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GST0012-WL-RA-02-Fundamentos de Economia _01-03-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos de Economia 
Prof.: Benôni Cavalcanti Pereira 
Disciplina: 
GST0012 
Aula: 
002 
Assunto: 
Conceito de Economia 
Folha: 
1 de 25 
Data: 
01/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/GST0012/Aula-002/WLAJ/DP 
Plano de Aula: 2 
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 
Título 
2 - Plano de aula 2 
Número de Aulas por Semana 
1 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
A Inter-relação da economia com outras áreas do conhecimento. 
Objetivos 
Estabelecer as inter-relações da economia com outras áreas do conhecimento. 
Estrutura do Conteúdo 
O Direito e a Economia como ciências sociais. A regulamentação das relações econômicas. As 
demais relações com outras ciências. 
 Economia e a relação com outras áreas de conhecimento (Física, Biologia, Matemática, 
Estatística, História, Política, Geografia, Filosofia); Questões de revisão. 
Aplicação Prática Teórica 
Exemplos de fatos reais. 
 
 
==XXX== 
 
 
01- RESUMO AULA (WALDECK LEMOS) 
 
2ª AULA – Conceito de Economia 
Conceito: Economia é a Ciência Social que estuda como o Indivíduo e a Sociedade decidem (Escolhem) 
empregar Recursos Produtivos Escassos na produção de Bens e Serviços de modo a Distribuílos entre 
Pessoas e Grupos na Sociedade, a fim de Satisfazer as Necessidades Humanas. 
VER-001 Conceito: Economia. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia): 
A Economia, ou atividade econômica, consiste na produção, distribuição e consumo de bens e serviços. O termo economia 
vem do grego οικονομία (de οἶκος , translit. oikos, 'casa' + νόμος , translit. nomos, 'costume ou lei', ou também 'gerir, 
administrar': daí "regras da casa" ou "administração doméstica". 
É também a ciência social que estuda a atividade econômica, através do desenvolvimento da teoria econômica, e que tem na 
administração a sua aplicação. Os modelos e técnicas atualmente usados em economia evoluíram da economia política do final 
do século XIX, derivado da vontade de usar métodos mais empíricos à semelhança das ciências naturais. Pode representar, em 
sentido lato, a situação econômica de um país ou região; isto é, a sua situação conjuntural (relativamente aos ciclos da 
economia) ou estrutural. 
A economia é geralmente dividida em dois grandes ramos: a microeconomia, que estuda os comportamentos individuais, e a 
macroeconomia que estuda o resultado agregado dos vários comportamentos individuais. Atualmente, a economia aplica o seu 
corpo de conhecimento para análise e gestão dos mais variados tipos de organizações humanas (entidades públicas, empresas 
privadas, cooperativas etc.) e domínios (internacional, finanças, desenvolvimento dos países, ambiente, mercado de trabalho, 
cultura, agricultura, etc.). 
Outras formas de divisão da disciplina são: a distinção entre economia positiva ("o que é", que tenta explicar o comportamento 
ou fenômeno econômico observado) e economia normativa ("o que deveria ser", frequentemente relacionado com políticas 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos de Economia 
Prof.: Benôni Cavalcanti Pereira 
Disciplina: 
GST0012 
Aula: 
002 
Assunto: 
Conceito de Economia 
Folha: 
2 de 25 
Data: 
01/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/GST0012/Aula-002/WLAJ/DP 
públicas); a distinção entre economia ortodoxa, aquela que lida com o nexo "racionalidade-individualismo-equilíbrio", e a 
economia heterodoxa, que pode ser definida por um nexo "instituições-história-estrutura social". 
VER-002 Conceito: Ciência Social. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais): 
Ciências sociais é um ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e 
grupos humanos. Isso inclui Antropologia, Biblioteconomia, Estudos da comunicação, Economia, Administração, 
Arqueologia, Contabilidade, Geografia humana, História, Linguística, Ciência política, Estatística, Psicologia social, Direito e 
Sociologia. 
História 
As ciências sociais germinaram na Europa do século XIX, mas foi no século XX, em decorrência das obras de Karl Marx, 
Emile Durkheim e Max Weber que as ciências sociais se desenvolveram. O carro-chefe foi a sociologia: neologismo criado 
pelo francês Augusto Comte, seu primeiro professor. 
Durkheim e seus pares se esmeraram na busca de regras de método que elevassem ao status científico o conhecimento sobre a 
sociedade. Marx, ao contrário, mal visto pelos seus pares, foi encontrar na classe trabalhadora sua identidade. As atrocidades 
das relações de trabalho da época fizeram com que ele atribuísse a esse grupo social, assim definido em relação ao sistema 
econômico capitalista, ora a força da transformação da sociedade, ora apenas uma peça do complexo quebra-cabeças da 
história. No meio-termo entre o academicismo e o militantismo, está a participação de Weber, para quem a ciência e a política 
são duas vocações distintas. Distintas, mas comensuráveis: ele próprio teórico da burocracia e do processo de modernização, 
contribuiu para a burocratização e modernização da Alemanha, ocupando cargos políticos. 
VER-003 Conceito: Indivíduo. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Indiv%C3%ADduo): 
Em metafísica e estatística, a palavra indivíduo habitualmente descreve qualquer coisa numericamente singular, embora por 
vezes se refira especificamente a "uma pessoa". Usada em muitos contextos, tanto "Sócrates" como "a Lua" são indivíduos. Em 
geral, "uva" e "vermelhidão" não são. 
Em biologia, indivíduo é sinônimo de organismo. 
VER-004 Conceito: Sociedade. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade): 
Em sociologia, uma sociedade (do latim: societas, que significa "associação amistosa com outros") é o conjunto de pessoas 
que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. A 
sociedade é objeto de estudo comum entre as ciências sociais, especialmente a sociologia, a história, a antropologia e a 
geografia. É um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interações é feita com 
outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade 
é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo 
juntas numa comunidade organizada. 
A sociedade pode ser vista como um grupo de pessoas com semelhanças étnicas, culturais, políticas e/ou religiosas ou mesmo 
pessoas com um objetivo comum. Uma delimitação física (como um território, um país ou um continente) não pode definir 
uma sociedade, já que entre eles podem ter diferenças que podem se afastar do conceito da sociedade. 
Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um 
objetivo comum. Como tal, sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o coletivo de cidadãos de um país governados 
por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico. 
Pessoas de várias nações unidas por tradições, crenças ou valores políticos e culturais comuns, em certas ocasiões também são 
chamadas de sociedades (por exemplo, Judaico-Cristã, Oriental, Ocidental etc.). Quando usado nesse contexto, o termo age 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos de Economia 
Prof.: Benôni Cavalcanti Pereira 
Disciplina: 
GST0012 
Aula: 
002 
Assunto: 
Conceito de Economia 
Folha: 
3 de 25 
Data: 
01/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/GST0012/Aula-002/WLAJ/DP 
como meio de comparar duas ou mais "sociedades" cujos membros representativos representam visões de mundo alternativas, 
competidoras e conflitantes. 
Também, alguns grupos aplicam o título "sociedade" a eles mesmos, como a "Sociedade Americana de Matemática". Nos 
Estados Unidos, isto é mais comum no comércio, em que uma parceria entre investidores para iniciar um negócio é 
usualmente chamada de uma "sociedade". No Reino Unido, parcerias não são chamadas de sociedade, mas cooperativas.Margaret Thatcher, uma política britânica, chegou a afirmar que a sociedade não existe. Conforme ela, só existem os 
indivíduos e suas famílias. Mas ela não foi a única a dizer que não existe sociedade. Ainda há um debate em andamento nos 
círculos antropológicos e sociológicos sobre se realmente existe uma entidade que poderíamos chamar de sociedade. Teóricos 
marxistas como Louis Althusser, Ernesto Laclau e Slavoj Zizek argumentam que a sociedade nada mais é do que um efeito da 
ideologia dominante e não deveria ser usada como um conceito sociológico. 
VER-005 Conceito: Recursos Produtivos (Fatores de Produção). 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fatores_de_produ%C3%A7%C3%A3o): 
Em economia, fatores de produção são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços, conforme definiu a 
Escola Clássica dos economistas dos séculos XVIII e XIX. 
Tradicionalmente, desde Say, são considerados como fatores de produção a terra (terras cultiváveis, florestas, minas), o 
homem (trabalho), e o capital (máquinas, equipamentos, instalações). 
A primeira escola científica da economia, representada pelos fisiocratas, elegeu a Terra como o único recurso responsável pela 
geração de riquezas. Adam Smith e seus seguidores se inspiraram nesses estudos mas buscaram aperfeiçoá-lo e preferiram 
partir de um conjunto de três recursos fundamentais: 
 Terra – indica não só as terras cultiváveis e urbanas, mas também os recursos naturais. 
 Trabalho – refere-se às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo. 
 Capital – compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos. 
VER-006 Escassos. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Escassez): 
Lei da escassez é um pressuposto dominante, tido como incontornável no passado - em alguns campos de estudo - hoje 
questionado, que postula a natureza limitada dos meios disponíveis em relação aos fins que as pessoas têm em suas ações. O 
pensamento dominante na economia tem como fundamento a noção de escassez. Esta é uma das razões de o pensamento e as 
práticas da economia serem baseados em uma concorrência que ignora e desestimula modelos colaborativos de produção. Na 
biologia a noção de escassez está ligada a extinção de espécies ou a ameaça de extinção de animais e plantas do meio natural. 
Tecnicamente, escassez na economia é definida como o caso onde num preço nulo a oferta de um bem é menor do que a 
demanda. Um bem abundante é assim classificado quando num preço nulo sua oferta ainda é superior a procura. A escassez 
leva o ser humano a se organizar e a estabelecer entre sí relações a fim de enfrentá-la ou conviver com ela atenuando-lhe o 
quanto possível a severidade. A divisão do trabalho e todas as instituições de natureza econômica surgiram para melhor alocar 
os meios escassos em relação a vários fins possíveis. Quando há escassez os agentes tem que decidir como alocar e usar estes 
recursos. 
Escassez na economia 
É verdade que a escassez alicerça toda a teoria econômica que é leccionada nas universidades e institutos por todo o mundo, 
porém, Peter Drucker na obra A Sociedade Pós Capitalista, diz-nos que temos estado a evoluir para um modelo econômico 
onde se manterão alguns elementos típicos das sociedades capitalistas. A economia como ciência estuda os mecanismos de 
otimização dos recursos escassos, os três fatores produtivos clássicos, terra, trabalho e capital, no futuro a economia será 
entendida como a ciência que estuda a otimização de um único recurso que cria valor e que não está condicionado pela 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos de Economia 
