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SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 1-EXPLIQUE A FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR (COM ÊNFASE NA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA). Visão geral do sistema circulatório Em termos mais simples, um sistema circulatório é uma série de tubos (vasos sanguíneos) cheios de líquido (sangue), conectados a uma bomba (o coração). A pressão gerada no coração propele o sangue continuamente pelo sistema. O sangue captura o oxigênio nos pulmões e os nutrientes no intestino e, então, entrega essas substâncias para as células corporais enquanto, simultaneamente, remove resíduos celulares e calor para serem excretados. Além disso, o sistema circulatório tem um papel importante na comunicação célula a célula e na defesa do corpo contra invasores. O sistema circulatório é constituído por coração, vasos sanguíneos e sangue O sistema circulatório é constituído por coração, vasos sanguíneos (também denominados vasculatura), células e plasma sanguíneos. Os vasos sanguíneos que carregam sangue adiante a partir do coração são chamados de ARTÉRIAS; os vasos sanguíneos que trazem sangue para o coração são chamados de VEIAS. À medida que o sangue é transportado pelo sistema circulatório, um sistema de valvas no coração e nas veias assegura que o sangue flua em apenas um sentido. Semelhante a uma roleta na entrada de um parque de diversões, as valvas impedem que o sangue inverta o sentido do seu fluxo. O coração está dividido por uma parede central, ou septo, em metades esquerda e direita. Cada metade funciona como uma bomba independente que consiste em um átrio e um ventrículo. Os átrios recebem o sangue que retorna ao coração dos vasos sanguíneos, e os ventrículos bombeiam o sangue para dentro dos vasos sanguíneos. O lado direito do coração recebe sangue a partir dos tecidos e o envia para os pulmões, onde será oxigenado. O lado esquerdo SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 do coração recebe o sangue recém-oxigenado dos pulmões e o bombeia para os tecidos de todo o corpo. Observe que o sangue no lado direito do coração está pintado de azul. Essa é uma convenção utilizada para mostrar o sangue do qual o oxigênio foi extraído pelos tecidos. Embora esse sangue seja frequentemente descrito como desoxigenado, ele não está completamente desprovido de oxigênio; simplesmente tem menos oxigênio do que o sangue que sai dos pulmões e vai para os tecidos. Em pessoas vivas, o sangue bem oxigenado é vermelho-vivo, ao passo que o sangue com pouco oxigênio é vermelho-escuro. Sob algumas condições, o sangue com baixo conteúdo de oxigênio pode conferir uma coloração azulada a certas áreas da pele, como ao redor da boca e embaixo das unhas. Essa condição, denominada cianose, é o motivo para se utilizar o azul em desenhos para indicar o sangue com baixos teores de oxigênio. A partir do átrio direito, o sangue flui para dentro do ventrículo direito do coração, de onde ele é bombeado via artérias pulmonares para os pulmões, onde é oxigenado. Observe a mudança de cor do azul para o vermelho na Figura 14.1, indicando conteúdo de oxigênio mais alto após o sangue deixar os pulmões. A partir dos pulmões, o sangue vai para o lado esquerdo do coração através das veias pulmonares. Os vasos sanguíneos que vão do ventrículo direito para os pulmões e os que voltam para o átrio esquerdo são denominados circulação pulmonar. O sangue proveniente dos pulmões entra no coração no átrio esquerdo e passa para o ventrículo esquerdo. O sangue é bombeado para fora do ventrículo esquerdo e entra em uma grande artéria conhecida como aorta. A aorta ramifica-se em uma série de artérias menores que, por sua vez, ramificam-se em artérias ainda menores até chegarem, por fim, em uma rede de capilares. Observe, na parte superior da Figura 14.1 que a cor muda do vermelho para o azul quando o sangue passa pelos capilares, indicando que o oxigênio saiu do sangue e se difundiu para os tecidos. Após deixar os capilares, o sangue flui para o lado venoso da circulação, movendo-se de pequenas veias para veias cada vez maiores. As veias da parte superior do corpo se juntam e formam a veia cava superior. As veias da parte inferior se juntam e formam a veia cava inferior. As duas veias cavas desembocam no átrio direito. Os vasos sanguíneos que levam o sangue do lado esquerdo do coração para os tecidos e de volta para o lado direito do coração são denominados circulação sistêmica. Retorne à Figura 14.1 e siga as ramificações da aorta após ela deixar o ventrículo esquerdo. O primeiro ramo representa as artérias coronárias, que nutrem o próprio músculo cardíaco. O sangue dessas duas artérias flui para os capilares e, então, para as veias coronárias, as quais desaguam diretamente no seio coronariano, dentro do átrio direito. Ramos ascendentes da aorta vão para os braços, a cabeça e o encéfalo. A aorta abdominal supre de sangue o tronco, as pernas e os órgãos internos, como o fígado (artéria hepática), o trato digestório e os rins (artéria renal). Observe dois arranjos especiais da circulação. Um é o suprimento sanguíneo para o trato digestório e para o fígado. Ambas as regiões recebem sangue bem- oxigenado através de suas próprias artérias, mas, além disso, o sangue deixa o trato digestório e vai diretamente para o fígado pela veia porta do fígado. O fígado é um órgão importante de processamento de nutrientes e tem um papel principal na destoxificação de substâncias estranhas. A maioria dos nutrientes absorvidos no intestino é levada diretamente ao fígado, permitindo que este órgão processe o material antes de ele ser liberado na circulação geral. Os dois leitos capilares do trato digestório e do fígado, unidos pela veia porta do fígado, são um exemplo de sistema porta. Um segundo sistema porta existe nos rins, onde dois leitos capilares são conectados em série. Um terceiro sistema porta, discutido anteriormente, mas não mostrado aqui, é o sistema porta hipotálamo-hipofisário, que conecta o hipotálamo e a adeno-hipófise. SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 {REFERÊNCIAS} 1. Unglaub, Silverthorn, D. Fisiologia Humana . Grupo A. [Minha Biblioteca]. 2- EXPLIQUE O QUE É CICLO CARDÍACO Ciclo cardíaco (batimento cardíaco) Cada ciclo cardíaco possui duas fases: diástole, o tempo durante o qual o músculo cardíaco relaxa, e sístole, período durante o qual o músculo contrai. Uma vez que os átrios e os ventrículos não contraem e relaxam simultaneamente, discutiremos os eventos atriais e ventriculares separadamente. Pensando sobre o fluxo sanguíneo durante o ciclo cardíaco, lembre-se de que o sangue flui de uma área de maior pressão para uma de menor pressão, e que a contração aumenta a pressão, ao passo que o relaxamento a diminui. Nessa discussão, dividimos o ciclo cardíaco em cinco fases. Começamos o ciclo cardíaco no breve momento durante o qual tanto os átrios como os ventrículos estão relaxados. Os átrios estão se enchendo com o sangue vindo das veias e os ventrículos acabaram de completar uma contração. À medida que os ventrículos relaxam, as valvas AV entre os átrios e os ventrículos se abrem e o sangue flui por ação da gravidade dos átrios para os ventrículos. Os ventrículos relaxados expandem-se para acomodar o sangue que entra. A maior quantidade de sangue entra nos ventrículos enquanto os átrios estão relaxados, mas pelo menos 20% do enchimento é realizado quando os átrios contraem e empurram sangue para dentro dos ventrículos. (Isso se aplica a uma pessoa normal em repouso. Quando a frequência cardíaca aumenta, como no exercício, a contração atrial desempenha um papel mais importante no enchimento ventricular.) A sístole, ou contração atrial, inicia seguindo a onda de despolarização que percorre rapidamenteos átrios. A pressão aumentada que acompanha a contração empurra o sangue para dentro dos ventrículos. Embora as aberturas das veias se estreitem durante a contração, uma pequena quantidade de sangue é forçada a voltar para as veias, uma vez que não há valvas unidirecionais para bloquear o refluxo do sangue. Esse movimento do sangue de volta para as veias pode ser observado como um pulso na veia jugular de uma pessoa normal que está deitada e com a cabeça e o peito elevados cerca de 30°. (Olhe no espaço formado onde o músculo esternocleidomastóideo passa por baixo da clavícula.) Um pulso jugular observado mais acima no pescoço em uma pessoa sentada ereta é um sinal de que a pressão no átrio direito está acima do normal. Enquanto os átrios se contraem, a onda de despolarização se move lentamente pelas células condutoras do nó AV e, então, pelas fibras de Purkinje até o ápice do coração. A sístole ventricular inicia no ápice do coração quando as bandas musculares em espiral empurram o sangue para cima em direção à base. O sangue empurrado contra a porção inferior das valvas AV as faz se fecharem, de modo que não haja refluxo para os átrios. As vibrações seguintes ao fechamento das valvas AV geram a primeira bulha cardíaca, S1, o “tum” do “tum-tá”. Com ambos os conjuntos de valvas AV e válvulas semilunares fechadas, o sangue nos ventrículos não tem para onde ir. Entretanto, os ventrículos continuam a se contrair, comprimindo o sangue da mesma forma que você apertaria um balão cheio de água com as mãos. Isso é similar a uma contração isométrica, na qual as fibras musculares geram força sem produzir movimento. Retomando a analogia do tubo de creme dental, é como apertá-lo ainda com a tampa: alta pressão é gerada no interior do tubo, mas o creme dental não tem por onde sair. Essa fase é chamada de contração ventricular isovolumétrica, a fim de destacar o fato de que o volume sanguíneo no ventrículo não