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Fundamentos Neurológicos da Aprendizagem Sumário 1. Fundamentos Neurológicos da Aprendizagem .......................................................... 3 2. Classificação da Atenção: ......................................................................................... 7 3. O cérebro e sua atuação na aprendizagem: .............................................................. 9 4. Distúrbios de Aprendizagem .................................................................................... 13 Afasia: ......................................................................................................................... 13 Disgrafia: .................................................................................................................... 14 Apraxia: ...................................................................................................................... 14 Distúrbios não verbais: ............................................................................................... 14 Relações interpessoais: .............................................................................................. 15 5. REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIAS ........................................................................ 16 1. Fundamentos Neurológicos da Aprendizagem É importante que se saiba sob o ponto de vista da Neurologia, como se dá a atuação do comportamento e da aprendizagem. A ocorrência dos processos maturacionais faz com que haja cada vez mais o aperfeiçoamento dos movimentos em função de modificações na transmissão da corrente elétrica pelos neurônios. Quando se fala em “Fundamentos Neurológicos da Aprendizagem”, há referência a Neuropsicologia, cujo objeto de estudo é o sistema nervoso e as formas de comportamento que constituem o produto da inter-relação dos dois. Ou seja, neurologia + psicologia. Na medida em que se estuda a relação entre cérebro e comportamento, não se pode “deixar de lado” os distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Através do estudo do cérebro lesionado, descobriu-se que cada parte que compõe o mesmo, não possui a mesma função, é atribuída a cada parte deste uma atuação determinada. Fazendo uma analogia, como um computador, o qual existe uma ordem a ser composta para que a máquina funcione. Essa descoberta é recente, pois há apenas um pouco mais de cem anos que se tem conhecimento do que ocorre no córtex dos sujeitos, através da investigação do mesmo, tendo como base, sua atuação no meio ambiente de forma diferente da esperada, ou programada pela sociedade. Sinal da existência de alguma alteração, a partir da observação da ocorrência de comportamentos conturbados. Há a união então da Psicologia, Fisiologia para o estudo dessas alterações. Segundo a neuropsicologia existe uma inter-relação entre as áreas cerebrais, às quais são interdependentes entre si. Quando se entra em contato com às partes componentes do cérebro e a forma como essas funcionam em seu estado normal, tem-se uma maior compreensão de modificações, alterações, lesões, doenças que alteram seu funcionamento e desenvolvimento, podendo ocasionar problemas de cognição. Dentre as atividades cognitivas, a atenção, memória, percepção e consequentemente a aprendizagem como o desenvolver de um todo (processo global). É através da aprendizagem que se adquire conhecimento, o que ocorre durante toda a vida e, o que proporciona sua ocorrência é a plasticidade dos neurônios, que em contato com o meio ambiente externo, pode ser mais ou menos ativada. Quando se fala em aprendizagem, existe a referência a decodificação, compreensão e interpretação de informações. Para isso, precisa-se de um “armazém de dados”, local este, ao qual se denomina memória e pode ser de vários tipos: curto, médio e longo prazo, às quais dependem muito da plasticidade cerebral. Além da memória, é muito importante a atenção, pois sem esta, não ocorre à compreensão e consequentemente a retenção da informação. Em nível neurológico, a atenção é fundamentalmente regida por sistemas anatômicos e funcionais, que atuam lado a lado, fazendo com que haja uma ação e interação que se comuniquem e ajam juntas no desenvolvimento do trabalho cognitivo. Quando há referência aos chamados distúrbios de aprendizagem, diz-se que este ocorre por uma desorganização no funcionamento do sistema nervoso central ou falta de maturação cerebral, o que é prejudicial à aprendizagem, ao relacionamento