visita (PV), nas mudanças de direção, 
declividade, material e diâmetro, quando possível a supressão de degrau. 
As caixas de passagem (CP) podem ser substituídas por conexões nas mudanças de direção e 
declividade, quando as deflexões coincidem com as dessas peças. 
As posições das caixas de passagem (CP) e das conexões utilizadas devem ser obrigatoriamente 
cadastradas. 
Terminal de limpeza (TL) pode ser usado em substituição a poço de visita (PV) no início de 
coletores. 
Tubo de inspeção e limpeza (TIL) pode ser usado em substituição a poço de visita (PV), nos casos 
previstos acima e nos seguintes casos: 
a) na reunião de até dois trechos ao coletor (três entradas e uma saída); 
b) nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m; 
c) a jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problema de manutenção. 
O Poço de Visita (PV) deve ser obrigatoriamente usado nos seguintes casos: 
a) na reunião de mais de dois trechos ao coletor; 
b) na reunião que exige colocação de tubo de queda; 
c) nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas; 
d) nos casos previstos anteriormente quando a profundidade for maior ou igual a 3,00 m. 
O Tubo de Queda deve ser colocado quando o coletor afluente apresentar degrau com altura 
maior ou igual a 0,50 m. 
As dimensões dos poços de visita (PV) devem se ater aos seguintes limites: 
a) tampão: diâmetro mínimo de 0,60m; 
b) câmara: dimensão mínima em planta de 0,80 m. 
A distância entre PV, TIL ou TL consecutivos deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos de 
desobstrução. 
O fundo de PV, TIL e CP deve ser constituído de calhas destinadas a guiar os fluxos afluentes em 
direção à saída. Lateralmente, as calhas devem ter altura coincidindo com a geratriz superior do 
tubo de saída. 
O recobrimento não deve ser inferior a 0,90 m para coletor assentado no leito da via de tráfego, ou 
a 0,65 m para coletor assentado no passeio. Recobrimento menor deve ser justificado. 
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A rede coletora não deve ser aprofundada para atendimento de economia com cota de soleira 
abaixo do nível da rua. Nos casos de atendimento considerado necessário, devem ser feitas 
análises da conveniência do aprofundamento, considerados seus efeitos nos trechos subsequentes 
e comparando-se com outras soluções. 
 
