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Sistema Cardiovascular - UCT4 - SP2

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SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
 
 
1-EXPLIQUE A FISIOLOGIA DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR (COM ÊNFASE NA 
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA). 
 
Visão geral do sistema circulatório 
Em termos mais simples, um sistema circulatório é 
uma série de tubos (vasos sanguíneos) cheios de líquido 
(sangue), conectados a uma bomba (o coração). A 
pressão gerada no coração propele o sangue 
continuamente pelo sistema. O sangue captura o 
oxigênio nos pulmões e os nutrientes no intestino e, 
então, entrega essas substâncias para as células 
corporais enquanto, simultaneamente, remove resíduos 
celulares e calor para serem excretados. Além disso, o 
sistema circulatório tem um papel importante na 
comunicação célula a célula e na defesa do corpo contra 
invasores. 
 
O sistema circulatório é constituído por coração, 
vasos sanguíneos e sangue O sistema circulatório é 
constituído por coração, vasos sanguíneos (também 
denominados vasculatura), células e plasma sanguíneos. 
Os vasos sanguíneos que carregam sangue adiante a 
partir do coração são chamados de ARTÉRIAS; os vasos 
sanguíneos que trazem sangue para o coração são 
chamados de VEIAS. 
 
À medida que o sangue é transportado pelo 
sistema circulatório, um sistema de valvas no coração e 
nas veias assegura que o sangue flua em apenas um 
sentido. Semelhante a uma roleta na entrada de um 
parque de diversões, as valvas impedem que o sangue 
inverta o sentido do seu fluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O coração está dividido por uma parede central, 
ou septo, em metades esquerda e direita. 
 
 
 
Cada metade funciona como uma bomba 
independente que consiste em um átrio e um ventrículo. 
Os átrios recebem o sangue que retorna ao coração dos 
vasos sanguíneos, e os ventrículos bombeiam o sangue 
para dentro dos vasos sanguíneos. O lado direito do 
coração recebe sangue a partir dos tecidos e o envia 
para os pulmões, onde será oxigenado. O lado esquerdo 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
do coração recebe o sangue recém-oxigenado dos 
pulmões e o bombeia para os tecidos de todo o corpo. 
 
 
 
Observe que o sangue no lado direito do coração 
está pintado de azul. Essa é uma convenção utilizada para 
mostrar o sangue do qual o oxigênio foi extraído pelos 
tecidos. Embora esse sangue seja frequentemente 
descrito como desoxigenado, ele não está 
completamente desprovido de oxigênio; simplesmente 
tem menos oxigênio do que o sangue que sai dos 
pulmões e vai para os tecidos. 
Em pessoas vivas, o sangue bem oxigenado é 
vermelho-vivo, ao passo que o sangue com pouco 
oxigênio é vermelho-escuro. Sob algumas condições, o 
sangue com baixo conteúdo de oxigênio pode conferir 
uma coloração azulada a certas áreas da pele, como ao 
redor da boca e embaixo das unhas. Essa condição, 
denominada cianose, é o motivo para se utilizar o azul 
em desenhos para indicar o sangue com baixos teores 
de oxigênio. 
 
A partir do átrio direito, o sangue flui para dentro 
do ventrículo direito do coração, de onde ele é 
bombeado via artérias pulmonares para os pulmões, 
onde é oxigenado. Observe a mudança de cor do azul 
para o vermelho na Figura 14.1, indicando conteúdo de 
oxigênio mais alto após o sangue deixar os pulmões. A 
partir dos pulmões, o sangue vai para o lado esquerdo 
do coração através das veias pulmonares. Os vasos 
sanguíneos que vão do ventrículo direito para os 
pulmões e os que voltam para o átrio esquerdo são 
denominados circulação pulmonar. 
 
O sangue proveniente dos pulmões entra no 
coração no átrio esquerdo e passa para o ventrículo 
esquerdo. O sangue é bombeado para fora do ventrículo 
esquerdo e entra em uma grande artéria conhecida 
como aorta. A aorta ramifica-se em uma série de artérias 
menores que, por sua vez, ramificam-se em artérias 
ainda menores até chegarem, por fim, em uma rede de 
capilares. Observe, na parte superior da Figura 14.1 que a 
cor muda do vermelho para o azul quando o sangue 
passa pelos capilares, indicando que o oxigênio saiu do 
sangue e se difundiu para os tecidos. 
 
Após deixar os capilares, o sangue flui para o lado 
venoso da circulação, movendo-se de pequenas veias 
para veias cada vez maiores. As veias da parte superior 
do corpo se juntam e formam a veia cava superior. As 
veias da parte inferior se juntam e formam a veia cava 
inferior. As duas veias cavas desembocam no átrio direito. 
Os vasos sanguíneos que levam o sangue do lado 
esquerdo do coração para os tecidos e de volta para o 
lado direito do coração são denominados circulação 
sistêmica. 
 
Retorne à Figura 14.1 e siga as ramificações da aorta 
após ela deixar o ventrículo esquerdo. O primeiro ramo 
representa as artérias coronárias, que nutrem o próprio 
músculo cardíaco. O sangue dessas duas artérias flui para 
os capilares e, então, para as veias coronárias, as quais 
desaguam diretamente no seio coronariano, dentro do 
átrio direito. Ramos ascendentes da aorta vão para os 
braços, a cabeça e o encéfalo. A aorta abdominal supre 
de sangue o tronco, as pernas e os órgãos internos, 
como o fígado (artéria hepática), o trato digestório e os 
rins (artéria renal). 
 
Observe dois arranjos especiais da circulação. Um 
é o suprimento sanguíneo para o trato digestório e para 
o fígado. Ambas as regiões recebem sangue bem-
oxigenado através de suas próprias artérias, mas, além 
disso, o sangue deixa o trato digestório e vai diretamente 
para o fígado pela veia porta do fígado. O fígado é um 
órgão importante de processamento de nutrientes e 
tem um papel principal na destoxificação de substâncias 
estranhas. A maioria dos nutrientes absorvidos no 
intestino é levada diretamente ao fígado, permitindo que 
este órgão processe o material antes de ele ser liberado 
na circulação geral. Os dois leitos capilares do trato 
digestório e do fígado, unidos pela veia porta do fígado, 
são um exemplo de sistema porta. 
 
Um segundo sistema porta existe nos rins, onde 
dois leitos capilares são conectados em série. Um terceiro 
sistema porta, discutido anteriormente, mas não 
mostrado aqui, é o sistema porta hipotálamo-hipofisário, 
que conecta o hipotálamo e a adeno-hipófise. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
{REFERÊNCIAS} 
1. Unglaub, Silverthorn, D. Fisiologia Humana . Grupo 
A. [Minha Biblioteca]. 
 
 
2- EXPLIQUE O QUE É CICLO CARDÍACO 
Ciclo cardíaco (batimento cardíaco) 
Cada ciclo cardíaco possui duas fases: diástole, o 
tempo durante o qual o músculo cardíaco relaxa, e 
sístole, período durante o qual o músculo contrai. Uma 
vez que os átrios e os ventrículos não contraem e 
relaxam simultaneamente, discutiremos os eventos atriais 
e ventriculares separadamente. 
 
Pensando sobre o fluxo sanguíneo durante o ciclo 
cardíaco, lembre-se de que o sangue flui de uma área 
de maior pressão para uma de menor pressão, e que a 
contração aumenta a pressão, ao passo que o 
relaxamento a diminui. Nessa discussão, dividimos o ciclo 
cardíaco em cinco fases. 
 
Começamos o ciclo cardíaco no breve momento 
durante o qual tanto os átrios como os ventrículos estão 
relaxados. Os átrios estão se enchendo com o sangue 
vindo das veias e os ventrículos acabaram de completar 
uma contração. À medida que os ventrículos relaxam, as 
valvas AV entre os átrios e os ventrículos se abrem e o 
sangue flui por ação da gravidade dos átrios para os 
ventrículos. Os ventrículos relaxados expandem-se para 
acomodar o sangue que entra. 
 
A maior quantidade de sangue entra nos 
ventrículos enquanto os átrios estão relaxados, mas pelo 
menos 20% do enchimento é realizado quando os átrios 
contraem e empurram sangue para dentro dos 
ventrículos. (Isso se aplica a uma pessoa normal em 
repouso. Quando a frequência cardíaca aumenta, como 
no exercício, a contração atrial desempenha um papel 
mais importante no enchimento ventricular.) A sístole, ou 
contração atrial, inicia seguindo a onda de despolarização 
que percorre rapidamenteos átrios. A pressão 
aumentada que acompanha a contração empurra o 
sangue para dentro dos ventrículos. 
 
Embora as aberturas das veias se estreitem 
durante a contração, uma pequena quantidade de 
sangue é forçada a voltar para as veias, uma vez que 
não há valvas unidirecionais para bloquear o refluxo do 
sangue. Esse movimento do sangue de volta para as 
veias pode ser observado como um pulso na veia jugular 
de uma pessoa normal que está deitada e com a cabeça 
e o peito elevados cerca de 30°. (Olhe no espaço 
formado onde o músculo esternocleidomastóideo passa 
por baixo da clavícula.) Um pulso jugular observado mais 
acima no pescoço em uma pessoa sentada ereta é um 
sinal de que a pressão no átrio direito está acima do 
normal. 
 
Enquanto os átrios se contraem, a onda de 
despolarização se move lentamente pelas células 
condutoras do nó AV e, então, pelas fibras de Purkinje 
até o ápice do coração. A sístole ventricular inicia no 
ápice do coração quando as bandas musculares em 
espiral empurram o sangue para cima em direção à base. 
O sangue empurrado contra a porção inferior das valvas 
AV as faz se fecharem, de modo que não haja refluxo 
para os átrios. As vibrações seguintes ao fechamento das 
valvas AV geram a primeira bulha cardíaca, S1, o “tum” 
do “tum-tá”. 
 
Com ambos os conjuntos de valvas AV e válvulas 
semilunares fechadas, o sangue nos ventrículos não tem 
para onde ir. Entretanto, os ventrículos continuam a se 
contrair, comprimindo o sangue da mesma forma que 
você apertaria um balão cheio de água com as mãos. 
Isso é similar a uma contração isométrica, na qual as fibras 
musculares geram força sem produzir movimento. 
Retomando a analogia do tubo de creme dental, é como 
apertá-lo ainda com a tampa: alta pressão é gerada no 
interior do tubo, mas o creme dental não tem por onde 
sair. Essa fase é chamada de contração ventricular 
isovolumétrica, a fim de destacar o fato de que o volume 
sanguíneo no ventrículo não está variando. 
 
Enquanto os ventrículos iniciam sua contração, as 
fibras musculares atriais estão repolarizando e relaxando. 
Quando as pressões no átrio atingem valores inferiores 
às pressões nas veias, o sangue volta a fluir das veias 
para os átrios. O fechamento das valvas AV isola as 
câmaras cardíacas superiores das inferiores e, dessa 
forma, o enchimento atrial é independente dos eventos 
que ocorrem nos ventrículos. 
 
