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1 
 
Resumo de aulas práticas 
I) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES (IVAS) 
Trato respiratório superior: orofaringe, nasofaringe, laringe e anexos (seios nasais e 
paranasais e ouvido médio) 
Trato respiratório inferior: traquéia, brônquios e pulmões 
Infecções do trato respiratório superior: orofaringite aguda é a mais comum 
Agentes Etiológicos 
- Vírus: responsáveis por cerca de 90% das IVAS. Bactérias: responsáveis por cerca de 10% 
- Agentes bacterianos: Streptococcus pyogenes (estreptococos -hemolíticos do grupo A), 
responsável por cerca de 95% das faringites bacterianas; Corynebacterium diphtheriae (bacilo 
diftérico), Streptococcus -hemolíticos dos grupos C, F, G. Outros ....... 
Sinais & Sintomas da Orofaringite Bacteriana - (amigdalite, faringite, faringoamigdalite) 
- Mucosa da orofaringe inflamada e edemaciada, com pontos purulentos 
- Dor de garganta, dificuldade de engolir, enfartamento ganglionar; febre, calafrios; dores pelo 
corpo, dor de cabeça; prostração geral; eventualmente exantema (erupção ou “rash” cutâneo) 
e língua em framboesa, indicativos de escarlatina 
 
Diagnóstico Laboratorial 
O exame bacteriológico é direcionado para a detecção de estreptococos -hemolíticos do 
grupo A (Streptococcus pyogenes) 
Para o diagnóstico de infecções por outros agentes, como no caso de difteria e coqueluche, 
são utilizados procedimentos diferentes. 
Procedimentos 
1- Coleta de Espécime Clínico: Secreção de orofaringe, com ajuda de “swab” (zaragatoa). 
Evitar tocar com o “swab” nas mucosas da cavidade oral, carreando bactérias da microbiota 
normal, como porexemplo Streptococcus -hemolíticos (Streptococcus mutans, S. salivarius 
etc...), espécies saprófitas de Neisseria, Staphylococcus coagulase negativo, Haemophilus 
hemolyticus, membros da família Enterobacteriaceae, leveduras (Candida albicans), ... 
 
2- Semeadura em Meio de Cultura 
O espécime deve ser imediatamente semeado ou deve ser acondicionado em invólucro estéril 
para o transporte até o laboratório. 
Meio de cultivo: ágar sangue (base de agar com baixa concentração de glicose, tal como TSB, 
adicionada de 5% sangue desfibrinado de carneiro) 
- Semeadura pelo método de esgotamento, com auxílio de alça bacteriológica. Realizar a 
técnica de "stab-plate” (semeadura em profundidade). Incubação a 37C por 18 a 24 h 
2 
 
3 - Inspeção da Cultura e Realização de Testes para a Identificação Presuntiva 
 
3.1- Observação das características coloniais e atividade hemolítica 
- Presença de colônias pequenas a puntiformes com halo de hemólise total () 
- Tipos de hemólise: beta, alfa e gama 
 
3.2 - Observação das características morfo-tintoriais (Coloração de Gram) 
- Cocos Gram-Positivos, com arranjo predominante em Cadeias 
3.3 - Testes para a Identificação Presuntiva 
 
3.3.1- Teste da Catalase 
- Colocar uma gota de salina sobre uma lâmina e fazer uma suspensão espessa do 
microrganismo a ser testado. Depositar uma gota de peróxido de hidrogênio (água 
oxigenada) a 3% sobre a suspensão. A formação de bolhas indica teste positivo 
 
3.3.2- Identificação Presuntiva de Streptococcus pyogenes: 
Teste de Susceptibilidade a Bacitracina 
- Retirar com alça bacteriológica uma colônia suspeita. Semear em meio de agar sangue e 
adicionar um disco de papel de filtro impregnado com bacitracina (0,04 U), 
Incubar 35°- 37° C por 18 a 24 h. Observar a presença de halo de inibição do crescimento 
Teste de Hidrólise do PYR (pirrolidonil-beta-naftilamida) 
Teste Streptococcus 
pyogenes 
Streptococcus 
agalactiae 
Outros beta-hemolíticos 
Sensibilidade à 
bacitracina (0,04U) 
S R R 
Hidrólise de PYR + - - 
Teste de CAMP - + - 
 