4 – ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO 
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é o conjunto de unidades de tratamento, equipamentos, 
órgãos auxiliares, acessórios e sistemas de utilidades, cuja finalidade é a redução das cargas 
poluidoras do esgoto sanitário e condicionamento da matéria residual resultante do tratamento. 
Os principais componentes que devem ser retirados dos esgotos sanitários são os sólidos 
suspensos, os compostos orgânicos biodegradáveis e os organismos patogênicos. Outros 
componentes a serem removidos são os nutrientes (nitrogênio e fósforo), os orgânicos refratários, 
os metais pesados e os sólidos dissolvidos inorgânicos. 
Os compostos orgânicos biodegradáveis reduzem a concentração de oxigênio dissolvido na água 
devido à ação de degradação desses compostos por microorganismos. Os compostos orgânicos 
biodegradáveis são medidos pela Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO e Demanda Química de 
Oxigênio - DQO. 
Consideram-se os seguintes níveis de tratamento de esgotos domésticos: preliminar, primário, 
secundário e terciário. 
4.1 – DEFINIÇÕES 
Acessório (válvulas, comportas, medidores): Dispositivo mecânico de regulagem, distribuição, 
interrupção ou medição do fluxo. 
Altura mínima de água: Altura da lâmina de líquido contido em uma unidade de tratamento, 
medida a partir da superfície livre até o final do paramento vertical das paredes laterais, quando a 
unidade opera com sua vazão de dimensionamento. 
Eficiência do tratamento: Redução percentual dos parâmetros de carga poluidora promovida pelo 
tratamento. 
Fator de carga: Relação entre a massa de demanda bioquímica de oxigênio (DBO5), fornecida por 
dia ao processo de lodos ativados e a massa de sólidos em suspensão (SS), contida no tanque de 
aeração. 
Idade do lodo ou detenção celular: Tempo médio, em dias, de permanência no processo de uma 
partícula em suspensão; numericamente igual à relação entre a massa de sólidos em suspensão 
voláteis (SSV) ou SS, contida no tanque de aeração, e a massa de SSV (ou SS), descartada por dia 
com o excesso de lodo. 
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Lodo: Suspensão aquosa de substâncias minerais e orgânicas separadas no processo de 
tratamento. 
Lodo biológico: Lodo produzido em um processo de tratamento biológico. 
Lodo estabilizado: Lodo não sujeito à putrefação. 
Lodo misto: Mistura de lodo primário e lodo biológico. 
Lodo primário: Lodo resultante da remoção de sólidos em suspensão do esgoto afluente à ETE. 
Lodo seco: Lodo resultante de uma operação de desidratação. 
Operação unitária: Procedimento de que resulta transformação física do esgoto ou da matéria 
residual resultante do tratamento. 
Órgão auxiliar (canais, caixas, vertedores, tubulações): Dispositivo fixo no qual flui esgoto 
sanitário ou lodo. 
Processo unitário: Procedimento de que resulta transformação química ou biológica do esgoto ou 
da matéria residual resultante do tratamento. 
Processo de tratamento: Conjunto de técnicas aplicadas em uma ETE, compreendendo operações 
unitárias e processos unitários. 
Relação alimento x microorganismos: Relação entre a massa de DBO5, fornecida por dia ao 
processo de lodos ativados e a massa de SSV, contida no tanque de aeração. 
Relação de recirculação: Relação entre a vazão de recirculação e a vazão média afluente à ETE. 
Sistema de utilidade (água potável, combate a incêndio, distribuição de energia, drenagem 
pluvial): Instalação permanente que supre necessidade acessóriaindispensável à operação da ETE. 
Taxa de aplicação hidráulica: Relação entre a vazão afluente a uma unidade de tratamento e a 
área horizontal sobre a qual é distribuída. 
Taxa de aplicação de sólidos: Relação entre a massa de sólidos em suspensão introduzida numa 
unidade de tratamento e a área sobre a qual é aplicada, por unidade de tempo. 
Taxa de escoamento superficial: Relação entre a vazão do efluente líquido de uma unidade de 
tratamento e a área horizontal sobre a qual é distribuída. 
Taxa de utilização de substrato: Relação entre a massa de DBO5, removida por dia no processo, e 
a massa de SSV, contida no tanque de aeração. 
Tempo de detenção hidráulica: Relação entre o volume útil de uma unidade de tratamento e a 
vazão afluente. 
Unidade de tratamento: Qualquer das partes de uma ETE cuja função seja a realização de 
operação unitária ou processo unitário. 
Vazão máxima afluente à ETE: Vazão final de esgoto sanitário encaminhada à ETE, avaliada 
conforme critérios da NBR 9649 e NBR 12207. 
Vazão média afluente à ETE: Vazão final de esgoto sanitário encaminhada à ETE, avaliada 
conforme critérios da NBR 9649 e NBR 12207, desprezada a variabilidade do fluxo (k1 e k2). 
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Vazão de recirculação: Vazão que retorna de jusante para montante de qualquer unidade de 
tratamento. 
4.2 – DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO) 
A DBO é um índice de concentração de matéria orgânica presente em um volume de água e, por 
consequência, um indicativo de seus efeitos na poluição. A DBO mede a quantidade de oxigênio 
necessária para estabilizar biologicamente, por bactérias aeróbicas, a matéria orgânica presente 
em um volume de água. 
Nos esgotos são encontrados os seguintes tipos de bactérias: aeróbias, anaeróbias e facultativas. 
As bactérias aeróbias são as que retiram o oxigênio contido no ar, seja diretamente da atmosfera, 
seja do ar dissolvido na água. Essa ação bacteriana é chamada oxidação ou decomposição aeróbia. 
A matéria orgânica, sob a ação dessas bactérias, é transformada em alimento para as mesmas, 
processando-se ações bioquímicas com a formação de produtos estáveis. 
As bactérias anaeróbias retiram o ar que necessitam não do ar, mas através de ações sobre 
compostos orgânicos ou inorgânicos que contêm oxigênio, retirando-o de suas moléculas. Esse 
processo denomina-se putrefação ou decomposição anaeróbia. 
As bactérias facultativas podem viver tanto em meios dos quais possam retirar o oxigênio, como 
retirá-lo de substâncias que o contêm. 
Portanto, as bactérias aeróbias oxidam compostos nitrogenados e carbonados transformando-os 
em compostos estáveis. Sem oxigênio, não há condições para a estabilização da matéria orgânica 
existente no esgoto. Essa necessidade de oxigênio para atender ao metabolismo das bactérias e a 
transformação da matéria orgânica denomina-se Demanda Bioquímica de Oxigênio. 
A determinação de DBO realiza-se medindo a quantidade de oxigênio consumida em uma amostra 
do líquido a 20ºC, durante cinco dias (DBO5,20ºC). 
Por exemplo, se a DBO5,20ºC = 320 mg/litro ou 320 ppm, significa dizer que os esgotos considerados 
na temperatura de 20ºC retiram 320 mg de oxigênio por litro. 
Nos esgotos domésticos a DBO5,20ºC varia entre 100 a 300 mg/L. Quando o tratamento é eficiente, a 
redução pode situar a DBO5,20ºC entre 20 e 30 mg/L. 
O grau de tratamento ou a eficiência do tratamento é a relação pode ser expressa 
percentualmente entre a DBO5,20ºC após e antes do tratamento do esgoto bruto. 
4.3 – NÍVEIS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DOMÉSTICOS 
a) Tratamento Preliminar 
Destina-se à remoção de sólidos grosseiros, detritos minerais (areia), materiais flutuantes, óleos e 
graxas para proteção das unidades de tratamento, equipamentos e tubulações subsequentes. 
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Os principais dispositivos empregados no tratamento preliminar são: grades, caixas de areia, 
tanques para remoção de sólidos flutuantes e tanques para remoção de óleos e graxas. 
O gradeamento destina-se a reter sólidos grosseiros em suspensão e corpos flutuantes, 
constituindo-se na primeira unidade de uma ETE. As grades podem ser: 
- simples: de limpeza manual, para pequenas instalações; 
- mecanizadas: de limpeza mecânica, para grandes instalações. 
As caixas de areia ou desarenadores são unidades destinadas a reter areia e outros detritos 
minerais inertes e pesados. 
A remoção de gorduras e sólidos flutuantes visa eliminar óleos, graxas, gorduras, ceras e outros 
materiais de densidade inferior à da água, oriundos de esgotos domésticos, postos de gasolina, 
garagens e pequenos estabelecimentos industriais. Essas substâncias também são denominadas de 
sólidos flutuantes, escuma ou gorduras. 
Os principais dispositivos para remoção de gorduras e sólidos flutuantes são: 
- caixas de gordura domiciliares ou coletivas: antes do lançamento na rede coletora; 
- separador de óleo: indústrias e postos de gasolina; 
- dispositivos de remoção de gordura em decantadores: adaptados nos decantadores (tratamento 
primário em geral), que permitem recolher o material flutuante em depósitos projetados para o 
encaminhamento posterior às unidades de tratamento de lodo; 
- tanques aerados: dispositivos que insuflam ar comprimido ao tanque, ou ar dissolvido, com o fim 
de auxiliar a flotação e aumentar a eficiência do processo. 
b) Tratamento Primário 
Removem as impurezas sedimentares, sólidos em suspensão e cerca de 40% da demanda 
bioquímica de oxigênio. Esses tratamentos realizam-se nas estações depuradoras de esgotos e 
compreendem: 
- tratamentos preliminares (grades, caixas de areia e desarenadores); 
- decantação primária (sedimentação); 
- digestão de lodo, anaeróbia ou aeróbia; 
- secagem do lodo; 
- remoção e destinação do lodo. 
Os dispositivos mais empregados nas ETE de médias e grandes vazões são os decantadores 
primários, empregados para remoção de sólidos sedimentáveis antes de qualquer tratamento 
biológico, ou para evitar a formação de depósitos de lodo nos corpos receptadores quando não há 
tratamento posterior. 
Nos decantadores primários ocorre a sedimentação floculenta, em que as partículas em pequena 
concentração formam partículas maiores e a velocidade de sedimentação cresce com o tempo. 
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Nesses decantadores são removidos entre 40% a 60% dos sólidos em suspensão (SS) e reduz-se de 
25 a 35% da DBO. 
Comumente existem dispositivos para remover a gordura e a escuma não removidos no 
tratamento preliminar. A escuma normalmente vai para um poço de escuma e daí para os 
digestores. O lodo acumulado é removido diretamente para os digestores ou para adensadores de 
lodo, por bombeamento. 
Os decantadores podem ser classificados: 
- pela forma: circular ou retangular; 
- pelo fundo: pouco inclinado, inclinado (1 a 4%) ou fundo de poço; 
- pelo sistema de remoção de lodos: mecanizado ou de limpeza manual; 
- pelo sentido do fluxo: horizontal ou vertical. 
 
Fonte: Sandro Fillipo (IME) 
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Fonte: <www.bishenambiental.com.br> 
A taxa de escoamento superficial, medida em m3/m2.dia, é oelemento mais importante para o 
dimensionamento dos decantadores. Taxas muito elevadas resultam em pequeno % de redução da 
DBO e de sólidos suspensos enquanto taxas baixas resultam em decantadores antieconômicos. 
Para pequenas vazões, adotam-se as fossas sépticas e os tanques Imhoff. Os sólidos sedimentáveis 
são removidos para o fundo, permanecendo alguns meses, período suficiente para a sua 
estabilização. 
 
