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Sexologia forense

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SEXOLOGIA FORENSE 
DEFINIÇÃO DA SEXOLOGIA FORENSE:
· Agressor agiu de forma violenta, anulando ou enfraquecendo a oposição. Ex: uso da força física, bater. 
· Ramo da medicina que se ocupa em estudar a sexualidade humana e os resultados criminosos que dela podem advir, como o ESTUPRO, ABORTO E O INFANTICÍDIO. Estuda ainda as perversões sexuais. 
ESTUPRO: 
DEFINIÇÃO: 
Definição pelo artigo 213 – Código Penal Brasileiro: 
· Constranger alguém, mediante violência (bater, espancar) ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. 
Importante: 
· Definição de conjunção carnal: Introdução completa ou não do órgão reprodutor masculino na vagina feminina, independente da ruptura do hímen, bem como de ejaculação. 
· Dessa forma, todos os outros atos são considerados atos libidinosos e não conjunção carnal. 
· Ex: sexo anal, oral, etc. (também previstos como estupro). 
DEFINIÇÃO DE MULHER VIRGEM:
· Mulher virgem é aquela que nunca praticou conjunção carnal. 
Importante: 
· Portanto, a definição de mulher virgem não se atém à ruptura do hímen e sim àquela que nunca praticou conjunção carnal. 
· Essa definição é importante, pois há casos que não há ruptura himenal. 
· Ex.: Hímen complacente (presente em até 22% das mulheres). Nesses casos não se excetua o crime de estupro. 
VIOLÊNCIA:
Tipos de violência: 
1) Efetiva → Principal, é aquela que mulher ou homem não queria ter a relação, porém foi obrigada. 
2) Presumida → Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). Então mesmo o menino ou a menina dizendo que foi tudo consentido, não é levado em consideração, é considerado estupro presumido (para indivíduos < 14 anos). Depois dos 15 anos até os 18 anos não vai ser considerada mais violência presumida. 
1. VIOLÊNCIA EFETIVA: 
FÍSICA:
· Uso de arma, amarrar, amordaçar → Agir de maneira agressiva e violenta. 
· Cuidado com relação aos estupros que ocorrem sob “grave ameaça”, por exemplo com o mostrar de uma arma ou o medo que a vítima tem de ser agredida pois pode não haver vestígios de violência no corpo da vítima. 
PSÍQUICA: 
· O agressor conduz a vítima a uma forma de não resistência por inibição ou enfraquecimento de suas faculdades mentais. Podemos dizer que a vítima não está tendo consciência do que exatamente está acontecendo. 
1) Embriaguez completa 
2) Anestesia 
3) Estados hipnóticos 
4) Drogas alucinógenas 
2. VIOLÊNCIA PRESUMIDA (ART 217 -A- CPB):
· Menor de 14 anos 
· Muito importante: independe do consentimento da vítima! Mesmo que tenha sido relação consensual, incorre em crime. Mesmo a vítima falando que queria o ato, se for menor de 14 anos é considerado estupro (violência presumida). 
· Vítima alienada ou débil mental e o agente conhecia ou havia modos de notar essa circunstância.
· Qualquer causa que impeça a vítima de resistir (ex: paciente em coma). 
PERÍCIA NO ESTUPRO: 
Comprovar a cópula vaginal: 
1) Na mulher virgem (nunca praticou conjunção carnal) 
2) Na mulher com vida sexual pregressa ou na virgem com hímen complacente.
Avaliação do Hímen: 
FORMAS DE DIAGNÓSTICO DE CONJUNÇÃO CARNAL 
· Ruptura do hímen → Se não houver ruptura, não exclui o crime devido 22% das mulheres terem o hímen complacente 
· Presença de espermatozóide no fundo do saco vaginal → Com uma espátula, colhe-se material no fundo da vagina e faz-se pesquisa de existência de espermatozóide. A presença de espermatozóide gera diagnóstico de conjunção carnal, pouco importando ruptura/tipo de hímen. 
· Muitas vezes, pela mulher lavar muito a região, não se encontra vestígios na região, e isso não exclui a possibilidade. 
· Presença de doenças venéreas → Presença de doenças venéreas no fundo da vagina que só se reproduzem por contato. A presença de doenças venéreas não é fator absoluto de certeza de conjunção carnal, podendo estar relacionada a prática de atos libidinosos (coito anal, nas coxas, etc). Quem afirma que ela não teve outras relações com outras pessoas após a suspeita de estupro, com isso não é um forma de diagnóstico de certeza. 
· Ex: cancro sifilítico, granulomas e condilomas presentes no fundo da vagina.
· Presença de fosfatase ácida → Enzima presente no líquido espermático (mesmo em vasectomizados). 
· Gravidez. 
A presença de doenças venéreas não é tão confirmatória assim, pois as vezes pode ter transmissão sem ter feito o ato em si, porém ruptura de hímen, gravidez e presença de fosfatase alcalina são certezas!
ABORTO: 
DEFINIÇÃO: 
· É a interrupção da gravidez em qualquer fase da gestação, com morte do concepto e sua consequente expulsão ou retenção. 