Quando os ventrículos contraem, eles geram 
pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares e 
empurrar o sangue para as artérias. A pressão gerada 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
pela contração ventricular torna-se a força motriz para o 
fluxo sanguíneo. O sangue com alta pressão é forçado 
pelas artérias, deslocando o sangue com baixa pressão 
que as preenche, empurrando-o ainda mais adiante na 
vasculatura. Durante essa fase, as valvas AV 
permanecem fechadas e os átrios continuam se 
enchendo. 
 
No final da ejeção ventricular, os ventrículos 
começam a repolarizar e a relaxar, diminuindo a pressão 
dentro dessas câmaras. Uma vez que a pressão 
ventricular cai abaixo da pressão nas artérias, o fluxo 
sanguíneo começa a retornar para o coração. Este fluxo 
retrógrado enche os folhetos (cúspides) em forma de 
taça das válvulas semilunares, forçando-os para a posição 
fechada. As vibrações geradas pelo fechamento das 
válvulas semilunares geram a segunda bulha cardíaca, S2, 
o “tá” do “tum-tá”. 
 
Uma vez que as válvulas semilunares se fecham, 
os ventrículos novamente se tornam câmaras isoladas. 
As valvas AV permanecem fechadas devido à pressão 
ventricular que, embora em queda, ainda é maior que a 
pressão nos átrios. Esse período é chamado de 
relaxamento ventricular isovolumétrico, porque o volume 
sanguíneo nos ventrículos não está mudando. 
 
Quando o relaxamento do ventrículo faz a pressão 
ventricular cair até ficar menor que a pressão nos átrios, 
as valvas AV se abrem. O sangue que se acumulou nos 
átrios durante a contração ventricular flui rapidamente 
para os ventrículos. O ciclo cardíaco começou 
novamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
{REFERÊNCIAS} 
1. Unglaub, Silverthorn, D. Fisiologia Humana. Grupo 
A. [Minha Biblioteca]. 
 
3- EXPLIQUE COMO OCORRE: 
a. O IMPULSO ELÉTRICO NO 
CORAÇÃO 
 
Sistema de Condução 
O coração tem dois tipos de células, as células 
MIOCÁRDICAS, também denominadas células funcionais, 
que quando estimuladas eletricamente são capazes de 
se contrair, e as células MARCAPASSO, responsáveis 
pela geração e condução dos estímulos elétricos. (VAN 
DE GRAAF, 2003). 
 
 
 
O controle da atividade cardíaca é feito sistema 
nervoso simpático e parassimpático, que inervam de 
forma abundante o coração (GUYTON; HALL, 2006). 
 
O nó SA está localizado na parede posterior do 
átrio direito, onde a veia cava chega ao coração. O nó 
AV está na porção inferior do septo interatrial. O feixe 
de His está no topo do septo interventricular, esse feixe 
se divide no interior da parede dos ventrículos 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
denominando-se fibras de Purkinje, causando a 
contração simultânea dos ventrículos 
 
 
 
Sístole é a contração da câmara cardíaca para 
ejeção do sangue presente em seu interior. Diástole é o 
relaxamento da câmara cardíaca para um novo 
preenchimento de sangue em seu interior (GUYTON; 
HALL, 2006). 
 
 
 
A média de batimentos cardíacos em um adulto 
saudável fica em torno de 70 batimentos por minuto, 
variando conforme as necessidades do corpo, como 
exercícios físicos, situações de estresse e repouso (VAN 
DE GRAAFF, 2003). 
 
A regulação da ritmicidade do coração ocorre no 
nó SA ou marca passo do coração. Esta ritmicidade 
ocorre porque as membranas das fibras do nó SA são 
muito permeáveis ao sódio, que passa para o interior das 
fibras, fazendo com que o potencial da membrana em 
repouso passe para o valor positivo até atingir seu limiar 
transformando em potencial de ação. (GUYTON; HALL, 
2006). 
 
Sinais elétricos coordenam a contração 
A comunicação elétrica no coração começa com 
um potencial de ação em uma célula autoexcitável. A 
despolarização se propaga rapidamente para as células 
vizinhas através das junções comunicantes nos discos 
intercalares (FIG. 14.13). 
 
 
 
A onda de despolarização é seguida por uma onda 
de contração, que passa pelo átrio e depois vai para os 
ventrículos. A despolarização inicia no nó sinoatrial (nó 
SA), as células autoexcitáveis no átrio direito que servem 
como o principal marca-passo do coração (FIG. 14.14). A 
onda de despolarização, então, propaga-se rapidamente 
por um sistema especializado de condução, constituído 
de fibras autoexcitáveis não contráteis. Uma via internodal 
ramificada conecta o nó SA com o nó atrio-ventricular 
(nó AV), um grupo de células autoexcitáveis perto do 
assoalho do átrio direito. 
Do nó AV, a despolarização move-se para os 
ventrículos. As fibras de Purkinje, células de condução 
especializada dos ventrículos, transmitem os sinais 
elétricos muito rapidamente para baixo pelo fascículo 
atrioventricular, ou feixe AV, também chamado de feixe 
de His (“hiss”), no septo ventricular. Percorrido um curto 
caminho no septo, o fascículo se divide em ramos 
esquerdo e direito. Esses ramos continuam se deslocando 
para o ápice do coração, onde se dividem em pequenas 
fibras de Purkinje, que se espalham lateralmente entre as 
células contráteis. 
O sinal elétrico para a contração começa quando 
o nó SA dispara um potencial de ação e a despolarização 
se propaga para as células vizinhas através das junções 
comunicantes 1. A condução elétrica é rápida através das 
vias de condução internodais 2 do átrio 3, porém mais 
lenta através das células contráteis 
Quando os potenciais de ação se espalham pelos 
átrios, eles encontram o esqueleto fibroso do coração na 
junção entre os átrios e os ventrículos. Esta barreira 
impede que os sinais elétricos sejam transferidos dos 
átrios para os ventrículos. Consequentemente, o nó AV 
é oúnico caminho através do qual os potenciais de ação 
podem alcançar as fibras contráteis dos ventrículos. 
O sinal elétrico passa do nó AV para o fascículo 
AV e seus ramos até o ápice do coração. Os ramos 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
subendocárdicos (fibras de Purkinje) transmitem os 
impulsos muito rapidamente, com velocidades de até 4 
ms, de modo que todas as células contráteis do ápice se 
contraem quase ao mesmo tempo 5 
 
A resposta reside no fato de que o sangue é 
bombeado para fora dos ventrículos através de aberturas 
localizadas na porção superior dessas câmaras. Se o 
impulso elétrico vindo dos átrios fosse conduzido 
diretamente para os ventrículos, estes iniciariam a 
contração pela parte superior. Logo, o sangue seria 
impulsionado para baixo e ficaria represado na parte 
inferior dos ventrículos (pense em espremer um tubo 
de creme dental começando pelo lado em que o creme 
sai). A contração do ápice para a base empurra o sangue 
para as aberturas das artérias situadas na base do 
coração. 
A ejeção do sangue dos ventrículos é ajudada 
pelo arranjo em espiral dos músculos nas paredes. 
Quando esses músculos contraem, eles aproximam o 
ápice da base, impulsionando o sangue para fora através 
das aberturas no topo dos ventrículos. 
Uma segunda função do nó AV é atrasar um 
pouco a transmissão do potencial de ação. Esse atraso 
permite que os átrios completem suas contrações antes 
do início da contração ventricular. O atraso no nó AV 
ocorre devido à diminuição na velocidade de condução 
dos sinais através das células nodais. Os potenciais de 
ação aqui se movem com somente 1/20 da velocidade 
dos potenciais de ação na via internodal atrial. 
 
 
 
 
 
{REFERÊNCIAS} 
1. http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahia
na/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20El
etrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pd
f 
 
2. http://www2.eerp.usp.br/Nepien/PCR/car_condu
cao.html 
 
3. Unglaub, Silverthorn, D. Fisiologia Humana. Grupo 
A. [Minha Biblioteca]. 
 
b. COMO FUNCIONA O MARCA-
PASSO ARTIFICIAL? 
 
Marcapasso cardíaco 
 
O coração é basicamente um músculo oco com 
quatro câmaras – dois átrios (as câmaras superiores) e 
dois ventrículos (as câmaras inferiores) e dividido em lado 
direito e esquerdo, é o responsável pelo bombeamento 
do sangue para que todos os órgãos e tecidos recebam 
alimentos e o oxigênio vital. O coração depende de 
minúsculos impulsos elétricos que são percorridos das 
câmaras superiores para as inferiores. 
 
Estes impulsos normalmente começam no nó 
sinusal (marcapasso natural do coração) e permitem ao 
coração bater de forma rítmica. Os impulsos são 
transportados por feixes elétricos (vias de células 
especializadas) das câmaras superiores para as inferiores 
para que possam se contrair. 
 
Esta contração é conhecida como pulsação. Um 
coração saudável bate entre 60 a 80 vezes por minuto, 
cerca de 100.000 batimentos por dia. Durante a prática de 
exercício físico ou em situações de estresse o corpo 
tem uma maior necessidade de oxigênio. Para satisfazer 
http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20Eletrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pdf
http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20Eletrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pdf
http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20Eletrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pdf
http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2337/1/Aula%201c%20%28cardio%29%20Eletrofisiologia%20card%C3%ADaca%202018.2.pdf
http://www2.eerp.usp.br/Nepien/PCR/car_conducao.html
http://www2.eerp.usp.br/Nepien/PCR/car_conducao.html
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
essa necessidade, os batimentos cardíacos aumentam 
para mais de 100 vezes por minuto. 
 
Diferentes motivos, tais como doenças ou mesmo 
o processo de envelhecimento, podem perturbar o ritmo 
normal do coração. Os problemas mais comuns ou 
mesmo bloqueios surgem no sistema de feixes elétricos. 
Como consequência o coração pode começar a pulsar 
de forma irregular e/ou lentamente e o corpo, poderá 
ser insuficientemente oxigenado, causando vertigens, 
sensação de fraqueza e cansaço. 
 
O termo clínico para a diminuição da pulsação é 
bradicardia e caso seja devida a doenças, quando o 
coração não é capaz de adaptar a sua pulsação às 
necessidades do organismo num esforço, devido a um 
bloqueio parcial ou total da condução elétrica entre o nó 
sinusal (no átrio) e o nó AV (no ventrículo), um outro 
ponto do coração gerará uma pulsação em ritmo auxiliar 
muito lento, para garantir as funções vitais mínimas. Em 
qualquer destas situações, ou em outras menos comuns, 
o coração deve ser assistido através do uso de um 
Marcapasso artificial. Os marcapassos atuais podem ser 
adaptados para irem de encontro às necessidades de 
cada paciente. 
 
