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Lombalgias: Causas e Sintomas

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Lombalgias
É a causa mais frequente de limitação das atividades em adultos jovens e de meia idade, com prevalência de 15 a 30%; Mais de 75% da população mundial terá pelo menos algum episódio de dor lombar durante a vida.
Postura: arranjo relativo das partes do corpo. A boa postura é aquela em que o equilíbrio entre a musculatura e o esqueleto protege as estruturas de suporte do corpo contra lesões.
Composição da região lombar: 5 vértebras lombares articuladas entre si pelos discos intervertebrais; osso sacral(fusão das 5 vértebras sacrais); cóccix; ligamento longitudinal anterior e posterior; lig. flavum; lig. supraespinhosso; músculo eretor da espinha, m.multifidios, m. quadrado da lombar, m. íleo psoas(esses são os principais, os que ela falou na aula)
Obs: m. eretor da espinha e m. multifidios- dão maior suporte à lombar.
Obs2: m. quadrado da lombar- dá estabilidade latero-lateral da coluna e aproxima a pelve do gradil costal.
O que pesquisar em paciente com lombalgia?
História- características da dor, trauma recente, efeitos da postura sobre a dor (melhora deitado/ piora sentado...), associação de sintomas sistêmicos e neurológicos.
Exame ortopédico: Postura estática e dinâmica, escoliose (desvio lateral da coluna), hiperlordose (bunduda e barriguda), hipercifose (corcunda), contraturas musculares, hiperalgesia cutânea, alinhamento e comprimento do MMII.
Exame neurológico: avaliar função motora; sensitiva: Laségue (pra quem não lembrar, tá no final do resumo) e Bragard (Laségue com dorso flexão forçada do pé); Pesquisa de reflexos normais e patológicos: patelar, aquileu e Babinski.
Distinção entre os diferentes sítios de lesão:
L1= disfunção motora não específica com possível alteração da função da bexiga. Dor no quadrante lombar, que se irradia para a perna. 
L2= Laségue negativo e fraqueza do quadríceps.
L4= Laségue, normalmente, negativo e reflexo patelar diminuído.
L5= Laségue positivo, reflexos sem alterações e diminuição da sensibilidade do dorso do pé.
S1= Laségue positivo, diminuição da sensibilidade da sola e região lateral do pé e reflexo aquileu diminuído.
Inspeção: Observar o paciente no plano frontal e sagital, atentar para o posicionamento da espinha ilíaca anterossuperior e posterossuperior que devem estar no mesmo nível. 
Pontos de referência: espaço interarticular L4-L5 situa-se no mesmo nível das cristas ilíacas e o processo espinhoso de S2 situa-se no ponto médio de uma linha imaginária que liga as espinhas ilíacas póstero-superiores.
Palpação: palpar tuberosidade isquiática, trocanter maior, nervo ciático, apófises, espinhosas e musculatura para-vertebral lombar. 
Principais causas de dor lombar:
1) Lombalgia Mecânica: Provocada por atividades físicas ou postura inadequadas e melhora com o repouso e piora no decorrer do dia; devido a contratura muscular e ao tracionamento de tendões e ligamentos; dor crônica, de variada intensidade, com rara irradiação para a região glútea; sem sinais neurológicos associados; comum em grávidas, mulheres que trabalham de salto alto, pessoas com a barriga protuberante.
2)Osteoartrose- doença degenerativa que ocorre com o aumento da idade principalmente após a quarta década de vida; caracterizada pela dificuldade de iniciar movimento pela manhã ou após muito tempo na mesma posição( a rigidez dura cerca de 30 minutos, o que diferencia a osteoartrose da artrite reumatóide e febre reumática, doenças que também se caracterizam pela dificuldade de iniciar movimentos mas com tempo de rigidez matinal mais prolongado).
O agravamento da osteoartrose pode resultar em degeneração dos discos intervertebrais e/ou alterações hipertróficas com a formação de osteofitos, que podem comprimir raízes nervosas levando a dor radicular, nesse caso o diagnostico pode ser feito através de RX simples. 
3)Degeneração Discal: Causa mais comum de dor lombar aguda, principalmente entre os homens na faixa dos 40 anos; É devida a uma degeneração do anel fibroso do disco intervertebral, associada á extrusão do núcleo pulposo. Pode ocorrer na região mediana e na região lateral sendo mais comum na lateral; Em geral, associada a sinais neurológicos: fraqueza e atrofia muscular, alteração de sensibilidade e reflexos.
A localização mais comum da hernia é na junção lombo-sacral(L5-S1), nesse caso a dor irradia para a porção posterior da perna, com diminuição do reflexo aquileu, Laségue positivo e atrofia do m. gastrocnêmio .
