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CCJ0005-WL-LC-partidos políticos

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Entre a violência e as vãs utopias, na região média em que o homem se 
move e vive, encontram-se os interesses. São eles que fazem as instituições 
e que decidem sobre a maneira pela qual uma comunidade se organiza 
politicamente. 
 
 Os partidos políticos a partir da nova Lei n. 9.096/95 apresentam natureza de 
pessoas jurídica de Direito Privado, devendo seu estatuto ser registrado no Serviço de 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Capital Federal (LOPP, art. 8º). 
 
 Já sobre a forma e o lugar do surgimento dos partidos políticos, existem 
registros de que se se formaram em forma institucionalizada a partir do século XVII, na 
Inglaterra com o movimento de atuação de deputados no parlamento inglês na busca 
de contestação aos excessos do poder monárquico-absolutista. 
 
 Na Grécia e Roma antigas, dava-se o nome de partido a um grupo de seguidores 
de uma ideia, doutrina ou pessoa, mas foi só na Inglaterra, no século XVIII, que se 
criaram pela primeira vez, instituições de direito privado, com o objetivo de congregar 
partidários de uma ideia política: o partido Whig e o partido Tory. 
 De fato, a ideia de organizar e dividir os políticos em partidos se alastrou muito, 
no mundo todo, a partir da segunda metade do século XVIII, e, sobretudo, depois da 
revolução francesa e da independência dos Estados Unidos. Até porque, a partir daí, a 
própria percepção da natureza da comunidade política se transforma dramaticamente. 
 No parlamentarismo em geral o presidente ou secretário-geral do partido político 
que conseguiu o maior número de cadeiras no parlamento é quem governa o país, 
como chefe de governo e chefe do gabinete ministerial. No parlamentarismo é o rei ou 
o presidente da república, que são os chefes de Estado e se colocam acima dos 
partidos políticos. 
 No presidencialismo, a eleição para presidente da república é o eixo da política, 
em torno da qual, se dá toda a movimentação e articulações dos políticos. 
 Com o decorrer do tempo têm sido criadas as mais variadas formas de atuação 
dos partidos políticos na vida política das nações. Foram também criadas várias 
formas de atuação dentro dos partidos políticos. 
 Partidos políticos seculares têm basicamente, através dos séculos, se mantido 
iguais só no nome, pois seus programas, doutrinas e estilos de se fazer política têm 
variado enormemente com o passar dos séculos. 
 Há partidos que procuram definir, no nome, claramente sua doutrina - como 
fazem, por exemplo, o Partido Fascista, o Liberal , o Nazista, o Socialista, Comunista e 
o Trabalhista. 
 O sociólogo e ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, cunhou o 
termo "partido omnibus" para nomear aqueles partidos políticos que já partem do 
propósito explícito de reunir seguidores de diversas doutrinas e ideologias para 
atingirem objetivo comum a eles todos (omnibus significa para todos, em latim). Têm 
como seu arquétipo, na literatura, os partidos dominantes na política norte-americana: 
Partido Democrata e Partido Republicano e o PMDB no Brasil. 
 Muitos políticos têm feito a sua carreira política dentro de um grande partido 
político, para só depois se candidatarem a altos cargos públicos, como, por exemplo, 
ocorre, na França, uma grande disputa pelo cargo de secretário-geral do Partido 
Socialista Francês. Outros políticos, ao contrário, preferem entrar ou formar pequenos 
partidos políticos para mais rapidamente saírem candidatos a altos cargos públicos 
como fez o ex-presidente Fernando Collor em 1989. 
 São muitas as formas que as organizações partidárias se apresentam nas 
diferentes nações. 
 A mais incoerente é a dos países em que existe a figura do "Partido Único", 
quando só um partido é aceito pela legislação do país. O termo "Partido Único" é uma 
contradição de termos, pois se é partido, coisa partida, tem que ser vários. Exemplo de 
"partido único" é o Partido Comunista Cubano (PCC), porém em Cuba não há 
necessidade de estar em algum partido politico para se eleger. 
 Em contraste com o "Partido Único", existe, em muitos países, o chamado 
pluripartidismo, erroneamente chamado, somente no Brasil, de pluripartidarismo. A 
palavra "pluripartidarismo" significa, de fato, pluralidade de partidários, enquanto a 
palavra pluripartidismo significa a pluralidade, ou existência, de vários partidos 
políticos. 
 Em muitos países, partidos políticos que não são aceitam legalmente, continuam 
existindo de maneira informal e clandestinamente, esperando uma reviravolta na 
política para se legalizarem, o que lhes permitiriam participar de eleições. 
 Os partidos políticos se desenvolveram muito no mundo no século XX. Tornou-
se comum, que um político, primeiramente, faça carreira dentro de um partido político 
e só, quando chegar ao topo da carreira dentro do partido político, se lançar candidato 
a altos cargos políticos. 
 Por este motivo muitos políticos têm preferido fazer política em ONGs ou criando 
pequenos partidos políticos que possam controlá-los, e se lançarem, através deles, 
posteriormente, candidatos a altos cargos políticos. 
 A primeira vez que se usou este termo no país foi por ocasião da Independência 
do Brasil, em que se falava em Partido Português e Partido Brasileiro. Mas os 
primeiros partidos políticos brasileiros que tiveram existência legal foram o Partido 
Conservador e o Partido Liberal, no segundo reinado (1840-1889). Estes e o Partido 
Republicano Paulista foram os partidos políticos de mais longa duração no Brasil. 
 Na República Velha (1889-1930), os partidos políticos eram organizações 
regionais, existindo um Partido Republicano em cada estado, cada um tendo estatutos 
e direções próprias. 
 Em 1966, o regime militar instaurado pela Revolução de 1964 implantou o 
bipartidarismo no Brasil, devido às muitas exigências legais para se criarem partidos 
políticos. Assim, de 1966 até 1979, existiram só a Aliança Renovadora Nacional 
(ARENA) e o MDB. 
 No Brasil vigora, atualmente, o pluripartidismo ou pluripartidarismo. A atual 
constituição brasileira garante ampla liberdade partidária, mas, na prática, estão 
impossibilitados de se legalizarem os partidos fascistas, nazistas e monarquistas. Os 
partidos políticos oficializados e registrados no Tribunal Superior Eleitoral do Brasil são 
obrigados a prestar contas ao Tribunal de Contas da União.

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