está variando. Enquanto os ventrículos iniciam sua contração, as fibras musculares atriais estão repolarizando e relaxando. Quando as pressões no átrio atingem valores inferiores às pressões nas veias, o sangue volta a fluir das veias para os átrios. O fechamento das valvas AV isola as câmaras cardíacas superiores das inferiores e, dessa forma, o enchimento atrial é independente dos eventos que ocorrem nos ventrículos. Quando os ventrículos contraem, eles geram pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares e empurrar o sangue para as artérias. A pressão gerada SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 pela contração ventricular torna-se a força motriz para o fluxo sanguíneo. O sangue com alta pressão é forçado pelas artérias, deslocando o sangue com baixa pressão que as preenche, empurrando-o ainda mais adiante na vasculatura. Durante essa fase, as valvas AV permanecem fechadas e os átrios continuam se enchendo. No final da ejeção ventricular, os ventrículos começam a repolarizar e a relaxar, diminuindo a pressão dentro dessas câmaras. Uma vez que a pressão ventricular cai abaixo da pressão nas artérias, o fluxo sanguíneo começa a retornar para o coração. Este fluxo retrógrado enche os folhetos (cúspides) em forma de taça das válvulas semilunares, forçando-os para a posição fechada. As vibrações geradas pelo fechamento das válvulas semilunares geram a segunda bulha cardíaca, S2, o “tá” do “tum-tá”. Uma vez que as válvulas semilunares se fecham, os ventrículos novamente se tornam câmaras isoladas. As valvas AV permanecem fechadas devido à pressão ventricular que, embora em queda, ainda é maior que a pressão nos átrios. Esse período é chamado de relaxamento ventricular isovolumétrico, porque o volume sanguíneo nos ventrículos não está mudando. Quando o relaxamento do ventrículo faz a pressão ventricular cair até ficar menor que a pressão nos átrios, as valvas AV se abrem. O sangue que se acumulou nos átrios durante a contração ventricular flui rapidamente para os ventrículos. O ciclo cardíaco começou novamente. {REFERÊNCIAS} 1. Unglaub, Silverthorn, D. Fisiologia Humana. Grupo A. [Minha Biblioteca]. 3- EXPLIQUE COMO OCORRE: a. O IMPULSO ELÉTRICO NO CORAÇÃO Sistema de Condução O coração tem dois tipos de células, as células MIOCÁRDICAS, também denominadas células funcionais, que quando estimuladas eletricamente são capazes de se contrair, e as células MARCAPASSO, responsáveis pela geração e condução dos estímulos elétricos. (VAN DE GRAAF, 2003). O controle da atividade cardíaca é feito sistema nervoso simpático e parassimpático, que inervam de forma abundante o coração (GUYTON; HALL, 2006). O nó SA está localizado na parede posterior do átrio direito, onde a veia cava chega ao coração. O nó AV está na porção inferior do septo interatrial. O feixe de His está no topo do septo interventricular, esse feixe se divide no interior da parede dos ventrículos SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 denominando-se fibras de Purkinje, causando a contração simultânea dos ventrículos Sístole é a contração da câmara cardíaca para ejeção do sangue presente em seu interior. Diástole é o relaxamento da câmara cardíaca para um novo preenchimento de sangue em seu interior (GUYTON; HALL, 2006). A média de batimentos cardíacos em um adulto saudável fica em torno de 70 batimentos por minuto, variando conforme as necessidades do corpo, como exercícios físicos, situações de estresse e repouso (VAN DE GRAAFF, 2003). A regulação da ritmicidade do coração ocorre no nó SA ou marca passo do coração. Esta ritmicidade ocorre porque as membranas das fibras do nó SA são muito permeáveis ao sódio, que passa para o interior das fibras, fazendo com que o potencial da membrana em repouso passe para o valor positivo até atingir seu limiar transformando em potencial de ação. (GUYTON; HALL, 2006). Sinais elétricos coordenam a contração A comunicação elétrica no coração começa com um potencial de ação em uma célula autoexcitável. A despolarização se propaga rapidamente para as células vizinhas através das junções comunicantes nos discos intercalares (FIG. 14.13). A onda de despolarização é seguida por uma onda de contração, que passa pelo átrio e depois vai para os ventrículos. A despolarização inicia no nó sinoatrial (nó SA), as células autoexcitáveis no átrio direito que servem como o principal marca-passo do coração (FIG. 14.14). A onda de despolarização, então, propaga-se rapidamente por um sistema especializado de condução, constituído de fibras autoexcitáveis não contráteis. Uma via internodal ramificada conecta o nó SA com o nó atrio-ventricular (nó AV), um grupo de células autoexcitáveis perto do assoalho do átrio direito. Do nó AV, a despolarização move-se para os ventrículos. As fibras de Purkinje, células de condução especializada dos ventrículos, transmitem os sinais elétricos muito rapidamente para baixo pelo fascículo atrioventricular, ou feixe AV, também chamado de feixe de His (“hiss”), no septo ventricular. Percorrido um curto caminho no septo, o fascículo se divide em ramos esquerdo e direito. Esses ramos continuam se deslocando para o ápice do coração, onde se dividem em pequenas fibras de Purkinje, que se espalham lateralmente entre as células contráteis. O sinal elétrico para a contração começa quando o nó SA dispara um potencial de ação e a despolarização se propaga para as células vizinhas através das junções comunicantes 1. A condução elétrica é rápida através das vias de condução internodais 2 do átrio 3, porém mais lenta através das células contráteis Quando os potenciais de ação se espalham pelos átrios, eles encontram o esqueleto fibroso do coração na junção entre os átrios e os ventrículos. Esta barreira impede que os sinais elétricos sejam transferidos dos átrios para os ventrículos. Consequentemente, o nó AV é oúnico caminho através do qual os potenciais de ação podem alcançar as fibras contráteis dos ventrículos. O sinal elétrico passa do nó AV para o fascículo AV e seus ramos até o ápice do coração. Os ramos SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 subendocárdicos (fibras de Purkinje) transmitem os impulsos muito rapidamente, com velocidades de até 4 ms, de modo que todas as células contráteis do ápice se contraem quase ao mesmo tempo 5 A resposta reside no fato de que o sangue é bombeado para fora dos ventrículos através de aberturas localizadas na porção superior dessas câmaras. Se o impulso elétrico vindo dos átrios fosse conduzido diretamente para os ventrículos, estes iniciariam a contração pela parte superior. Logo, o sangue seria impulsionado para baixo e ficaria represado na parte inferior dos ventrículos (pense em espremer um tubo de creme dental começando pelo lado em que o creme sai). A contração do ápice para a base empurra o sangue para as aberturas das artérias situadas na base do coração. A ejeção do sangue dos ventrículos é ajudada pelo arranjo em espiral dos músculos nas paredes. Quando esses músculos contraem, eles aproximam o ápice da base, impulsionando o sangue para fora através das aberturas no topo dos ventrículos. Uma segunda função do nó AV é atrasar um pouco a transmissão do potencial de ação. Esse atraso permite que os átrios completem suas contrações antes do início da contração ventricular. O atraso no nó AV ocorre devido à diminuição na velocidade de condução dos sinais através das células nodais. Os potenciais de ação aqui se movem com somente 1/20 da velocidade dos potenciais de ação na via internodal atrial. {REFERÊNCIAS} 1. http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahia na/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20El etrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pd f 2. http://www2.eerp.usp.br/Nepien/PCR/car_condu cao.html 3. Unglaub, Silverthorn, D. Fisiologia Humana. Grupo A. [Minha Biblioteca]. b. COMO FUNCIONA O MARCA- PASSO ARTIFICIAL? Marcapasso cardíaco O coração é basicamente um músculo oco com quatro câmaras – dois átrios (as câmaras superiores) e dois ventrículos (as câmaras inferiores) e dividido em lado direito e esquerdo, é o responsável pelo bombeamento do sangue para que todos os órgãos e tecidos recebam alimentos e o oxigênio vital. O coração depende de minúsculos impulsos elétricos que são percorridos das câmaras superiores para as inferiores. Estes impulsos normalmente começam no nó sinusal (marcapasso natural do coração) e permitem ao coração bater de forma rítmica. Os impulsos são transportados por feixes elétricos (vias de células especializadas) das câmaras superiores para as inferiores para que possam se contrair. Esta contração é conhecida como pulsação. Um coração saudável bate entre 60 a 80 vezes por minuto, cerca de 100.000 batimentos por dia. Durante a prática de exercício físico ou em situações de estresse o corpo tem uma maior necessidade de oxigênio. Para satisfazer http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20Eletrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pdf http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20Eletrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pdf http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20Eletrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pdf http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20Eletrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pdf http://www2.eerp.usp.br/Nepien/PCR/car_conducao.html http://www2.eerp.usp.br/Nepien/PCR/car_conducao.html SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 essa necessidade, os batimentos cardíacos aumentam para mais de 100 vezes por minuto. Diferentes motivos, tais como doenças ou mesmo o processo de envelhecimento, podem perturbar o ritmo normal do coração. Os problemas