 
 
Fossa séptica. Fonte: <www.tigre.com.br> 
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Funcionamento da Fossa Séptica 
Fonte: NBR 7229 
 
 
Tanques Imhoff. Fonte: < www.techuniversal.es> 
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c) Tratamento Secundário 
Também denominado de Tratamento Biológico, compreende a remoção de matéria orgânica por 
atividade biológica através de: 
- processo biológico aeróbio (oxidação); 
- processo de lodos ativados; 
- decantação secundária ou final; 
- valos de oxidação; 
- lagoas de decantação; 
- discos rotativos. 
Consegue-se uma redução na taxa de coliformes de até 96% e na DBO de até 98%, de acordo com 
o sistema empregado. 
Os processos biológicos baseiam-se na ação bacteriológica sobre a matéria orgânica dos esgotos 
sanitários, que leva à sua estabilização e formação de lodos imputrescíveis. 
A unidade típica de tratamento secundário envolve um processo biológico aeróbio seguido de 
decantação secundária, conforme a seguir: 
 
Fonte: Sandro Filippo (IME) 
 
As unidades de tratamento biológico são constituídas de dispositivos denominados reatores. Os 
reatores mais empregados nas ETEs são: Lodo Ativado e Filtro Biológico. 
Nos reatores ocorre a transformação da matéria orgânica em novos produtos pela ação das 
bactérias. Necessita-se de um ambiente adequado para as bactérias, tais como: disponibilidade de 
oxigênio livre, concentração adequada de nutrientes, temperatura e pH. 
Por fim, serão produzidos flocos biológicos, que serão agregados a impurezas em suspensão. Esses 
flocos serão retirados nos decantadores secundários, também denominados decantadores finais, 
formando, então, o lodo secundário. 
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c.1) Filtro Biológico 
No interior da unidade há um meio de enchimento, que pode ser de pedra britada, anel plástico ou 
colmeia plástica, onde se fixam os microorganismos responsáveis pela transformação da matéria 
orgânica. 
O processo é caracterizado pela alimentação e percolação contínua de esgoto através do meio 
suporte. A continuidade da passagem dos esgotos nos interstícios promove o crescimento e a 
aderência da massa biológica na superfície do meio suporte. Esta aderência é favorecida pela 
predominância de colônias gelatinosas, denominadas de zoogleas, mantendo suficiente período de 
contato da biomassa com o esgoto. 
É necessário a colocação de decantador secundário após o filtro biológico, pois a biomassa 
agregada ao material de enchimento se desprende com o tempo, devido ao próprio aumento na 
espessura da camada biológica e também à ação do líquido sobre a camada. 
 
Fonte: <www.revistatae.com.br> 
 
Os Filtros Biológicos classificam-se em função da carga aplicada, conforme a seguir: 
- Filtros Grosseiros: cargas hidráulicas elevadas > 30 m3/m2.dia; 
- Filtros de Alta Capacidade: carga entre 8,5 e 28 m3/m2.dia; 
- Filtros de Baixa Capacidade: carga entre 0,8 e 2,2 m3/m2.dia. 
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c.2) Lodos Ativados 
 São flocos formados pelo crescimento de bactérias e outros organismos na presença de 
oxigênio dissolvido no líquido a tratar. 
 O processo de lodos ativados é biológico. 
 O esgoto afluente e o lodo ativado são intimamente misturados, agitados e aerados, para, 
em seguida, serem separados no decantador secundário. O lodo ativado separado é recirculado no 
tanque de aeração para a manutenção da concentração de microorganismos. 
 O excesso de lodo é retirado para tratamento específico e destino final, enquanto o esgoto 
já tratado (efluente sobrenadante) passa para o vertedor do decantador no qual ocorreu a 
separação. A aeração pode ser por agitação mecânica (aeradores de superfície), dispersão de ar ou 
combinação dos 2 sistemas. 
 
Fonte: <www.revistatae.com.br> 
d) Tratamento Terciário 
 São tratamentos para situações especiais, que se destinam a completar o tratamento 
secundário sempre que as condições locais exigirem um grau de depuração excepcionalmente 
elevado (devido aos usos e reusos das águas receptoras) e também para os casos em que seja 
necessária a remoção de nutrientes dos efluentes finais, para evitar a proliferação de algas no 
corpo de água receptor (fenômeno da eutroficação). 
 Os principais processos empregados para Tratamento Terciário são: 
 - Lagoas de Maturação: refinamento do tratamento prévio por lagoa de estabilização, com a 
finalidade de reduzir bactérias, sólidos dissolvidos, nutrientes etc. 
 - Desinfecção: através da cloração, ozonização, radiação ultravioleta etc. 
 - Processos de Remoção de Nutrientes. 
 - Filtração Final. 
4.4 – UNIDADES DE UMA ETE 
Uma ETE de média e grande vazão costuma apresentar as seguintes unidades: 
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a) Tratamento da fase líquida: Grade, Caixas de Areia, Medidor de Vazão, Decantador Primário, 
Unidade de Tratamento Biológico (Lodo Ativado ou Filtro Biológico), Decantador Secundário, e 
Desinfecção. 
 
 
Fonte: <www.sabesp.com.br> 
 
b) Tratamento da fase sólida: Adensador de Lodos, Digestor Anaeróbio de Lodos, Unidade de 
Secagem de Lodos e Destino Final de Lodos. 
 
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5 – QUESTÕES COMENTADAS 
(MPU/2013 - Cespe) 
Julgue os itens seguintes, relativos aos sistemas, métodos e processos de saneamento urbano 
e rural. 
1. 96 – 
O tratamento de esgoto domiciliar inclui as seguintes etapas de tratamento: preliminar, 
primário, secundário e terciário. 
Comentários 
Exato, consideram-se os seguintes níveis de tratamento de esgotos domésticos: preliminar, 
primário, secundário e terciário. 
Torna-se oportuno trazer descrições sobre os níveis de tratamento da SAAE (2006), que considerei 
bem objetivos para a abordagem das bancas: 
- Tratamento Preliminar - remoção de grandes sólidos e areia para proteger as demais unidades 
de tratamento, os dispositivos de transporte (bombas e tubulações) e os corpos receptores. A 
remoção da areia previne, ainda, a ocorrência de abrasão nos equipamentos e tubulações e facilita 
o transporte dos líquidos. É feita com o uso de grades que impedem a passagem de trapos, papéis, 
pedaços de madeira etc; caixas de areia, para retenção deste material; e tanques de flutuação 
para retirada de óleos e graxas em casos de esgoto industrial com alto teor destas substâncias. 
- Tratamento Primário -os esgotos ainda contêm sólidos em suspensão não grosseiros cuja 
remoção pode ser feita em unidades de sedimentação, reduzindo a matéria orgânica contida no 
efluente. Os sólidos sedimentáveis e flutuantes são retirados através de mecanismos físicos. Os 
esgotos fluem vagarosamente, permitindo que os sólidos em suspensão de maior densidade 
sedimentem gradualmente no fundo, formando o lodo primário bruto. Os materiais flutuantes 
como graxas e óleos, de menor densidade, são removidos na superfície. A eliminação média do 
DBO é de 30%. 
- Tratamento Secundário - processa, principalmente, a remoção de sólidos e de matéria orgânica 
não sedimentável e, eventualmente, nutrientes como nitrogênio e fósforo. Após as fases primária 
e secundária a eliminação de DBO deve alcançar 90%. É a etapa de remoção biológica dos 
poluentes e sua eficiência permite produzir um efluente em conformidade com o padrão de 
lançamento previsto na legislação ambiental. Basicamente, são reproduzidos os fenômenos 
naturais de estabilização da matéria orgânica que ocorrem no corpo receptor, sendo que a 
diferença está na maior velocidade do processo, na necessidade de utilização de uma área menor e 
na evolução do tratamento em condições controladas. 
- Tratamento Terciário - remoção de poluentes tóxicos ou não biodegradáveis ou eliminação 
adicional de poluentes não degradados na fase secundária. 
Gabarito: Correta 
 