· Se o bebê nasceu e foi morto logo após o nasciemnto não é considerado aborto e sim infanticído, porém ela vai ser contenada da mesma maneira. 
CLASSIFICAÇÃO:
1. ESPONTÂNEO OU ACIDENTAL: 
· Espontâneo ocorre quando condições materno-fetais endógenas impedem o prosseguimento da gestação. Muitas vezes tem a fecundação e a mulher nem sabe, pois as vezes ela menstrua e acha que está normal, porém essa menstruação pode ter sido um aborto. 
· Ex: doenças da mãe, incompatibilidade RH ou do feto (onfalocele, etc). 
· Acidental: fatores externos como intoxicações, traumas, exposição a situações eventuais levam a morte do feto. 
· Ex: acidentes de trânsito, quedas, intoxicações químicas (medicamento)
· Não há crime → Não sabia que estava grávida. 
2. PROVOCADO/CRIMINOSO:
· Ocorre quando agentes externos com o intuito de interromper a gestação são intencionalmente aplicados sobre a mulher grávida. 
· Crime → intencional (a própria mãe), seja ela realizando ou um terceiro. 
Podem ser divididos em: 
A) Não Puníveis: Não é considerado crime, pois a vida da mãe estava em risco se ela não realiza-se o aborto ou a mãe é vítima de estupro. 
· Necessário ou terapêutico (médico provocou) → aborto realizado pelo médico para salvar a vida da gestante. 
· Sentimental, piedoso ou moral → em caso de gravidez resultante de estupro 
B) Puníveis/Criminoso: 
· PROCURADO: resulta da própria ação da gestante (uso de medicação abortiva - misoprostol, introdução de objetos via vaginal, etc). 
· SOFRIDO: provocado sem o consentimento da gestante (por ex: administração de veneno por um terceiro, agressão na barriga pelo pai que não queria a criança, etc).
· CONSENTIDO: praticado por terceiro, com permissão da gestante. (por ex: aborto em clínica de aborto ou pede para o pai da criança ficar chutando a barriga dela).
· ABORTO EUGÊNICO: visando evitar o nascimento de criança defeituosa. (Ex: praticado em algumas tribos indígenas, espartanos (nascia sem braço, sem perna) → quando a criança tem algum problema, faziam aborto ou jogavam do penhasco.
· ABORTO SOCIAL: praticada por motivos econômicos, morais, estéticos, raciais. (Ex: falta de condições econômicas de criar o filho; gestação que surge de relação sexual desprevenida → “gestação advinda de relação sexual com conhecido de balada”, etc.). Alta incidência 
SINAIS DE PARTO:
SINAIS DE PARTO RECENTE (EM MULHER VIVA OU CADÁVER): 
EXTERNOS (FORA): 
· Roturas de períneo. 
· Roturas himenais (primigesta). 
· Edema de vulva e grandes lábios. 
· Eventuais sinais de episiotomia (corte cirúrgico feito no parto para aumentar canal de parto). 
· Presença de lóquios (secreção vaginal pós parto). 
· Mamas túrgidas e secretantes. 
· Palpação do útero: 
a) 1º dia: palpável na cicatriz umbilical 
b) 5º dia: 6 cm acima do púbis (meio - entre cicatriz umbilical e púbis).
c) 12º dia: atrás do púbis (fazer uma manobra tipo em gara)
INTERNOS (DENTRO - ESPÉCULO): 
· Edema, roturas e equimoses na mucosa vaginal. 
· Colo uterino globoso, com lóquios e coágulos. 
SINAIS DE PARTO ANTIGO (EM MULHER VIVA OU CADÁVER):
· Pigmentação dos mamilos e da linha alba.
· Cicatrizes no períneo (dilatação)
· Sinais de episiotomia. 
· Alterações do colo uterino 
PERÍCIA NO ABORTO PROVOCADO (criminoso):
· Sinais de Partoe Puerpério (recentes ou antigos):
· São os sinais demonstrados no corpo da mulher que passou por uma gestação recente ou tardia. 
· Ex: lóquios (líquidos vaginais), estado das mamas, cicatrizes vaginais/perineais. 
· Sinais de manobras abortivas: 
· Presença de corpo estranho no colo do útero, sinais de pinçamento (no caso de curetagem) 
· Eventuais equimoses na superfície corporal (força de expulsão no ato do parto) 
· Sanguíneos evidenciando substâncias tóxicas ou abortivas 
INFANTICÍDIO 
DEFINIÇÃO: 
· Morte do filho provocada pela mãe na ocasião do parto ou durante o estado puerperal. 
· Mãe pode matar a criança depois de dois anos → Homicídio 
· Mãe matou a criança no momento do parto ou no estado puerperal → Infanticídio 
· O infanticídio é a morte do feto praticado pela própria mãe que se dá na vigência, no período do estado puerperal. Pode ser por um ato de esganadura (sem presença de sulco). 
· Transcorre de transtorno psíquico momentâneo que a mulher passa por conta de situações hormonais, comportamentais e até psicológicas em decorrência da gravidez principalmente quando é indesejada. 