mais comuns ou mesmo bloqueios surgem no sistema de feixes elétricos. Como consequência o coração pode começar a pulsar de forma irregular e/ou lentamente e o corpo, poderá ser insuficientemente oxigenado, causando vertigens, sensação de fraqueza e cansaço. O termo clínico para a diminuição da pulsação é bradicardia e caso seja devida a doenças, quando o coração não é capaz de adaptar a sua pulsação às necessidades do organismo num esforço, devido a um bloqueio parcial ou total da condução elétrica entre o nó sinusal (no átrio) e o nó AV (no ventrículo), um outro ponto do coração gerará uma pulsação em ritmo auxiliar muito lento, para garantir as funções vitais mínimas. Em qualquer destas situações, ou em outras menos comuns, o coração deve ser assistido através do uso de um Marcapasso artificial. Os marcapassos atuais podem ser adaptados para irem de encontro às necessidades de cada paciente. Um marcapasso contém um gerador de pulsos elétricos (a caixa do marcapasso) com 1, 2 ou até 3 eletrodos. Eletrodos são fios elétricos finos que levam os impulsos elétricos gerados pelo marcapasso até o coração. O gerador é composto pela bateria (que fornece a energia para o funcionamento do marcapasso), pelo o circuito eletrônico que contém software especial e pela memória que guarda todas as informações do seu ritmo cardíaco. Ele pesa cerca de 20 a 50 gramas e é menor que uma caixa de fósforos. A bateria do marcapasso é de lítio e geralmente dura entre seis e doze anos. A vida da bateria depende de quanto o marcapasso tem que trabalhar e como é programado de acordo com sua condição cardíaca particular. O eletrodo conduz os impulsos elétricos desde o gerador até o coração. Cada impulso elétrico enviado pelo marcapasso estimula a contração do coração na parte em que ele foi implantado. A frequência cardíaca pode variar de acordo com a programação feita no marcapasso. Quando programamos a frequência cardíaca no marcapasso não significa que você estará com essa frequência cardíaca. Como o marcapasso tem capacidade de gerar impulsos cardíacos e também sentir se o coração está batendo corretamente sozinho, ele estimulará o coração somente quando o ritmo cardíaco começar a ficar lento. Da mesma forma, o marcapasso monitorará a sua frequência cardíaca e entrará somente quando for necessário. 1. MARCAPASSO DE CÂMARA ÚNICA: tem apenas um condutor (eletrodo) que está ligado ao ventrículo ou ao átrio. 2. MARCAPASSO DE CÂMARA DUPLA: tem dois condutores (eletrodos). Normalmente um deles está ligado ao átrio e outro ao ventrículo direito. 3. MARCAPASSO BIVENTRICULAR: um eletrodo está ligado ao átrio direito, um no ventrículo direito e um terceiro eletrodo no ventrículo esquerdo. SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 O marcapasso é implantado através de uma incisão (corte na pele) na região do tórax, embaixo da clavícula. Através dessa incisão os eletrodos são levados até o coração por dentro de veias calibrosas que passam pela região do ombro e vão até o coração. No coração, os eletrodos são fixados nos locais desejados e são realizados testes de funcionamento do gerador e dos eletrodos. O gerador é implantado entre os músculos do tórax e a pele do paciente. Marcapassos modernos são confortáveis, muito confiáveis e permitem voltar a uma vida normal muito rapidamente. Algumas pessoas descobrem que o marcapasso melhora a sua qualidade de vida, pois sintomas desagradáveis tais como desmaios, tonturas ou falta de ar desaparecem. {REFERÊNCIAS} 1. http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/06. asp 2. https://www.clinicaritmo.com.br/tratamentos/impl ante-de-marcapasso/ 4- CITE O FUNCIONAMENTO DE CADA ITEM: a. FREQUÊNCIA CARDÍACA O coração é um órgão muscular, composto por quatro câmaras projetadas para trabalhar de forma eficiente, confiável e constante por toda a vida. As paredes musculares de cada câmara cardíaca contraem- se em uma sequênciaregular, bombeando o sangue que o organismo necessita e consumindo a menor energia possível durante cada batimento. As contrações das fibras musculares do coração são controladas por correntes elétricas que percorrem o coração de forma precisa, seguindo trajetórias e velocidades específicas. A corrente elétrica iniciada em cada batimento tem a sua origem no marca-passo natural do coração (chamado nódulo sinusal ou nódulo sinoatrial), localizado no alto da câmara cardíaca superior direita (átrio direito). A frequência cardíaca é determinada pela frequência com que o marca-passo fisiológico descarrega a corrente elétrica. Esta frequência é estimulada pelos impulsos nervosos e pelos níveis de hormônios específicos na corrente sanguínea. O sistema nervoso autônomo, formado pelos sistemas simpático e parassimpático, regula a frequência cardíaca de forma automática. O sistema nervoso simpático aumenta a frequência cardíaca por meio de uma rede de nervos denominada plexo simpático. O sistema nervoso parassimpático reduz a frequência cardíaca por meio de um único nervo, o nervo vago. http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/06.asp http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/06.asp SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 A frequência cardíaca também é influenciada por hormônios que o sistema simpático libera na corrente sanguínea: ➢ Epinefrina (adrenalina) ➢ Norepinefrina (noradrenalina) A epinefrina e a norepinefrina aumentam a frequência cardíaca. O hormônio tireoideo, liberado pela glândula tireoide na corrente sanguínea, é outro fator que aumenta a frequência cardíaca. Durante o repouso, em adultos, a frequência cardíaca normal é de 60 a 100 batimentos por minuto. A frequência cardíaca de uma pessoa normalmente varia em resposta à atividade física e a determinados estímulos, como dor e ira. O ritmo cardíaco deve ser considerado anormal se a frequência cardíaca estiver excessivamente rápida (taquicardia), lenta (bradicardia) ou irregular, ou quando os impulsos elétricos percorrem o coração por uma via de condução anormal. {REFERÊNCIAS} 1. https://www.msdmanuals.com/ptpt/casa/distúrbio s-do-coração-e-dos-vasossangu%C3%ADneos / arritmias card%C3%ADacas/considerações- gerais-sobre-arritmias-card%C3%ADacas b. VOLUME DE SANGUE BOMBEADO O débito cardíaco é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo para a artéria aorta a cada minuto. O sistema cardiovascular é um sistema fechado, não deve haver perdas, portanto em um coração eficiente, o débito cardíaco deve ser igual ao retorno venoso (volume de sangue que chega ao átrio direito a cada minuto). Em média, são ejetados 5.250 ml/ min (débito cardíaco), e a mesma quantidade deve retornar ao átrio direito (retorno venoso – RV). O débito cardíaco (DC) pode ser calculado pela frequência cardíaca (FC) x débito sistólico (DS). Mas então, o que é frequência cardíaca? A FC é quantas vezes o coração ejetou sangue por minuto, ou seja, os batimentos dados em um minuto (bpm). A FC pode variar normalmente numa faixa entre 60 e 100 bpm, a média é cerca de 75 bpm. E débito sistólico, o que é? O débito sistólico corresponde a quantidade de volume ejetado a cada batimento, normalmente está próximo de 70ml. Com isso temos: DC = FC x DS → DC = 75 X 70 → DC = 5.250 ml/min. Porém, como tudo na vida, o Débito cardíaco também não é imutável, está passível de alterações a todo momento. É o que acontece por exemplo, quando você realiza uma atividade física, onde a frequência cardíaca aumenta e consequentemente leva ao aumento do débito cardíaco. Outro exemplo é quando você fica nervoso, assustado, enfim, são inúmeras as situações fisiológicas que podem aumentar o débito sistólico temporariamente e compensatoriamente, pois o retorno venoso também aumenta. Porém, há situações patológicas onde o débito cardíaco sofre alterações, como por exemplo na hipertensão arterial sistêmica, o volume ejetado (débito sistólico) é menor devido ao aumento da pressão na artéria aorta, dificultando a ejeção do sangue pelo ventrículo esquerdo. Em casos de patologias, onde o DC < RV, temos um coração ineficiente/insuficiente, onde o VS está reduzido, alterando todo o processo hemodinâmico de manutenção da homeostase. Regulação do bombeamento cardíaco Quando a pessoa se encontra em repouso, o coração bombeia apenas 4 a 6 litros de sangue por SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 minuto. Durante o exercício intenso, pode ser necessário que esse coração bombeie de 4 a 7 vezes essa quantidade. Os meios básicos de regulação do volume bombeado são: 1. regulação cardíaca intrínseca, em resposta às variações no aporte do volume sanguíneo em direção ao coração; 2. controle da frequência cardíaca e da força de bombeamento pelo sistema nervoso autonômico. Na maioria das condições, a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto, em geral, é determinada pelo volume de sangue que chega ao coração pelas veias, o chamado retorno venoso. Cada tecido periférico do corpo controla seu fluxo local de sangue, e todos os fluxos locais se combinam e retornam pelas veias para o átrio direito, compondo o retorno venoso. O coração, por sua vez, automaticamente bombeia esse sangue que chegou até ele para as artérias, para que volte a circular ao longo do circuito. Essa capacidade intrínseca do coração de se adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo é conhecida como mecanismo cardíaco de Frank-Starling, em homenagem a Otto Frank e Ernest Starling, dois grandes fisiologistas do século passado. Basicamente, o mecanismo de Frank-Starling afirma que quanto mais o miocárdio for distendido durante o enchimento, maior será a força da contração e maior será a quantidade de sangue bombeada para a aorta. Ou, em outras palavras: Dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias. A eficácia do bombeamento cardíaco é também controlada pelos nervos simpáticos e parassimpáticos (vagos) que inervam de forma abundante o coração, como mostrado na Figura 9-13. Para determinados níveis de pressão atrial, a quantidade de sangue bombeada a cada minuto (o débito cardíaco) com frequência pode ser aumentada por mais de 100% pelo estímulo simpático. E, por outro lado, o débito pode ser diminuído até zero, ou quase zero, por estímulo vagal (parassimpático). {REFERÊNCIAS} 1. https://blog.jaleko.com.br/debito-cardiaco-o-que- e/ 2. Hall, John E. Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. Grupo GEN, 2017. [Minha Biblioteca]. c. FLUXO SANGUÍNEO (LOCAL) (vasoconstrição e vasodilatação) O controle do fluxo sanguíneo no tecido local pode ser dividido em duas etapas: (1) CONTROLE AGUDO; e (2) CONTROLE A LONGO PRAZO. O controle agudo ocorre em segundos a minutos, por meio da constrição ou dilatação de arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré-capilares. O controle a longo prazo ocorre durante um período de alguns dias, semanas ou meses e, de forma geral, proporciona um controle ainda melhor do fluxo proporcionalmente às necessidades teciduais. O controle a longo prazo resulta principalmente de variações do tamanho físico e do número de vasos sanguíneos que suprem os tecidos. O AUMENTO DA TAXA METABÓLICA TECIDUAL GERALMENTE ELEVA O FLUXO SANGUÍNEO TECIDUAL Em muitos tecidos, como o músculo esquelético, aumentos do metabolismo correspondentes a até oito vezes o normal eleva agudamente o fluxo sanguíneo cerca de quatro vezes. Inicialmente, o aumento do fluxo é menor do que o do metabolismo, mas, uma vez que o metabolismo aumente suficientemente para remover a maior parte dos nutrientes do sangue, um novo aumento do metabolismo somente ocorrerá caso haja elevação concomitante do fluxo sanguíneo, a fim de fornecer os nutrientes necessários . A REDUÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE OXIGÊNIO AUMENTA O FLUXO SANGUÍNEOTECIDUAL Um dos nutrientes necessários ao metabolismo tecidual é o oxigênio. Sempre que a disponibilidade de oxigênio nos tecidos diminui, como ocorre em altitudes elevadas, na presença de pneumonia ou na intoxicação por monóxido de carbono (que inibe a capacidade de a hemoglobina transportar oxigênio), o fluxo sanguíneo nos tecidos aumenta acentuadamente. Por exemplo, na intoxicação por cianeto, que reduz a capacidade tecidual de utilizar o oxigênio, o fluxo sanguíneo dos tecidos pode aumentar até sete vezes. O AUMENTO DA DEMANDA POR OXIGÊNIO E NUTRIENTES ELEVA O FLUXO SANGUÍNEO TECIDUAL Na ausência de um suprimento adequado de oxigênio e nutrientes (por exemplo, como resultado do SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 aumento do metabolismo tecidual), as arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré-capilares relaxam, diminuindo, assim, a resistência vascular e permitindo mais fluxo para os tecidos. O relaxamento dos esfíncteres pré- capilares permite que o fluxo ocorra com mais frequência nos capilares que estão fechados por causa da contração periódica dos esfíncteres pré-capilares (vasomotricidade). O ACÚMULO DE METABÓLITOS VASODILATADORES AUMENTA O FLUXO SANGUÍNEO TECIDUAL Quanto maior for a taxa metabólica do tecido, maior será a taxa de produção de metabólitos teciduais, como adenosina, compostos de fosfato de adenosina, dióxido de carbono, ácido lático, íons potássio e hidrogênio. Foi sugerido que cada uma dessas substâncias atua como um vasodilatador, contribuindo para o aumento do fluxo sanguíneo associado à estimulação do metabolismo tecidual. A FALTA DE OUTROS NUTRIENTES PODE CAUSAR VASODILATAÇÃO Uma deficiência de glicose, aminoácidos ou ácidos graxos, por exemplo, pode contribuir para que ocorra uma vasodilatação local, embora isso não tenha sido provado. A vasodilatação ocorre em pacientes com de beribéri, os quais usualmente apresentam deficiência de vitaminas do complexo B, como tiamina, niacina e riboflavina. Como todas essas vitaminas estão envolvidas no mecanismo de fosforilação oxidativa para gerar trifosfato de adenosina, a deficiência de uma dessas vitaminas pode provocar a diminuição da capacidade de a musculatura lisa se contrair, causando, dessa forma, vasodilatação local. O FLUXO SANGUÍNEO TECIDUAL É “AUTORREGULADO” DURANTE MUDANÇAS NA PRESSÃO ARTERIAL Em qualquer tecido do corpo, elevações agudas da pressão arterial causam aumento imediato do fluxo sanguíneo. Entretanto, em menos de 1 minuto, o fluxo sanguíneo em muitos tecidos retorna ao nível normal, mesmo que a pressão arterial permaneça elevada. Isso é chamado de “autorregulação do fluxo sanguíneo”. • A teoria metabólica de autorregulação sugere que, quando a pressão arterial aumenta e o fluxo sanguíneo torna-se muito grande, o excesso fornece oxigênio e nutrientes em excesso aos tecidos, fazendo com que os vasos sanguíneos se contraiam e o fluxo volte ao normal, apesar da pressão arterial ter aumentado. • A teoria miogênica de autorregulação sugere que o estiramento repentino dos pequenos vasos sanguíneos faz com que o músculo liso da parede desses vasos se contraia automaticamente. Essa é uma propriedade intrínseca da musculatura lisa que lhe permite resistir aos estiramentos excessivos. De modo inverso, sob condições de baixa pressão, o grau de estiramento do vaso é menor e o músculo liso da parede vascular relaxa. Em consequência, há diminuição da resistência vascular e o fluxo sanguíneo é mantido relativamente constante apesar da pressão sanguínea reduzida. MECANISMOS ADICIONAIS DE CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO EM TECIDOS ESPECÍFICOS • nos rins, o fluxo sanguíneo é regulado, em parte, por um mecanismo denominado feedback tubuloglomerular, em que a composição do líquido no túbulo distal precoce é detectada pela macula densa, que está localizada onde o túbulo faz contato com as arteríolas aferentes e eferentes do aparelho justaglomerular. Quando um volume muito grande de líquido é filtrado a partir do sangue no glomérulo, no sistema tubular, sinais de feedback gerados pela mácula densa causam constrição das arteríolas aferentes, reduzindo, assim, o fluxo sanguíneo renal e fazendo a taxa de filtração glomerular retornar ao normal. • no cérebro, as concentrações de dióxido de carbono e hidrogênio desempenham papéis importantes no controle do fluxo sanguíneo local. Uma elevação na concentração de qualquer uma dessas substâncias causa dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, o que permite uma rápida remoção dos íons de dióxido de carbono e de hidrogênio. • na pele, o controle do fluxo sanguíneo está intimamente ligado à temperatura corporal e é controlada, em grande parte, pelo sistema nervoso central através dos nervos simpáticos. Quando os seres humanos são expostos ao aquecimento corporal, o fluxo sanguíneo pode aumentar muitas vezes, podendo atingir 7 a 8 L/min em todo o corpo. Quando a temperatura corporal é reduzida, o fluxo sanguíneo na pele diminui, atingindo níveis pouco acima de zero diante de temperaturas muito baixas. AS CÉLULAS ENDOTELIAIS CONTROLAM O FLUXO SANGUÍNEO ATRAVÉS DA LIBERAÇÃO DO ÓXIDO NÍTRICO VASODILATADOR Os mecanismos locais de controle do fluxo sanguíneo tecidual atuam principalmente nos microvasos muito pequenos dos tecidos, porque o feedback local das substâncias vasodilatadoras ou a deficiência de oxigênio podem alcançar somente esses vasos, e não as grandes artérias. Entretanto, quando o fluxo sanguíneo através da porção microvascular aumenta, as células endoteliais que revestem os vasos maiores liberam uma substância vasodilatadora denominada fator relaxante derivado do SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 endotélio, que parece ser principalmente o óxido nítrico. Essa liberação de óxido nítrico parece ser causada, em parte, pelo aumento da força de cisalhamento sobre as paredes endoteliais, que ocorre quando o sangue flui mais rapidamente através dos vasos maiores. A liberação de óxido nítrico, então, relaxa os vasos maiores, fazendo com que eles dilatem. Sem a dilatação dos grandes vasos, a efetividade do fluxo sanguíneo local seria comprometida, pois uma parte significativa da resistência do fluxo sanguíneo está nas arteríolas e pequenas artérias. AS CÉLULAS ENDOTELIAIS TAMBÉM LIBERAM SUBSTÂNCIAS VASOCONSTRITORAS A mais importante dessas substâncias é a endotelina, um peptídeo que é liberado quando os vasos sanguíneos sofrem lesão. O estímulo usual para a liberação é o dano ao endotélio, como o causado pelo esmagamento dos tecidos ou pela injeção de um agente químico traumatizante para o vaso sanguíneo. Após um grave dano a um vaso sanguíneo, a liberação de endotelina local e a subsequente vasoconstrição ajudam a prevenir um excessivo sangramento arterial. A maioria dos mecanismos discutidos até agora atua em questão de segundos ou minutos após a alteração das condições teciduais locais. Mesmo com a função integral desses mecanismos, a regulação do fluxo sanguíneo normalmente corresponde a apenas três quartos das necessidades teciduais. Depois de horas, dias e até semanas, desenvolve-se uma regulação local e a longo prazo do fluxo sanguíneo que ajuda a regular o fluxo sanguíneo para corresponda precisamente às necessidades metabólicas teciduais. AS MUDANÇAS NA VASCULARIZAÇÃO TECIDUAL CONTRIBUEM PARA A REGULAÇÃO A LONGO PRAZO DO FLUXO SANGUÍNEO Se o metabolismo de um tecido aumenta durante períodos prolongados, o tamanho físico dos vasos no tecido aumenta; sob algumas condições, o número de vasos também aumenta. Um dos principais fatores que estimula essa elevação da vascularização é a baixa concentração de oxigênio nos tecidos. Os animais que vivem em altas altitudes, por exemplo, têm