Prof.: Benôni Cavalcanti Pereira 
Disciplina: 
GST0012 
Aula: 
002 
Assunto: 
Conceito de Economia 
Folha: 
4 de 25 
Data: 
01/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/GST0012/Aula-002/WLAJ/DP 
escassez, antes goza de uma abundância inesgotável. Esse recurso é o saber, o conhecimento, sendo que essa riqueza resultará 
da capacidade da sua aplicação nos produtos e nos serviços. Nas suas palavras, esse será o advento do Pós Capitalismo. 
VER-007 Conceito: Bens e Serviços. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bens_e_servi%C3%A7os): 
Em economia, a produção é dividida em bens físicos e serviços intangíveis. Considera-se que o consumo de bens e serviços 
produz utilidade. 
Satisfazemos nossas necessidades e desejos através do consumo de bens e serviços. Os bens são itens que pode ver e tocar, tais 
como um livro, uma caneta, sal, uns sapatos, um chapéu, uma pasta, etc. Os serviços são prestados por outras pessoas a quem 
os utiliza, como por exemplo, um ato médico, cortar a relva, cortar o cabelo ou servir comida num restaurante. 
VER-008 Conceito: Distribuição. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_(economia)): 
Distribuição em economia se refere à maneira como a produção ou a renda total é distribuída entre indivíduos ou entre os 
fatores de produção (trabalho, terra, e capital) (Samuelson and Nordhaus, 2001, p. 762). Na teoria econômica geral e no 
Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas, cada unidade de produção corresponde a uma unidade de renda. Um uso das 
contas nacionais é classificar factor incomes e medir suas respectivas partes, como no produto interno bruto. Porém, onde o 
foco está renda das pessoas ou famílias, ajustes para as contas nacionais ou outras fontes de dados são bastante usados. Aqui, o 
interesse é frequentemente na fração de renda que vai para o x por cento das famílias no topo ou na base da pirâmide, o 
próximo y por cento, e assim por diante, e nos fatores porventura as possam afetar (globalização, política fiscal, tecnologia, 
etc.). 
VER-009 Conceito: Pessoas. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)): 
Pessoa é um vocábulo provavelmente de origem etrusca, do qual proveio o termo em latim persona, que originalmente 
significava a ‘máscara, figura, personagem de teatro, papel representado por um ator’, e daí assumiu o significado de ser 
humano. Entre os juristas romanos, passou a designar ‘ser que tem direitos e obrigações’. 
Etimologia 
A origem mais remota da palavra "pessoa" é o grego prósopon (aspecto) de onde passou ao etrusco phersu, com o significado 
de ‘aí’. A partir dessa palavra, os latinos denominaram ‘persona’ as máscaras usadas no teatro pelos atores, e também 
chamaram assim aos próprios personagens teatrais representados. 
‘Pessoa’ é parente distante de palavras de origem grega originadas em ‘prósopon’ e seus derivados, tais como ‘prosopografia’ 
e ‘prosopopéia’. 
O vocábulo latino – ‘persona’ - conservou-se no português ‘pessoa’, no galego ‘persoa’, no italiano e no espanhol ‘persona’, 
no inglês ‘person’ e também, ainda que com outro significado, no francês ‘personne’ (ninguém), entre outras línguas. 
Conceito 
Pessoa é um ser humano, independente da sua idade, sexo, saúde física ou mental; é um ser moral, isto é,um ser dotado de 
consciência moral, autonomia moral e responsabilidade, portanto de sociabilidade. Uma pessoa pode ser até um ser não 
humano (animal, extraterrestre ou máquina) sendo moral. 
Pessoas físicas 
Em Direito, pessoa física (termo usado sobretudo em direito tributário e domínios afins), ou pessoa natural (termo usado 
tradicionalmente em direito civil), é o ser humano, tal como percebido por meio dos sentidos e sujeito às leis da natureza. 
Distingue-se da pessoa jurídica, que é um ente abstrato tratado pela lei, para alguns propósitos, como sujeito de direito distinto 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos de Economia 
Prof.: Benôni Cavalcanti Pereira 
Disciplina: 
GST0012 
Aula: 
002 
Assunto: 
Conceito de Economia 
Folha: 
5 de 25 
Data: 
01/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/GST0012/Aula-002/WLAJ/DP 
das pessoas naturais que o componham. 
O início da personalidade da pessoa natural é explicado segundo duas teorias, a saber: a teoria natalista, que diz que o ser 
humano só possui personalidade a partirdo momento em que nasce com vida (separação do nascituro do corpo da mãe); e a 
teoria concepcionista, segundo a qual o ser humano possui personalidade a partir do momento da concepção, entendida como 
a união dos gametas masculino e feminimo, isto é, do espermatozóide com o óvulo. 
Diversos direitos, nomeadamente os chamados direitos de personalidade, são garantidos apenas às pessoas naturais — assim 
o direito à liberdade, à integridade física, à saúde e outros, compatíveis apenas com a natureza do ser humano. 
Correlato ao conceito de personalidade é o de capacidade de exercício. A capacidade de exercício de uma pessoa natural é a 
possibilidade que o ordenamento jurídico lhe confere de exercer pessoalmente os atos da vida civil — isto é, adquirir direitos e 
contrair obrigações em nome próprio. A legislação brasileira prevê três graus de capacidade de exercício: a capacidade plena, 
a incapacidade relativa e a incapacidade absoluta. 
Extinção da Personalidade 
Como consta no art. 6° do Código Civil brasileiro, o marco da extinção da personalidade é a morte, sob uma das seguintes 
formas: 
 Morte real, quando há cessação da atividade cerebral, atestada por profissional médico, como consta no art. 3° da Lei 
9.434, de 1997. 
 Morte presumida, sem declaracão de ausência, nos termos do art. 7º do Código Civil brasileiro, nas seguintes 
hipóteses: - se for extremamente provável a morte de quem estava com a vida em perigo; - se alguém, desaparecido 
em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o termino da guerra; - quando ocorre um 
fato que torne impossível saber ao certo quem faleceu primeiro, caso em que, nos termos do art. 8º do Código Civil 
brasileiro, presumir-se-ão todos simultaneamente mortos. 
VER-010 Conceito: Grupos. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_(sociologia)): 
Em sociologia, um grupo é um sistema de relações sociais, de interações recorrentes entre pessoas. Também pode ser definido 
como uma coleção de várias pessoas que compartilham certas características, interajam uns com os outros, aceitem direitos e 
obrigações como sócios do grupo e compartilhem uma identidade comum — para haver um grupo social, é preciso que os 
indivíduos se percebam de alguma forma afiliados ao grupo. 
Enquanto um agregado incluir várias pessoas somente, um grupo, em sociologia, exibe coerência em um grau maior. Aspectos 
que os sócios no grupo podem compartilhar incluem interesses, valores, raízes étnicas ou linguísticas e parentesco. Já a 
diferença quanto a sociedade não é apenas quantitativa, ou seja, um grande grupo não é necessariamente uma sociedade; a 
sociedade deve ter aspectos não-essenciais ao grupo, como uma localização espacial, uma cultura auto-suficiente e um 
mecanismo de reprodução e renovação dos membros. 
VER-011 Conceito: Satisfazer. 
Micha: (http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=satisfazer): 
Satisfazer  sa.tis.fa.zer 
(lat satisfacere) vtd 1 Proporcionar satisfação a: O estudo me satisfaz. vint 2 Corresponder ao que 
se deseja: O seu trabalho satisfaz. vint 3 Não deixar nada a desejar, ser suficiente, servir de 
justificação; bastar: Suas explicações não satisfazem. vti 4 Procurar a satisfação, a saciedade ou a 
posse de alguma coisa: Satisfazer à cobiça. vpr 5 Comer ou beber até não poder mais: O comilão 
satisfez-se plenamente. vtd e vti 6 Corresponder, cumprir, dar execução a, realizar: Satisfazer a 
vontade. Satisfazer ao capricho. vtd 7 Obedecer a; observar: Satisfazer a lei, o regulamento. vti 8 
Remediar, suprir: Esses aparelhos satisfazem às necessidades do hospital. vtd e vti 9 Agradar, 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos de Economia 
Prof.: Benôni Cavalcanti Pereira 
Disciplina: 
GST0012 
Aula: 
002 
Assunto: 
Conceito de Economia 
Folha: 
6 de 25 
Data: 
01/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/GST0012/Aula-002/WLAJ/DP 
contentar: Satisfazer alguém em alguma coisa. Satisfazer à crítica. vpr 10 Dar-se por satisfeito: A 
acusação não se satisfaz com a sentença. Para os seus gastos pessoais satisfazia-se com pouco 
dinheiro. vtd e vti 11 Solver as obrigações com: Satisfazer os credores (ou aos credores). vtd 12 
Pagar, saldar, liquidar: Satisfazer uma dívida, uma letra. vpr 13 Indenizar-se, pagar-se: O credor 
satisfez-se por suas próprias mãos. Ele satisfez-se dos danos e prejuízos. vtd 14 Convencer, 
esclarecer, persuadir: A resposta do professor não me satisfez. 
VER-012 Conceito: Necessidades Humanas. 
Micha: (http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=necessidade): 
Necessidade  ne.ces.si.da.de 
sf (lat necessitate) 1 Aquilo que é absolutamente necessário. 2 Indispensabilidade. 3 
Inevitabilidade. 4 O que não pode ser de modo diverso do que é. 5 O que tem de ser. 6 Fatalidade. 
7 Impulso orgânico. 8 Precisão instante e urgente; aperto, apuro. 9 Pobreza, míngua, miséria. 10 
Carência ou falta de coisas preciosas. Antôn (acepções 9 e 10): fartura, abastança. Fazer uma 
necessidade: defecar ou urinar. 
FAZER Conceito Próprio: Economia. 
Conceito: Economia é a Ciência Social que para o bem da Sociedade, a fim de Satisfazer as Necessidades 
Humanas, estuda como o Indivíduo e a Sociedade decidem (Escolhem) empregar Recursos Produtivos 
Escassos na produção de Bens e Serviços de modo a Distribuílos entre Pessoas e Grupos na Sociedade, 
FAZER Procurar na revista Globo Rural, artigos relacionados com Economia. 
Revista Globo Rural 
Artigos: 
 1-Afilhadas Leiteiras  Pesquisa. 
 2-Manguezais em Perigo  Meio Ambiente. 
 3-Azeite no Bacalhau  Demanda. 
 4-Frutas Viajantes  Exportação. 
 5-Terra a Preço de Ouro  Aumento de Preços. 
VER-013 Conceito: Lei da Escassez (O Objeto de Estudo da Economia). 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_da_oferta_e_da_procura): 
Em economia, a Lei da Oferta e Procura, também chamada de Lei da Oferta e da Demanda, é a lei que estabelece a 
relação entre a demanda de um produto - isto é, a procura - e a quantidade que é oferecida, a oferta. A partir dela, é possível 
descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em 
função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito à procura, seu preço 
tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço. 
A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, a uma estabilização do preço. Uma possível 
concorrência, por exemplo, pode desequilibrar essas relações, provocando alterações de preço. 
Ao contrário do que pode parecer a princípio, o comportamento da sociedade não é influenciado apenas pelos preços. O preço 
de um produto pode ser um estímulo positivo ou negativo para que os consumidores adquiram os serviços que necessitam, mas 
não é o único. 
Existem outros elementos a serem considerados nesta equação, entre eles: 
 Os desejos e necessidades das pessoas; 
 O poder de compra; 
 A disponibilidade dos serviços - concorrência; 
 Existência de produtos complementares ou substitutos; 
 