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2. 97 – 
 Os sistemas individuais, adotados normalmente para o atendimento unifamiliar, são 
constituídos por uma fossa séptica e um dispositivo de infiltração no solo, que pode ser um 
poço negro ou outro dispositivo de irrigação sub-superficial. 
Comentários 
Exato, o poço negro é denominado sumidouro. 
De acordo com Macintyre, o efluente de fossas sépticas poderá ser disposto: 
- no solo, por irrigação subsuperficial, por valas de infiltração; 
- no solo, por infiltração subterrânea, por sumidouros; 
- diretamente em águas de superfície, por diluição; 
- em valas de filtração, antes do lançamento em águas de superfície; 
- em filtros anaeróbios. 
De acordo com o mesmo autor, a irrigação subsuperficial, feita através de valas de infiltração, 
constitui a melhor forma de disposição quando: 
- se dispuser de áreas adequadas; 
- o solo for suficientemente permeável. 
Gabarito: Correta 
3. 98 – 
Reator anaeróbio é um sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria 
orgânica é realizada predominantemente por processos de fermentação anaeróbia, 
imediatamente abaixo da superfície, não existindo oxigênio dissolvido. 
Comentários 
Fonte: <http://saaeara.com.br> 
Pessoal, essa descrição corresponde à Lagoa Anaeróbia, em que a estabilização da matéria 
orgânica é realizada predominantemente por processos de fermentação anaeróbia, 
imediatamente abaixo da superfície, não existindo oxigênio dissolvido. 
Seguem as demais descrições no documento da SAAE (2006): 
- Lagoa Aerada: lagoa de tratamento de água residuária, em que a aeração mecânica ou por ar 
difuso é usada para suprir a maior parte do oxigênio necessário. 
- Lagoa Aeróbia: a estabilização da matéria orgânica ocorre quando existe equilíbrio entre a 
oxidação e a fotossíntese, para garantir condições aeróbias em todo o meio. 
- Lagoa de Maturação: processo de tratamento biológico usado como refinamento do tratamento 
prévio por lagoas, ou outro processo biológico. Reduz bactérias, sólidos em suspensão, nutrientes 
e uma parcela negligenciável da demanda bioquímica de oxigênio (DBO). 
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- Lagos Facultativa: sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica 
ocorre em duas camadas, sendo a superior aeróbia e a inferior anaeróbia, simultaneamente. 
- Lagoa Mista: conjunto de lagoas anaeróbias e aeróbias, dispostas em uma determinada ordem, 
com o objetivo de reduzir o tamanho do sistema. 
- Lodo Ativado: sistema de tratamento no qual os flocos de lodo recirculam com alta concentração 
de bactérias, acelerando o processo de digestão da matéria orgânica. 
- Reator Anaeróbio: sistema de tratamento fechado onde se processa a digestão do esgoto, sem a 
presença de oxigênio. 
- Filtro Biológico: sistema de tratamento no qual o esgoto passa por um leito de material de 
enchimento recoberto com microorganismos e ar, acelerando o processo de digestão da matéria 
orgânica. 
- Valo de Oxidação: reator biológico aeróbio de formato característico, que pode ser utilizado para 
qualquer variante do processo de lodos ativados ou comporte um reator em mistura completa. 
Gabarito: Errada 
(FUB/2016 – Cespe/Cebraspe) 
A figura seguinte mostra, esquematicamente, sistemas de esgotamento sanitário. 
 