Um marcapasso contém um gerador de pulsos 
elétricos (a caixa do marcapasso) com 1, 2 ou até 3 
eletrodos. Eletrodos são fios elétricos finos que levam os 
impulsos elétricos gerados pelo marcapasso até o 
coração. 
O gerador é composto pela bateria (que fornece 
a energia para o funcionamento do marcapasso), pelo o 
circuito eletrônico que contém software especial e pela 
memória que guarda todas as informações do seu ritmo 
cardíaco. Ele pesa cerca de 20 a 50 gramas e é menor 
que uma caixa de fósforos. 
 
A bateria do marcapasso é de lítio e geralmente 
dura entre seis e doze anos. A vida da bateria depende 
de quanto o marcapasso tem que trabalhar e como é 
programado de acordo com sua condição cardíaca 
particular. 
 
O eletrodo conduz os impulsos elétricos desde o 
gerador até o coração. Cada impulso elétrico enviado 
pelo marcapasso estimula a contração do coração na 
parte em que ele foi implantado. A frequência cardíaca 
pode variar de acordo com a programação feita no 
marcapasso. 
 
Quando programamos a frequência cardíaca no 
marcapasso não significa que você estará com essa 
frequência cardíaca. Como o marcapasso tem capacidade 
de gerar impulsos cardíacos e também sentir se o 
coração está batendo corretamente sozinho, ele 
estimulará o coração somente quando o ritmo cardíaco 
começar a ficar lento. Da mesma forma, o marcapasso 
monitorará a sua frequência cardíaca e entrará somente 
quando for necessário. 
 
 
 
1. MARCAPASSO DE CÂMARA ÚNICA: tem 
apenas um condutor (eletrodo) que está ligado 
ao ventrículo ou ao átrio. 
 
2. MARCAPASSO DE CÂMARA DUPLA: tem dois 
condutores (eletrodos). Normalmente um deles 
está ligado ao átrio e outro ao ventrículo direito. 
 
3. MARCAPASSO BIVENTRICULAR: um eletrodo 
está ligado ao átrio direito, um no ventrículo 
direito e um terceiro eletrodo no ventrículo 
esquerdo. 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
 
O marcapasso é implantado através de uma 
incisão (corte na pele) na região do tórax, embaixo da 
clavícula. Através dessa incisão os eletrodos são levados 
até o coração por dentro de veias calibrosas que passam 
pela região do ombro e vão até o coração. No coração, 
os eletrodos são fixados nos locais desejados e são 
realizados testes de funcionamento do gerador e dos 
eletrodos. O gerador é implantado entre os músculos do 
tórax e a pele do paciente. 
 
Marcapassos modernos são confortáveis, muito 
confiáveis e permitem voltar a uma vida normal muito 
rapidamente. Algumas pessoas descobrem que o 
marcapasso melhora a sua qualidade de vida, pois 
sintomas desagradáveis tais como desmaios, tonturas ou 
falta de ar desaparecem. 
 
 
{REFERÊNCIAS} 
1. http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/06.
asp 
 
2. https://www.clinicaritmo.com.br/tratamentos/impl
ante-de-marcapasso/ 
 
 
4- CITE O FUNCIONAMENTO DE CADA 
ITEM: 
a. FREQUÊNCIA CARDÍACA 
O coração é um órgão muscular, composto por 
quatro câmaras projetadas para trabalhar de forma 
eficiente, confiável e constante por toda a vida. As 
paredes musculares de cada câmara cardíaca contraem-
se em uma sequênciaregular, bombeando o sangue que 
o organismo necessita e consumindo a menor energia 
possível durante cada batimento. 
 
As contrações das fibras musculares do coração 
são controladas por correntes elétricas que percorrem 
o coração de forma precisa, seguindo trajetórias e 
velocidades específicas. A corrente elétrica iniciada em 
cada batimento tem a sua origem no marca-passo natural 
do coração (chamado nódulo sinusal ou nódulo sinoatrial), 
localizado no alto da câmara cardíaca superior direita 
(átrio direito). A frequência cardíaca é determinada pela 
frequência com que o marca-passo fisiológico descarrega 
a corrente elétrica. Esta frequência é estimulada pelos 
impulsos nervosos e pelos níveis de hormônios 
específicos na corrente sanguínea. 
 
O sistema nervoso autônomo, formado pelos 
sistemas simpático e parassimpático, regula a frequência 
cardíaca de forma automática. O sistema nervoso 
simpático aumenta a frequência cardíaca por meio de 
uma rede de nervos denominada plexo simpático. O 
sistema nervoso parassimpático reduz a frequência 
cardíaca por meio de um único nervo, o nervo vago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/06.asp
http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/06.asp
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
 
 
 
 
 
A frequência cardíaca também é influenciada por 
hormônios que o sistema simpático libera na corrente 
sanguínea: 
➢ Epinefrina (adrenalina) 
➢ Norepinefrina (noradrenalina) 
 
A epinefrina e a norepinefrina aumentam a 
frequência cardíaca. O hormônio tireoideo, liberado pela 
glândula tireoide na corrente sanguínea, é outro fator 
que aumenta a frequência cardíaca. 
 
Durante o repouso, em adultos, a frequência 
cardíaca normal é de 60 a 100 batimentos por minuto. A 
frequência cardíaca de uma pessoa normalmente varia 
em resposta à atividade física e a determinados 
estímulos, como dor e ira. O ritmo cardíaco deve ser 
considerado anormal se a frequência cardíaca estiver 
excessivamente rápida (taquicardia), lenta (bradicardia) ou 
irregular, ou quando os impulsos elétricos percorrem o 
coração por uma via de condução anormal. 
 
{REFERÊNCIAS} 
1. https://www.msdmanuals.com/ptpt/casa/distúrbio
s-do-coração-e-dos-vasossangu%C3%ADneos / 
arritmias card%C3%ADacas/considerações-
gerais-sobre-arritmias-card%C3%ADacas 
 
b. VOLUME DE SANGUE BOMBEADO 
O débito cardíaco é o volume de sangue ejetado 
pelo ventrículo esquerdo para a artéria aorta a cada 
minuto. O sistema cardiovascular é um sistema fechado, 
não deve haver perdas, portanto em um coração 
eficiente, o débito cardíaco deve ser igual ao retorno 
venoso (volume de sangue que chega ao átrio direito a 
cada minuto). Em média, são ejetados 5.250 ml/ min 
(débito cardíaco), e a mesma quantidade deve retornar 
ao átrio direito (retorno venoso – RV). 
 
O débito cardíaco (DC) pode ser calculado pela 
frequência cardíaca (FC) x débito sistólico (DS). Mas 
então, o que é frequência cardíaca? A FC é quantas 
vezes o coração ejetou sangue por minuto, ou seja, os 
batimentos dados em um minuto (bpm). A FC pode 
variar normalmente numa faixa entre 60 e 100 bpm, a 
média é cerca de 75 bpm. E débito sistólico, o que é? O 
débito sistólico corresponde a quantidade de volume 
ejetado a cada batimento, normalmente está próximo de 
70ml. Com isso temos: DC = FC x DS → DC = 75 X 70 
→ DC = 5.250 ml/min. 
 
Porém, como tudo na vida, o Débito cardíaco 
também não é imutável, está passível de alterações a 
todo momento. É o que acontece por exemplo, quando 
você realiza uma atividade física, onde a frequência 
cardíaca aumenta e consequentemente leva ao aumento 
do débito cardíaco. Outro exemplo é quando você fica 
nervoso, assustado, enfim, são inúmeras as situações 
fisiológicas que podem aumentar o débito sistólico 
temporariamente e compensatoriamente, pois o retorno 
venoso também aumenta. 
 
Porém, há situações patológicas onde o débito 
cardíaco sofre alterações, como por exemplo na 
hipertensão arterial sistêmica, o volume ejetado (débito 
sistólico) é menor devido ao aumento da pressão na 
artéria aorta, dificultando a ejeção do sangue pelo 
ventrículo esquerdo. Em casos de patologias, onde o DC 
< RV, temos um coração ineficiente/insuficiente, onde o 
VS está reduzido, alterando todo o processo 
hemodinâmico de manutenção da homeostase. 
 
Regulação do bombeamento cardíaco 
Quando a pessoa se encontra em repouso, o 
coração bombeia apenas 4 a 6 litros de sangue por 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
minuto. Durante o exercício intenso, pode ser necessário 
que esse coração bombeie de 4 a 7 vezes essa 
quantidade. Os meios básicos de regulação do volume 
bombeado são: 
1. regulação cardíaca intrínseca, em resposta às 
variações no aporte do volume sanguíneo em 
direção ao coração; 
2. controle da frequência cardíaca e da força de 
bombeamento pelo sistema nervoso 
autonômico. 
 
Na maioria das condições, a quantidade de sangue 
bombeada pelo coração a cada minuto, em geral, é 
determinada pelo volume de sangue que chega ao 
coração pelas veias, o chamado retorno venoso. Cada 
tecido periférico do corpo controla seu fluxo local de 
sangue, e todos os fluxos locais se combinam e retornam 
pelas veias para o átrio direito, compondo o retorno 
venoso. O coração, por sua vez, automaticamente 
bombeia esse sangue que chegou até ele para as 
artérias, para que volte a circular ao longo do circuito. 
Essa capacidade intrínseca do coração de se 
adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo é 
conhecida como mecanismo cardíaco de Frank-Starling, 
em homenagem a Otto Frank e Ernest Starling, dois 
grandes fisiologistas do século passado. Basicamente, o 
mecanismo de Frank-Starling afirma que quanto mais o 
miocárdio for distendido durante o enchimento, maior 
será a força da contração e maior será a quantidade de 
sangue bombeada para a aorta. Ou, em outras palavras: 
Dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o 
sangue que a ele retorna pelas veias. 
 
A eficácia do bombeamento cardíaco é também 
controlada pelos nervos simpáticos e parassimpáticos 
(vagos) que inervam de forma abundante o coração, 
como mostrado na Figura 9-13. Para determinados níveis 
de pressão atrial, a quantidade de sangue bombeada a 
cada minuto (o débito cardíaco) com frequência pode 
ser aumentada por mais de 100% pelo estímulo simpático. 
E, por outro lado, o débito pode ser diminuído até zero, 
ou quase zero, por estímulo vagal (parassimpático). 
 