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Fundamentos de Economia 
Prof.: Benôni Cavalcanti Pereira 
Disciplina: 
GST0012 
Aula: 
002 
Assunto: 
Conceito de Economia 
Folha: 
7 de 25 
Data: 
01/03/2012 
 
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 A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível tecnológico desejado. 
Da mesma forma que a oferta exerce uma influência sobre a procura dos consumidores, a freqüência com que as pessoas 
buscam determinados produtos também pode aumentar e diminuir os preços dos bens e serviços. 
VER-014 Conceito: Sistema Financeiro. 
WIKIPÉDIA: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_financeiro): 
Em Finanças, denominar-se-á genéricamente por sistema financeiro, qualquer estrutura que tenha como objetivo descrevera 
circulação do dinheiro em determinada organização. 
O Sistema Financeiro engloba a obtenção de recursos e a sua aplicação. Tais actividades (de obtenção de recursos e dispêndio 
destes) denomina-se actividade financeira. O estudo das actividades financeiras do Estado é a finalidade da disciplina 
denominada Finanças públicas ou Ciência das Finanças. 
Em Contabilidade Pública brasileira, é o componente estrutural regulado pela Lei 4.320-64, que tem por objectivo 
implementar uma Gestão Financeira integrada com os demais sistemas contábeis públicos. 
DISCUTIR Assuntos Relacionados com Economia. 
Economia 
Discutir: 
 1-Objeto da Economia  Lei da Escassez. 
 2-Foco da Ciência Econômica  Sociedade. 
 3-Ramo do Fenômeno Social  VER. 
VER-015 Principais Conceitos. 
Professor Dantas: (http://prof.dantas.sites.uol.com.br/apostila_1econ_dir.htm): 
“A ciência que estuda a maneira pela qual as coletividades organizam seus recursos para transformalos em bens e serviços 
e satisfazer suas necessidades.” 
 
Ou ainda: 
 
“A economia é o estudo de como as pessoas ganham a ida, adquirem alimentos, casas, roupa e outros bens, sejam eles 
necessários ou de luxo. Estuda, sobretudo, os problemas enfrentados por estas pessoas e as maneiras pelas quais estes 
problemas podem ser contornados.” Wonnacotti. 
 
“A economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter 
utilizações alternativas, para produzir bens variados e para os distribuir para consumo, agora ou no futuro, entre várias 
pessoas e grupos da sociedade.” Paul Samuelson. 
VER-016 Curvas de Possibilidades de Produção. 
Professor Dantas: (http://prof.dantas.sites.uol.com.br/apostila_1econ_dir.htm): 
 
CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO (CPP) 
 
 A curva de possibilidade de produção (CPP) é uma representação gráfica das escolhas que podem ser feitas no âmbito 
da produção com os recursos disponíveis. Para que possamos representar uma curva de possibilidades de produção é preciso 
admitir as seguintes hipóteses básicas: 
 
1) 1) A quantidade de recursos existentes é fixa durante o tempo de análise. 
2) 2) Todos os recursos de produção (terra, trabalho e capital) estão empregados na produção. 
3) 3) O nível tecnológico não sofre alterações, ou seja, mantém-se constante. 
 
Em uma economia com milhares de produtos, as escolhas que enfrentamos são complexas. Para ver o problema na forma 
mais simples, consideramos a mais básica economia, uma em que só podem ser produzidos dois bens (roupa de algodão e 
 
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trigo). Se decidirmos produzir mais comida (trigo) e reorientarmos nossos esforços neste sentido, então não poderemos 
produzir tanta roupa. Vejamos esta questão com números. 
 
 
 
 
 
 
Tabela de Possibilidades de Produção (Roupa versus Comida) 
Opção Roupas (em m2) Comida (em toneladas) Unidades de Comida 
sacrificadas para obter 
mais uma unidade de 
roupa. (custo de 
oportunidade) 
A 0 20 
B 1 19 1 
C 2 17 2 
D 3 13 4 
E 4 8 5 
F 5 0 8 
 
 As opções abertas se catalogam na tabela de possibilidades de produção e na curva de possibilidades de produção 
correspondente ao gráfico a seguir: 
 
 GRÁFICO DA CPP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considere primeiro um exemplo extremo, em que todos nossos recursos são utilizados na produção de comida. Neste 
caso, denominada opção A, produziríamos 20 ton. De comida. Mas nada de roupa seria produzido. È claro que esta opção não 
representa uma composição desejável de produção; estaríamos bem alimentados mas, sentiríamos frio se andássemos sem nada 
no corpo. Nossa curva de possibilidades de produção é traçada de modo a esclarecer o possível; os pontos da curva não são 
necessariamente desejáveis. E o ponto A é uma possibilidade. 
 No outro extremo, se só produzíssemos roupa, poderíamos fabricar 5 unidades correspondentes ao ponto F no gráfico. 
Novamente, isto é um resultado possível, mas não desejável; estaríamos bem vestidos enquanto passaríamos fome. 
 