Identificação confirmatória de Streptococcus pyogenes : detecção do antígeno de grupo 
(grupagem sorológica) 
 
Discutir importância do diagnóstico e tratamento imediato das infecções por S. pyogenes e 
implicações na prevenção das sequelas pós-estreptocócicas 
3 
 
II. DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO 
 
Acomete ~50% das mulheres ao menos 1x na vida. 
40% das infecções relacionadas aos cuidados com a saúde. 
Localização: Rins  Pielonefrite, Bexiga  Cistite 
Infecções do Trato Urinário Baixo: Uretrite (DST) , Cistite, Trigonite , Prostatite 
Infecções do Trato Urinário Alto: Pielonefrite aguda, Ureterite, Abscesso Intra-renal, Abscesso 
Perinéfrico 
 
VIAS DE INFECÇÃO: ascendente, hematogênica , cateterismo ou sondas, trauma 
 
DEFESAS NORMAIS: limpeza mecânica pelo jato urinário; pH da urina (5.0 – 6.5), MALT 
 
ASPECTOS GERAIS DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO 
Tipos: Bacteriúria assintomática , Aguda , Recorrente 
 Complicação: 
 Não-complicada  M jovem sem doença subjacente do TU ou sistêmica 
 Complicada  H, crianças, cateterizados, recorrência, anomalias 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Frequência, urgência, disúria e dor suprapúbica; febre, dor lombar 
 
FATORES PREDISPONENTES 
Comprimento da uretra; atividade sexual; obstrução vesical: gravidez, hipertrofia prostática, 
tumores; corpos estranhos: cálculos, cateteres (>6 dias), outros; refluxo vesicoureteral: 
congênito, gravidez; diabetes, insuficiência renal ; disfunção neurogênica, anomalias urológicas 
 
ASPECTOS CLÍNICOS DAS INFECÇÕES URINÁRIAS 
A) Infecções do Trato Urinário 
  ITU COMUNITÁRIA. Escherichia coli (>75%), Staphylococcus saprophyticus (10-20%) 
emMulheres . Outros: Enterobacteriaceae (Proteus sp.) 
  ITU HOSPITALAR OU COMPLICADA. Enterococcus spp. (CV, DM, Obstrução urinária), 
outros: Pseudomonas spp., Enterobacteriaceae 
B) Bacteriúria assintomática 
Mulher – 2 culturas + com intervalo >24h , micção espontânea, 105ufc/ml 
Homem – 1 cultura + através de micção espontânea 103ufc/ml 
Indicações de tratamento: No pré-operatório de procedimentos urológicos; na grávida ( risco 
de pielonefrite, prematuridade e baixo peso) 
CONDUTA DIAGNÓSTICA 
 - A investigação microbiológica é necessária para pacientes com: Pielonefrite, ITU complicada 
(CV, litíase, obstrução do TU, bexiga neurogênica, DM, ITU de repetição ou gestação), ITU 
hospitalar , ITU comunitária, sempre que possível 
4 
 
Coleta da urina (~20ml) 
 a) Assepsia da uretra 
 b) Coleta do jato médio (cateter / aspiração suprapúbica) 
Transporte em refrigeração até 2h 
Elementos anormais e sedimentos (EAS): 
Análise física: Aspecto (límpido / turvo / muco), cor - normal = amarelo citrino , considerar 
variações normais (corantes, fármacos); densidade 
Análise química: pH, acetona, bilirrubina, hemoglobina , glicose, ptns, urobilinogênio , nitrito 
(prova de Griess), esterase leucocitária (le) 
 Análise microscópica de sedimentos (urina centrifugada) : céls epiteliais, hemácias, 
leucócitos, cristais, cilindros, muco 
 Microscopia para bactérias / leveduras (urina não centrifugada) 
 Urinocultura : Meios não seletivos  Ágar nutriente, Ágar-Sg, meio CLED 
 Meios seletivos  Ágar MacConkey ou EMB, Thayer-Martin 
 Sistemas de identificação convencionais e comerciais 
 Antibiograma 
 