afetivo, social e psicomotor do sujeito. No que diz respeito a criança, o aprender está diretamente ligado ao processo e desenvolvimento, tanto organicamente quanto ao modo como se lida com a entrada da criança na escola, as formas de aprender em nível formal ( postura do professor, ambiente em sala de aula, metodologia de ensino etc.). É extremamente relevante também, a postura da família em relação a instituição de ensino e o que lá acontece. A valoração do cérebro e seus componentes é de extrema importância na ocorrência da aprendizagem, pois esta varia, de acordo com a transmissão de carga elétrica neuronal e também, dependendo das regiões do cérebro que são ativadas e a forma como isso ocorre. Existe uma complexidade muito grande na conformação e atuação do cérebro no processo de aprendizagem. É este que delimita ao indivíduo a forma de interação com o meio ambiente externo, cultural, promove condições de atuação psicomotoras, proprioceptivas. Quando se está atento, coloca-se o foco da atenção na atuação do comportamento a ser executado em determinada atividade. Por isso, é necessário que o cérebro esteja em condições normais de funcionamento, o que requer uma ordem, na qual este ativa, por exemplo, a área esquerda do cérebro para que a linguagem tanto oral quanto escrita , através da decodificação dos códigos se dê, inibindo outras atividades desnecessárias no momento desta aprendizagem. É importante que se saiba que um dos organizadores fundamentais na aquisição do conhecimento, no processamento das informações é a linguagem, sendo que a antecede a atenção, pois sem esta, não se ouve, compreende e retém. A partir disso, a complexidade aumenta e são contínuos os “movimentos” de atenção, compreensão, interpretação, elaboração, significação e “troca” com o meio ambiente externo. Para a ocorrência da aprendizagem é necessária a existência dos fatores psicodinâmicos preservados, os do sistema nervoso periférico que recebem os estímulos do meio externo em nível sensorial e são responsáveis pela aprendizagem simbólica. Quando não existe estimulação sensorial suficiente, há a ausência de fatores necessários para que ocorra a aprendizagem simbólica, o que interfere no desenvolvimento e maturidade psicológicos. O sistema nervoso central é a “caixa” que armazena informações, as processa e elabora. Quando se fala em problemas de aprendizagem referentes a neurologia, refere-se ao fato de que existem fatores genéticos, congênitos ou hereditários que influenciaram no processo de desenvolvimento cerebral. Os comportamentos, que são resultantes da atuação da estimulação externa sobre o organismo, atingindo, ou melhor, provocando reações bioquímicas que sentimentos e emoções podem fazer com que o sistema nervoso libere. Pode-se então estudar através da neurologia, o que acontece com as emoções e os comportamentos quando se tem lesões cerebrais em determinadas áreas do cérebro, na medida em que esses se modificam em função dessas lesões. Quando se pensa em aprender, não se pode deixar de lado a psicomotricidade, pois o corpo é realmente instrumento do aprender. Existe um longo caminho aser percorrido em nosso cérebro até que as respostas motoras ocorram. Sistema nervoso central, periférico, vias motoras através dos nervos indo de encontro aos músculos. Desta forma, obtemos ações coordenadas. Esta é a direção tomada pelo organismo a partir de estímulos externos para que ocorra a atenção espontânea sensorial, intelectual e motora. É composto de estruturas que suportam a atenção e o psiquismo entendido como afetividade, memória, motivação, o pensamento e a linguagem. A atenção é primordial para que ocorra a aprendizagem. É uma função muito complexa envolvendo percepção e memória. 2. Classificação da Atenção: 1) Sensorial: Envolve os órgãos dos sentidos 2) Motora: Centrada na atividade a ser feita 3) Intelectual: Presente quando se executa atividades para as quais existe a necessidade do raciocínio Com o aparecimento da linguagem oral aos dois anos de idade, facilita o entendimento da solicitação a partir da apresentação do estímulo visual. Ou seja, a atenção voluntária, que é desenvolvida pelo contato social, é facilmente atuada com o estímulo visual que durante toda a vida se sobrepõe aos outros sentidos. Aos cinco anos de idade, já se recebe com facilidade a uma requisição falada, pois está nesse momento torna-se mais forte. Já se tem introjetada as noções de certo e errado e, a criança já consegue deixar de lado outros fatores que possam distraí-la. Sua