Considerando que se pretenda escolher um sistema de esgotamento sanitário adequado para 
uma região com elevada densidade demográfica, alto índice pluviométrico ao longo de todo o 
ano e lençol freático a 0,6 m da superfície do solo, julgue os seguintes itens. 
4. 105 – 
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No sistema unitário, ocorrem, com frequência, ligações clandestinas prejudiciais que lançam 
esgoto no sistema de águas pluviais e águas de chuva no sistema de esgoto sanitário. 
Comentários 
Conforme vimos na aula, o sistema unitário de esgotamento é o sistema de esgoto em que as 
águas pluviais e o esgoto sanitário escoam na mesma canalização. 
Portanto, o lançamento de esgoto e de águas pluviais ocorre no mesmo sistema. 
Gabarito: Errada 
5. 106 – 
Na situação apresentada, os sistemas individuais não são adequados: eles são indicados para 
atendimento unifamiliar e funcionam adequadamente apenas se houver baixa densidade 
demográfica e se o lençol freático estiver a uma profundidade que evite o risco de 
contaminação. 
Comentários 
Exato, os sistemas individuais não são adequados à região apresentada no comando da questão, 
pois apresenta características opostas às requisitadas pelos sistemas individuais. 
Gabarito: Correta 
6. 107 – 
Para atender à referida região, o sistema unitário, também denominado combinado, é 
indicado e economicamente viável: as canalizações coletam e conduzem as águas residuárias 
juntamente com as águas pluviais, e as estações de tratamento conseguem tratar toda a 
vazão de águas residuárias e águas pluviais geradas pelas chuvas. 
Comentários 
A elevada vazão decorrente da totalidade do volume de água transportada pela canalização, em 
decorrência do alto índice pluviométrico, torna inviável o tratamento da vazão total. 
Gabarito: Errada 
7. 108 – 
A melhor opção para o esgotamento sanitário dessa região é o sistema separador: as águas 
pluviais são lançadas em vários pontos do corpo receptor — geralmente cursos d’água — e o 
efluente tratado é lançado em pontos específicos após as estações de tratamento de esgotos, 
o que permite reduzir o diâmetro das tubulações separadas de águas pluviais e esgotos. 
Comentários 
Exato, conforme vimos no item anterior, as características descritas da região indicam o sistema 
separador absoluto como o sistema mais viável. 
Gabarito: Correta 
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8. (94 - TCE-PR/2016– Cespe) 
Nos sistemas de tratamento de esgotos sanitários, o tratamento terciário do esgoto 
A) transforma o nitrogênio e, em consequência, melhora a qualidade do efluente. 
Comentário: Tratamento Terciário 
B) remove a maior fração da DBO do material tratado. 
Comentário: Tratamento Secundário 
C) facilita o tratamento biológico do material. 
Comentário: Tratamento Primário 
D) protege as bombas e os demais dispositivos utilizados no sistema. 
Comentário: Tratamento Preliminar 
E) digere os sólidos retidos no material. 
Comentário: Tratamento Secundário 
Segue outra explicação sobre os níveis de tratamento do esgoto, da autora Daiana Cheis, no sitio < 
http://www.revistatae.com.br/7454-noticias>, que ajuda nesta questão: 
- Tratamento preliminar: que é quando o esgoto é sujeito aos processos de separação dos sólidos 
mais grosseiros tais como o gradeamento. 
- Tratamento primário: onde a matéria poluente é separada da água por sedimentação nos 
sedimentadores primários. 
- Tratamento secundário: consiste num processo biológico, do tipo lodo ativado ou do tipo filtro 
biológico, onde a matéria orgânica (poluente) é consumida por microrganismos nos chamados 
reatores biológicos. 
- Tratamento terciário: antes do lançamento final no corpo receptor, é necessário proceder à 
desinfecção das águas residuais tratadas para a remoção dos organismos patogênicos ou, em casos 
especiais, a remoção de determinados nutrientes, como o nitrogênio (azoto) e o fósforo, que 
podem potenciar, isoladamente e/ou em conjunto, a eutrofização das águas receptoras. 
- Remoção de nutrientes: Águas residuárias podem conter altos níveis de nutrientes como 
nitrogênio e fósforo. A emissão em excesso pode levar ao acúmulo de nutrientes, fenômeno 
chamado de eutrofização, que encoraja o crescimento excessivo (chamado bloom) de algas e 
cianobactérias (algas azuis). 
- Desinfecção: das águas residuais tratadas objetiva a remoção dos organismos patogênicos. 
Gabarito: A 
9. (34 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) 
O sistema de coleta de esgoto de determinado município é do tipo separador absoluto. Esse 
sistema tem como característica a(o) 
(A) separação do sistema de coleta de esgoto sanitário do de águas pluviais 
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(B) separação na coleta de águas servidas provenientes de banheiros das provenientes de 
cozinhas 
(C) separação na coleta de águas servidas provenientes de vasos sanitários das provenientes 
de lavatórios e chuveiros 
(D) tratamento de todo o esgoto, antes de seu lançamento em cursos d’água 
(E) uso de telas, para a retenção das partículas sólidas presentes no esgoto 
Comentários 
De acordo com a NBR 8160, vista na Aula de Instalações Hidrossanitárias, o sistema predial de 
esgoto sanitário deve ser separador absoluto em relação ao sistema predial de águas pluviais, ou 
seja, não deve existir nenhuma ligação entre os dois sistemas. 
Gabarito: A 
(TCU/2005 - CESPE) 
Um sistema de esgoto sanitário abrange desde o conjunto de canalizações que recebem os 
esgotos junto aos domicílios até as instalações destinadas à depuração desses esgotos antes 
do lançamento. Para o bom funcionamento desse sistema, condições especiais quanto ao 
uso, ao regime hidráulico e aos materiais e equipamentos devem ser atendidas. A respeito do 
sistema de esgoto sanitário, julgue os itens a seguir. 
10. 194 – 
No sistema separador absoluto, são transportadas águas residuárias domésticas e industriais 
e águas de infiltração. 
Comentários 
O sistema separador absoluto compreende dois sistemas distintos de canalizações, um exclusivo 
para esgoto sanitário e outro destinado às águas pluviais. 
O esgoto sanitário é o despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de 
infiltração e contribuição pluvial parasitária. 
A contribuição pluvial parasitária é a parcela das águas pluviais absorvida pela rede coletora de 
esgotos. 
Gabarito: Correta 
11. 195 – 
Para permitir o acesso de pessoas para manutenção, tubo de inspeção e limpeza (TIL) e poço 
de inspeção (PI) são empregados em substituição ao poço de visita. 
Comentários 
De acordo com Azevedo Neto (1998), o TIL ou o PI é um dispositivo não visitável que permite 
inspeção visual e introdução de equipamentos de limpeza. 
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O Poço de Visita (PV) é uma câmara visitável através de abertura existente em sua parte superior, 
destinada à execução de trabalhos de manutenção. 
Gabarito: Errada 
12. 197 – 
Para dimensionamento hidráulico de interceptores, considera-se a possibilidade de seu 
funcionamento como conduto livre ou como conduto forçado. 
Comentários 
Os coletores, interceptores e emissários são projetados para funcionar como condutos livres. 
Gabarito: Errada 
13. (85 – TCM-BA/2018 – Cespe/Cebraspe) 
Nas redes de esgoto, o dispositivo não visitável que permite a inspeção visual e a introdução 
de equipamentos de limpeza, podendo ser construído nas reuniões de coletores (até três 
entradas e uma saída), quando não há degraus que exigem tubos de queda, é denominado 
Comentários: 
Conforme vimos na aula, de acordo com a NBR 9649: 
A) caixa de passagem. 
Câmara sem acesso localizada em pontos singulares por necessidade construtiva. 
B) poço de visita. 
Câmara visitável através de abertura existente em sua parte superior, destinada à execução de 
trabalhos de manutenção. 
C) tubo de inspeção e limpeza. 
Dispositivo não visitável que permite inspeção e introdução de equipamentos de limpeza. 
Pode ser usado em substituição a poço de visita (PV), nos casos previstos para ele (em todos os 
pontos singulares da rede coletora, tais como no início de coletores, nas mudanças de direção, de 
declividade, de diâmetro e de material, na reunião de coletores e onde há degraus) e nos seguintes 
casos: 
a) na reunião de até dois trechos ao coletor (três entradas e uma saída); 
b) nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m; 
c) a jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problema de manutenção. 
D) terminal de limpeza. 
Dispositivo que permite introdução de equipamentos de limpeza, localizado na cabeceira de 
qualquer coletor. 
E) sifão invertido. 
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Trecho rebaixado com escoamento sob pressão, cuja finalidade é transpor obstáculos, depressões 
do terreno ou cursos d’água. 
Gabarito: C 
14. (50 – Transpetro/2011 – Cesgranrio) 
Em projetos de saneamento, que nome é dado à tubulação que recebe esgoto 
exclusivamente na extremidade de montante? 
Comentários 
De acordo com a NBR 9649 – Projeto da Rede Coletora de Esgoto, vista na Aula de Instalações 
Hidrossanitárias: 
(A) Emissário 
Emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante. 
(B) Coletor principal 
Coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia. 
(C) Coletor tronco 
Coletor tronco: Tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros 
coletores. 
(D) Coletor de esgoto 
Coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores 
prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento. 
(E) Rede coletora 
Rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais, coletores de esgoto, e seus órgãos 
acessórios. 
Gabarito: A 
15. (45 – CNMP/2015 – FCC) 
Sobre aspartes constituintes dos sistemas de esgotos sanitários, as estações elevatórias são 
(A) canalizações principais, de maior diâmetro, que recebem os efluentes de vários coletores 
de esgotos, conduzindo-os a um interceptor e emissário. 
Coletor tronco 
(B) instalações eletromecânicas destinadas a elevar os esgotos sanitários, com o objetivo de 
evitar o aprofundamento excessivo das canalizações, proporcionar a transposição de sub-
bacias, entre outros. 
De acordo com a NBR 9649, as Estações Elevatórias são instalações eletromecânicas e obras civis 
destinadas ao transporte do esgoto sanitário do poço de sucção das bombas ao nível de descarga 
do recalque. 
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Gabarito: Correta 
(C) canalizações rebaixadas que funcionam sob pressão, destinadas à travessia de canais e 
obstáculos. 
Sifão Invertido 
(D) câmaras de inspeção que possibilitam o acesso de funcionários do serviço, bem como a 
introdução de equipamentos de limpeza. 
Poço de visita (PV) 
(E) canalizações que conduzem os esgotos sanitários dos edifícios. 
Coletor predial 
Gabarito: B 
(TCE-RN/2015 - Cespe) 
No que se refere aos sistemas de esgotamento sanitário, julgue os itens a seguir. 
16. 87 – 
Projetos de redes de esgoto devem considerar a possibilidade de autolimpeza, que ocorre em 
função da tensão trativa, que é a componente tangencial do peso do líquido sobre a unidade 
de área da parede do coletor, atuando sobre o material sedimentado, promovendo seu 
arraste, desde que presente a associação de uma velocidade mínima com uma mínima 
relação de enchimento da seção do tubo. 
Comentários 
De acordo com Azevedo Neto (1998), a grandeza física que promove o arraste de matéria 
sedimentável é a tensão trativa, que atua junto à parede da tubulação na parcela correspondente 
ao perímetro molhado. 
A tensão trativa, ou tensão de arraste, nada mais é do que a componente tangencial do peso do 
líquido sobre a unidade de área da parede do coletor e que atua, portanto, sobre o material aí 
sedimentado, promovendo o seu arraste. 
Pesquisas indicam que nos coletores de esgoto os valores de tensão trativa crítica para promover a 
autolimpeza se situam entre 1 e 2 Pa. 
A norma NBR 9649 prevê o seguinte: 
"5.1.3 A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à mínima admissível 
calculada de acordo com 5.1.4 e nem superior à máxima calculada segundo o critério de 5.1.5. 
5.1.4 Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor mínimo σt = 
1,0 Pa, calculada para vazão inicial (Qi), para coeficiente de Manning n = 0,013. A declividade 
mínima que satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão aproximada: 
Iomín. = 0,0055 Qi 
-0,47 sendo Iomín. em m/m e Qi em L/s 
5.1.4.1 Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de tensão trativa média e 
declividade mínima a adotar devem ser justificados. 
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5.1.5 A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha vf = 5 m/s. 
5.1.5.1 Quando a velocidade final vf é superior a velocidade crítica vc, a maior lâmina admissível 
deve ser 50 % do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho; a velocidade crítica 
é definida por: 
vc = 6 (g.RH)
1/2 onde g = aceleração da gravidade 
5.1.6 As lâminas d’água devem ser sempre calculadas admitindo o escoamento em regime 
uniforme e permanente, sendo o seu valor máximo, para vazão final (Qf), igual ou inferior a 75 % 
do diâmetro do coletor." 
Gabarito: Correta 
17. 88 – 
No Brasil, adota-se o sistema de separador absoluto, destinado a coletar e transportar águas 
residuárias domésticas e industriais, veiculado em sistema independente, não sendo admitida 
a introdução de águas de outras origens como águas de infiltração e águas pluviais. 
Comentários 
O sistema separador absoluto compreende dois sistemas distintos de canalizações, um exclusivo 
para esgoto sanitário e outro destinado às águas pluviais. 
Portanto, no sistema separador absoluto são admitidas as águas pluviais, desde que em 
canalização independente. 
Na canalização de esgoto sanitário, deve-se prever a condução das águas de infiltração. 
Gabarito: Errada 
18. (70 – FUB/2016 – Cespe/Cebraspe) 
No Brasil, utiliza-se o sistema misto para a rede pública de esgoto, com canalização própria 
para as águas de esgoto, mas com condutos instalados dentro das galerias de águas pluviais. 
Comentários 
Conforme Azevedo Netto (1998), no Brasil, adota-se o sistema separador absoluto. 
Gabarito: Errada 
19. (81 – ABIN/2018 – Cespe/Cebraspe) 
Nas redes de esgoto, quanto maior a tensão trativa, menor a possibilidade de se formar 
película de limo nas paredes da tubulação, reduzindo-se, assim, a produção de sulfetos. 
Comentários 
Exato, conforme vimos na questão anterior, de acordo com Azevedo Neto (1998), a grandeza física 
que promove o arraste de matéria sedimentável é a tensão trativa, que atua junto à parede da 
tubulação na parcela correspondente ao perímetro molhado. 
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De acordo com o mesmo autor, a adoção de tensão trativa de 1,5 Pa, superior ao indicado pela 
norma, justifica-se não só pela grandeza das vazões (para a mesma tensão trativa a declividade 
decresce com o crescimento da vazão), mas também pela ação do fluxo sobre a película de limo 
aderente às paredes do conduto, que é responsável pela geração de sulfetos. 
Gabarito: Correta 
(TCE-SC/2016 - Cespe) 
Ao receber uma obra de rede coletora de esgotos, o responsável pela fiscalização observou 
que o trecho entre os poços de visita (PVs) 25 e 29 de um coletor tronco apresentava os 
seguintes dados cadastrais. 
 