A FORMA DA CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO: CUSTOS DE OPORTUNIDADES CRESCENTES 
 
 Situações mais interessantes e mais razoáveis são aquelas em que produzimos um pouco de ambos os bens. Considere 
a maneira em que a economia poderia se deslocar do ponto A até o ponto F. No ponto A, nada se produz com exceção de 
comida; esta se cultiva em todos os diferentes solos aráveis do Brasil. Para começar a produzir roupa, plantaríamos algodão 
naqueles solos mais adequados para o cultivo do algodão- como por exemplo: no estado de São Paulo. 
 
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 Estes solos nos dariam muito algodão com um sacrifício relativamente pequeno da comida que poderia ter sido 
produzida no mesmo local. Na curva de escolha seria representada por um movimento do ponto A até o ponto B; só uma 
unidade de comida é sacrificada para obtermos a primeira unidade de roupa. Entretanto, se decidimos produzir mais algodão, 
precisamos cultivar solos menos adequados para o algodão. Assim, para obtermos mais uma unidade de roupa, precisamos 
sacrificar duas unidades de comida; a produção de comida cai de 19 para 17 unidades se nos deslocarmos do ponto B para o 
ponto C. O custo de oportunidade da segunda unidade de roupa – o que é necessário sacrificar para obter esta segunda unidade 
– é maior que o custo de oportunidade da primeira unidade. 
 
 O custo de oportunidade de um produto é a alternativa que tem de ser sacrificada a fim de se obter este produto. (no 
exemplo, o custo de oportunidade de uma unidade de algodão é o trigo que não é produzido quando se escolhe esta produção 
de algodão). 
 Mais aumentos na produção de algodão significam sempre maiores custos de oportunidade. 
 Em resumo, a tendência crescente no custo de oportunidade de algodão reflete as características especializadas de 
nossos recursos. Nossos recursos não são completamente adaptáveis a usos alternativos. O solo de uma determinada região não 
tem as mesmas aptidões para o cultivo de trigo e algodão. Portanto, o custo de oportunidade para produção de algodão 
aumenta. A CPP tem a concavidade voltada para a origem, conforme o desenho do gráfico. 
 
 A CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO É UMA “FRONTEIRA” 
 
A CPP revela o que uma economia é capaz de produzir. Reflete a produção máxima possível de dois bens. Na prática, 
a produção realizada pode ficar aquém da potencial. Obviamente, se há desemprego em massa, estamos perdendo uma parte 
de nosso recurso trabalho. (Ponto U na CPP). Neste ponto poderíamos produzir mais comida e mais roupa (e ficarmos no 
ponto D), criando empregos para nossa força de trabalho. (Para restabelecer o pleno-emprego, poder-se-ia escolher que outro 
ponto na CPP, B, C ou E). 
Portanto a CPP representa opções abertas à sociedade, mas não inclui todas as opções imagináveis. Especificamente, 
não inclui todas as opções imagináveis. Especificamente, não inclui opções como o ponto U, que significam o desemprego em 
massa e necessariamente situam-se dentro da curva. Assim , a CPP delineia uma fronteira das opções abertas. Podemos 
escolher um ponto na fronteira se administrarmos bem a economia e mantemos um nível alto de emprego. Alternativamente, 
se administramos mal a economia. 
 
A CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO: Algumas aplicações. 
 
A CPP pode ser usada para explicar determinados conceitos básicos de economia. 
 
A) A) O crescimento econômico. 
 
Quando a quantidade de recursos disponíveis para produção de bens e serviços aumenta temos um deslocamento da 
curva de possibilidadesde produção para além de sua fronteira inicial. 
 Estes aumentos podem ser ocorrer com força de trabalho, o número de fábricas, os instrumentos de produção ou 
mesmo a fronteira agrícola. 
Outro aspecto que leva ao deslocamento da CPP para além de sua fronteira são os avanços tecnológicos. A descoberta 
de novas formas de produção como por exemplo o aperfeiçoamento das sementes na agricultura, a implantação de sistemas 
informatizados na prestação de serviços, podem proporcionar o deslocamento da CPP mesmo que a quantidade de fatores de 
produção tenha permanecido inalterada. 
 
DESLOCAMENTO DA CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
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B) B) O crescimento econômico e o dilema da escolha entre bens de consumo e bens de capital 
 
No sistema econômico são produzidos bens destinados ao consumo e bens de produção. Entretanto os 
bens de produção sofrem desgastes à medida que vão sendo utilizados e necessitam de substituição. A 
escolha entre destinar os esforços produtivos para bens de produção em detrimento dos bens de consumo 
está associada às opções pelo crescimento econômico. 
Além de fabricar bens de consumo, é necessário produzir bens de capital, não só para repor aquilo que 
se desgastou, mantendo assim o nível atual de produção de bens de consumo, como também para ampliar a 
capacidade produtiva da economia. 
Desta forma uma sociedade pode optar por direcionar parte dos recursos à produção de bens de capital, 
acumulando bens como máquinas, fábricas, etc., ou seja, pode investir na formação de capital e parte dos 
recursos para a produção de bens de consumo. 
VER-017 Fluxos: Real e Monetário. 
EBAH: (http://www.ebah.com.br/content/ABAAABkdcAA/nota-aula-fundamentos-economia): 
1. Economia de Mercado (Fluxos reais e Monetários) 
Economia de mercado é aquela em que a maioria dos preços de bens, serviços e salários é determinada pelo 
mecanismo de preços que atua por meio de oferta e demanda dos fatores de produção. 
Imagine uma economia de mercado que não tenha a interferência do governo e que não tenha transação com o 
exterior (economia fechada). Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as empresas as 
unidades produtoras. 
As famílias são proprietárias dos recursos produtivos que os fornece às unidades de produção (empresas) no 
mercado dos fatores de produção. Já as empresas pela combinação dos fatores de produção produzem os bens e 
serviços e os oferecem às famílias no mercado de bens e serviços. 
1. Fluxo Real 
Ao fluxo de fatores de produção e bens e serviços dá-se o nome de fluxo real da economia. A figura 1.4.1 lustra o 
fluxo real da economia. 
 
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Figura 1.4.1: Fluxo Real da Economia. 
Em resumo no mercado de bens e serviços as famílias demandam bens e serviços enquanto as empresas 
ofertam. No mercado de fatores de produção as famílias ofertam os serviços dos fatores de produção (que são de 
sua propriedade) enquanto as empresas os demandam. 
 
1. Fluxo Monetário 
Paralelamente ao fluxo real temos o fluxo monetário da economia. A figura 1.4.2 lustra o fluxo monetário da 
economia. 
 
Figura 1.4.2: Fluxo Monetário da Economia. 
1. Fluxo Circular de renda 
Unindo os dois fluxos tem-se o chamado fluxo circular de renda. A figura 1.4.3 lustra o fluxo monetário circular de 
renda. 
 
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Figura 1.4.3: Fluxo circular de renda. 
Em cada um dos mercados atuam conjuntamente a força da oferta e da demanda determinando o preço. 
Esse fluxo é chamado de básico (famílias e empresas). No fluxo completo incorpora o setor público em que há a 
adição de impostos e no fluxo externo existe as relações e transações de mercadorias e serviços com o resto do 
mundo. 
 
 
==XXX== 
 
 
Capítulo 1: Introdução à Economia 
Livro: Fundamentos de Economia 
(Marcos Antônio Sandoval de Vasconcellos e Manuel Enriquez Garcia) 
Sumário 
1.1 – Introdução à Economia 
1.2 - Conceito de Economia 
1.2.1 - Os problemas econômicos fundamentais 
1.3 - Sistemas econômicos 
1.4 - Curva de possibilidades de produção (ou curva de transformação) 
1.4.1 - Custo de oportunidade 
1.4.2 - Deslocamentos da curva de possibilidades de produção 
1.5 - Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e monetários 
1.5.1 Bens de capital, bens de consumo, bens intermediários e fatores de produção 
1.6 - Argumentos positivos versus argumentos normativos 
1.7 - Inter-relação da Economia com outras áreas do conhecimento 
1.7.1 Economia, Física e Biologia 
1.7.2 Economia, Matemática e Estatística 
1.7.3 Economia e Política 
1.7.4 Economia e História 
 
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1.7.5 Economia e Geografia 
1.7.6 Economia, Moral, Justiça e Filosofia 
1.8 - Divisão do estudo econômico 
Questões para revisão 
1.1 – Introdução à Economia: 
 
Seja em nosso cotidiano, seja nos jornais, rádio e televisão, deparamos com inúmeras questões econômicas, 
como: 
-Aumento de preços; 
-Períodos de crise econômica ou de crescimento; 
-Desemprego; 
-Setores que crescem mais que outros: 
-Diferenças salariais; 
-Crises nos balanços de pagamentos; 
-Vulnerabilidade externa; 
-Valorização ou desvalorização da taxa de câmbio; 
-Dívida externa; 
-Ociosidade em alguns setores de atividade; 
-Diferenças de renda entre as várias regiões do país; 
-Comportamento das taxas de juros; 
-Déficit governamental; 
-Elevação de impostos e tarifas públicas. 
 