vascularização aumentada. Do mesmo modo, os pintinhos que nascem em ambientes com baixos níveis de oxigênio têm duas vezes mais vascularização em relação aos pintinhosque eclodem de seus ovos em ambientes normais. O crescimento de novos vasos é chamado de angiogênese. A angiogênese ocorre principalmente em resposta à presença de fatores angiogênicos liberados de (1) tecidos isquêmicos; (2) tecidos que estão crescendo rapidamente; e (3) tecidos que apresentam altas taxas metabólicas em excesso. CONTROLE HUMORAL DA CIRCULAÇÃO Diversos hormônios são secretados na circulação e transportados através do sangue por todo o corpo. Alguns desses hormônios exercem efeitos importantes sobre o funcionamento da circulação. • Norepinefrina e epinefrina, liberadas pela medula adrenal, elas atuam como vasoconstritores em muitos tecidos, estimulando receptores α-adrenérgicos. Contudo, a epinefrina é muito menos potente como vasoconstritor e pode até mesmo causar uma leve vasodilatação ao estimular receptores β-adrenérgicos existentes em alguns tecidos, como o músculo esquelético. • Angiotensina II, trata-se de um potente vasoconstritor, normalmente formado em resposta à depleção da volemia ou à queda de pressão sanguínea. • Vasopressina, também chamada de hormônio antidiurético, é um dos mais potentes vasoconstritores do corpo. É sintetizada no hipotálamo e transportada até a hipófise posterior, onde é liberada em resposta à redução do volume sanguíneo, como se observa na hemorragia, ou diante do aumento da osmolaridade plasmática, como ocorre na desidratação. • Prostaglandinas são sintetizadas em quase todos os tecidos do corpo. Essas substâncias exercem efeitos intracelulares importantes, contudo algumas são liberadas na circulação, em especial, a prostaciclina e as prostaglandinas da série E, que são vasodilatadoras. Algumas prostaglandinas, como o tromboxano A2 e as prostaglandinas da série F, são vasoconstritoras. • Bradicinina, formada no sangue e em líquidos teciduais, é um potente vasodilatador que também aumenta a permeabilidade capilar. Por isso, a elevação dos níveis de bradicinina pode causar edema acentuado e aumentar o fluxo sanguíneo em alguns tecidos. • Histamina, um poderoso vasodilatador, é liberado nos tecidos em casos de lesão ou inflamação tecidual. A maior parte da histamina é liberada pelos mastócitos residentes nos tecidos danificados ou pelos basófilos presentes no sangue. A histamina, assim como a bradicinina, aumenta a permeabilidade capilar e provoca edema tecidual, além de aumentar o fluxo sanguíneo. OS ÍONS E OUTROS FATORES QUÍMICOS TAMBÉM PODEM ALTERAR O FLUXO SANGUÍNEO LOCAL Muitos íons e fatores químicos podem dilatar ou contrair os vasos sanguíneos locais. Seus efeitos específicos são citados a seguir: SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 • O aumento da concentração de íons cálcio provoca vasoconstrição. • O aumento da concentração de íons potássio causa vasodilatação. • O aumento da concentração de magnésio provoca vasodilatação. • O aumento da concentração de íons sódio provoca vasodilatação. • O aumento da osmolaridade sanguínea, decorrente da elevação dos níveis de glicose ou de outras substâncias não vasoativas, provoca vasodilatação. • O aumento da concentração de íons hidrogênio (baixo pH) provoca vasodilatação. • O aumento da concentração de dióxido de carbono provoca vasodilatação na maioria dos tecidos e vasodilatação acentuada no cérebro. {REFERÊNCIA} 1) Tratado de Fisiologia Médica - Guyton - 13ª Edição – 2017 d. PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é a pressão hidrostática exercida pelo sangue nas paredes de um vaso sanguíneo, determinada pelo débito cardíaco. A PA é mais alta na aorta e grandes artérias sistêmicas. A pressão arterial sistólica (PAS) é a pressão exercida nos vasos durante a sístole e a pressão arterial diastólica (PAD) é a pressão exercida nos vasos durante a diástole. Conforme o sangue sai da aorta ao longo da circulação sistêmica, a pressão cai progressivamente, ao passo que a pressão no ventrículo esquerdo aumenta e chega a 0mmHg quando chega no ventrículo direito. A pressão arterial média é regulada por dois sistemas principais: – REFLEXO BARORRECEPTOR (NEUROMEDIADO): tenta restaurar a Pressão arterial para seu valor prefixado em questão de segundos. – SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA: regula a Pressão arterial mais lentamente, agindo principalmente sobre o volume sanguíneo. A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. Vamos fazer uma analogia: imaginem uma mangueira toda vazia e murcha. Conforme abrimos a água, a pressão dentro da mangueira eleva-se e as suas paredes distendem-se. Como a mangueira é um sistema aberto, por mais que a gente abra a torneira, o fato da água sair por uma das extremidades impede que a pressão sob a parede da mangueira fique muito elevada. No corpo humano, porém, o sistema circulatório é um sistema fechado, se a pressão dentro dos vasos for se elevando, o sangue não tem para onde ir, e a única coisa que o organismo pode fazer é distender os vasos sanguíneos de forma a comportar o volume sanguíneo circulante. Teoricamente, os vasos sanguíneos são autorreguláveis, ou seja, eles se dilatam ou se comprimem de acordo com o volume de sangue circulante, de forma a manter a pressão arterial mais ou menos constante. Se o volume de sangue diminui um pouco, os vasos se comprimem (vasoconstrição); se o volume de sangue aumenta um pouco, os vasos dilatam- se (vasodilatação). É lógico que existe um limite, se o volume de sangue diminui muito ou aumenta de forma excessiva, por mais que as artérias se comprimam ou se expandam, elas não vão conseguir manter a pressão arterial em um nível adequado. Portanto, você já consegue entender que uma das causas da hipertensão arterial é um aumento excessivo do volume de sangue dentro dos vasos sanguíneos. Esse excesso costuma ocorrer quando o organismo retém muito sal e água. Porém, a maioria dos pacientes hipertensos não têm excesso de líquidos no organismo, pelo menos não o suficiente para ultrapassar a capacidade de dilatação dos vasos. O que ocorre é uma falha na capacidade de auto regulação. As artérias ficam sempre mais comprimidas que o necessário para a pressão arterial ficar normal. A origem da perda da capacidade de auto regular a pressão arterial, que dá origem à hipertensão, é um processo complexo e ainda não bem esclarecido. Ele envolve fatores genéticos, quantidade de sal (sódio) no organismo, capacidade dos rins de lidarem com o volume de água corporal, produção de hormônios que agem diretamente sobre a parede dos vasos sanguíneos e a própria saúde das artérias, que precisam estar capazes de se contrair e dilatar adequadamente. Quanto menor for a capacidade dos vasos se autorregularem conforme o volume de sangue presente, maior é o risco do paciente desenvolver hipertensão arterial. Os casos mais graves costumam ser aqueles no qual o paciente tem um real excesso de volume e seus vasos são incapazes de dilatar para comportar o aumento da pressão sobre suas paredes. SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 Para que possamos entender o que é uma pressão arterial normal, precisamos antes compreender a forma como descrevemos os valores da pressão. Por exemplo, você sabe o que significa dizer que um paciente tem pressão arterial de 120/80 mmHg? O coração bombeia o sangue através dos seus batimentos. Quando o coração se contrai, ele expulsa o sangue do seu interior em direção aos vasos. Quando ele relaxa, volta-se a encher de sangue. Essa alternância de contração e relaxamento ocorre, em média, de 60 a 100 vezes por minuto. O coração enche e esvazia, enche e esvazia… A pressão sob as paredes das artérias é pulsátil, ou seja, aumenta na fase de contração do coração e diminui na fase de relaxamento. A contração do músculo cardíaco é chamada de sístole. Portanto, a pressão sistólica é aquela que ocorre durante a sístole. O relaxamento do músculo cardíacoé chamado de diástole, logo, pressão diastólica é aquela que ocorre durante a diástole. A pressão arterial atinge o seu maior valor durante a sístole e o menor durante a diástole. Por isso, elas também são chamadas de pressão máxima e pressão mínima. A aferição da pressão arterial é descrita sob a unidade milímetros de mercúrio (mmHg). Logo, se o paciente tem uma pressão arterial de 120/90 mmHg, isso significa que a pressão máxima sobre a parede da artéria, que ocorre durante a sístole, é de 120 mmHg e a pressão mínima, que ocorre durante a diástole, é de 80 mmHg. O público leigo costuma chamar de 12/8 (12 por 8), mas, na verdade, a forma correta é 120/80 (120 por 80), pois este é o valor da pressão em milímetros de mercúrio. As nossas artérias foram programadas para trabalhar dentro de certos valores de pressão. Quando as artérias são submetidas de forma prologada a níveis pressóricos muito elevados, o excesso de tensão sobre suas paredes começa a provocar graves lesões. Pequenas fissuras na parede podem surgir, facilitando o rompimento de pequenos vasos e a formação de placas de cálcio nas artérias de maior calibre. Essas placas, além de diminuírem a própria elasticidade da artéria, também reduzem o calibre interno favorecendo a oclusão da circulação por trombos, evento chamado de trombose. Além das lesões nos vasos sanguíneos, a pressão arterial excessiva também aumenta o trabalho do coração, que precisa bombear o sangue contra uma resistência maior. Após anos de trabalho excessivo, o coração começa a dilatar, levando à insuficiência cardíaca (leia: Insuficiência cardíaca). A pressão arterial normal é, portanto, aquela na qual as artérias não ficam sob estresse e o coração não fica sobrecarregado. Atualmente, os níveis de pressão arterial para adultos, idosos e adolescentes são divididos da seguinte forma: PRESSÃO ARTERIAL NORMAL – pacientes com pressão sistólica menor que 120 mmHg e pressão diastólica menor que 80 mmHg. PRÉ-HIPERTENSÃO – pacientes com pressão sistólica entre 120 e 129 mmHg ou pressão diastólica menor que 80 mmHg. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 – pacientes com pressão sistólica entre 130 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2 – pacientes com pressão sistólica acima de 140 mmHg ou pressão diastólica acima de 90 mmHg. CRISE HIPERTENSIVA – pacientes com pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg. . Os valores descritos acima são usados para diagnosticar e classificar a hipertensão, porém, eles não servem como alvo para o tratamento. Nos pacientes hipertensos em uso de medicamentos, os valores que desejamos alcançar são: Adolescentes e adultos: a pressão arterial deve ficar abaixo de 140/90 mmHg. Adultos que tenham diabetes e/ou doença renal crônica: a pressão arterial deve ficar abaixo de 130/80 mmHg. A definição de hipertensão nas crianças é mais complexa, pois depende do percentil de altura em que ela se encontra. Por exemplo, uma criança de 5 anos que esteja no percentil 10 de altura é considerada hipertensa SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 se tiver valores persistentemente acima de 109/70 mmHg. Já uma criança, também de 5 anos, mas no percentil 90 de altura precisa ter valores frequentemente acima de 115/74 mmHg para ser diagnosticada com hipertensão. Existem tabelas com os valores de pressão arterial aceitáveis de acordo com a idade e com os percentis 5, 10, 25, 50, 75, 90 e 95 de altura. São dezenas de valores possíveis, por isso, ninguém os sabe de cor. Depois de aferir a pressão da criança, é preciso definir em que percentil de altura ela está para poder, através da tabela, interpretar os seus níveis de pressão arterial. Os valores da pressão arterial nas grávidas devem ser os mesmos que nos adultos em geral. Portanto, o normal para uma gestante é ter uma pressão menor que 140/90 mmHg. Porém, apesar dos valores de referência da pressão arterial serem os mesmos, a indicação para começar tratamento com medicamentos é diferente, pois não há benefícios claros com o controle muito rigoroso da pressão nas grávidas, e ainda há o risco de efeitos colaterais para o feto. Na grávida existem três tipos de hipertensão: 1. Hipertensão de início durante a gravidez. 2. Hipertensão crônica, já preexistente antes da gravidez. 3. Pré-eclâmpsia / eclâmpsia. {REFERÊNCIAS} 1. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fisiologia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koohan, 2019. 2. https://blog.jaleko.com.br/reflexo-barorreceptor/ 3. https://www.mdsaude.com/hipertensao/pressao- arterial-normal/ 5- CITE OS PRINCIPAIS EXAMES PARA AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR (DÊ ÊNFASE NO ELETROCARDIOGRAMA) Exames cardíacos mais realizados O coração é um dos órgãos mais sensíveis do corpo humano, o que justifica a existência de diferentes tipos de exames cardiológicos. Eles servem tanto para a prevenção quanto para o acompanhamento de doenças cardíacas. Cada um possui suas especificidades no que diz respeito à realização e, principalmente, na interpretação dos resultados. Essa realidade exige alta qualidade no processo, tanto no aparato tecnológico envolvido, na escolha de equipamentos modernos e na designação de profissionais experientes e habilitados. 1. Radiografia do tórax 2. Eletrocardiograma 3. Teste ergométrico 4. Holter 5. MAPA; 6. Ecocardiograma; 7. Cintilografia do miocárdio; 8. Cateterismo cardíaco; 9. Ressonância magnética do coração e vasos; 10. Tomografia do coração e vasos 11. Angiografia digital Eletrocardiograma O Eletrocardiograma é um exame básico e inicial para avaliação da saúde cardiovascular e apontar para algumas anormalidades cardíacas. Este exame também é solicitado pelo cardiologista para acompanhar a melhora ou piora de algumas doenças, e também, se medicamentos para arritmia ou marca-passos estão sendo eficazes. O Eletrocardiograma também é chamado de ECG ou eletrocardiografia. É um exame que avalia a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos fixados na pele. Através desse exame, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. A partir disso, pode-se diagnosticar a existência de vários problemas cardíacos. Como por exemplo: ➢ Irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia), seja por um coração acelerado (taquicardia), devagar (bradicardia) ou fora do ritmo; ➢ Aumento de cavidades cardíacas; ➢ Patologias coronarianas; ➢ Infarto do miocárdio; ➢ Distúrbios na condução elétrica do órgão; ➢ Problemas nas válvulas do coração; ➢ Pericardite - Inflamação da membrana que envolve o coração; SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 ➢ Hipertrofia das câmaras cardíacas - átrios e ventrículos; ➢ Doenças que isolam o coração - derrame pericárdico ou pneumotórax; ➢ Infarto em situações emergenciais; ➢ Doenças genéticas; ➢ Doenças transmissíveis (Doença de Chagas). O eletrocardiograma também pode ser usado para verificar a saúde do coração quando outras doenças ou condições estão presentes, tais como: ➢ Pressão alta ou hipertensão; ➢ Colesterol alto; ➢ Tabagismo; ➢ Diabetes; ➢ Histórico familiar de doença cardíaca precoce. Além disso, o exame também pode monitorar se dispositivos mecânicos implantados no coração estão funcionando, tais como marca-passos, e se o uso de determinados medicamentos está causando efeitos colaterais no coração. Esse exame também é comumente solicitado na avaliação pré-operatória. O eletrocardiograma é um exame rápido, simples e indolor. Os impulsos elétricos do coração são registrados em um pedaço de papel. Para a realização do ECG, o paciente fica deitado numa maca em repouso por 5 minutos antes do procedimento, para que o resultado não sofra influência de fatores externos, tais como atividadesfísicas ou uso de cigarros e de preferência que o paciente esteja em jejum. Em seguida, são colocados os eletrodos na parede torácica anterior (região frontal do peito), nos punhos e tornozelos, e aplica-se um gel sobre esses dispositivos para facilitar a medição da corrente elétrica. A pele deve estar bem limpa e desengordurada nos locais de fixação dos eletrodos. Se o corpo do paciente tiver muitos pelos, a depilação deve ser feita e se a pele for especialmente oleosa deve ser promovida uma limpeza local com álcool. O eletrocardiógrafo é ligado e conectado aos eletrodos por meio de fios que irão registrar a atividade elétrica do coração. Após o exame, o aparelho fará a impressão de 12 visões distintas do órgão. Para realizar um eletrocardiograma, não há muitos pré-requisitos. Além de se dirigir à unidade com toda a documentação e no horário agendado, o paciente deve informar quais medicações está fazendo uso, pois alguns medicamentos podem alterar o resultado do exame. No mais, o paciente deve observar a lista de contraindicações do exame. Alguns preparos simples podem ser solicitados através do agendamento online. Como por exemplo: O paciente deve sempre relatar ao médico os medicamentos que faz uso, já que alguns deles podem causar alterações no resultado do exame; O exame não deve ser feito com jóias no pescoço, braços ou pulso; Para homens com muitos pelos no tórax, pode ser necessário cortá-los; Também não é recomendado praticar exercícios físicos momentos antes do exame, pois pode alterar o nível do batimento cardíaco. Apesar de não haver contraindicações, o resultado do exame pode não ser confiável em caso de pessoas que não conseguem ficar paradas, como por tremores ou Parkinson, por exemplo. De maneira geral, qualquer pessoa pode realizar o exame, incluindo gestantes ou lactantes. O eletrocardiograma geralmente leva de 5 a 10 minutos para ser concluído. O exame deve ser executado periodicamente, dependendo da faixa etária e do sexo biológico. Mulheres a partir dos 50 anos e homens a partir dos 40 anos SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 devem fazer o ECG padrão anualmente. A partir dele pode ser recomendado o teste de esforço, caso necessário, como por exemplo para indivíduos que pretendem começar a se exercitar na academia. O eletrocardiograma também pode ser requisitado em exames admissionais e demissionais para trabalhadores. O raio x do tórax é utilizado para a avaliação da estrutura do coração, incluindo o seu tamanho. Também permite ao médico ter uma visão geral sobre todo o complexo sistema de veias, vasos e artérias. Até mesmo o pulmão recebe atenção especial no exame, pois uma alteração nesse órgão pode ter origem em um problema cardíaco. A radiografia de tórax é executada por um técnico em radiologia e seus resultados são analisados e interpretados por um médico especialista em radiologia médica. O exame é bastante simples e rápido, oferece riscos controlados de exposição à radiação ionizante, mas é contraindicado para gestantes, especialmente nos primeiros meses de gravidez. O eletrocardiograma de esforço é também chamado de teste ergométrico. O exame segue a mesma lógica do ECG normal, com a colocação de eletrodos nos braços, tornozelos e tórax do paciente. Mas a diferença é que, como o nome sugere, os dados são colhidos enquanto o paciente realiza esforço físico. Para isso, ele pode tanto caminhar ou correr em uma esteira quanto pedalar em uma bicicleta ergométrica. A sua realização é acompanhada por profissional treinado e equipamentos de primeiros socorros – ainda que anormalidades durante o exame sejam raras. O holter é um tipo de eletrocardiograma de alta duração. O que o exame faz é estender o tempo de observação da atividade elétrica do