Para o cálculo do volume de escavação, adotou-se como critério considerar uma seção 
retangular em toda a rede, com largura equivalente a quatro vezes o diâmetro da tubulação, 
e com altura equivalente à diferença entre a cota do terreno e a cota inferior do coletor. 
Com base na situação hipotética e na tabela apresentadas, julgue os itens que se seguem. 
20. 97 – 
No trecho da rede compreendido entre os PVs 25 e 26, o volume de escavação a ser medido 
na obra é de 262 m³. 
Comentários 
A profundidade da escavação é de (101,235 - 99,135) = 2,1 m à montante e de (100,925 - 98,825) = 
2,1 m à jusante. 
A extensão deste trecho é de 62 m e a largura é de 4 x 0,3 = 1,2 m. Logo, o volume a ser escavado 
é de 62 x 1,2 x 2,1 = 156,24 m3. 
Portanto, o volume a ser escavado entre os PVs 25 e 26 é de 156,24 m3. 
Gabarito: Errada 
21. 98 – 
A declividade invertida do trecho 27–28 não prejudicará o escoamento dos esgotos desde 
que a declividade média de todo o coletor tronco proporcione a tensão trativa necessária. 
Comentários 
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Conforme vimos anteriormente, a tensão trativa, ou tensão de arraste, nada mais é do que a 
componente tangencial do peso do líquido sobre a unidade de área da parede do coletor e que 
atua, portanto, sobre o material aí sedimentado, promovendo o seu arraste. 
O escoamento do esgoto da declividade invertida depende da pressão atuante na entrada do 
trecho, que, em m.c.a., subtraídadas perdas no trecho, deve ser superior à cota do tubo na saída 
do trecho. 
Considerando que, em regra, o esgoto escoa sob pressão atmosférica, já que não se recomenda 
que a vazão ultrapasse 75 % do diâmetro do coletor, não se vislumbra a previsão de declividade 
invertida. 
Gabarito: Errada 
22. (91 - FUB/2015 – Cespe) 
Os coletores de esgoto devem ser projetados para trabalhar como dutos fechados. 
Comentários 
Os coletores, interceptores e emissários são projetados para funcionar como condutos livres. 
Contudo, eles devem ser fechados para conter os odores e demais possíveis contaminções. 
Gabarito: Correta 
23. (88 - ABIN/2010 – Cespe) 
Na rede de coleta convencional de esgotos sanitários, os coletores primários são tubulações 
que podem receber e transportar contribuições de esgoto de ligações prediais e de coletores 
secundários. 
Comentários 
De acordo com a NBR 9649 - Projetos de Redes de Esgoto, a Rede Coletora é o conjunto 
constituído por ligações prediais, coletores de esgoto, e seus órgãos acessórios. 
Os coletores prediais conduzem o esgoto sanitário dos edifícios até a rede de esgoto. 
A ligação predial é o trecho do coletor predial compreendido entre o limite do terreno e o coletor 
de esgoto. 
A norma não faz menção a coletores primários e secundários. 
Contudo, na literatura consta que a Rede Coletora é composta de coletores secundários, que 
recebem diretamente as ligações prediais e os coletores tronco ou coletores primários, que 
conduzem o esgoto a um emissário ou a um interceptor. 
Os Coletores Secundários recebem contribuição de esgoto sanitário das ligações prediais em 
qualquer ponto de sua extensão e normalmente, são instalados no passeio com pequeno diâmetro 
e extensão 
Os Coletores Primários são tubulações que podem receber e transportar contribuições de esgoto 
de ligações prediais e de coletores secundários. 
Gabarito: Correta 
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24. (34 – CEF/2012 – Cesgranrio) 
Ao executar uma rede coletora de esgoto sanitário, o engenheiro observou que determinado 
trecho da rede sob o passeio (calçada) ficou com recobrimento de 70 cm. Consultando a NBR 
9649:1986 (Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário - Procedimento), ele concluiu que 
(A) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é de 80 cm. 
(B) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é de 90 cm. 
(C) teria de refazer o serviço, pois o recobrimento mínimo é de 100 cm. 
(D) deveria ser feita uma justificativa, pois esse recobrimento está menor que o permitido. 
(E) está de acordo com a norma, considerando-se o local onde a rede se localiza. 
Comentários 
De acordo com a NBR 9649, o recobrimento não deve ser inferior a 0,90 m para coletor assentado 
no leito da via de tráfego, ou a 0,65 m para coletor assentado no passeio. Recobrimento menor 
deve ser justificado. 
Gabarito: E 
25. (120 - MPOG/2012 - Cespe) 
No dimensionamento da rede coletora de esgoto, o coeficiente de retorno equivale à relação 
volumétrica entre o esgoto recolhido e o consumo de água. 
Comentários 
De acordo com a NBR 9649, o coeficiente de retorno é a relação média entre o volume de esgotos 
produzido e o volume de água efetivamente fornecido à população. 
Gabarito: Correta 
26. (101 - TCE-SC/2016 – Cespe/Cebraspe) 
A contribuição per capita de esgotos sanitários é desproporcional ao consumo per capita de 
água, já que a rede coletora, os interceptores e os emissários estão sujeitos a infiltrações ou a 
outros fatores que aumentem a vazão coletada. 
Comentários 
Conforme acabamos de ver, a norma NBR 9649 considera para o dimensionamento da rede 
coletora de esgoto o coeficiente de retorno, que representa a relação média entre os volumes de 
esgoto produzido e de água efetivamente consumida, ou seja, a contribuição per capita de esgotos 
sanitários é proporcional ao consumo per capita de água. 
Gabarito: Errada 
27. (90 - FUB/2015 – Cespe) 
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O cálculo da rede coletora de esgoto deve ser executado de jusante para montante, 
obedecendo ao dimensionamento prévio da estação de tratamento de esgoto. 
Comentários: O cálculo da rede coletora ocorre de montante para jusante, pois a vazão de cada 
trecho depende da contribuição à montante. A ETE localiza-se ao final da rede coletora, logo, o seu 
dimensionamento depende do cálculo da contribuição total da rede estimada. 
Gabarito: Errada 
 