 
{REFERÊNCIAS} 
1. https://blog.jaleko.com.br/debito-cardiaco-o-que-
e/ 
 
2. Hall, John E. Guyton & Hall Tratado de Fisiologia 
Médica. Grupo GEN, 2017. [Minha Biblioteca]. 
 
c. FLUXO SANGUÍNEO (LOCAL) 
(vasoconstrição e vasodilatação) 
 
O controle do fluxo sanguíneo no tecido local pode 
ser dividido em duas etapas: (1) CONTROLE AGUDO; e 
(2) CONTROLE A LONGO PRAZO. O controle agudo 
ocorre em segundos a minutos, por meio da constrição 
ou dilatação de arteríolas, metarteríolas e esfíncteres 
pré-capilares. O controle a longo prazo ocorre durante 
um período de alguns dias, semanas ou meses e, de 
forma geral, proporciona um controle ainda melhor do 
fluxo proporcionalmente às necessidades teciduais. O 
controle a longo prazo resulta principalmente de 
variações do tamanho físico e do número de vasos 
sanguíneos que suprem os tecidos. 
 
 
O AUMENTO DA TAXA METABÓLICA 
TECIDUAL GERALMENTE ELEVA O FLUXO 
SANGUÍNEO TECIDUAL 
Em muitos tecidos, como o músculo esquelético, 
aumentos do metabolismo correspondentes a até oito 
vezes o normal eleva agudamente o fluxo sanguíneo 
cerca de quatro vezes. Inicialmente, o aumento do fluxo 
é menor do que o do metabolismo, mas, uma vez que 
o metabolismo aumente suficientemente para remover 
a maior parte dos nutrientes do sangue, um novo 
aumento do metabolismo somente ocorrerá caso haja 
elevação concomitante do fluxo sanguíneo, a fim de 
fornecer os nutrientes necessários 
. 
A REDUÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE OXIGÊNIO 
AUMENTA O FLUXO SANGUÍNEOTECIDUAL 
Um dos nutrientes necessários ao metabolismo 
tecidual é o oxigênio. Sempre que a disponibilidade de 
oxigênio nos tecidos diminui, como ocorre em altitudes 
elevadas, na presença de pneumonia ou na intoxicação 
por monóxido de carbono (que inibe a capacidade de a 
hemoglobina transportar oxigênio), o fluxo sanguíneo nos 
tecidos aumenta acentuadamente. Por exemplo, na 
intoxicação por cianeto, que reduz a capacidade tecidual 
de utilizar o oxigênio, o fluxo sanguíneo dos tecidos pode 
aumentar até sete vezes. 
 
O AUMENTO DA DEMANDA POR OXIGÊNIO E 
NUTRIENTES ELEVA O FLUXO SANGUÍNEO 
TECIDUAL 
Na ausência de um suprimento adequado de 
oxigênio e nutrientes (por exemplo, como resultado do 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
aumento do metabolismo tecidual), as arteríolas, 
metarteríolas e esfíncteres pré-capilares relaxam, 
diminuindo, assim, a resistência vascular e permitindo mais 
fluxo para os tecidos. O relaxamento dos esfíncteres pré-
capilares permite que o fluxo ocorra com mais frequência 
nos capilares que estão fechados por causa da contração 
periódica dos esfíncteres pré-capilares (vasomotricidade). 
 
O ACÚMULO DE METABÓLITOS 
VASODILATADORES AUMENTA O FLUXO 
SANGUÍNEO TECIDUAL 
Quanto maior for a taxa metabólica do tecido, 
maior será a taxa de produção de metabólitos teciduais, 
como adenosina, compostos de fosfato de adenosina, 
dióxido de carbono, ácido lático, íons potássio e 
hidrogênio. Foi sugerido que cada uma dessas substâncias 
atua como um vasodilatador, contribuindo para o 
aumento do fluxo sanguíneo associado à estimulação do 
metabolismo tecidual. 
 
A FALTA DE OUTROS NUTRIENTES PODE 
CAUSAR VASODILATAÇÃO 
Uma deficiência de glicose, aminoácidos ou ácidos 
graxos, por exemplo, pode contribuir para que ocorra 
uma vasodilatação local, embora isso não tenha sido 
provado. A vasodilatação ocorre em pacientes com de 
beribéri, os quais usualmente apresentam deficiência de 
vitaminas do complexo B, como tiamina, niacina e 
riboflavina. Como todas essas vitaminas estão envolvidas 
no mecanismo de fosforilação oxidativa para gerar 
trifosfato de adenosina, a deficiência de uma dessas 
vitaminas pode provocar a diminuição da capacidade de 
a musculatura lisa se contrair, causando, dessa forma, 
vasodilatação local. 
 
O FLUXO SANGUÍNEO TECIDUAL É 
“AUTORREGULADO” DURANTE MUDANÇAS NA 
PRESSÃO ARTERIAL 
Em qualquer tecido do corpo, elevações agudas 
da pressão arterial causam aumento imediato do fluxo 
sanguíneo. Entretanto, em menos de 1 minuto, o fluxo 
sanguíneo em muitos tecidos retorna ao nível normal, 
mesmo que a pressão arterial permaneça elevada. Isso é 
chamado de “autorregulação do fluxo sanguíneo”. 
• A teoria metabólica de autorregulação sugere 
que, quando a pressão arterial aumenta e o fluxo 
sanguíneo torna-se muito grande, o excesso fornece 
oxigênio e nutrientes em excesso aos tecidos, fazendo 
com que os vasos sanguíneos se contraiam e o fluxo 
volte ao normal, apesar da pressão arterial ter 
aumentado. 
• A teoria miogênica de autorregulação sugere 
que o estiramento repentino dos pequenos vasos 
sanguíneos faz com que o músculo liso da parede desses 
vasos se contraia automaticamente. Essa é uma 
propriedade intrínseca da musculatura lisa que lhe 
permite resistir aos estiramentos excessivos. De modo 
inverso, sob condições de baixa pressão, o grau de 
estiramento do vaso é menor e o músculo liso da parede 
vascular relaxa. Em consequência, há diminuição da 
resistência vascular e o fluxo sanguíneo é mantido 
relativamente constante apesar da pressão sanguínea 
reduzida. 
 
MECANISMOS ADICIONAIS DE CONTROLE DO FLUXO 
SANGUÍNEO EM TECIDOS ESPECÍFICOS 
• nos rins, o fluxo sanguíneo é regulado, em parte, 
por um mecanismo denominado feedback 
tubuloglomerular, em que a composição do líquido no 
túbulo distal precoce é detectada pela macula densa, que 
está localizada onde o túbulo faz contato com as 
arteríolas aferentes e eferentes do aparelho 
justaglomerular. Quando um volume muito grande de 
líquido é filtrado a partir do sangue no glomérulo, no 
sistema tubular, sinais de feedback gerados pela mácula 
densa causam constrição das arteríolas aferentes, 
reduzindo, assim, o fluxo sanguíneo renal e fazendo a 
taxa de filtração glomerular retornar ao normal. 
• no cérebro, as concentrações de dióxido de 
carbono e hidrogênio desempenham papéis importantes 
no controle do fluxo sanguíneo local. Uma elevação na 
concentração de qualquer uma dessas substâncias causa 
dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, o que permite 
uma rápida remoção dos íons de dióxido de carbono e 
de hidrogênio. 
• na pele, o controle do fluxo sanguíneo está 
intimamente ligado à temperatura corporal e é 
controlada, em grande parte, pelo sistema nervoso 
central através dos nervos simpáticos. Quando os seres 
humanos são expostos ao aquecimento corporal, o fluxo 
sanguíneo pode aumentar muitas vezes, podendo atingir 
7 a 8 L/min em todo o corpo. Quando a temperatura 
corporal é reduzida, o fluxo sanguíneo na pele diminui, 
atingindo níveis pouco acima de zero diante de 
temperaturas muito baixas. 
 
AS CÉLULAS ENDOTELIAIS CONTROLAM O 
FLUXO SANGUÍNEO ATRAVÉS DA LIBERAÇÃO DO 
ÓXIDO NÍTRICO VASODILATADOR 
Os mecanismos locais de controle do fluxo 
sanguíneo tecidual atuam principalmente nos microvasos 
muito pequenos dos tecidos, porque o feedback local das 
substâncias vasodilatadoras ou a deficiência de oxigênio 
podem alcançar somente esses vasos, e não as grandes 
artérias. Entretanto, quando o fluxo sanguíneo através da 
porção microvascular aumenta, as células endoteliais que 
revestem os vasos maiores liberam uma substância 
vasodilatadora denominada fator relaxante derivado do 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
endotélio, que parece ser principalmente o óxido nítrico. 
Essa liberação de óxido nítrico parece ser causada, em 
parte, pelo aumento da força de cisalhamento sobre as 
paredes endoteliais, que ocorre quando o sangue flui mais 
rapidamente através dos vasos maiores. A liberação de 
óxido nítrico, então, relaxa os vasos maiores, fazendo 
com que eles dilatem. Sem a dilatação dos grandes vasos, 
a efetividade do fluxo sanguíneo local seria 
comprometida, pois uma parte significativa da resistência 
do fluxo sanguíneo está nas arteríolas e pequenas 
artérias. 
 
AS CÉLULAS ENDOTELIAIS TAMBÉM 
LIBERAM SUBSTÂNCIAS VASOCONSTRITORAS 
A mais importante dessas substâncias é a 
endotelina, um peptídeo que é liberado quando os vasos 
sanguíneos sofrem lesão. O estímulo usual para a 
liberação é o dano ao endotélio, como o causado pelo 
esmagamento dos tecidos ou pela injeção de um agente 
químico traumatizante para o vaso sanguíneo. Após um 
grave dano a um vaso sanguíneo, a liberação de 
endotelina local e a subsequente vasoconstrição ajudam 
a prevenir um excessivo sangramento arterial. 
 
A maioria dos mecanismos discutidos até agora 
atua em questão de segundos ou minutos após a 
alteração das condições teciduais locais. Mesmo com a 
função integral desses mecanismos, a regulação do fluxo 
sanguíneo normalmente corresponde a apenas três 
quartos das necessidades teciduais. Depois de horas, dias 
e até semanas, desenvolve-se uma regulação local e a 
longo prazo do fluxo sanguíneo que ajuda a regular o 
fluxo sanguíneo para corresponda precisamente às 
necessidades metabólicas teciduais. 
 
AS MUDANÇAS NA VASCULARIZAÇÃO 
TECIDUAL CONTRIBUEM PARA A REGULAÇÃO A 
LONGO PRAZO DO FLUXO SANGUÍNEO 
Se o metabolismo de um tecido aumenta durante 
períodos prolongados, o tamanho físico dos vasos no 
tecido aumenta; sob algumas condições, o número de 
vasos também aumenta. Um dos principais fatores que 
estimula essa elevação da vascularização é a baixa 
concentração de oxigênio nos tecidos. Os animais que 
vivem em altas altitudes, por exemplo, têm 
vascularização aumentada. Do mesmo modo, os pintinhos 
que nascem em ambientes com baixos níveis de 
oxigênio têm duas vezes mais vascularização em relação 
aos pintinhosque eclodem de seus ovos em ambientes 
normais. O crescimento de novos vasos é chamado de 
angiogênese. 
A angiogênese ocorre principalmente em 
resposta à presença de fatores angiogênicos liberados 
de (1) tecidos isquêmicos; (2) tecidos que estão 
crescendo rapidamente; e (3) tecidos que apresentam 
altas taxas metabólicas em excesso. 
 