paciente, algo bastante útil para o diagnóstico e acompanhamento de arritmias, por exemplo. Sua realização depende de um aparelho do tamanho de um telefone celular, com bateria própria, que fica com o paciente durante 24 horas, posicionado na altura da sua cintura. Também a partir de eletrodos, como em um ECG normal, são coletados dados durante as atividades de rotina. Angina, pericardite, infarto e isquemia miocárdica são outras condições médicas cujo diagnóstico se favorece da utilização do holter 24 horas. Seu funcionamento é parecido com o do holter, embora tenham objetivos bastante diferentes. Enquanto o holter investiga arritmias, o MAPA acompanha casos de hipertensão e hipotensão – pressão alta e baixa, respectivamente. SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 A partir de um aparelho posicionado no braço do paciente, são realizadas medições automáticas da pressão arterial a cada 15 minutos. Os dados são registrados em outro aparelho, este instalado na cintura do paciente. O exame é requisitado quando há necessidade médica de acompanhar o comportamento da pressão arterial ao longo do dia. O ecocardiograma é uma ultrassonografia do coração, exame que constrói imagens do órgão a partir do som. Através dele, é possível definir o tamanho do coração, conhecer a sua forma, verificar movimentos, avaliar a força de bombeamento e até mesmo identificar em que direção e com que velocidade ocorre o fluxo sanguíneo nas cavidades cardíacas. Quando associado ao Doppler, o ecocardiograma resulta em imagens coloridas e em 3D, o que amplia a capacidade de visualização de detalhes funcionais e anatômicos do órgão. O exame costuma ser solicitado quando há queixas de palpitações, falta de ar, desmaio e dores no peito, além do acompanhamento de cardiopatias congênitas, insuficiência cardíaca e outras doenças do músculo e das válvulas cardíacas. A cintilografia do miocárdio é um exame empregado na avaliação do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias e da sua distribuição ao músculo cardíaco. Dessa forma, pode detectar até mesmo problemas graves no coração, como a possibilidade de infarto agudo do miocárdio. Sua realização depende do uso de contraste, substância injetada no paciente, que permite melhor visualização da área estudada. A cintilografia pode ser requisitada pelo médico em casos de insuficiência cardíaca, transplante do coração e doenças valvulares, mas também a partir de queixas de dores no peito, a critério do médico. O cateterismo cardíaco, ou angiografia coronária, é um exame destinado ao diagnóstico ou tratamento do infarto e da angina. É realizado a partir da introdução de um tubo fino e flexível em artéria do braço ou da perna do paciente, sendo conduzido dali até o coração. Dessa forma, permite ao médico examinar o interior dos vasos sanguíneos e até mesmo remover placas de gordura no local. Esse é um procedimento que só pode ser realizado em hospitais de referência em cardiologia, sendo conduzido por médico especialista. Os principais riscos do cateterismo envolvem sangramentos, lesões e alterações nos batimentos cardíacos. SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 A ressonância magnética representa uma evolução do raio x, pois permite o diagnóstico por imagens, mas sem utilizar radiação ionizante. Graças à sua evolução, é hoje um dos principais tipos de exames cardiológicos, oferecendo dados anatômicos em alta definição. É empregada em casos de cardiopatias congênitas, pericardites, doenças da artéria aorta, tumores e também para a avaliação funcional do coração. A partir dela, o médico pode conduzir melhor a abordagem sobre fibroses, inflamações e também na isquemia miocárdica. O exame dura cerca de 40 minutos, é seguro e não invasivo. Em pacientes que apresentam claustrofobia, pode ser aplicada uma sedação leve. A tomografia computadorizada do coração é um exame não invasivo e bastante seguro, geralmente utilizadoa partir de queixas de dor torácica. Sua realização pode diagnosticar doenças coronárias sem o emprego de contraste. Outra aplicação importante se dá na detecção da aterosclerose mesmo quando ainda não existem sintomas, na chamada fase subclínica da doença. Também é um exame solicitado na avaliação coronariana pré-operatória em cirurgias não cardíacas. A angiografia digital é um exame de imagem que estuda os vasos sanguíneos em veias e artérias. Ele utiliza contraste para qualificar a visualização das áreas investigadas, permitindo detectar tumores, coágulos e outras anormalidades, como obstruções e aneurismas, que são dilatações das estruturas. Dessa forma, é um importante instrumento preventivo ao infarto agudo do miocárdio e à angina. O exame é realizado em hospitais, dura cerca de uma hora e os riscos são mínimos, especialmente relacionados a uma possível reação alérgica à substância do contraste. SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 {REFERÊNCIAS} 1. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/tipos-de- exames-cardiologicos 2. https://lavoisier.com.br/saude/blog/eletrocardiogr ama 6- CARACTERIZE AS PRINCIPAIS DOENÇAS CARDÍACAS Doenças cardiovasculares As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos e incluem: ➢ DOENÇA CORONARIANA – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco; ➢ DOENÇA CEREBROVASCULAR – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro; ➢ DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA – doença dos vasos sanguíneos que irrigam os membros superiores e inferiores; ➢ DOENÇA CARDÍACA REUMÁTICA – danos no músculo do coração e válvulas cardíacas devido à febre reumática, causada por bactérias estreptocócicas; ➢ CARDIOPATIA CONGÊNITA – malformações na estrutura do coração existentes desde o momento do nascimento; ➢ TROMBOSE VENOSA PROFUNDA E EMBOLIA PULMONAR – coágulos sanguíneos nas veias das pernas, que podem se desalojar e se mover para o coração e pulmões. As doenças cardiovasculares se caracterizam por um conjunto de disfunções que atingem o coração e os vasos sanguíneos. De forma usual, as cardiopatias ocorrem mais em pessoas a partir dos 50 anos, embora as patologias possam acometer indivíduos de todas as idades. Elas estão mais presentes em pacientes do sexo masculino do que em mulheres. Na maioria das vezes a doença cardiovascular se dá em razão de uma vida de excessos e hábitos pouco saudáveis – tabagismo, obesidade, estresse, má alimentação e falta de exercícios físicos estão associados ao surgimento das principais doenças cardiovasculares. Pessoas com hipertensão, diabetes e colesterol alto também estão suscetíveis a sofrer com problemas cardiovasculares, caso não se previnam. Por isso, é certo afirmar que, na maior parte dos casos, os riscos de cardiopatia podem ser prevenidos por meio de práticas saudáveis ao longo da vida e regularidade nos checkups junto a um cardiologista de confiança. Doenças cardiovasculares mais comuns 1. Pressão alta (hipertensão) 2. Insuficiência cardíaca 3. Ataque cardíaco (infarto) 4. Arritmia cardíaca 5. Aneurisma da aorta abdominal 6. Cardiopatia congênita 7. Angina 8. Miocardite 9. Cardiopatia isquêmica (CI) 10. Insuficiência Cardíaca (IC) 11. Fibrilação atrial (FA) 12. Morte súbita cardíaca (MSC) Esse tipo de condição cardiovascular se caracteriza pelo elevado nível da pressão arterial. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), 32% dos brasileiros adultos (cerca de 36 milhões de pessoas) têm hipertensão. A hipertensão é dividida em três tipos distintos, determinados pelos níveis da pressão arterial. Para melhor compreensão da doença, é preciso entender o valor mínimo para que ocorra o aumento da pressão. Se o resultado do exame for igual ou superior a 140/90 mmHg (ou 14 por 9), é constatado um elevado nível de pressão arterial. Esse valor faz com que haja esforço excessivo do coração. Se o sistema cardíaco for sobrecarregado pelo problema, o risco do paciente sofrer um acidente vascular cerebral, infarto, ou aneurisma aumenta. Apesar de ser uma doença crônica, ou seja, sem cura, a hipertensão pode ser controlada. Somente o cardiologista responsável poderá indicar o melhor tipo de medicamento, baseado no nível do problema. Conhecida também como insuficiência cardíaca congestiva, essa talvez seja uma das principais doenças cardiovasculares. Consiste na incapacidade do coração em bombear sangue de forma satisfatória para as demais partes do corpo. Ela pode ocorrer de duas formas. SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 Quando há INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SISTÓLICA, o coração não consegue expelir o sangue adequadamente. Já a INSUFICIÊNCIA DIASTÓLICA, se refere à falta de sangue nos músculos do coração, em detrimento de sua rigidez. A doença cardiovascular em questão é crônica. Ou seja, ela geralmente se desenvolve de forma gradual, salvo raras exceções. E mesmo comprometendo só um lado, todo coração é afetado pela disfunção. Com a insuficiência do bombeamento cardíaco constatado, o paciente tende a sofrer com acúmulo de sangue nas mais variadas regiões como pulmões, fígado, braços, pernas, etc. Em detrimento disso, o local afetado pode vir a sofrer com falta de oxigênio e nutrientes. Para o tratamento, recomenda-se a restrição de alimentos com excesso de sal e gordura. Dentre os tratamentos indicados pelo cardiologista, destaca-se a administração de anti-hipertensivos, diuréticos e fármacos que diminuam a carga de adrenalina. Um dos problemas mais comuns, no que se refere às doenças cardiovasculares é o infarto, que se caracteriza pelo bloqueio do fluxo sanguíneo. Por se tratar de uma emergência médica, os sintomas devem ser levados em consideração o quanto antes. Dor no peito, desconforto irradiado para braços e costas, formigamento