Esses temas, já rotineiros em nosso dia-a-dia, são discutidos pelos cidadãos comuns, que, com altas doses de 
empirismo, têm opiniões formadas sobre as medidas que o Estado deve adotar. Um estudante de Economia, de Direito ou de 
outra área pode vir a ocupar um cargo de responsabilidade em uma empresa ou na própria administração pública e 
necessitará de conhecimentos teóricos mais sólidos para poder analisar os problemas econômicos que nos rodeiam 
diariamente. 
O objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar os problemas econômicos e formular soluções 
para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida. 
1.2 – Conceito de Economia: 
 
A palavra economia deriva do grego oikonomía (de óikos, casa; nómos, lei), que significa a administração 
de uma casa, ou do Estado, e pode ser assim definida: 
Economia é a Ciência Social que estuda como o Indivíduo e a Sociedade decidem (Escolhem) empregar 
Recursos Produtivos Escassos na produção de Bens e Serviços de modo a Distribuí-los entre Pessoas e 
Grupos da Sociedade, a fim de Satisfazer as Necessidades Humanas. 
 
Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudo da Ciência 
Econômica: 
-Escolha; 
-Escassez; 
-Necessidade; 
-Recursos; 
-Produção; 
-Distribuição. 
 
Em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou fatores de produção (mão-de-obra, terra, matérias-
primas, dentre outros) são limitados. Por outro lado, as necessidades humanas são ilimitadas e sempre se 
renovam, por força do próprio crescimento populacional e do contínuo desejo de elevaçãodo padrão de 
vida. Independentemente do grau de desenvolvimento do país, nenhum deles dispõe de todos os recursos 
necessários para satisfazer todas as necessidades da coletividade. 
 
Tem-se, então, um problema de escassez: recursos limitados contrapondo-se a necessidades humanas 
ilimitadas. 
 
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Em função da escassez de recursos, toda sociedade tem de escolher entre alternativas de produção e de 
distribuição dos resultados da atividade produtiva entre os vários grupos da sociedade. Essa é a questão central 
do estudo da Economia: como alocar recursos produtivos limitados, de forma a atender ao máximo às 
necessidades humanas. 
 
1.2.1 – Os problemas econômicos fundamentais: 
 
Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associada às necessidades ilimitadas do homem, originam-se os 
chamados problemas econômicos fundamentais: O quê e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? 
 
-O quê e quanto produzir: dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, dentro do 
leque de possibilidades de produção, quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem 
fabricadas; 
-Como produzir: a sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão utilizados para a 
produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores 
acaba decidindo como serão produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão, entre os métodos mais 
eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível; 
-Para quem produzir: a sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da 
distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda 
nos mercados de serviços produtivos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e 
dos benefícios do capital, mas também da repartição inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite 
por herança. 
 
O modo como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais depende da forma da organização 
econômica do país, ou seja, do sistema econômico de cada nação. 
1.3 – Sistemas econômicos: 
 
Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica pela qual está 
organizada uma sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos 
os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. 
 
Os elementos básicos de um sistema econômico são: 
 
-Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui se incluem os recursos humanos (trabalho e 
capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia; 
 
-Complexo de unidades de produção: constituído pelas empresas; 
 
-Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são a base da organização da sociedade. 
 
 
Os sistemas econômicos podem ser classificados em: 
 
-Sistema capitalista, ou economia de mercado. É regido pelas forças de mercado, pré-dominando a livre iniciativa e a 
propriedade privada dos fatores de produção; 
 
-Sistema socialista, ou economia centralizada, ou ainda economia planificada. Nesse sistema as questões econômicas 
fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores 
de produção, chamados nessas economias de meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios, 
bancos, matérias-primas (1). 
 
 
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Os países organizam-se segundo esses dois sistemas, ou alguma forma intermediária entre eles. 
Pelo menos até o início do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o sistema de concorrência pura, em que 
não havia a intervenção do Estado na atividade econômica. Era a filosofia do Liberalismo, que será discutida mais adiante. 
 
Principalmente a partir de 1930, passaram a predominar os sistemas de economia mista, no qual ainda prevalecem as 
forças de mercado, mas com a atuação do Estado, tanto na alocação e distribuição de recursos como na própria produção de 
bens e serviços, nas áreas de infra-estrutura, energia, saneamento e telecomunicações. 
 
Em economias de mercado, a maioria dos preços dos bens, serviços e salários é determinada predominantemente 
pelo mecanismo de preços, que atua por meio da oferta e da demanda dos fatores de produção. Nas economias 
centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos 
recursos de produção disponíveis e das necessidades do país. Ou seja, grande parte dos preços dos bens e serviços, 
salários, cotas de produção e de recursos é calculada nos computadores desse órgão, e não pela oferta e demanda no 
mercado. 
 
Após o fim da chamada "Cortina de ferro", ao final dos anos 1980, mesmo as economias guiadas por governos 
comunistas, como Rússia e China, têm aberto cada vez mais espaço para atuação da iniciativa privada, caracterizando um 
"socialismo de mercado": regime político comunista, com economia de mercado. 
 
NOTA-01: Não pertencem ao Estado pequenas atividades comerciais e artesanais, que, com os meios de 
sobrevivência, como roupas, automóveis e móveis pertencem aos indivíduos (mas com preços fixados pelo 
governo). Existe também liberdade para escolha de profissão (ou seja, há mobilidade de mão-de-obra). 
1.4 – Curva de Possibilidade de Produção (ou Curva de Transformação): 
A curva (ou fronteira) de possibilidades de produção (CPP) expressa a capacidade máxima de produção da sociedade, 
supondo pleno emprego dos recursos ou fatores de produção de que se dispõe em dado momento do tempo. Trata-se de um 
conceito teórico com o qual se ilustra como a escassez de recursos impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que 
terá de fazer escolhas entre diferentes alternativas de produção. 
Devido à escassez de recursos, a produção total de um país tem um limite máximo, uma produção potencial ou 
produto de pleno emprego, quando todos os recursos disponíveis estão empregados (todos os trabalhadores que querem 
trabalhar estão empregados, não há capacidade ociosa). 
Suponhamos uma economia que só produza máquinas (bens de capital) e alimentos (bens de consumo) e que as alternativas de 
produção de ambos sejam as seguintes: 
 
Tabela 1.1: Possibilidade de Produção 
Alternativas de Produção Máquinas (milhares) Alimentos (toneladas) 
A 25 0 
B 20 30,0 
C 15 47,5 
D 10 60,0 
E 0 70,0 
 
Na primeira alternativa (A), todos os fatores de produção seriam alocados para a produção de máquinas; na última (E), 
seriam alocados somente para a produção de alimentos; e nas alternativas intermediárias (B, C e D), os fatores de produção 
seriam distribuídos na produção de um e de outro bem (veja a Figura 1.1). 
A curva ABCDE indica todas as possibilidades de produção potencial de máquinas e de alimentos nessa economia 
hipotética. Qualquer ponto sobre a curva significa que a economia irá operar no pleno emprego, ou seja, à plena capacidade, 
utilizando todos os fatores de produção disponíveis. 
No ponto F (ou em qualquer outro ponto interno à curva), quando a economia está produzindo 10 mil máquinas e 30 
toneladas de alimentos, dizemos que se está operando com capacidade ociosa ou com desemprego. Ou seja, os fatores de produção 
 
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estão sendo subutilizados. 
O ponto G representa uma combinação impossível de produção (25 mil máquinas e 50 toneladas de alimentos), 
uma vez que os fatores de produção e a tecnologia de que a economia dispõe seriam insuficientes para obter essas 
quantidades de bens. Esse ponto ultrapassa a capacidade de produção potencial ou de pleno emprego dessa economia. 
 
Figura 1.1: Curva (ou Fronteira) de possibilidades de produção 
 
Alimentos 
(toneladas) 
 
05 10 15 20 25 Máquinas 
(milhares) 
 
1.4.1 - Custo de oportunidade 
 
A transferência dos fatores de produção de um bem X para produzir um bem Y implica um custo de 
oportunidade, que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem X para se produzir mais do bem Y. O 
custo de oportunidade também é chamado de custo alternativo, por representar o custo da produção alternativa 
sacrificada. Por exemplo, na Figura 1.1, para aumentar a produção de alimentos de 30 para 47,5 toneladas (passar 
do ponto B para o C), o custo de oportunidade em termos de máquinas é igual a 5 mil, que é a quantidade 
sacrificada desse bem para se produzirem mais 17,5 toneladas de alimentos. 
É de se esperar que os custos de oportunidade sejam crescentes, uma vez que, quando aumentamos a 
produção de determinado bem, os fatores de produção transferidos dos outros produtos se tornam cada vez menos 
aptos para a nova finalidade, ou seja, a transferência vai ficando cada vez mais difícil e onerosa, e o grau de 
sacrifício vai aumentando. Isto é, os fatores de produção são especializados em determinadas linhas de produção, e 
não são completamente adaptáveis a outros usos. 
Esse fato justifica o formato côncavo da curva de possibilidades de produção: acréscimos iguais na 
produção dos alimentos implicam decréscimos cada vez maiores na produção de máquinas, como mostra a Figura 
1.2(2). 
 
