Noções Gerais de Empreendedorismo

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Empreendedorismo
2º Aula
Noções gerais de 
Empreendedorismo
Prezados(as) alunos(as), continuando nosso estudo, iremos, no 
decorrer desta aula, compreender que empreendedorismo é um termo 
que tem estado constantemente presente no vocabulário da economia, 
dos negócios e da Administração. Designa os estudos relativos ao 
empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades e seu 
universo de atividades e seu universo de atuação.
Mas, antes de prosseguirmos, faremos uma pequena pausa para 
respondermos a um questionamento que você pode estar se fazendo: por 
que, preciso estudar Empreendedorismo?
Pois bem, mesmo que você não queira ou não pense em ser dono do 
seu próprio negócio, é imprescindível e/ou no mínimo interessante obter 
conhecimentos sobre o empreendedorismo e como ele pode ser aplicado 
em diferentes áreas de atuação (não somente em Administração), pois 
todos nós, independente da área que atuamos, temos a necessidade de 
pensar em inovar sempre, fazer diferente, e o empreendedorismo nos 
ajuda a ter essa noção de comercial, visão do mercado e de pensar em 
querer buscar algo novo. 
Pense nisso! E agora, os convido a iniciar a leitura desta aula. 
Vamos lá?!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você deve ser capaz de:
• reconhecer e entender o conceito e o processo de empreendedorismo;
• analisar e identificar as oportunidades de negócios;
• apontar e compreender quais são as oportunidades de negócios na internet.
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1 – Conceito e fundamentação
2 – Processo empreendedor
3 – Oportunidades de Negócios
4 – Empreendedorismo e as novas oportunidades de 
Negócios na Internet
Seções de estudo
1 - Conceito e fundamentação
Antes de iniciar os estudos, observe a imagem a seguir e 
em seguida as considerações feitas sobre ela.
Figura 2.1 Imagem para refl exão.
Fonte: GOOGLE IMAGENS. Homepage. Disponível em: <http://www.google.com.
br>. Acesso em: 25 jan. 2013. 
O que você vê? Um pequeno gato que ao se olhar no espelho vê um 
leão? Acha que há algo de errado nisso?
Apesar de ser um gato pequeno, aparentemente frágil e 
indefeso, acredita ser um leão, forte e com garra. Por meio 
disso, quero levá-los a uma reflexão: a imagem não é nada, o 
importante é como nós a vemos.
Pois então, saiba que se você também se vê desta forma, 
tem tudo a se tornar um empreendedor de sucesso. 
Uma das principais características do empreendedor é a 
confiança que ele tem em si mesmo, acreditar que é capaz de 
ser, crescer, vencer, transformar-se, apesar de suas condições 
atuais, nem sempre favoráveis, e de todas as adversidades que 
venha a encontrar pela frente.
São várias as definições encontradas para o termo 
empreendedorismo e cada autor tenta definir à sua maneira. 
Dornelas (2001, p. 21) destaca a definição dada por Joseph 
Schumpter em 1949: “o empreendedor é aquele que destrói a 
ordem econômica existente pela introdução de novos produtos 
e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela 
exploração de novos recursos e materiais”.
O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, 
se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização 
(DORNELAS, 2001).
Para Fialho (2007), o que caracteriza o Empreendedor 
é o uso que este faz da inteligência astuciosa em suas 
particularidades.
Dolabela (1999), acredita que o empreendedor seja o 
“motor da economia”, um agente de mudanças.
Pode-se dizer ainda que é aquele que detecta uma 
oportunidade e cria um negócio, assumindo riscos calculados, 
seja na forma de gerenciar, vender, produzir, distribuir ou na 
forma de fazer a propaganda (marketing) da empresa.
Vejamos a seguir, mais algumas definições na concepção 
dos seguintes autores: 
• Robert Menezes - professor de 
Empreendedorismo da UFCG comenta: 
“Empreendedorismo é aprendizado pessoal, 
que impulsionado pela motivação, criatividade 
e iniciativa, busca a descoberta vocacional, a 
percepção de oportunidades e a construção de 
um projeto de vida ideal”.
• Robert Menezes disse que “Ser empreendedor 
é preparar-se emocionalmente para o cultivo 
de atitudes positivas no planejamento da 
vida. É buscar o equilíbrio nas realizações 
considerando as possibilidades de erros como 
um processo de aprendizado e melhoramento. 