Caso o paciente seja idoso é importante avaliar os pulsos do MMII afim de evitar confundir dor muscular com neurogênico afastando a possibilidade do mesmo apresentar placa de ateroma na artéria femoral . 
4) Espondilolistese: Decorre do deslizamento anterior do corpo vertebral de uma vértebra sobre a outra , acomete as vértebras nas seguintes proporções: L5-67%/ L4-15 a 30%/ L3-3%; é mais comum em homens(2 a 4 vezes); Pode ser congênita, degenerativa ou decorrente de trauma; Estes deslizamentos vertebrais foram classificados conforme sua intensidade: Grau I de zero a 25%, Grau II de 25% a 50%, Grau III de 50% a 75% e Grau IV de 75% a 100%. O Grau V seria a pitose vertebral; No caso dos graus III e IV pode ocorrer lesão neurológica grave, levando a paraplegia; pode ser acompanhada de dor radicular e formigamento nos MMII, diminuição da sensibilidade e paraplegia no caso dos graus III e IV. 
OBS:O tratamento para osteoartrose, degeneração discal e espondilolistese pode variar entre fortalecimento da musculatura, fisioterapia, medicamentos e cirúrgico. No caso da hernia de disco a indicação cirúrgica ocorre quando o paciente perde o controle dos esfíncteres, apresenta dor irradiada ou perda de reflexos.
5) Espondilite anquilosante: Mais comum em homens na 3/4 década de vida; Doença inflamatória crônica que afeta o esqueleto principalmente a coluna vertebral e articulações sacro-ilíacas, e que resulta na calcificação das partes moles provocando dor, perda da mobilidade e flexibilidade; com o avanço da doença o paciente assume a postura de esquiador(retificação da lordose lombar, flexão do coxo-femoral e flexão dos joelhos) e no fim da mesma o paciente perde a capacidade da expiração torácica por consequência da calcificação das cartilagens intercostais; outras manifestações comuns: aortite e cardite; tratamento: corticóide e fisioterapia.
TESTE DE SCHOBER: para pacientes com graus discretos de espondilite, com o paciente em pé marca-se um ponto a 10cm de uma linha que liga as espinhas posterossuperiores. Em seguida pede-se ao paciente que realize a flexão da coluna vertebral. A distância deve ser acrescida de 5 cm para que o diagnostico de espondilite seja excluído.
(Essa é a parte que o Rocco dá mais enfoque no livro)
6)Doença de Paget: Comum em pessoas idosas; distúrbio da arquitetura óssea devido ao aumento anormal da atividade osteoblástica, podendo ou não ser precursora de tumor; causa esclerose densa do corpo vertebral; exame complementar- dosagem de fosfatase alcalina.
 OBS: Diagnostico diferencial com mieloma e tumores metastáticos, pois caso seja confundida o tratamento com fisioterapia pode aumentar o aporte sanguíneo do tumor. 
7) Doenças neoplásicas: a dor é provocada por atividade física e mudança de postura, mas a principal característica é dor em repouso, particularmente a noite.
8)Doenças infecciosas:
a)osteomielite tuberculosa(Mal de Pott): infecção do disco vertebral, diagnostico precoce muito difícil.
b)osteoporose: mais comum em mulher pós-menopausa; ocorrem microfraturas na região anterior das vértebras que vão se empilhando, deixando as pacientes cifóticas.
c)osteomielite vertebral: infecção óssea causada mais frequentemente por S. aureus.
d)Discite: infecção do disco vertebral, mais comum em adultos.
Cuidados Posturas Para todos: Colocar sempre calço sob um dos pés ao ficar muito tempo em pé; sentar com as linhas de força que passam pelas orelhas recaindo sobre os ísquios; agachar fletindo os joelhos; fortalecer a musculatura abdominal (esse é bom pra galera do PRAIAMED) e paravertebral,alongamento sempre eu possível... 
 Laségue:É indicador de compressão do nervo ciático. Paciente em decúbito dorsal, a 0º de inclinação (a cabeceira pode estar no máximo a 45º). Um pequeno travesseiro deve estar suportando a coluna cervical, relaxando-a. Os membros superiores podem estar estendidos ao longo do corpo ou dobrados no peito. Inicialmente, levanta-se o membro inferior são do indivíduo, com a mão direita do médico apoiando o tendão de Aquiles do paciente e, a mão esquerda, o joelho, para que esse não se dobre. A elevação da perna é mantida até onde o paciente reclama de dor.
A manobra deve ser considerada positiva somente se o local da dor for o mesmo local que o paciente reclama de dor normalmente.

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