nos membros superiores, falta de ar, sudorese, palidez e tontura podem ser indícios de um ataque cardíaco. O tratamento emergencial consiste no restabelecimento do fluxo sanguíneo. Em alguns casos, o paciente é submetido a um cateterismo cardíaco para acabar com a obstrução do vaso. Em situações mais extremas, indica-se a angioplastia para que a placa de gordura que impede o fluxo seja expelida. Se houver muitos vasos comprometendo a passagem do sangue, o paciente deve passar por uma cirurgia de revascularização. É quando há uma alteração no batimento cardíaco. Seja de forma descompassada, acelerada ou lenta. Normalmente a frequência do batimento cardíaco em uma pessoa saudável é de 60 a 100 bpm (batimentos por minuto). A arritmia cardíaca pode ser classificada como benigna ou maligna. No primeiro caso, a alteração do ritmo cardíaco não altera o desempenho cardíaco. Pode ser controlada com a administração de medicamentos e com exercícios físicos. Já a maligna concentra o maior número de mortes, já que o desgaste físico contribui para o comprometimento do coração. Com eletrocardiograma ou teste ergométrico é possível diagnosticar essa disfunção, que está entre as principais doenças cardiovasculares. O tratamento mais indicado pelo médico cardiologista é o uso de marcapasso, principalmente para pacientes que sofrem com arritmias de baixa frequência. Ocorre quando há uma dilatação da artéria aorta – maior do corpo humano – na altura do abdômen. Ela é responsável por levar sangue para todas as partes do corpo. Apesar da alta mortalidade, o problema pode ser abrandado se houver diagnóstico precoce. Muitas vezes essa dilatação é decorrente pela presença de placas de gordura concentradas na artéria. Nos últimos anos, a cardiopatia está associada à alteração na estrutura da parede da aorta. Se isso não for remediado em curto prazo, a tendência é que as paredes fiquem mais frágeis, podendo até se romper. Esse, por sua vez,é o principal desencadeador de morte. O tratamento se dá por meio clínico e cirúrgico. Como o próprio nome se refere, é uma condição cardíaca que ocorre antes do paciente nascer. Caracteriza-se por qualquer alteração do coração e dos vasos, que já podem ser constatados no nascimento do bebê. No Brasil, o número de bebês que nascem todos os anos com esse tipo de problema é bastante alarmante. São cerca de 20 mil crianças com a cardiopatia, sendo que mais da metade precisará se submeter a uma cirurgia cardíaca nos primeiros meses de vida. Além do tratamento mais invasivo, a recuperação poderá se dar sozinha ou com o uso de alguns medicamentos nos primeiros anos da criança. SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 A angina é um desconforto no peito, causado por redução do fluxo sanguíneo. A patologia pode ser tratada como uma doença específica e até como um sintoma de cardiopatia. Geralmente acomete pessoas a partir dos 40 anos. Além da dor no peito, o paciente poderá manifestar dores no pescoço, axilas e membros superiores, além de fadiga e falta de ar. O tratamento pode ser feito com base de medicamentos betabloqueadores, anti-hipertensivos, entre outros remédios cardíacos. Em alguns casos a cirurgia é requisitada, sendo a ponte de safena e a revascularização coronariana híbrida as mais comuns. Essa cardiopatia se caracteriza pela inflamação do coração, decorrente de alguma infecção do organismo. Dentre os sintomas mais comuns destacam-se a dor no peito, falta de ar e tonturas. De forma geral ela é oriunda de alguma gripe ou catapora mal curada. O vírus dessas doenças pode causar uma infecção no músculo cardíaco. O mesmo pode acontecer com bactérias e fungos, embora sejam mais raros. Felizmente a miocardite é altamente tratável e tem cura. O problema tende a sumir quando as funções do organismo são restabelecidas. Se o coração estiver gravemente comprometido pela inflamação, o paciente deve ser internado com urgência. Normalmente a recuperação exige repouso absoluto, feito na própria casa do paciente. No entanto, o tratamento para erradicar a infecção se faz necessário com a administração de antibióticos, antivirais, ou qualquer remédio contra o causador da miocardite. Já o cardiologista responsável poderá prescrever anti-hipertensivos, betabloqueadores e diuréticos para diminuição de inchaços. Ocorre quando existe redução ou interrupção da circulação de sangue em uma ou mais artérias do coração (conhecidas como coronárias). O maior problema é que o quadro pode evoluir sem a presença de sintomas, passando por casos com angina de peito (dor torácica) até infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco. O cardiologista destaca que, por conta da diminuição do fluxo de sangue nas coronárias, ocorre uma lesão no músculo do coração, o que pode resultar em redução da força de contração ou de bombeamento e até mesmo em parada cardíaca e morte. A doença é caracterizada pela diminuição do fluxo de sangue bombeado do coração para o restante do corpo. Com isso, o volume é insuficiente para atender todas as necessidades de oxigênio e nutrientes do organismo. Por conta disso, podem ocorrer limitações na realização de atividade da rotina. A IC pode ser resultado de HAS mal tratada ao longo de anos ou de cardiopatia isquêmica com danos severos ao músculo do coração. É uma doença progressiva, podendo ter sérias implicações para a pessoa, devido à restrição física, arritmias e até morte súbita. Trata-se de uma arritmia cardíaca frequente com o envelhecimento da população, em que ocorre a alteração do ritmo normal do coração, que passa a bater irregularmente. Pode causar quadros de mal-estar, palpitações, tonturas e até mesmo um AVC. Pessoas com fibrilação atrial precisam receber medicamentos anticoagulantes durante toda a vida, para prevenir o surgimento de problemas. Um evento súbito e inesperado, que pode ser precedido por sinais e sintomas ou se apresentar em indivíduos assintomáticos. Geralmente, as vítimas possuem algum problema cardíaco de base, porém, frequentemente, o desconhecem. A doença é causada por uma parada cardiorrespiratória (PCR), em que a pessoa sofre uma arritmia grave chamada de fibrilação ventricular, na qual o coração não consegue bombear o sangue para o corpo. Bastam poucos segundos para que a vítima perca a consciência, pare de respirar e fique sem pulsação. Quando não tratada imediatamente, pode resultar em óbito. Principais fatos SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 ➢ As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo: mais pessoas morrem anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. ➢ Estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes em nível global. Desses óbitos, estima-se que 7,4 milhões ocorrem devido às doenças cardiovasculares e 6,7 milhões devido a acidentes vasculares cerebrais (AVCs). ➢ Mais de três quartos das mortes por doenças cardiovasculares ocorrem em países de baixa e média renda. ➢ Das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas com menos de 70 anos) por doenças crônicas não transmissíveis, 82% acontecem em países de baixa e média renda e 37% são causadas por doenças cardiovasculares. ➢ A maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio da abordagem de fatores comportamentais de risco – como o uso de tabaco, dietas não saudáveis e obesidade, falta de atividade física e uso nocivo do álcool –, utilizando estratégias para a população em geral. ➢ Para as pessoas com doenças cardiovasculares ou com alto risco cardiovascular (devido à presença de um ou mais fatores de risco como hipertensão, diabetes, hiperlipidemia ou doença já estabelecida) é fundamental o diagnóstico e tratamento precoce, por meio de serviços de aconselhamento ou manejo adequado de medicamentos. {REFERÊNCIAS} 1. https://centromedicoberrini.com.br/artigos/conhe ca-algumas-das-doencas-cardiovasculares-mais- comuns 2. http://www.simers.org.br/noticia/doencas- cardiovasculares-mais-comuns 3. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com _content&view=article&id=5253:doencas- cardiovasculares&Itemid=1096 7- DISCORRA A INTERAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO COM O SISTEMA CARDIOVASCULAR Controle do sistema cardiovascular pelo SNA {SISTEMA NERVOSO AOTÔNOMO} O sistema nervoso autônomo, chamado também de vegetativo, é a parte do sistema nervoso responsável pela regulação das funções internas do organismo: cardiovascular, pulmonar, renal, digestiva, entre outras, para garantir a homeostase, um ritmo de base harmoniosa e para permitir uma adaptação do organismo a toda mudança deste ritmo de base. Esta regulação ocorre independente de toda vida consciente. O sistema nervoso autônomo possui dois ramos: um ramo chamado PARASSIMPÁTICO (repouso, inibitório) ou vegetal, cujo mediador químico terminal é a ACETILCOLINA e um outro ramo chamado simpático (luta, fuga) cujo mediador químico terminal é a NORADRENALINA. A transmissão do influxo nervoso no ramo simpático é mais lenta que no ramo parassimpático. Estes dois ramos possuem efeitos antagonistas, em geral, nos sistemas em que atuam; sobre o ritmo cardíaco, nitidamente, o parassimpático possui um efeito moderador enquanto que o simpático possui em efeito acelerador. No que concerne ao sistema cardiovascular, o objetivo do sistema nervoso autônomo é manter em todas as partes do corpo uma pressão adequada para a oxigenação dos tecidos. O sistema nervoso autônomo atua, essencialmente, em duas partes do sistema cardiovascular para a regular a pressão: no CORAÇÃO e nos VASOS. No que segue, apresenta-se a atuação do SNA nestes elementos: O sistema nervoso autônomo controla o automatismo cardíaco pelo intermédio do balanço simpático-parassimpático permitindo
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