CONTROLE HUMORAL DA CIRCULAÇÃO 
Diversos hormônios são secretados na circulação 
e transportados através do sangue por todo o corpo. 
Alguns desses hormônios exercem efeitos importantes 
sobre o funcionamento da circulação. 
• Norepinefrina e epinefrina, liberadas pela medula 
adrenal, elas atuam como vasoconstritores em muitos 
tecidos, estimulando receptores α-adrenérgicos. 
Contudo, a epinefrina é muito menos potente como 
vasoconstritor e pode até mesmo causar uma leve 
vasodilatação ao estimular receptores β-adrenérgicos 
existentes em alguns tecidos, como o músculo 
esquelético. 
• Angiotensina II, trata-se de um potente 
vasoconstritor, normalmente formado em resposta à 
depleção da volemia ou à queda de pressão sanguínea. 
• Vasopressina, também chamada de hormônio 
antidiurético, é um dos mais potentes vasoconstritores 
do corpo. É sintetizada no hipotálamo e transportada até 
a hipófise posterior, onde é liberada em resposta à 
redução do volume sanguíneo, como se observa na 
hemorragia, ou diante do aumento da osmolaridade 
plasmática, como ocorre na desidratação. 
• Prostaglandinas são sintetizadas em quase todos 
os tecidos do corpo. Essas substâncias exercem efeitos 
intracelulares importantes, contudo algumas são liberadas 
na circulação, em especial, a prostaciclina e as 
prostaglandinas da série E, que são vasodilatadoras. 
Algumas prostaglandinas, como o tromboxano A2 e as 
prostaglandinas da série F, são vasoconstritoras. 
• Bradicinina, formada no sangue e em líquidos 
teciduais, é um potente vasodilatador que também 
aumenta a permeabilidade capilar. Por isso, a elevação 
dos níveis de bradicinina pode causar edema acentuado 
e aumentar o fluxo sanguíneo em alguns tecidos. 
• Histamina, um poderoso vasodilatador, é liberado 
nos tecidos em casos de lesão ou inflamação tecidual. A 
maior parte da histamina é liberada pelos mastócitos 
residentes nos tecidos danificados ou pelos basófilos 
presentes no sangue. A histamina, assim como a 
bradicinina, aumenta a permeabilidade capilar e provoca 
edema tecidual, além de aumentar o fluxo sanguíneo. 
 
OS ÍONS E OUTROS FATORES QUÍMICOS TAMBÉM 
PODEM ALTERAR O FLUXO SANGUÍNEO LOCAL 
Muitos íons e fatores químicos podem dilatar ou 
contrair os vasos sanguíneos locais. Seus efeitos 
específicos são citados a seguir: 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
• O aumento da concentração de íons cálcio 
provoca vasoconstrição. 
• O aumento da concentração de íons potássio 
causa vasodilatação. 
• O aumento da concentração de magnésio 
provoca vasodilatação. 
• O aumento da concentração de íons sódio 
provoca vasodilatação. 
• O aumento da osmolaridade sanguínea, 
decorrente da elevação dos níveis de glicose ou de 
outras substâncias não vasoativas, provoca vasodilatação. 
• O aumento da concentração de íons hidrogênio 
(baixo pH) provoca vasodilatação. 
• O aumento da concentração de dióxido de 
carbono provoca vasodilatação na maioria dos tecidos e 
vasodilatação acentuada no cérebro. 
 
{REFERÊNCIA} 
 
1) Tratado de Fisiologia Médica - Guyton - 13ª 
Edição – 2017 
 
d. PRESSÃO ARTERIAL 
A pressão arterial é a pressão hidrostática 
exercida pelo sangue nas paredes de um vaso 
sanguíneo, determinada pelo débito cardíaco. A PA é 
mais alta na aorta e grandes artérias sistêmicas. A pressão 
arterial sistólica (PAS) é a pressão exercida nos vasos 
durante a sístole e a pressão arterial diastólica (PAD) é a 
pressão exercida nos vasos durante a diástole. Conforme 
o sangue sai da aorta ao longo da circulação sistêmica, a 
pressão cai progressivamente, ao passo que a pressão 
no ventrículo esquerdo aumenta e chega a 0mmHg 
quando chega no ventrículo direito. 
 
A pressão arterial média é regulada por dois 
sistemas principais: 
– REFLEXO BARORRECEPTOR 
(NEUROMEDIADO): tenta restaurar a Pressão arterial para 
seu valor prefixado em questão de segundos. 
– SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-
ALDOSTERONA: regula a Pressão arterial mais 
lentamente, agindo principalmente sobre o volume 
sanguíneo. 
 
A pressão arterial é a pressão que o sangue 
exerce sobre as paredes das artérias. Vamos fazer uma 
analogia: imaginem uma mangueira toda vazia e murcha. 
Conforme abrimos a água, a pressão dentro da 
mangueira eleva-se e as suas paredes distendem-se. 
Como a mangueira é um sistema aberto, por mais que 
a gente abra a torneira, o fato da água sair por uma das 
extremidades impede que a pressão sob a parede da 
mangueira fique muito elevada. 
 
No corpo humano, porém, o sistema circulatório é 
um sistema fechado, se a pressão dentro dos vasos for 
se elevando, o sangue não tem para onde ir, e a única 
coisa que o organismo pode fazer é distender os vasos 
sanguíneos de forma a comportar o volume sanguíneo 
circulante. 
 
Teoricamente, os vasos sanguíneos são 
autorreguláveis, ou seja, eles se dilatam ou se 
comprimem de acordo com o volume de sangue 
circulante, de forma a manter a pressão arterial mais ou 
menos constante. Se o volume de sangue diminui um 
pouco, os vasos se comprimem (vasoconstrição); se o 
volume de sangue aumenta um pouco, os vasos dilatam-
se (vasodilatação). É lógico que existe um limite, se o 
volume de sangue diminui muito ou aumenta de forma 
excessiva, por mais que as artérias se comprimam ou se 
expandam, elas não vão conseguir manter a pressão 
arterial em um nível adequado. 
 
Portanto, você já consegue entender que uma 
das causas da hipertensão arterial é um aumento 
excessivo do volume de sangue dentro dos vasos 
sanguíneos. Esse excesso costuma ocorrer quando o 
organismo retém muito sal e água. Porém, a maioria dos 
pacientes hipertensos não têm excesso de líquidos no 
organismo, pelo menos não o suficiente para ultrapassar 
a capacidade de dilatação dos vasos. O que ocorre é uma 
falha na capacidade de auto regulação. As artérias ficam 
sempre mais comprimidas que o necessário para a 
pressão arterial ficar normal. 
 
A origem da perda da capacidade de auto regular 
a pressão arterial, que dá origem à hipertensão, é um 
processo complexo e ainda não bem esclarecido. Ele 
envolve fatores genéticos, quantidade de sal (sódio) no 
organismo, capacidade dos rins de lidarem com o volume 
de água corporal, produção de hormônios que agem 
diretamente sobre a parede dos vasos sanguíneos e a 
própria saúde das artérias, que precisam estar capazes 
de se contrair e dilatar adequadamente. 
 
Quanto menor for a capacidade dos vasos se 
autorregularem conforme o volume de sangue presente, 
maior é o risco do paciente desenvolver hipertensão 
arterial. Os casos mais graves costumam ser aqueles no 
qual o paciente tem um real excesso de volume e seus 
vasos são incapazes de dilatar para comportar o aumento 
da pressão sobre suas paredes. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
Para que possamos entender o que é uma 
pressão arterial normal, precisamos antes compreender 
a forma como descrevemos os valores da pressão. Por 
exemplo, você sabe o que significa dizer que um 
paciente tem pressão arterial de 120/80 mmHg? 
 
O coração bombeia o sangue através dos seus 
batimentos. Quando o coração se contrai, ele expulsa o 
sangue do seu interior em direção aos vasos. Quando ele 
relaxa, volta-se a encher de sangue. Essa alternância de 
contração e relaxamento ocorre, em média, de 60 a 100 
vezes por minuto. O coração enche e esvazia, enche e 
esvazia… A pressão sob as paredes das artérias é 
pulsátil, ou seja, aumenta na fase de contração do 
coração e diminui na fase de relaxamento. 
 
A contração do músculo cardíaco é chamada de 
sístole. Portanto, a pressão sistólica é aquela que ocorre 
durante a sístole. O relaxamento do músculo cardíacoé 
chamado de diástole, logo, pressão diastólica é aquela que 
ocorre durante a diástole. A pressão arterial atinge o seu 
maior valor durante a sístole e o menor durante a 
diástole. Por isso, elas também são chamadas de pressão 
máxima e pressão mínima. 
 
A aferição da pressão arterial é descrita sob a 
unidade milímetros de mercúrio (mmHg). Logo, se o 
paciente tem uma pressão arterial de 120/90 mmHg, isso 
significa que a pressão máxima sobre a parede da artéria, 
que ocorre durante a sístole, é de 120 mmHg e a pressão 
mínima, que ocorre durante a diástole, é de 80 mmHg. 
 
O público leigo costuma chamar de 12/8 (12 por 8), 
mas, na verdade, a forma correta é 120/80 (120 por 80), 
pois este é o valor da pressão em milímetros de 
mercúrio. 
 
As nossas artérias foram programadas para 
trabalhar dentro de certos valores de pressão. Quando 
as artérias são submetidas de forma prologada a níveis 
pressóricos muito elevados, o excesso de tensão sobre 
suas paredes começa a provocar graves lesões. 
 
Pequenas fissuras na parede podem surgir, 
facilitando o rompimento de pequenos vasos e a 
formação de placas de cálcio nas artérias de maior calibre. 
Essas placas, além de diminuírem a própria elasticidade 
da artéria, também reduzem o calibre interno 
favorecendo a oclusão da circulação por trombos, 
evento chamado de trombose. 
 
Além das lesões nos vasos sanguíneos, a pressão 
arterial excessiva também aumenta o trabalho do 
coração, que precisa bombear o sangue contra uma 
resistência maior. Após anos de trabalho excessivo, o 
coração começa a dilatar, levando à insuficiência cardíaca 
(leia: Insuficiência cardíaca). 
 
A pressão arterial normal é, portanto, aquela na 
qual as artérias não ficam sob estresse e o coração não 
fica sobrecarregado. Atualmente, os níveis de pressão 
arterial para adultos, idosos e adolescentes são divididos 
da seguinte forma: 
 
PRESSÃO ARTERIAL NORMAL – pacientes com 
pressão sistólica menor que 120 mmHg e pressão 
diastólica menor que 80 mmHg. 
PRÉ-HIPERTENSÃO – pacientes com pressão 
sistólica entre 120 e 129 mmHg ou pressão diastólica 
menor que 80 mmHg. 
 