ATT: Se os custos de oportunidade fossem constantes, a CPP seria uma reta; se fossem decrescentes, a CPP seria 
convexa em relação à origem. 
 
Figura 1.2: Curva de possibilidades de produção / custos de oportunidade crescente 
 
Alimentos (toneladas) 
Máquinas (milhares) 
NOTA-02: 
Acréscimos iguais na produção de alimentos  levam a quedas cada vez maiores na produção de máquinas. 
 
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1.4.2 – Deslocamento da curva de possibilidades de produção 
 
O deslocamento da CPP para a direita indica que o país está crescendo. Isso pode ocorrer fundamentalmente tanto 
em função do aumento da quantidade física de fatores de produção como em função do melhor aproveitamento dos 
recursos já existentes, o que pode ocorrer com o progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional das 
empresas e melhoria no grau de qualificação da mão-de-obra. Desse modo, a expansão dos recursos de produção e os 
avanços tecnológicos, que caracterizam o crescimento econômico, mudam a curva de possibilidades de produção para 
cima e para a direita, permitindo que a economia obtenha maiores quantidades de ambos os bens. 
 
Figura 1.3: Crescimento econômico 
 
Alimentos (toneladas) 
Máquinas (milhares) 
 
1.5 – Fundamentos de uma economia de mercado: fluxos reais e monetários: 
 
Para entender o funcionamento do sistema econômico, vamos supor uma economia de mercado que não tenha 
interferência do governo nem transações com o exterior (economia fechada). Os agentes econômicos são as famílias 
(unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os 
fornecem às unidades de produção (empresas) no mercado dos fatores de produção. As empresas, pela combinação dos 
fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias no mercado de bens e serviços. 
A esse fluxo de fatores de produção, bens e serviços denominamos fluxo real da economia.(3). 
 
 
 
 
Figura 1.4: Fluxo real de economia 
 
 
 
Como pode ser observado na Figura 1.4, famílias e empresas exercem um duplo papel. No mercado de 
bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços, enquanto as empresas os oferecem; no mercado de 
fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos fatores de produção (que são de sua propriedade), 
enquanto as empresas os demandam. 
No entanto, o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para 
remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços. 
Desse modo, paralelamente ao fluxo real, temos um fluxo monetário da economia (veja a Figura 1.5). 
 
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NOTA-03: 
Um fluxo é definido ao longo de um dado período de tempo (ano, mês etc.). Diferencia-se do conceito de estoque, que 
é definido num dado momento do tempo, e não ao longo de um período. Em Economia, essa diferenciação é 
particularmente importante: por exemplo, o conceito de déficit público é um fluxo (mensal, trimestral, anual), 
enquanto a dívida pública é um estoque acumulado, até um dado momento. 
 
Figura 1.5: Fluxo monetário da economia 
 
 
Unindo os fluxos real e monetário da economia, temos o chamado fluxo circular de renda (veja a Figura 1.6). 
 
Figura 1.6: Fluxo circular de renda 
 
 
Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda, determinando o preço. 
Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no mercado de fatores de 
produção são determinados os preços dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis, lucros, royalties, dentre 
outros). 
Esse fluxo, também chamado de fluxo básico, é o que se estabelece entre famílias e empresas. O fluxo 
completo incorpora o setor público, adicionando-se o efeito dos impostos e dos gastos públicos ao fluxo anterior, 
bem como o setor externo, que inclui todas as transações com mercadorias, serviços e o movimento financeiro 
com o resto do mundo. 
 
1.5.1 – Bens de capital, bens de consumo, bens intermediários e fatores de produção 
 
Os bens de capital são utilizados na fabricação de outros bens, mas não se desgastam totalmente no processo 
produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas, equipamentos e instalações. São usualmente classificados no ativo fixo das 
empresas, é uma de suas características é contribuir para a melhoria da produtividade da mão-de-obra. 
Os bens de consumo destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua 
durabilidade, podem ser classificados como duráveis (por exemplo, geladeiras, fogões, automóveis) ou como não-
duráveis alimentos, produtos de limpeza). 
Os bens intermediários são transformados ou agregados na produção de outros bens e são consumidos totalmente no 
 
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processo produtivo (insumos, matérias-primas e componentes). Diferenciam-se dos bens finais, que são vendidos para 
consumo ou utilização final. Os bens de capital, como não são "consumidos" no processo produtivo, são bens finais, e não 
intermediários. 
Os fatores de produção, chamados recursos de produção da economia, são constituídos pelos recursos humanos 
(trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia. 
A cada fator de produção corresponde uma remuneração ao seu proprietário, conforme oquadro a seguir: 
 
Quadro 1.1: Fator de produção e tipo de remuneração 
Fator de produção Tipo de remuneração 
Trabalho Salário 
Capital Juro 
Terra Aluguel 
Tecnologia Royalty 
Capacidade empresarial Lucro 
 
As famílias são as proprietárias dos fatores de produção. Inclusive, como se observa, em Economia considera-se 
o lucro também como remuneração a um fator de produção, representado pela capacidade empresarial ou gerencial dos 
proprietários da empresa. As empresas vendem bens e serviços no mercado, e o resultado de suas atividades 
(lucro/prejuízo) pertence a seus proprietários (unidades familiares). 
1.6 – Argumentos positivos versus argumentos normativos: 
 
A Economia é uma ciência social e utiliza fundamentalmente uma análise positiva, que deve explicar os fatos da 
realidade. Os argumentos positivos não envolvem juízo de valor, e referem-se a proposições objetivas, tipo se A, então 
B. Por exemplo, se o preço da gasolina aumentar em relação a todos os outros preços, então a quantidade que as pessoas 
irão comprar de gasolina cairá. É uma análise do que é. 
Desse ponto de vista, a Economia se aproxima da Física e da Química, que são ciências consideradas 
virtualmente isentas de juízo de valor. Em Economia, entretanto, defrontamo-nos com um problema diferente. Ela 
trata do comportamento de pessoas, e não de moléculas, como na Química. Frequentemente nossos valores 
interferem na análise do fato econômico. 
Nesse sentido, definimos também argumentos normativos, relativos a uma análise que contém, explícita ou 
implicitamente, um juízo de valor sobre alguma medida econômica. 
Por exemplo, na afirmação "o preço da gasolina não deve subir" expressamos uma opinião ou juízo de valor, ou 
seja, se é uma coisa boa ou má. É uma análise do que deveria ser. 
Suponha, por exemplo, que desejemos uma melhoria na distribuição de renda do país (argumento normativo). É 
um julgamento de valor em que acreditamos. O administrador de política econômica (policymaker) dispõe de algumas 
opções para alcançar esse objetivo (aumentar salários, combater a inflação, criar empregos). A Economia Positiva 
ajudará a escolher o instrumento de política econômica mais adequado. Se a economia estiver próxima da plena 
capacidade de produção, aumentos de salários, por encarecerem o custo da mão-de-obra, podem gerar desemprego; 
isso é o contrário do desejado quanto à melhoria na distribuição de renda. Esse é um argumento positivo, indicando que 
aumentos salariais, nessas circunstâncias, não constituem a política mais adequada. 
1.7 – Interrelação da economia com outras áreas do conhecimento: 
 
Embora a Economia tenha seu núcleo de análise e seu objeto bem definidos, ela tem intercorrências com outras 
ciências. Afinal, todas estudam a mesma realidade e, evidentemente, há muitos pontos de contato. 
Nesta seção, tentaremos estabelecer relações entre a Economia e outras áreas do conhecimento. As inter-
relações entre Economia e Direito serão discutidas com mais profundidade no Capítulo 3. 
 
1.7.1 – Economia, Física e Biologia 
 
O início do estudo sistemático da Economia coincidiu com os grandes avanços da técnica e das ciências físicas e 
biológicas nos séculos XVIII e XIX. 
A construção do núcleo científico inicial da Economia começou a partir das chamadas concepções 
organicistas (biológicas) e mecanicistas (físicas). Segundo o grupo organicista, a Economia se comportaria como 
um órgão vivo. Daí utilizarem-se termos como órgãos, funções, circulação e fluxos na teoria econômica. Já para o 
 
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grupo mecanicista, as leis da Economia se comportariam como determinadas leis da Física. Daí advêm termos 
como equilíbrio, estática, dinâmica, aceleração, velocidade, forças e outros. 
Com o passar do tempo, predominou uma concepção humanística, que coloca em plano superior os móveis 
psicológicos da atividade humana. Afinal, a Economia repousa sobre os atos humanos, e é por excelência uma 
ciência social. 
 