URINOCULTURA QUANTITATIVA – INTERPRETAÇÃO 
 Contar o número de colônias na placa de cada paciente 
OBS 1: Em caso de inúmeras colônias (>300), dividir a placa em 4 e contar 1 quadrante. Ao 
final multiplicar por 4 e seguir com os cálculos. 
OBS 2: Em caso de diferentes tipos de colônias, fazer a contagem separadamente. 
Aplicar a regra abaixo: 
 N colônias na placa --------------------- 0,01ml (=10ul) 
 X UFC --------------------------------------- 1 ml 
Interpretação 
Pontos de corte: 
 - Homens: 103 ufc/ml 
 - Mulheres: ITU Baixa – 103 ufc/mlITU Alta – 104 ufc/ml 
 - Urina por CV, nefrostomia, cistostomia: 103 ufc/ml 
 - Urina por punção supra-púbica: Qualquer crescimento 
Em caso de infecção urinária: 
 (i) Identificação laboratorial de cada tipo colonial observado 
 (ii) Antibiograma 
5 
 
III. DETERMINAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE DAS BACTÉRIAS AOS ANTIMICROBIANOS 
 
1 - Antibiograma ou Teste de Disco-Difusão 
2 - Determinação da Concentração Mínima Inibitória – MIC ou CMI 
3 - Determinação da Concentração Mínima Bactericida – MBC ou CMB 
ANTIBIOGRAMA 
- É um teste que irá determinar a quais antibióticos uma bactéria é sensível ou resistente 
em doses terapêuticas. 
CONCENTRAÇÃO MÍNIMA INIBITÓRIA – MIC OU CMI 
- É a menor concentração da droga capaz de inibir o crescimento bacteriano visível a olho 
nu – pode ser bactericida ou bacteriostático 
CONCENTRAÇÃO MÍNIMA BACTERICIDA – MBC ou CMB 
- É a menor concentração da droga capaz de matar as bactérias. 
TODOS ESSES TESTES SÃO TOTALMENTE PADRONIZADOS PARA REPRODUÇÃO EM 
QUALQUER LABORATÓRIO. 
Padronização do Método pelo “Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI)” 
ANTIBIOGRAMA 
MÉTODO DE DISCO DIFUSÃO - Difusão do antimicrobiano no meio de cultura, a partir de 
discos de papel de filtro impregnados. 
PRADRONIZAÇÃO DO MÉTODO 
1) Concentração do antibiótico no disco 
2) Tamanho do disco 
3) Meio de cultura - Meio de Mueller Hinton (existem variações quanto às exigências 
nutricionais do microrganismo) 
4) Quantidade de meio de cultura a ser adicionado na placa: na dependência do diâmetro 
da placa de Petri utilizada, mas de maneira que se obtenha uma camada de 4mm de meio 
de cultura.. 
5) Preparação do inóculo: 
 Utilizar crescimento bacteriano recente com 18 a 24h de incubação. 
 Concentração do inóculo bacteriano - 0,5 da escala McFarland 
Escala de McFarland - Gradiente de Sulfato de Bário : [ ] de UFC/ml 
Densidade bacteriana (UFC/ml) - 1,5 x 108 
Semear no mínimo em 3 direções para se obter crescimento semi confluente 
Disposição dos discos: Não muito próximos da borda da placa e nem próximos entre si. 
Incubação: 35°C por 18-24h 
Leitura: medida do diâmetro dos halos de inibição (em mm) 
Interpretação: consulta tabelas de referência 
A escolha dos antibióticos a serem testados depende de seu mecanismo de ação, das taxas 
de susceptibilidade das bactérias na região onde se localiza o laboratório, da espécie 
bacteriana que está sendo analisada. 
6 
 