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 – pacientes com 
pressão sistólica entre 130 e 139 mmHg ou pressão 
diastólica entre 80 e 89 mmHg. 
 
HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2 – pacientes com 
pressão sistólica acima de 140 mmHg ou pressão 
diastólica acima de 90 mmHg. 
 
CRISE HIPERTENSIVA – pacientes com pressão 
sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima 
de 110 mmHg. 
. 
 
Os valores descritos acima são usados para 
diagnosticar e classificar a hipertensão, porém, eles não 
servem como alvo para o tratamento. Nos pacientes 
hipertensos em uso de medicamentos, os valores que 
desejamos alcançar são: 
 
Adolescentes e adultos: a pressão arterial deve 
ficar abaixo de 140/90 mmHg. 
Adultos que tenham diabetes e/ou doença renal 
crônica: a pressão arterial deve ficar abaixo de 130/80 
mmHg. 
 
A definição de hipertensão nas crianças é mais 
complexa, pois depende do percentil de altura em que 
ela se encontra. Por exemplo, uma criança de 5 anos que 
esteja no percentil 10 de altura é considerada hipertensa 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
se tiver valores persistentemente acima de 109/70 
mmHg. Já uma criança, também de 5 anos, mas no 
percentil 90 de altura precisa ter valores frequentemente 
acima de 115/74 mmHg para ser diagnosticada com 
hipertensão. 
 
Existem tabelas com os valores de pressão arterial 
aceitáveis de acordo com a idade e com os percentis 5, 
10, 25, 50, 75, 90 e 95 de altura. São dezenas de valores 
possíveis, por isso, ninguém os sabe de cor. Depois de 
aferir a pressão da criança, é preciso definir em que 
percentil de altura ela está para poder, através da tabela, 
interpretar os seus níveis de pressão arterial. 
 
Os valores da pressão arterial nas grávidas devem 
ser os mesmos que nos adultos em geral. Portanto, o 
normal para uma gestante é ter uma pressão menor que 
140/90 mmHg. 
 
Porém, apesar dos valores de referência da 
pressão arterial serem os mesmos, a indicação para 
começar tratamento com medicamentos é diferente, 
pois não há benefícios claros com o controle muito 
rigoroso da pressão nas grávidas, e ainda há o risco de 
efeitos colaterais para o feto. 
 
Na grávida existem três tipos de hipertensão: 
1. Hipertensão de início durante a gravidez. 
2. Hipertensão crônica, já preexistente antes 
da gravidez. 
3. Pré-eclâmpsia / eclâmpsia. 
 
{REFERÊNCIAS} 
1. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. 
Princípios de anatomia e fisiologia. 14ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koohan, 2019. 
 
2. https://blog.jaleko.com.br/reflexo-barorreceptor/ 
 
3. https://www.mdsaude.com/hipertensao/pressao-
arterial-normal/ 
 
5- CITE OS PRINCIPAIS EXAMES PARA 
AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO 
SISTEMA CARDIOVASCULAR (DÊ 
ÊNFASE NO ELETROCARDIOGRAMA) 
 
Exames cardíacos mais realizados 
O coração é um dos órgãos mais sensíveis do 
corpo humano, o que justifica a existência de diferentes 
tipos de exames cardiológicos. 
 
Eles servem tanto para a prevenção quanto para 
o acompanhamento de doenças cardíacas. 
 
 
Cada um possui suas especificidades no que diz 
respeito à realização e, principalmente, na interpretação 
dos resultados. 
 
Essa realidade exige alta qualidade no processo, 
tanto no aparato tecnológico envolvido, na escolha de 
equipamentos modernos e na designação de 
profissionais experientes e habilitados. 
1. Radiografia do tórax 
2. Eletrocardiograma 
3. Teste ergométrico 
4. Holter 
5. MAPA; 
6. Ecocardiograma; 
7. Cintilografia do miocárdio; 
8. Cateterismo cardíaco; 
9. Ressonância magnética do coração e vasos; 
10. Tomografia do coração e vasos 
11. Angiografia digital 
 
Eletrocardiograma 
O Eletrocardiograma é um exame básico e inicial 
para avaliação da saúde cardiovascular e apontar para 
algumas anormalidades cardíacas. Este exame também é 
solicitado pelo cardiologista para acompanhar a melhora 
ou piora de algumas doenças, e também, se 
medicamentos para arritmia ou marca-passos estão 
sendo eficazes. 
 
O Eletrocardiograma também é chamado de ECG 
ou eletrocardiografia. É um exame que avalia a atividade 
elétrica do coração por meio de eletrodos fixados na 
pele. Através desse exame, é possível detectar o ritmo 
do coração e o número de batimentos por minuto. 
 
A partir disso, pode-se diagnosticar a existência de 
vários problemas cardíacos. Como por exemplo: 
➢ Irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia), seja 
por um coração acelerado (taquicardia), devagar 
(bradicardia) ou fora do ritmo; 
➢ Aumento de cavidades cardíacas; 
➢ Patologias coronarianas; 
➢ Infarto do miocárdio; 
➢ Distúrbios na condução elétrica do órgão; 
➢ Problemas nas válvulas do coração; 
➢ Pericardite - Inflamação da membrana que 
envolve o coração; 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
➢ Hipertrofia das câmaras cardíacas - átrios e 
ventrículos; 
 
➢ Doenças que isolam o coração - derrame 
pericárdico ou pneumotórax; 
➢ Infarto em situações emergenciais; 
➢ Doenças genéticas; 
➢ Doenças transmissíveis (Doença de Chagas). 
 
O eletrocardiograma também pode ser usado 
para verificar a saúde do coração quando outras doenças 
ou condições estão presentes, tais como: 
➢ Pressão alta ou hipertensão; 
➢ Colesterol alto; 
➢ Tabagismo; 
➢ Diabetes; 
➢ Histórico familiar de doença cardíaca precoce. 
 
Além disso, o exame também pode monitorar se 
dispositivos mecânicos implantados no coração estão 
funcionando, tais como marca-passos, e se o uso de 
determinados medicamentos está causando efeitos 
colaterais no coração. 
 
Esse exame também é comumente solicitado na 
avaliação pré-operatória. 
 
O eletrocardiograma é um exame rápido, simples 
e indolor. Os impulsos elétricos do coração são 
registrados em um pedaço de papel. Para a realização 
do ECG, o paciente fica deitado numa maca em repouso 
por 5 minutos antes do procedimento, para que o 
resultado não sofra influência de fatores externos, tais 
como atividadesfísicas ou uso de cigarros e de 
preferência que o paciente esteja em jejum. 
 
Em seguida, são colocados os eletrodos na parede 
torácica anterior (região frontal do peito), nos punhos e 
tornozelos, e aplica-se um gel sobre esses dispositivos 
para facilitar a medição da corrente elétrica. A pele deve 
estar bem limpa e desengordurada nos locais de fixação 
dos eletrodos. Se o corpo do paciente tiver muitos pelos, 
a depilação deve ser feita e se a pele for especialmente 
oleosa deve ser promovida uma limpeza local com álcool. 
O eletrocardiógrafo é ligado e conectado aos eletrodos 
por meio de fios que irão registrar a atividade elétrica do 
coração. Após o exame, o aparelho fará a impressão de 
12 visões distintas do órgão. 
 
 
 
Para realizar um eletrocardiograma, não há muitos 
pré-requisitos. Além de se dirigir à unidade com toda a 
documentação e no horário agendado, o paciente deve 
informar quais medicações está fazendo uso, pois alguns 
medicamentos podem alterar o resultado do exame. No 
mais, o paciente deve observar a lista de 
contraindicações do exame. 
 
Alguns preparos simples podem ser solicitados 
através do agendamento online. Como por exemplo: 
 
O paciente deve sempre relatar ao médico os 
medicamentos que faz uso, já que alguns deles podem 
causar alterações no resultado do exame; 
 
O exame não deve ser feito com jóias no 
pescoço, braços ou pulso; 
 
Para homens com muitos pelos no tórax, pode ser 
necessário cortá-los; 
 
Também não é recomendado praticar exercícios 
físicos momentos antes do exame, pois pode alterar o 
nível do batimento cardíaco. 
 
Apesar de não haver contraindicações, o resultado 
do exame pode não ser confiável em caso de pessoas 
que não conseguem ficar paradas, como por tremores 
ou Parkinson, por exemplo. De maneira geral, qualquer 
pessoa pode realizar o exame, incluindo gestantes ou 
lactantes. 
 
O eletrocardiograma geralmente leva de 5 a 10 
minutos para ser concluído. 
 
O exame deve ser executado periodicamente, 
dependendo da faixa etária e do sexo biológico. Mulheres 
a partir dos 50 anos e homens a partir dos 40 anos 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
devem fazer o ECG padrão anualmente. A partir dele 
pode ser recomendado o teste de esforço, caso 
necessário, como por exemplo para indivíduos que 
pretendem começar a se exercitar na academia. O 
eletrocardiograma também pode ser requisitado em 
exames admissionais e demissionais para trabalhadores. 
 
O raio x do tórax é utilizado para a avaliação da 
estrutura do coração, incluindo o seu tamanho. 
 
Também permite ao médico ter uma visão geral 
sobre todo o complexo sistema de veias, vasos e artérias. 
 
Até mesmo o pulmão recebe atenção especial no 
exame, pois uma alteração nesse órgão pode ter origem 
em um problema cardíaco. 
 
A radiografia de tórax é executada por um técnico 
em radiologia e seus resultados são analisados e 
interpretados por um médico especialista em radiologia 
médica. 
 
O exame é bastante simples e rápido, oferece 
riscos controlados de exposição à radiação ionizante, 
mas é contraindicado para gestantes, especialmente nos 
primeiros meses de gravidez. 
 
 
 
O eletrocardiograma de esforço é também 
chamado de teste ergométrico. 
 
O exame segue a mesma lógica do ECG normal, 
com a colocação de eletrodos nos braços, tornozelos e 
tórax do paciente. 
 
Mas a diferença é que, como o nome sugere, os 
dados são colhidos enquanto o paciente realiza esforço 
físico. 
 
Para isso, ele pode tanto caminhar ou correr em 
uma esteira quanto pedalar em uma bicicleta 
ergométrica. 
 
A sua realização é acompanhada por profissional 
treinado e equipamentos de primeiros socorros – ainda 
que anormalidades durante o exame sejam raras. 
 
 
 
O holter é um tipo de eletrocardiograma de alta 
duração. O que o exame faz é estender o tempo de 
observação da atividade elétrica do paciente, algo 
bastante útil para o diagnóstico e acompanhamento de 
arritmias, por exemplo. 
 