1.7.2 – Economia, Matemática e Estatística 
 
Apesar de ser uma ciência social, a Economia é limitada pelo meio físico, dado que os recursos são 
escassos, e se ocupa de quantidades físicas e das relações entre essas quantidades, como a que se estabelece entre a 
produção de bens e serviços e os fatores de produção utilizados no processo produtivo. 
Daí surge a necessidade da utilização da Matemática e da Estatística como ferramentas para estabelecer 
relações entre variáveis econômicas. 
A Matemática torna possível escrever de forma resumida importantes conceitos e relações de Economia e 
permite análises econômicas na forma de modelos analíticos, com poucas variáveis estratégicas, que resumem os 
aspectos essenciais da questão em estudo.(4). 
 
 
NOTA-04: Modelos também podem ter formulação verbal, como as experiências históricas para fundamentar a 
análise econômica. 
 
Tomemos como exemplo uma importante relação econômica: 
“O consumo nacional está diretamente relacionado com a renda nacional". 
Essa relação pode ser representada da seguinte forma: 
 
C = f(RN) e ɅC > 0 
ɅRN 
 
A primeira expressão diz que o consumo (Q é uma função (f) da renda nacional (RN). A segunda informa 
que, dada uma variação na renda nacional (ɅRN), teremos uma variação diretamente proporcional (na mesma 
direção) do consumo agregado (ɅC). 
 
Como as relações econômicas não são exatas, mas probabilísticas, recorre-se à Estatística. Por exemplo, 
 
C = 2πr 
 
(em que C = comprimento da circunferência, π = letra grega pi e r = raio) é uma relação matemática exata 
qualquer que seja o comprimento da circunferência. Em Economia tratamos de leis probabilísticas. Na relação vista 
anteriormente (C = f (RN)), conhecendo o valor da renda nacional num dado ano, não obtemos o valor exato do 
consumo, mas sim uma estimativa aproximada. Embora a renda seja a variável mais importante, o consumo não 
depende só da renda nacional, mas de outros fatores (como condições de crédito, juros, patrimônio). 
 
Se a Economia tivesse relações matemáticas, tudo seria previsível. No entanto, "não existe no mundo econômico 
regularidades como C= 2πr, equivalência entre massa e energia, leis de Newton. Na Economia, o 'átomo' aprende, 
pensa, reage, projeta, finge. Imagine como seria a Física e a Química se o átomo aprendesse: aquelas belas regularidades 
desapareceriam. Os átomos pensantes logo se agrupariam em classes para defender seus interesses: teríamos uma 
'Física dos átomos proletários', 'Física dos átomos burgueses' e outros" (5). 
 
NOTA-05: Extraído de Delfim Netto, A. Moscou, Freiburg e Brasília, ensaios. Rio de Janeiro: Topbooks, 1994. 
 
Contudo, a Economia apresenta muitas regularidades, que podem ser estimadas estatisticamente, tais como: 
 
*• o consumo nacional depende diretamente da renda nacional; 
*• a quantidade demandada de um bem tem uma relação inversamente proporcional com seu preço, tudo o 
mais constante; 
 
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*• as exportações e as importações dependem da taxa de câmbio. 
 
A área da Economia que está voltada para a quantificação dos modelos é a Econometria, que combina Teoria 
Econômica, Matemática e Estatística. 
Lembremo-nos, porém, de que a Matemática e a Estatística são instrumentos, ferramentas de análise 
necessárias para testar as proposições teóricas com os dados da realidade. Permitem colocar à prova as hipóteses da 
teoria econômica, mas são meios, e não fins em si mesmas. A questão da técnica nos deve auxiliar, mas não 
predominar, quando tratamos de fatos econômicos,pois esses sempre envolvem decisões que afetam relações 
humanas. 
 
1.7.3 – Economia e Política 
 
A Economia e a política são áreas bastante interligadas. 
A política fixa as instituições sobre as quais se desenvolverão as atividades econômicas. Nesse sentido, a atividade 
econômica se subordina à estrutura e ao regime político do país (se é um regime democrático ou autoritário). As prioridades 
de política econômica (crescimento, distribuição de renda, estabilização) são determinadas pelo poder político. 
Entretanto, por outro lado, a estrutura política se encontra muitas vezes subordinada ao poder econômico. 
Citemos apenas alguns exemplos: 
 
*• política do "café com leite", antes de 1930, quando Minas Gerais e São Paulo dominavam o cenário 
político do país; 
*• poder econômico dos latifundiários; 
*• poder dos oligopólios e monopólios; 
*• poder das corporações estatais; 
*• poder do sistema financeiro. 
 
1.7.4 – Economia e História 
 
A pesquisa histórica é extremamente útil e necessária para a Economia, pois facilita a compreensão do 
presente e ajuda nas previsões. As guerras e revoluções, por exemplo, alteraram o comportamento e a evolução da 
Economia. 
Por outro lado, também os fatos econômicos afetam o desenrolar da História. Alguns importantes períodos 
históricos são associados a fatores econômicos, como os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil, e a 
Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York (1929), a crise do petróleo, que alteraram profundamente a 
história mundial. Em última análise, as próprias guerras e revoluções são permeadas por motivações econômicas. 
 
1.7.5 – Economia e Geografia 
 
A Geografia não é o simples registro de acidentes geográficos e climáticos. Ela nos permite avaliar fatores muito 
úteis à análise econômica, como as condições geoeconômicas dos mercados, a concentração espacial dos fatores 
produtivos, a localização de empresas e a composição setorial da atividade econômica. 
Atualmente, algumas áreas de estudo econômico estão relacionadas diretamente com a Geografia, como a 
economia regional, a economia urbana, as teorias de localização industrial e a demografia econômica 
 
1.7.6 – Economia, Moral, Justiça e Filosofia 
 
Antes da Revolução Industrial, no século XVIII, a atividade econômica era vista como parte integrante da Filosofia, 
Moral e Ética. A Economia era orientada por princípios morais e de justiça. Não existia ainda um estudo sistemático das 
leis econômicas, e predominavam princípios como a lei da usura, o conceito de preço justo (discutidos, dentre outros 
filósofos, por Santo Tomás de Aquino). 
Ainda hoje, as encíclicas papais refletem a aplicação da filosofia moral e cristã às relações econômicas entre 
homens e nações. 
1.8 – Divisão do estudo econômico: 
 
A análise econômica, para fins metodológicos e didáticos, é normalmente dividida em quatro áreas de estudo: 
 
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Microeconomia ou teoria de formação de preços. Examina a formação de preços em mercados 
específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade 
para satisfazer a ambos simultaneamente. Essa parte será desenvolvida nos Capítulos 4 a 7. 
Macroeconomia. Estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, como o produto 
interno bruto (PIB), investimento agregado, a poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros. Seu enfoque é 
basicamente de curto prazo (ou conjuntural). A teoria macroeconômica será discutida nos Capítulos 8 a 11,13 e 14. 
Economia internacional. Analisa as relações econômicas entre residentes e não residentes do país, as quais 
envolvem transações com bens e serviços e transações financeiras. Os principais aspectos das relações de um país com o 
resto do mundo serão abordados no Capítulo 12. 
Desenvolvimento econômico. Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do 
tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas centrado em questões estruturais e de longo prazo (como 
progresso tecnológico, estratégias de crescimento). No Capítulo 15, apresentaremos as noções básicas que envolvem essa 
parte da teoria econômica. 
Questões para revisão: 
 
1. Por que os problemas econômicos fundamentais (o quê, quanto, como e para quem produzir) originam-se da 
escassez de recursos de produção? 
Resposta-01: 
Imagine se tudo que você precisa para viver estivesse disponível na natureza de maneira ilimitada... 
Pense no ar que você respira como um bem e tente precificá-lo. Ele está disponível a todos da mesma 
forma, portanto, a questão do "o quê" estaria resolvida. Ele está disponível a qualquer momento na mesma 
quantidade, e caso necessitamos de mais basta inflar os pulmões um pouco mais que o bem não lhe 
faltará, logo, o "quanto" estaria também resolvido. A própria natureza se encarrega em misturar o 
nitrogênio, o oxigênio e o gás carbônico nas quantidades necessárias ao seu organismo sem necessidade 
de intervenção humana, concluímos que o "como" estaria também resolvido. Se o ar está disponível para 
todos da mesma forma não haveria então demanda para este produto ilimitado, então, não haveria "para 
quem produzi-lo”. Diante de todo o exposto precificar um bem que não é escasso não faria o menor sentido, 
pois ninguém em sã consciência compraria ar enlatado. Agora substitua o ar por um Lamborghini Gallardo. 
Resposta-02: 
Porque em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são escassos, enquanto as 
necessidades humanas são ilimitadas e sempre se renovam. Com isso, há a necessidade de escolher entre 
alternativas de produção e distribuição dos resultados. Tal escolha leva às questões referidas de O que e 
quanto produzir (dada a escassez, nem todos os bens poderão ser fabricados e mesmo a quantidade dos 
bens a serem fabricados será limitada pela disponibilidade de fatores de produção); Como produzir (a 
sociedade deverá escolher, dados os fatores de produção - insumos produtivos e tecnologia - disponíveis, o 
método que maximiza o produto e minimiza o custo de produção) e finalmente para quem produzir (qual o 
mecanismo de repartição do produto). 
 