IV. COPROCULTURA 
 
Objetivo: diagnóstico das infecções intestinais bacterianas (cultura da fezes) 
Espécime clínico: fezes obtidas por emissão espontânea ou com ajuda de swab ano-retal 
Principais agentes bacterianos: 
Espécies da família Enterobacteriaceae: Escherichia coli, Salmonella, Shigella, Yersinia 
Campylobacter 
Vibrio 
- Trato gastro-intestinal possui microbiota abundante e diversificada: utilizar meios 
seletivo-indicadores 
MacConkey, EMB ou Teague 
Para os gêneros Salmonella e Shigella: Ágar Hektoen, Ágar Xilose-Lisina-
Deoxicolato (XLD), Ágar SS 
 
EXEMPLO - meio EMB: agar eosina azul de metileno (eosin methylene blue) 
 Corantes: azul de metileno e eosina: inibem crescimento de bactérias Gram positivas 
 Pequenas quantidades de ácido: colônias róseas 
 Grandes quantidades de ácido: formação de precipitado com produção de brilho 
metálico 
 Microrganismo que não fermenta lactose: incolor 
Escherichia coli  Colônias de coloração esverdeada com brilho metálico 
Klebsiella, Enterobacter  Colônias róseas 
Salmonella e Shigella  Colônias incolores 
 
Identificação das espécies 
Provas bioquímicas 
• Bacterioscopia após coloração de Gram 
• Reação da oxidase: negativa em enterobactérias, positiva em Vibrio 
- Sistema miniaturizados, automatizados: permitem realizar várias provas em sistemas 
simplificados 
- Testes bioquímicos convencionais: 
• Testes de triagem – combinação de testes que revelam diversas características 
bioquímicas dos principais grupos 
• Testes fisiológicos adicionais- complementa a separação das espécies 
 
Exemplos de meios de triagem 
 
1) TSI: ágar ferro triplo açúcar (triple sugar iron) 
 
Contém peptona, glicose, sulfato férrico, sacarose e lactose 
Indicador de pH: vermelho de fenol  pH <6.8 = Amarelo 
  pH > 6.8 = Vermelho 
Princípios: 
- superfície: contato com O2: permite crescimento a partir do metabolismo protéico (alcalino) 
- base  ambiente com pouco O2 permite crescimento anaeróbico 
- produção de H2S  forma precipitado negro 
a) bactéria produz S2- a partir de cisteína ou tiosulfato 
b) S2- reage com H+  H2S 
c) H2S é detectado por sais de ferro 
- contém 10x mais sacarose e lactose do que glicose 
7 
 
 
Interpretação - verificar superfície e base 
 Alcalino/alcalino: microrganismo não-fermentador 
 Alcalino/ácido: fermentação da glicose 
 Ácido/ácido: fermentação da glicose e da lactose 
 
2) Agar lisina ferro açúcar (LIA, “lysine iron agar”) 
 
Diferencia a habilidade de descarboxilar ou desaminar a lisina e formar H2S 
Princípio 
• Glicose: fonte de carboidrato para fermentação 
• Indicador de pH: púrpura de bromocresol : amarelo ≤ 5,2; púrpura ≥ 6,8 
• Citrato férrico amoniacal e tiossulfato de sódio: indicadores da formação de H2S 
• Lisina: substrato para 
• 
• lisina descarboxilase – observar a base 
→ remove CO2 do aminoácido, formando aminas alcalinas (cadaverina) = reação alcalina, 
cor púrpura ou neutra na base do meio 
→ microrganismo que não descarboxila lisina: produz ácido na base (cor amarela) 
 
• lisina desaminase – observar superfície 
→ forma ácido alfa-cetocarboxílico, que reage com o sal do ferro perto da superfície do 
meio = reação avermelhada na superfície sobre base ácida 
 
3) Utilização do citrato 
 
Verifica a capacidade para usar o citrato como única fonte de carbono. A prova é feita no 
meio de citrato ou meio de Simmons, na ausência de glicose ou lactose. 
Indicador de pH: azul de bromotimol 
Leitura: crescimento e alcalinização do meio (cor azulada) 
 
Testes sorológicos 
 
 Escherichia coli 
 Salmonella 
 Shigella

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