Sua realização depende de um aparelho do 
tamanho de um telefone celular, com bateria própria, que 
fica com o paciente durante 24 horas, posicionado na 
altura da sua cintura. 
 
Também a partir de eletrodos, como em um ECG 
normal, são coletados dados durante as atividades de 
rotina. 
 
Angina, pericardite, infarto e isquemia miocárdica 
são outras condições médicas cujo diagnóstico se 
favorece da utilização do holter 24 horas. 
 
 
 
Seu funcionamento é parecido com o do holter, 
embora tenham objetivos bastante diferentes. 
 
Enquanto o holter investiga arritmias, o MAPA 
acompanha casos de hipertensão e hipotensão – 
pressão alta e baixa, respectivamente. 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
A partir de um aparelho posicionado no braço do 
paciente, são realizadas medições automáticas da 
pressão arterial a cada 15 minutos. 
 
Os dados são registrados em outro aparelho, este 
instalado na cintura do paciente. 
 
O exame é requisitado quando há necessidade 
médica de acompanhar o comportamento da pressão 
arterial ao longo do dia. 
 
 
 
O ecocardiograma é uma ultrassonografia do 
coração, exame que constrói imagens do órgão a partir 
do som. 
 
Através dele, é possível definir o tamanho do 
coração, conhecer a sua forma, verificar movimentos, 
avaliar a força de bombeamento e até mesmo identificar 
em que direção e com que velocidade ocorre o fluxo 
sanguíneo nas cavidades cardíacas. 
 
Quando associado ao Doppler, o ecocardiograma 
resulta em imagens coloridas e em 3D, o que amplia a 
capacidade de visualização de detalhes funcionais e 
anatômicos do órgão. 
 
O exame costuma ser solicitado quando há 
queixas de palpitações, falta de ar, desmaio e dores no 
peito, além do acompanhamento de cardiopatias 
congênitas, insuficiência cardíaca e outras doenças do 
músculo e das válvulas cardíacas. 
 
 
A cintilografia do miocárdio é um exame 
empregado na avaliação do fluxo sanguíneo nas artérias 
coronárias e da sua distribuição ao músculo cardíaco. 
 
Dessa forma, pode detectar até mesmo 
problemas graves no coração, como a possibilidade de 
infarto agudo do miocárdio. 
 
Sua realização depende do uso de contraste, 
substância injetada no paciente, que permite melhor 
visualização da área estudada. 
 
A cintilografia pode ser requisitada pelo médico em 
casos de insuficiência cardíaca, transplante do coração e 
doenças valvulares, mas também a partir de queixas de 
dores no peito, a critério do médico. 
 
 
 
O cateterismo cardíaco, ou angiografia coronária, 
é um exame destinado ao diagnóstico ou tratamento do 
infarto e da angina. 
 
É realizado a partir da introdução de um tubo fino 
e flexível em artéria do braço ou da perna do paciente, 
sendo conduzido dali até o coração. 
 
Dessa forma, permite ao médico examinar o 
interior dos vasos sanguíneos e até mesmo remover 
placas de gordura no local. 
 
Esse é um procedimento que só pode ser 
realizado em hospitais de referência em cardiologia, 
sendo conduzido por médico especialista. 
 
Os principais riscos do cateterismo envolvem 
sangramentos, lesões e alterações nos batimentos 
cardíacos. 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
 
 
A ressonância magnética representa uma 
evolução do raio x, pois permite o diagnóstico por 
imagens, mas sem utilizar radiação ionizante. 
 
Graças à sua evolução, é hoje um dos principais 
tipos de exames cardiológicos, oferecendo dados 
anatômicos em alta definição. 
 
É empregada em casos de cardiopatias 
congênitas, pericardites, doenças da artéria aorta, 
tumores e também para a avaliação funcional do coração. 
 
A partir dela, o médico pode conduzir melhor a 
abordagem sobre fibroses, inflamações e também na 
isquemia miocárdica. 
 
O exame dura cerca de 40 minutos, é seguro e 
não invasivo. Em pacientes que apresentam claustrofobia, 
pode ser aplicada uma sedação leve. 
 
 
 
 
A tomografia computadorizada do coração é um 
exame não invasivo e bastante seguro, geralmente 
utilizadoa partir de queixas de dor torácica. 
 
Sua realização pode diagnosticar doenças 
coronárias sem o emprego de contraste. 
 
Outra aplicação importante se dá na detecção da 
aterosclerose mesmo quando ainda não existem 
sintomas, na chamada fase subclínica da doença. 
 
Também é um exame solicitado na avaliação 
coronariana pré-operatória em cirurgias não cardíacas. 
 
 
 
A angiografia digital é um exame de imagem que 
estuda os vasos sanguíneos em veias e artérias. 
 
Ele utiliza contraste para qualificar a visualização 
das áreas investigadas, permitindo detectar tumores, 
coágulos e outras anormalidades, como obstruções e 
aneurismas, que são dilatações das estruturas. 
 
Dessa forma, é um importante instrumento 
preventivo ao infarto agudo do miocárdio e à angina. 
 
O exame é realizado em hospitais, dura cerca de 
uma hora e os riscos são mínimos, especialmente 
relacionados a uma possível reação alérgica à substância 
do contraste. 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
{REFERÊNCIAS} 
1. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/tipos-de-
exames-cardiologicos 
 
2. https://lavoisier.com.br/saude/blog/eletrocardiogr
ama 
 
 
6- CARACTERIZE AS PRINCIPAIS 
DOENÇAS CARDÍACAS 
 
Doenças cardiovasculares 
As doenças cardiovasculares são um grupo de 
doenças do coração e dos vasos sanguíneos e incluem: 
➢ DOENÇA CORONARIANA – doença dos vasos 
sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco; 
➢ DOENÇA CEREBROVASCULAR – doença dos 
vasos sanguíneos que irrigam o cérebro; 
➢ DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA – doença dos 
vasos sanguíneos que irrigam os membros 
superiores e inferiores; 
➢ DOENÇA CARDÍACA REUMÁTICA – danos no 
músculo do coração e válvulas cardíacas devido 
à febre reumática, causada por bactérias 
estreptocócicas; 
➢ CARDIOPATIA CONGÊNITA – malformações na 
estrutura do coração existentes desde o 
momento do nascimento; 
➢ TROMBOSE VENOSA PROFUNDA E EMBOLIA 
PULMONAR – coágulos sanguíneos nas veias 
das pernas, que podem se desalojar e se mover 
para o coração e pulmões. 
 
As doenças cardiovasculares se caracterizam por 
um conjunto de disfunções que atingem o coração e os 
vasos sanguíneos. 
 
De forma usual, as cardiopatias ocorrem mais em 
pessoas a partir dos 50 anos, embora as patologias 
possam acometer indivíduos de todas as idades. 
 
Elas estão mais presentes em pacientes do sexo 
masculino do que em mulheres. Na maioria das vezes a 
doença cardiovascular se dá em razão de uma vida de 
excessos e hábitos pouco saudáveis – tabagismo, 
obesidade, estresse, má alimentação e falta de exercícios 
físicos estão associados ao surgimento das principais 
doenças cardiovasculares. 
 
Pessoas com hipertensão, diabetes e colesterol 
alto também estão suscetíveis a sofrer com problemas 
cardiovasculares, caso não se previnam. Por isso, é certo 
afirmar que, na maior parte dos casos, os riscos de 
cardiopatia podem ser prevenidos por meio de práticas 
saudáveis ao longo da vida e regularidade nos checkups 
junto a um cardiologista de confiança. 
 
Doenças cardiovasculares mais 
comuns 
 
1. Pressão alta (hipertensão) 
2. Insuficiência cardíaca 
3. Ataque cardíaco (infarto) 
4. Arritmia cardíaca 
5. Aneurisma da aorta abdominal 
6. Cardiopatia congênita 
7. Angina 
8. Miocardite 
9. Cardiopatia isquêmica (CI) 
10. Insuficiência Cardíaca (IC) 
11. Fibrilação atrial (FA) 
12. Morte súbita cardíaca (MSC) 
 
Esse tipo de condição cardiovascular se 
caracteriza pelo elevado nível da pressão arterial. 
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão 
(SBH), 32% dos brasileiros adultos (cerca de 36 milhões 
de pessoas) têm hipertensão. 
 
A hipertensão é dividida em três tipos distintos, 
determinados pelos níveis da pressão arterial. Para 
melhor compreensão da doença, é preciso entender o 
valor mínimo para que ocorra o aumento da pressão. Se 
o resultado do exame for igual ou superior a 140/90 
mmHg (ou 14 por 9), é constatado um elevado nível de 
pressão arterial. 
 
Esse valor faz com que haja esforço excessivo do 
coração. Se o sistema cardíaco for sobrecarregado pelo 
problema, o risco do paciente sofrer um acidente 
vascular cerebral, infarto, ou aneurisma aumenta. 
 
Apesar de ser uma doença crônica, ou seja, sem 
cura, a hipertensão pode ser controlada. Somente o 
cardiologista responsável poderá indicar o melhor tipo de 
medicamento, baseado no nível do problema. 
 
Conhecida também como insuficiência cardíaca 
congestiva, essa talvez seja uma das principais doenças 
cardiovasculares. Consiste na incapacidade do coração 
em bombear sangue de forma satisfatória para as demais 
partes do corpo. Ela pode ocorrer de duas formas. 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
 
Quando há INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
SISTÓLICA, o coração não consegue expelir o sangue 
adequadamente. Já a INSUFICIÊNCIA DIASTÓLICA, se 
refere à falta de sangue nos músculos do coração, em 
detrimento de sua rigidez. 
 
A doença cardiovascular em questão é crônica. Ou 
seja, ela geralmente se desenvolve de forma gradual, 
salvo raras exceções. E mesmo comprometendo só um 
lado, todo coração é afetado pela disfunção. 
 
Com a insuficiência do bombeamento cardíaco 
constatado, o paciente tende a sofrer com acúmulo de 
sangue nas mais variadas regiões como pulmões, fígado, 
braços, pernas, etc. Em detrimento disso, o local afetado 
pode vir a sofrer com falta de oxigênio e nutrientes. 
 
Para o tratamento, recomenda-se a restrição de 
alimentos com excesso de sal e gordura. Dentre os 
tratamentos indicados pelo cardiologista, destaca-se a 
administração de anti-hipertensivos, diuréticos e 
fármacos que diminuam a carga de adrenalina. 
 
Um dos problemas mais comuns, no que se refere 
às doenças cardiovasculares é o infarto, que se 
caracteriza pelo bloqueio do fluxo sanguíneo. 
 
Por se tratar de uma emergência médica, os 
sintomas devem ser levados em consideração o quanto 
antes. Dor no peito, desconforto irradiado para braços e 
costas, formigamento nos membros superiores, falta de 
ar, sudorese, palidez e tontura podem ser indícios de um 
ataque cardíaco. 
 