· Não há participação de terceiros (ato é exclusivo materno). É um ato praticado exclusivamente pela mãe no período do estado puerperal. 
· Tem punibilidade legal, porém penas são atenuadas por comprovação de ter sido praticado sob ação do estado puerperal. 
O ESTADO PUERPERAL:
· Estado puerperal é o período psicológico que vai do deslocamento e expulsão da placenta à volta do organismo materno (alterações hormonais) às condições anteriores à gravidez. 
· O Estado Puerperal é um quadro fisiológico que atinge todas as mulheres que dão à luz. 
· Portanto, estado puerperal não é sinônimo de infanticídio. 
TIPIFICAÇÃO DE INFANTICÍDIO - PERÍCIA: 
Importante: Para se tipificar o infanticídio, é indispensável: 
1) Comprovação do nascimento com vida 
2) Se a mulher agiu sob a influência do estado puerperal 
· Não pode acontecer depois do estado puerperal, pois ai já não é mais considerado infanticidio e sim homicídio, pois não estava mais com influência psicológicas e hormonais do puerpério. 
Observação cabal: Afinal, se feto morto não caberia imputação de homicídio. Nesse caso (feto morto) poderíamos estar frente a outro crime, como o de Aborto, por exemplo. E se ocorrido pós estado puerperal, não há elementos fisiológicos que atenuem o crime. Sendo considerado homicídio comum. 
1) Comprovação de nascimento com vida: 
Docimasia Hidrostática de Galeno:
· Trata-se de medida pericial, de caráter médico-legal, aplicada com a finalidade de verificar se uma criança nasceu viva ou morta e, portanto, se chegou a respirar. 
· Fundamento científico/método: Após a respiração o feto tem os pulmões cheios de ar e quando colocados num vasilhame cheio de água, flutuam; não acontecendo o mesmo com os pulmões que não respiraram (que por sua vez, afundam). Se afundarem é porque não houve respiração (feto já nasceu morto); se não afundarem é porque houve respiração e, consequentemente, vida. 
2) Comprovação de que a mulher agiu sob influência do estado puerperal: 
O perito deverá observar: 
· O crime ter ocorrido no período de estado puerperal. 
· Se o parto transcorreu de forma a provocar sofrimento incomum na parturiente. 
· Se a parturiente se recorda do ocorrido. 
· Se a parturiente apresenta histórico de psicopatia anterior. 
· Se existe comprovação de que, em razão do parto, surgiu alguma perturbação mental capaz de levá-la ao crime 
PERVERSÕES SEXUAIS; 
NÃO VAI CAIR NA PROVA!
· Onanismo: Impulso obsessivo à excitação dos órgãos genitais. Masturbação quando pela duração e exclusividade, bloqueia a prática da conjunção carnal normal. 
· Pedofilia: É a predileção sexual por crianças. 
· Anafrodisia: Quando há diminuição do apetite sexual do homem. 
· Frigidez: Ausência de libido na mulher.
· Erotismo: É o apetite sexual acentuado. 
· Auto erotismo: Para a satisfação sexual não depende de parceiro nem de masturbação. Depende apenas da imaginação. 
· Impotência: Incapacidade para o ato sexual.
· Erotomania: É a fixação maníaca em alguém fora do seu campo de relacionamento. Paixão mórbida e doentia, podendo se transformar em até em um criminoso. 
· Exibicionismo: Obsessão impulsiva de exibir-se sexualmente. Mostrar-se por meio de seus órgãos genitais.
· Narcisismo: Fixação do prazer na admiração do próprio corpo. 
· Mixoscopia: Ou voyeurismo. Consiste no prazer em presenciar a relação sexual de terceiros. 
· Fetichismo: O indivíduo envolve-se apenas na excitação com uma parte da pessoa ou um objeto a ela pertencente. Ex: mãos, pés, calcinha, sutiãs. 
· Lubricidade senil: Manifestação sexual exagerada, em desproporção com a idade.
· Pluralismo: Prática sexual grupal, de que participam três ou mais pessoas (ex: ménage à trois) 
· Gerontofilia: Atração sexual de pessoas muito jovens por pessoas de idade avançada.
· Riparofilia: Atração sexual por pessoas desasseadas, sujas, de baixa condição social e higiênica. 
· Urolagnia: Prazer sexual de ver alguém no ato de urinar. 
· Coprofilia: O ato sexual se prende ao ato da defecação ou do próprio contato com as fezes do parceiro. 
· Coprolalia: Satisfação sexual que se expressa por meio de falar ou de escutar palavrões e obscenidades.
· Edipismo: É a tendência ao incesto. Ao impulso do ato sexual com parentes próximos. 
· Bestialismo: Ou zoofilia. Satisfação de praticar ato sexual com animais.
· Sadismo: Satisfação sexual está em produzir sofrimento ao parceiro. 
· Masoquismo: Prazer sexual por meio do sofrimento físico ou moral pelo próprio indivíduo.
· Necrofilia: Relação sexual com cadáveres. Pode ocorrer de matar para depois satisfazer o desejo.
· Pigmalionismo: Prazer anormal por estátuas.

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