atenção está mais centrada em função da maturação do sistema nervoso. Quando entra na escola, na época de aprendizagem da leitura, se lê em voz alta como forma de reter as informações através da escuta da própria voz. É um momento em que já está fortalecido o comportamento estável em relação a audição do adulto, sem que haja distrações. No que se refere a atenção, está se desenvolve independentemente do desenvolvimento infantil, então as crianças que apresentam Déficit de Atenção, apresentam a chamada atenção seletiva equivalente as de pouca idade e sem problemas para aprender. Quando da integração entre atenção e afetividade, observa-se que o afeto move a atenção voluntariamente para o centro de interesse do indivíduo. O “movimento” feito para estar atento, implica na mobilização dos canais sensoriais que atuam na captação dos estímulos que advém do que despertou interesse. O Sistema Nervoso Central, “caixa preta do cérebro”, capta a nova informação que foi importante, interpreta em nível de encéfalo, associa a outras semelhantes adaptando-a a outras memórias. O “velho” e o “novo” se encontram ampliando o repertório, modificando-o ou confirmando o repertório anterior através do sistema límbico. Na ordem então: Afeto, vontade, atenção, memória e pensamento. Ao exercitar-se no dia a dia, é necessário que se saiba que é essencial para que haja um “crescimento” mental, o exercício da atenção e da memória. Segundo (Guyton & Hall, 1997) quando adquire –se um novo conteúdo, existe um aumento da resposta elétrica cerebral que possibilita a passagem da informação da memória de curto para a de longo prazo fazendo com que a informação se consolide se esta for interessante. Luria (1981) afirma que ao receber uma quantidade de informações dadas verbalmente para uma criança entre quatro e seis anos de idade não surte muito efeito, pois vai se estabilizando em nível de córtex às quais ficam as informações recebidas sensorialmente, mas também nas áreas frontais , em torno dos doze aos quinze anos de idade. É nesta época que a intelectualidade se desenvolve de modo mais intenso. No entanto, é necessário que apesar da necessidade de base orgânica para que a atenção direcionada se dê, sua ocorrência é advinda do contato social e não biológico. Quando se fala em substrato biológico, a referência é a formação reticular do tronco encefálico, sistema límbico e córtex pré-frontal. À partir do momento em que se dá nome ao “mundo” que circunda o indivíduo, sua “bagagem” vai aumentando, este aprende a significar e aos poucos vai ressignificando as informações recebidas. Para Luria (1981) apesar do sujeito entrar em contato com uma infinidade de estímulos, Utiliza apenas os que tem importância para si, deixando de fora os que não o interessam.” Separa” o que possa atuar que lhe é interessante. Essa parte é constitutiva da atenção e é equivalente o que acontece em relação a percepção em relação ao ato de pensar e a conduta motora. A atenção, no que diz respeito a fisiologia do mesmo, refere-se ao córtex, que está relacionado ao estado de vigília, o que é necessário para que a atenção ocorra. 3. O cérebro e sua atuação na aprendizagem: As áreas corticais (localizadas no córtex) estão em volta do diencéfalo, possuem a camada externa chamada córtex, que engloba os dois hemisférios cerebrais. Inclui partes do sistema límbico. Os lobos cerebrais estão associadas entre si e com outras estruturas do sistema nervoso. Lobo pré – frontal: Refere-se ao controle motor, ao planejamento e execução dos movimentos. Memória e conexão com o sistema límbico. Tem função importante na fala, escrita, cognição, memória, atenção e percepção. Em relação ao sistema límbico, há a “troca” com social mais amplo, relacionado as emoções. Refere-se a “zona de desenvolvimento proximal” de Vigotsky. Hipocampo: Importante estrutura do sistema límbico e responsável pela memória. Já que falando em sistema límbico, este é o regulador das emoções. Responsável pelo Inter-relacionamento entre cognição e aprender, a percepção, a atenção, a memória e a utilização da linguagem, estas sempre influenciadas pelo emocional do sujeito assim como seus componentes, o giro cingulado e o corpo caloso que atua em odores, visões e lembranças agradáveis e desagradáveis trazidas pela memória. O giro parahipocampal que retém e processa informações novas. Com relação ao lobo temporal, este diz respeito ao processamento auditivo, na aquisição da língua falada e a diferentes estimulações auditivas como o falar, ouvir