 
(Perito PF/2012 – Cespe) 
A figura acima representa um trecho de rede coletora de esgotos de um município e a 
condução dessa rede até a estação de tratamento de esgotos (ETE). O tratamento realizado 
nessa ETE ocorre pelo processo de lodos ativados. Todos os trechos apresentados no 
esquema trabalham como condutos livres, por gravidade, com a vazão afluente máxima de 
200 L/s. Nessa ocasião, o trecho (a), de diâmetro de 250 mm, trabalha a meia seção. Com 
base nessas informações, julgue os itens a seguir. 
28. 81 – 
Enquanto no reator aerado ocorrerão reações bioquímicas de remoção da matéria orgânica, 
no decantador secundário dessa ETE ocorrerá a sedimentação dos sólidos, permitindo a 
clarificação do efluente. 
Comentários 
O processo descrito trata-se do Tratamento Secundário, também denominado Tratamento 
Biológico, que compreende a remoção de matéria orgânica por atividade biológica. 
A unidade típica de tratamento secundário envolve um processo biológico aeróbio seguido de 
decantação secundária. 
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As unidades de tratamento biológico são constituídas de dispositivos denominados reatores, onde 
ocorre a transformação da matéria orgânica em novos produtos pela ação das bactérias. Necessita-
se de um ambiente adequado para as bactérias, tais como: disponibilidade de oxigênio livre, 
concentração adequada de nutrientes, temperatura e pH. 
Por fim, serão produzidos flocos biológicos, que serão agregados a impurezas em suspensão. Esses 
flocos serão retirados nos decantadores secundários, também denominados decantadores finais, 
formando, então, o lodo secundário. 
Gabarito: Correta 
29. 83 – 
O trecho (a), denominado emissário, recebe contribuição na sua extremidade de montante. 
Comentários 
Conforme vimos, o Emissário é constituído por tubulação que recebe esgoto exclusivamente na 
extremidade de montante. 
 Gabarito: Correta 
 