O tratamento emergencial consiste no 
restabelecimento do fluxo sanguíneo. 
 
Em alguns casos, o paciente é submetido a um 
cateterismo cardíaco para acabar com a obstrução do 
vaso. Em situações mais extremas, indica-se a angioplastia 
para que a placa de gordura que impede o fluxo seja 
expelida. 
 
Se houver muitos vasos comprometendo a 
passagem do sangue, o paciente deve passar por uma 
cirurgia de revascularização. 
 
É quando há uma alteração no batimento cardíaco. 
Seja de forma descompassada, acelerada ou lenta. 
Normalmente a frequência do batimento cardíaco em 
uma pessoa saudável é de 60 a 100 bpm (batimentos por 
minuto). 
 
A arritmia cardíaca pode ser classificada como 
benigna ou maligna. No primeiro caso, a alteração do 
ritmo cardíaco não altera o desempenho cardíaco. Pode 
ser controlada com a administração de medicamentos e 
com exercícios físicos. 
 
Já a maligna concentra o maior número de 
mortes, já que o desgaste físico contribui para o 
comprometimento do coração. 
 
Com eletrocardiograma ou teste ergométrico é 
possível diagnosticar essa disfunção, que está entre as 
principais doenças cardiovasculares. O tratamento mais 
indicado pelo médico cardiologista é o uso de 
marcapasso, principalmente para pacientes que sofrem 
com arritmias de baixa frequência. 
 
Ocorre quando há uma dilatação da artéria aorta 
– maior do corpo humano – na altura do abdômen. Ela 
é responsável por levar sangue para todas as partes do 
corpo. Apesar da alta mortalidade, o problema pode ser 
abrandado se houver diagnóstico precoce. 
 
Muitas vezes essa dilatação é decorrente pela 
presença de placas de gordura concentradas na artéria. 
Nos últimos anos, a cardiopatia está associada à alteração 
na estrutura da parede da aorta. Se isso não for 
remediado em curto prazo, a tendência é que as paredes 
fiquem mais frágeis, podendo até se romper. Esse, por 
sua vez,é o principal desencadeador de morte. 
 
O tratamento se dá por meio clínico e cirúrgico. 
 
Como o próprio nome se refere, é uma condição 
cardíaca que ocorre antes do paciente nascer. 
Caracteriza-se por qualquer alteração do coração e dos 
vasos, que já podem ser constatados no nascimento do 
bebê. 
 
No Brasil, o número de bebês que nascem todos 
os anos com esse tipo de problema é bastante alarmante. 
São cerca de 20 mil crianças com a cardiopatia, sendo 
que mais da metade precisará se submeter a uma 
cirurgia cardíaca nos primeiros meses de vida. Além do 
tratamento mais invasivo, a recuperação poderá se dar 
sozinha ou com o uso de alguns medicamentos nos 
primeiros anos da criança. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
A angina é um desconforto no peito, causado por 
redução do fluxo sanguíneo. A patologia pode ser tratada 
como uma doença específica e até como um sintoma 
de cardiopatia. Geralmente acomete pessoas a partir dos 
40 anos. 
 
Além da dor no peito, o paciente poderá 
manifestar dores no pescoço, axilas e membros 
superiores, além de fadiga e falta de ar. 
 
O tratamento pode ser feito com base de 
medicamentos betabloqueadores, anti-hipertensivos, 
entre outros remédios cardíacos. Em alguns casos a 
cirurgia é requisitada, sendo a ponte de safena e a 
revascularização coronariana híbrida as mais comuns. 
 
Essa cardiopatia se caracteriza pela inflamação do 
coração, decorrente de alguma infecção do organismo. 
Dentre os sintomas mais comuns destacam-se a dor no 
peito, falta de ar e tonturas. 
 
De forma geral ela é oriunda de alguma gripe ou 
catapora mal curada. O vírus dessas doenças pode causar 
uma infecção no músculo cardíaco. O mesmo pode 
acontecer com bactérias e fungos, embora sejam mais 
raros. 
 
Felizmente a miocardite é altamente tratável e 
tem cura. O problema tende a sumir quando as funções 
do organismo são restabelecidas. Se o coração estiver 
gravemente comprometido pela inflamação, o paciente 
deve ser internado com urgência. 
 
Normalmente a recuperação exige repouso 
absoluto, feito na própria casa do paciente. No entanto, o 
tratamento para erradicar a infecção se faz necessário 
com a administração de antibióticos, antivirais, ou qualquer 
remédio contra o causador da miocardite. 
 
Já o cardiologista responsável poderá prescrever 
anti-hipertensivos, betabloqueadores e diuréticos para 
diminuição de inchaços. 
 
Ocorre quando existe redução ou interrupção da 
circulação de sangue em uma ou mais artérias do 
coração (conhecidas como coronárias). O maior 
problema é que o quadro pode evoluir sem a presença 
de sintomas, passando por casos com angina de peito 
(dor torácica) até infarto agudo do miocárdio ou ataque 
cardíaco. 
 
O cardiologista destaca que, por conta da 
diminuição do fluxo de sangue nas coronárias, ocorre 
uma lesão no músculo do coração, o que pode resultar 
em redução da força de contração ou de bombeamento 
e até mesmo em parada cardíaca e morte. 
 
A doença é caracterizada pela diminuição do fluxo 
de sangue bombeado do coração para o restante do 
corpo. Com isso, o volume é insuficiente para atender 
todas as necessidades de oxigênio e nutrientes do 
organismo. Por conta disso, podem ocorrer limitações na 
realização de atividade da rotina. 
 
A IC pode ser resultado de HAS mal tratada ao 
longo de anos ou de cardiopatia isquêmica com danos 
severos ao músculo do coração. É uma doença 
progressiva, podendo ter sérias implicações para a 
pessoa, devido à restrição física, arritmias e até morte 
súbita. 
 
Trata-se de uma arritmia cardíaca frequente com 
o envelhecimento da população, em que ocorre a 
alteração do ritmo normal do coração, que passa a bater 
irregularmente. Pode causar quadros de mal-estar, 
palpitações, tonturas e até mesmo um AVC. Pessoas 
com fibrilação atrial precisam receber medicamentos 
anticoagulantes durante toda a vida, para prevenir o 
surgimento de problemas. 
 
Um evento súbito e inesperado, que pode ser 
precedido por sinais e sintomas ou se apresentar em 
indivíduos assintomáticos. Geralmente, as vítimas 
possuem algum problema cardíaco de base, porém, 
frequentemente, o desconhecem. 
 
A doença é causada por uma parada 
cardiorrespiratória (PCR), em que a pessoa sofre uma 
arritmia grave chamada de fibrilação ventricular, na qual 
o coração não consegue bombear o sangue para o 
corpo. Bastam poucos segundos para que a vítima perca 
a consciência, pare de respirar e fique sem pulsação. 
Quando não tratada imediatamente, pode resultar em 
óbito. 
 
Principais fatos 
SISTEMA CARDIOVASCULAR – TUTORIA – UCT3 – SP2 
➢ As doenças cardiovasculares são a principal 
causa de morte no mundo: mais pessoas 
morrem anualmente por essas enfermidades do 
que por qualquer outra causa. 
 
➢ Estima-se que 17,7 milhões de pessoas 
morreram por doenças cardiovasculares em 
2015, representando 31% de todas as mortes em 
nível global. Desses óbitos, estima-se que 7,4 
milhões ocorrem devido às doenças 
cardiovasculares e 6,7 milhões devido a 
acidentes vasculares cerebrais (AVCs). 
 
➢ Mais de três quartos das mortes por doenças 
cardiovasculares ocorrem em países de baixa e 
média renda. 
 
➢ Das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas 
com menos de 70 anos) por doenças crônicas 
não transmissíveis, 82% acontecem em países 
de baixa e média renda e 37% são causadas por 
doenças cardiovasculares. 
 
➢ A maioria das doenças cardiovasculares pode ser 
prevenida por meio da abordagem de fatores 
comportamentais de risco – como o uso de 
tabaco, dietas não saudáveis e obesidade, falta 
de atividade física e uso nocivo do álcool –, 
utilizando estratégias para a população em geral. 
 
➢ Para as pessoas com doenças cardiovasculares 
ou com alto risco cardiovascular (devido à 
presença de um ou mais fatores de risco como 
hipertensão, diabetes, hiperlipidemia ou doença 
já estabelecida) é fundamental o diagnóstico e 
tratamento precoce, por meio de serviços de 
aconselhamento ou manejo adequado de 
medicamentos. 
 
{REFERÊNCIAS} 
1. https://centromedicoberrini.com.br/artigos/conhe
ca-algumas-das-doencas-cardiovasculares-mais-
comuns 
2. http://www.simers.org.br/noticia/doencas-
cardiovasculares-mais-comuns 
3. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com
_content&view=article&id=5253:doencas-
cardiovasculares&Itemid=1096 
 
 
7- DISCORRA A INTERAÇÃO DO SISTEMA 
NERVOSO COM O SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
 
Controle do sistema cardiovascular pelo 
SNA 
 
{SISTEMA NERVOSO AOTÔNOMO} 
O sistema nervoso autônomo, chamado também 
de vegetativo, é a parte do sistema nervoso responsável 
pela regulação das funções internas do organismo: 
cardiovascular, pulmonar, renal, digestiva, entre outras, 
para garantir a homeostase, um ritmo de base 
harmoniosa e para permitir uma adaptação do organismo 
a toda mudança deste ritmo de base. Esta regulação 
ocorre independente de toda vida consciente. 
O sistema nervoso autônomo possui dois ramos: 
um ramo chamado PARASSIMPÁTICO (repouso, 
inibitório) ou vegetal, cujo mediador químico terminal é a 
ACETILCOLINA e um outro ramo chamado simpático 
(luta, fuga) cujo mediador químico terminal é a 
NORADRENALINA. 
A transmissão do influxo nervoso no ramo 
simpático é mais lenta que no ramo parassimpático. Estes 
dois ramos possuem efeitos antagonistas, em geral, nos 
sistemas em que atuam; sobre o ritmo cardíaco, 
nitidamente, o parassimpático possui um efeito 
moderador enquanto que o simpático possui em efeito 
acelerador. No que concerne ao sistema cardiovascular, 
o objetivo do sistema nervoso autônomo é manter em 
todas as partes do corpo uma pressão adequada para a 
oxigenação dos tecidos. 
O sistema nervoso autônomo atua, 
essencialmente, em duas partes do sistema 
cardiovascular para a regular a pressão: no CORAÇÃO e 
nos VASOS. No que segue, apresenta-se a atuação do 
SNA nestes elementos: 
 
O sistema nervoso autônomo controla o 
automatismo cardíaco pelo intermédio do balanço 
simpático-parassimpático permitindo

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