e etc. O lobo parietal, que diz respeito ao tato, a dor, temperatura e propriocepção dos membros, referentes a lateralidade por exemplo. Dando continuidade, o lobo occipital, o qual se refere ao a processamento visual englobando aspectos viso – motores, atenção, identificação de objetos. Tálamo agindo também nas emoções. Hipotálamo, localizado abaixo do tálamo que contrabalanceia o metabolismo, portanto tem ação no sistema endocrinológico e sendo o mais importante nas expressões emocionais, no comportamento sexual e formação da identidade. A amígdala, importantíssima para o aprendizado e a memória emocional trazendo lembranças passadas e que tem base nos relacionamentos sociais. O tronco cerebral, responsável pelas informações que transitam entre o cérebro e o cerebelo, ou seja, funções vestibulares (equilíbrio), controle de movimentos faciais, boca, respiração, coração e também domínio fonológico. Cerebelo que mantém o equilíbrio pelo controle muscular dos movimentos voluntários (aprendizagem motora). Deve-se então citar que o aprender está diretamente relacionado ao processo de desenvolvimento, tanto organicamente, quanto a atuação familiar e o relacionamento com o social mais amplo. O cérebro é também extremamente importante na medida em que de acordo com a transmissão da carga elétrica entre os neurônios, determinadas áreas são ativadas proporcionando as condições e a atuação com o meio ambiente externo, cultural, promovendo condições de se atuar cognitivamente, em nível de aprendizagem formal, informal, não- formal, psicomotoras e proprioceptivas. Um procedimento clássico da psicomotricidade diz que o conhecimento que o sujeito tem de seu próprio corpo, melhora sua atuação em exercíciospsicomotores, em sua “imagem corporal”, sua autoestima, autoimagem, autopercepção. De certa forma, a aprendizagem é fruto do desenvolvimento dessas unidades funcionais que estão organizadas verticalmente e se estabelecem geneticamente da primeira unidade (reflexos) à terceira unidade (intenções), passando pela segunda unidade (experiências e ações multissensoriais). Assim, por exemplo, as aprendizagens complexas, como a leitura, assentam sobre aprendizagens compostas, como a discriminação e identificação perceptiva, que, por sua vez, decorrem de aprendizagens simples, como a aquisição de postura bípede e das aquisições apreensivas na primeira idade. A leitura, um dos processos mais complexos da aprendizagem, compreende a discriminação visual de símbolos gráficos (grafemas) por meio de um processo de decodificação que se passa na segunda unidade, só possível com um processo de atenção seletiva regulada pela primeira unidade. Posteriormente, e ainda na mesma unidade, há que selecionar e identificar os equivalentes auditivos (fonemas) por meio de um processo de análise e transdução, de síntese e comparação, a fim de edificar a busca da significação (conjectura) e avaliar os níveis de compreensão latentes. A partir daqui, surgirá uma nova operação de equivalência que compreende a codificação, ou seja, a rechamada dos articulemas que são executados e verificados na área da Broca, isto é, na terceira unidade. Dos motoneurônios superiores frontais, a linguagem interior se transformará em linguagem expressiva, por meio da oralidade, ou seja, da produção de sons articulados. É este o todo funcional que caracteriza a aprendizagem da leitura. É dentro desse conjunto funcional que se pode verificar um distúrbio ou disfunção neuropsicológica que pode, por consequência, redundar numa dificuldade de aprendizagem. No que se refere aos problemas de aprendizagem, tem sido assinalado que reprovações escolares têm múltipla etiologia, justificando, portanto, múltiplo enfoque. A relevância da abordagem neuropsicológica da aprendizagem está no reconhecimento dos quadros clínicos caracterizados sobre as bases anátomo- funcionais do cérebro, e não no tipo de teste utilizado. Ao fornecer subsídios para investigar a compreensão do funcionamento intelectual da criança, a neuropsicologia pode instrumentar diferentes profissionais, tais como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos, promovendo uma intervenção terapêutica mais eficiente. Somente dessa forma é que as dificuldades de aprendizagens serão melhor compreendidas e, principalmente, tratadas 4. Distúrbios de Aprendizagem Afasia: Foi a primeira a ser identificada historicamente. Um dos líderes, extremamente conhecido, foi Broca (existe uma área do cérebro com seu nome em sua homenagem). Segundo ele, quando