(TCU/2011 – Cespe) 
A primeira etapa do projeto de um sistema de tratamento de esgotos consiste na 
caracterização dos esgotos que serão encaminhados à estação depuradora. Nesse sentido, a 
figura acima mostra um hidrograma típico da vazão de esgotos em determinada comunidade, 
concentrada em condomínio horizontal, composto por 20 unidades habitacionais, com média 
de 4 moradores por domicílio. O tratamento dos esgotos será feito por meio de um ou mais 
tanques sépticos. Com relação a esse projeto, julgue os próximos itens. 
30. 175 – 
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A taxa de acumulação total de lodo no sistema de tanques sépticos dessa comunidade 
dependerá do volume de lodo digerido e em digestão, das temperaturas ambiente e do 
intervalo entre as operações de limpeza dostanques. 
Comentários 
De acordo com a NBR 7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos, a 
taxa de acumulação de lodo é o número de dias de acumulação de lodo fresco equivalente ao 
volume de lodo digerido a ser armazenado no tanque, considerando redução de volume de quatro 
vezes para o lodo digerido. 
E a taxa de acumulação total de lodo, em dias, é obtida em função de: 
- volumes de lodo digerido e em digestão, produzidos por cada usuário, em litros; 
- faixas de temperatura ambiente (média do mês mais frio, em graus Celsius); 
- intervalo entre limpezas, em anos. 
O lodo fresco é lodo instável, em início de processo de digestão. 
O lodo digerido é o lodo estabilizado por processo de digestão. 
Gabarito: Correta 
31. 176 – 
A partir da figura mostrada, é correto afirmar que as flutuações dos esgotos produzidos ao 
longo do dia são típicas de padrão do tipo habitação-dormitório, em que os indivíduos se 
ausentam durante o período diurno e só comparecem a sua residência no período noturno. 
Comentários 
O gráfico mostra o oposto, vazões mínimas no período noturno e vazões máximas durante o dia. 
Gabarito: Errada 
32. 177 – 
Para fins de quantificação da contribuição de dejetos líquidos produzidos por essa 
comunidade, para o projeto do sistema de tanques sépticos, deve ser considerada a vazão de 
20 × 4 × 0,2 × C, em que C representa o consumo diário de água dessa comunidade. 
Comentários 
De acordo com a NBR 9649, o coeficiente de retorno é a relação média entre o volume de esgotos 
produzido e o volume de água efetivamente fornecido à população, cujo valor é de 0,8 na falta de 
valores medidos em campo. 
Portanto, a vazão seria de 20 x 4 x 0,8 x C. 
Gabarito: Errada 
33. (101 - TCE-SC/2016 - Cespe) 
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A contribuição per capita de esgotos sanitários é desproporcional ao consumo per capita de 
água, já que a rede coletora, os interceptores e os emissários estão sujeitos a infiltrações ou a 
outros fatores que aumentem a vazão coletada. 
Comentários 
As vazões para dimensionamento dos trechos de uma rede coletora são compostas por três 
parcelas: 
- contribuições devido ao esgoto doméstico; 
- contribuições concentradas (esgoto industrial, áreas de expansão futura etc.); 
- contribuição de águas de infiltração. 
Conforme vimos na questão anterior, a vazão de contribuição de esgotos sanitários é proporcional 
ao consumo per capita de água e inferior a este. Esta seria a primeira parcela enumerada acima. 
A parcela de contribuição de águas de infiltração diferencia-se da parcela de contribuição de 
esgotos sanitários. Na falta de dados, a NBR 9649 recomenda a utilização de taxa de infiltração 
entre 0,05 a 1,00 L/s.km. 
Gabarito: Errada 
34. (92 - FUB/2015 – Cespe) 
O processo da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) tem como uma das vantagens, em 
relação a outros métodos, a possibilidade de levar à identificação da presença de matéria 
orgânica não biodegradável. 
Comentários 
Os compostos orgânicos biodegradáveis é que são medidos pela DBO. 
Gabarito: Errada 
35. 90 – 
No sistema de lodos ativados, o decantador secundário tem por finalidade separar a 
biomassa que consumiu a matéria orgânica do efluente, a qual permanece como 
sobrenadante na superfície do decantador, permitindo o descarte do efluente tratado pelo 
fundo do decantador. 
Comentários 
Fonte: <http://www.casan.com.br> 
O sistema de lodos ativados trata-se de um processo biológico onde o esgoto afluente, na presença 
de oxigênio dissolvido, agitação mecânica e pelo crescimento e atuação de microorganismos 
específicos, forma flocos denominados lodo ativado ou lodo biológico. Essa fase do tratamento 
objetiva a remoção de matéria orgânica biodegradável presente nos esgotos. Após essa etapa, a 
fase sólida é separada da fase líquida em outra unidade operacional denominada decantador. O 
lodo ativado separado retorna para o processo ou é retirado para tratamento específico ou destino 
final. 
Marcus Campiteli
Aula 03
Engenharia Civil (Obras Hídricas) p/ Prefeitura de Abreu e Lima-PE (Engenheiro Civil) - Pós-Edital
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56 
 
 
Nos decantadores, os flocos formados nos tanques de aeração se sedimentam e são 
encaminhados para recirculação ou descarte do excesso. 
Gabarito: Errada 
36. 92 – 
As lagoas de maturação, responsáveis pelo tratamento primário dos esgotos, são 
dimensionadas para receber cargas orgânicas elevadas, o que impede a existência de 
oxigênio dissolvido no meio. 
Comentários 
Conforme vimos, os principais processos empregados para Tratamento Terciário são: 
- Lagoas de Maturação: refinamento do tratamento prévio por lagoa de estabilização, com a 
finalidade de reduzir bactérias, sólidos dissolvidos, nutrientes etc. 
- Desinfecção: através da cloração, ozonização, radiação ultravioleta etc. 
- Processos de Remoção de Nutrientes. 
- Filtração Final. 
A Lagoa de Maturação é um tipo de lagoa de estabilização, assim como as lagoas anaeróbias, 
facultativas e estritamente aeróbias. 
 
Fonte: <www.sabesp.com.br> 
Tipos de Lagos de Estabilização: 
- Lagoa facultativa – Tem de 1,5 a 3 metros de profundidade. O termo "facultativo" refere-se à 
mistura de condições aeróbias e anaeróbias (com e sem oxigenação). Em lagoas facultativas, as 
condições aeróbias são mantidas nas camadas superiores das águas, enquanto as condições 
anaeróbias predominam em camadas próximas ao fundo da lagoa. 
Embora parte do oxigênio necessário para manter as camadas superiores aeróbias seja fornecido 
pelo ambiente externo, a maior parte vem da fotossíntese das algas, que crescem naturalmente 
em águas com grandes quantidades de nutrientes e energia da luz solar. 
As bactérias que vivem nas lagoas utilizam o oxigênio produzido pelas algas para oxidar a matéria 
orgânica. Um dos produtos finais desse processo é o gás carbônico, que é utilizado pelas algas na 
sua fotossíntese. 
Este tipo de tratamento reduz grande parte do lodo, e é ideal para comunidades pequenas, 
normalmente situadas no Interior do Estado. 
- Lagoa anaeróbia – Neste caso, as lagoas são profundas, entre 3 e 5 metros, para reduzir a 
penetração de luz nas camadas inferiores. Além disso, é lançada uma grande carga de matéria 
orgânica, para que o oxigênio consumido seja várias vezes maior que o produzido. 
O tratamento ocorre em duas etapas. Na primeira, as moléculas da matéria orgânica são 
quebradas e transformadas em estruturas mais simples. Já na segunda, a matéria orgânica é 
convertida em metano, gás carbônico e água. 
Marcus Campiteli
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- Lagoa aerada – O processo necessita de oxigênio e a profundidade das lagoas varia de 2,5 a 4,0 
metros. Os aeradores servem para garantir oxigênio no meio e manter os sólidos bem separados 
do líquido (em suspensão). A qualidade do esgoto que vem da lagoa aerada não é adequada para 
lançamento direto, pelo fato de conter uma grande quantidade de sólidos. Por isso, são 
geralmente seguidas por outras, quando a separação dessas partículas pode ocorrer. 
- Lagoa de maturação – São lagoas de baixa profundidade, entre 0,5 a 2,5 metros, que possibilitam 
a complementação de qualquer outro sistema de tratamento de esgotos. Ela faz a remoção de 
bactérias e vírus de forma mais eficiente devido à incidência da luz solar, já que a radiação 
ultravioleta atua como um processo de desinfecção. 
Gabarito: Errada 
(TCU/2009 - Cespe) 
O tratamento dos esgotos é usualmente classificado

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