2. O que mostra a curva de possibilidades de produção ou curva de transformação? 
Resposta: 
Curva de Possibilidade de Produção (CPP) mostra como o produto potencial de uma economia (ou 
produto de pleno emprego) pode ser repartido nos diferentes produtos e, assim, o trade-off entre produções 
distintas, ou seja, dada produção atual, o quanto a sociedade tem que abrir mão de determinado bem para 
poder produzir, e conseqüentemente consumir, mais do(s) outro(s) bem(ns). 
 
3. Explique a razão do formato da curva de possibilidades de produção. Ilustre graficamente. 
Resposta: 
A Curva de Possibilidade de Produção – CPP, mostra as combinações possíveis de produção entre 
dois bens, utilizando os fatores de produção disponíveis. Quando os fatores de produção, que são terra, 
capital e trabalho, estão sendo plenamente utilizados a CPP mostra a combinação máxima. 
Em economia, a curva de possibilidade de produção (CPP) ilustra graficamente como a escassez de 
fatores de produção cria um limite para a capacidade produtiva de uma empresa, país ou sociedade. Ela 
representa todas as possibilidades de produção que podem ser atingidas com os recursos e tecnologias 
existentes. 
Em economias de mercado, descentralizadas, a escolha sobre as alternativas de produção fica a 
cargo do mercado. Já em economias planificadas, centralizadas, o deslocamento na CPP é feito conforme 
 
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MD/Direito/Estácio/Período-01/GST0012/Aula-002/WLAJ/DPdecisão de quem a controla. 
Devido a limitação de recursos, a produção total, de um país por exemplo, tem um limite máximo, 
uma produção potencial, que é representada por um ponto sobre a curva. Quando o ponto está dentro da 
curva a economia está operando com capacidade ociosa ou desemprego de recursos (fatores de produção 
sub-utilizados). Quando o ponto está fora da curva há uma situação impossível de utilização de mais 
recursos do que os disponíveis. Esse ponto somente será atingido com um aumento na CPP, que 
representará um acréscimo de fatores de produção, representando o desenvolvimento de uma sociedade. 
O deslocamento da CPP par a direita indica que o país está crescendo, o que pode ocorrer em 
função do aumento da quantidade física de fatores, progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e 
organizacional e melhoria no grau de qualificação da mão-de-obra. 
 
(toneladas) 
 
05 10 15 20 25 Máquinas 
(milhares) 
 
4. Analisando-se uma economia de mercado, observa-se que os fluxos real e monetário conjuntamente formam 
o fluxo circular da renda. Explique como esse sistema funciona. 
Resposta: 
Ao analisar uma economia de mercado, percebemos que o fluxo de mercadorias e serviços entre as 
firmas (unidades produtivas) e as famílias (unidades consumidoras e detentoras dos direitos sobre as 
firmas) tem por contrapartida um fluxo monetário, dos pagamentos dos serviços (comissões e salários) e 
dos bens (preço pago pelos produtos) e a remuneração dos fatores de produção (lucros das firmas 
distribuídos às famílias que detém sua propriedade acionária). Este fluxo de bens e serviços e de 
pagamentos é que determina quais os produtos devem ser produzidos, em que quantidade, de que forma e 
para quem. 
 
5. Conceitue: bens de capital, bens de consumo, bens intermediários e fatores de produção. 
Resposta: 
a) Bens de capital: são bens utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam 
totalmente no processo produtivo, Exemplo: Máquinas, Equipamentos e Instalações. 
b) Bens de consumo: bens que se destinam diretamente ao atendimento das necessidades humanas, de 
acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis (geladeiras, fogões, automóveis) ou 
como não – duráveis (alimentos, produtos de limpeza). 
c) Bens intermediários: são aqueles que são transformados ou agregados na produção de outros bens e 
que são consumidos totalmente no processo produt i vo ( i nsumos, matér ias-pr imas e 
componentes). 
d) Fatores de produção: são os recursos de produção da economia, sendo constituídos de recursos 
humanos (trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia. 
 
6. O que vem a ser argumentos positivos e argumentos normativos? Exemplifique. 
Resposta: 
A análise econômica pode ser do tipo Argumento Positivo ou Argumento Normativo. 
-Argumento Positivo é aquele que apenas relata a realidade como ela é, ou seja, é descritivo. É científico, 
pois baseia-se na observação da realidade e é desprovido de juízo de valor (É um fato e não gera discordância, 
uma vez que relata a situação observada). 
-Argumento Normativo é aquele que diz como as coisas deveriam ser, ou seja, é prescritivo, e por sua vez, 
 
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tem caráter da economia política, isto é propositivo. Ele inclui não apenas o entendimento da questão, mas o 
juízo de valor propositor sobre o que deve ser feito (Ao incluir juízo de valor do propositor, é passível de 
discordância entre os economistas, uma vez que há diferentes propostas para solucionar determinada questão). 
Situação A: Argumento Positivo- A inflação diminui o poder de compra do salário míniomo; 
Argumento Normativo – O governo deve aumentar o salário mínimo para melhorar o poder 
de compra dos trabalhadores. 
Situação B: Argumento Positivo – A taxa de desemprego aumentou 4% no último ano; 
Argumento Normativo – O Banco Central deve reduzir a taxa de juros para estimular a 
geração de empregos. 
 
7. Qual a importância da Matemática e da Estatística para estudos econômicos? Exemplifique. 
Resposta: FALTA RESPONDER VER PESQUISA: 
 
 
 
A matemática é um instrumento de grande importância para estruturar o sistema econômico, quer dizer, tornar de 
melhor perceptividade os fatos econômicos como se pode dizer, fica mais fácil de entender a dinâmica da 
economia pelo quantitativismo de suas variáveis. 
Com a utilização da matemática é que se pode dar base aos estudos estatísticos, pois, os estudos paramétricos e 
não-paramétricos têm como pressupostos básicos e essenciais à matemática (probabilidade) e a aritmética, pois, 
sem ambas, não há condições de existência da estatística e, em particular, da econometria. A teoria econômica 
tem um amplo campo de aplicação das teorias matemáticas em geral, não para se decidir como uma verdade nua 
e crua, mas, para dar suportes ao fazedor de políticas econômicas e sociais em suas decisões. É bem verdade 
que alguns economistas matemáticos tem utilizado o quantitativismo como verdades absolutas, todavia, deve-se 
deixar claro que os números demonstram apenas uma radiografia da realidade, porém, o poder de decisão deve 
ser uma questão política dos decisores. 
Como exemplo da importância da matemática combinada com a estatística são as funções de produção Cobb-
Douglas: 
e de Elasticidade de substituição Constante(ESC): 
A matemática participa como uma estrutura produtiva lógica de simbologia econômica dos fatos da realidade, tal 
como uma estrutura produtiva, determinação do crescimento econômico, o problema da distribuição de renda e a 
questão da eficiência econômica. Depois dos trabalhos matemáticos entra a estatística, que tem o objetivo de 
investigar o poder de explicação das equações econômicas, oriundas da matemática, a explicabilidade dos 
parâmetros de cada regressão, os testes envolvidos na aceitabilidade de cada variável e até que ponto a 
regressão explica, ou não os eventos econômicos. 
É necessário usar a estatística, porque nas questões econômicas, buscam-se sempre as tabelas, oriundas das 
observações que são feitas nas pesquisas econômicas, ou não. Das tabelas podem-se investigar as ocorrências 
de variâncias, de médias, de desvio padrão e daí, podem-se extrair diversas conclusões de suma importância para 
as decisões econômicas. A estatística é de fundamental significado para a economia de qualquer ideologia, ou de 
qualquer nação, pois, os resultados econômicos dizem respeito, a um retrato da coisa, tal qual existe no seu 
ambiente natural. Desta feita, é com a tabela que se consegue ter uma visão mais clara da realidade que se quer 
estudar, tendo em vista que lá está uma realidade passada e a partir dela se consegue programar o futuro. 
Um outro fato de importância para a economia, advinda da estatística é a investigação dos números índices que 
são aplicados para tentar proporcionar uma demonstração do custo de vida de uma comunidade, o crescimento da 
produção industrial, o nível de desemprego, o grau de bem-estar de uma nação e muitos outros empregos de 
excepcional significado na demonstração dos fatos econômicos. A quantificação é básica para o cientista buscar 
melhores explicações para os eventos que acontecem dentro da dinâmica econômica, tal como fez SAMUELSON, 
MORISHIMA, ARROW, BORTKIEWICZ, HICKS, KALDOR, OKISHIO, quando explicaram as suas conclusões de 
acumulação de conhecimentos à ciência econômica que tem avançado muito, frente às diversas correntes que 
existem. 
 
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É indiscutível que as maiores

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