existe uma lesão na área frontal esquerda do cérebro, o paciente não é capaz de articular normalmente as palavras. Por exemplo, após um derrame, (verificação feita em adultos), é possível que o paciente torne se incapaz de falar. A afasia expressiva foi reconhecida antes da receptiva, pois as desordens da expressão são mais facilmente observáveis do que as da recepção. Num primeiro momento, a afasia expressiva foi entendida como perda da fala, quando na realidade é uma desordem de linguagem. Ou seja, a linguagem está incapacitada, e não a fala. É uma condição que pode estar presente na fase pré-natal ou ocorrer na fase pré- verbal, mas só é identificada depois que adquiri a linguagem falada. O fato do individuo ser portador de uma afasia expressiva não significa que tenha adquirido a fala e depois a tenha perdido. Tanto a afasia como a surdez no sentido de que pode ocorrer no período pré-natal, ser congênita, pode aparecer em qualquer período durante o nascimento e durante a vida. Disgrafia: Geralmente esta é congênita, mas só pode ser diagnosticada depois da aquisição da palavra escrita. Apraxia: Não pode ser totalmente compreendida, pois é um problema de expressão. Observação: As associações na escrita são mais complexas. Envolvem audição, visão e motricidade. Outro distúrbio que está sendo estudado ha muitos anos é o da conceituação. Para conceituar deve haver abstração. Exemplo, nos primeiros anos de vida a criança experiência que cadeira se refere somente a uma cadeira especifica. Posteriormente ela generaliza cadeira e inclui outras cadeiras. A psicologia da formação de conceitos, de certa forma, melhor compreendida do que sua neurologia. Até certo ponto, a neurologia da linguagem interna é relevante, incluindo os estudos dos lobos frontais que indicam que essa área do cérebro tem uma responsabilidade única em relação a esse aspecto do comportamento. Distúrbios não verbais: A maior parte do comportamento interpessoal é não verbal, não é toda experiência que deve ser definida como verbal, pois, teoricamente o cérebro recebe, organiza e categoriza de modo verbal e não verbal. Relações interpessoais: Como dito anteriormente a maior parte das relações interpessoais e de atitude sejam de natureza não verbal. As atitudes são enfatizadas pela psicodinâmica e não psiconeurologicamente. Quando uma criança não tinha sentimento de relacionamento com outras, como foi observado nas crianças autistas seu problema era visto somente em termos de distúrbio emocional. Hoje em dia já se sabe que existe um problema neurológico. A questão da autopercepção, percepção de pessoas e percepção social é mais ampla. Crianças com distúrbios neurogênicos não verbais de aprendizagem, que não são retraídas e indiferentes tem somente uma pequena capacidade para reconhecer e identificar as atitudes e sentimentos dos outros. Não conseguem distinguir manifestações de felicidade, gentileza, raiva, tristeza, desobediência, ajuda ,delicadeza e etc. A auto percepção e a percepção de pessoas podem ser estudadas através do uso do teste: “desenhe uma figura humana”, aonde se pode detectar vários problemas como agnosia ou anozognosia que é uma incapacidade para perceber e reconhecer as partes do corpo. Frente a todos os tópicos analisados e explicados aqui, pode-se ter uma ideia do quanto o homem é biopsico social. E quem toda esta “instrumentação”, o ato de aprender fica defasado ou impossibilitado de ocorrer. Portanto, se faz cada vez mais necessário o estudo, a pesquisa e a ampliação de conceitos e teorias sobre o organismo e seu funcionamento, com o intuito de ajudar e melhorar o processo de ensino – aprendizagem. 5. REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIAS Andrade A, Luft CB, Rolim MKSB. O desenvolvimento motor, a maturação das áreas corticais e a atenção na aprendizagem motora. Revista Digital. Buenos Aires;2004. Disponível em: http://www.efdeportes.com Azcoaga T. Sistema nervioso y aprendizaje. Cuadernos Latino-Americanos de Educacion. Buenos Aires:Centro Editor da América Latina;1972. Campos-Castelló J. Bases neurobiológicas de los trastornos del aprendizaje. Revista de Neurología Clínica. 2000. Disponível em:http://www.revneurol.com/RNC/0101/a010055.pdf http://www.geocities.com/HotSprigs/Oasis/2826/avaliacao.html Castaño J. Aportes de la neuropsicología al diagnóstico y tratamiento de trastornos de aprendizaje. Rev Neurol 2002;34 (Suppl 1):S1-7. Disponível em:http://www.revneurol.com Ciasca SM. 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