Ser empreendedor é criar ambientes mentais 
criativos, transformando sonhos em riqueza.”
• Eder Luiz Bolson disse que “empreendedorismo 
é um movimento educacional que visa 
desenvolver pessoas dotadas de atitudes 
empreendedoras e mentes planejadoras”.
• Robert Menezes disse que “Empreendedorismo 
é a arte de fazer acontecer com motivação e 
criatividade”.
• Louis Jacques Fillion disse que o empreendedor 
é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza 
visões.
• Jeffry Timmons disse que o empreendedor é 
alguém capaz de identifi car, agarrar e aproveitar 
oportunidade, buscando e gerenciando recursos 
para transformar a oportunidade em negócio de 
sucesso.
• Hélio Nascimento defi ne o empreendedor 
como capaz de formar outro profi ssional 
melhor que ele.
• Marcelo Benvenuto defi ne o empreendedor 
como sendo aquele que detecta uma 
oportunidade e cria um negócio para capitalizar 
sobre ela, assumindo riscos calculados.
• George Bernard Shaw disse que “Alguns 
homens vêem as coisas como são, e perguntam: 
Por quê?. Eu sonho com as coisas que 
nunca existiram e pergunto: “Por que não?”. 
(WIKIPEDIA, 2013).
Apesar do empreendedor ser mais conhecido como 
sendo alguém que cria algo novo, também é considerado 
empreendedor aquele que inova em negócios já existentes.
Saber Mais
O empreendedor tem um novo olhar sobre o mundo à medida 
que presencia a evolução. Valoriza suas experiências, valoriza seu 
valor, tomando decisões e decisões acertadas. Abre novas trilhas, 
explora novos conhecimentos, defi ne objetivos e dá o primeiro passo 
(WIKIPÉDIA, 2013).
São pessoas diferenciadas, que possuem motivação 
singular, apaixonadas e centradas no que fazem e não 
se contentam em ser mais um na multidão, buscam 
reconhecimento e admiração, desejam ser referenciadas e 
imitadas. Requer devoção, comprometimento de tempo e 
esforços, de modo a fazer acontecer.
Empreendedorismo 14
Figura 2.2 Defi nição de empreendedor.
Fonte: BLOGSPOT ADM FUCAP 2009 1. Defi nição do empreendedor de sucesso. 
Disponível em: <http://admfucap20091.blogspot.com.br/2010/04/defi nicao-do-
empreendedor-de-sucesso.html>. Acesso em: 18 jan. 2013.
Dentro deste contexto, destaca-se ainda o empreendedor/
empregado, ou seja, aquele que introduz inovações em uma 
organização (intraempreendedor). Falaremos sobre ele mais 
adiante, na Aula 04.
Fazendo uma análise das definições apresentadas, percebe-se 
que em todas elas há pontos em comum. Podem ser detectados no 
mínimo os seguintes aspectos:
• iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz;
• utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, 
transformando o ambiente social e econômico onde vive;
• aceita assumir os riscos e a possibilidade de fracassar.
Dolabela (2009), destaca que não pode ser considerado 
empreendedor uma pessoa que, por exemplo, adquira uma 
Lembre-se de que em sites como Scielo, Google Acadêmico, entre 
outros, você pode encontrar sites com informações sobre os temas que 
estamos estudando nesta Seção da Aula. Assim, é importante que realize 
buscas, procure ler textos relacionados e amplie seu conhecimento em 
relação ao conteúdo. 
O hábito da pesquisa será fundamental para sua formação e para o dia 
a dia de sua profi ssão! 
2 - Processo empreendedor
O processo empreendedor inicia quando fatores 
externos, ambientais e sociais, aliados às aptidões pessoais do 
empreendedor surgem, possibilitando o início de um novo 
negócio. 
A figura 2.3 retrata os fatores que exercem influência no 
processo empreendedor:
Figura 2.3 Fatores ambientais e pessoais. 
Fonte: LYRIO, Maurício V. Leão. Apostila gestão: empreendedorismo (2008). Disponível em: <http://mauriciovll.fi les.wordpress.
com/2008/03/empreendedorismo_apostila.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2013
empresae não introduza nenhuma inovação (quer seja no produto/
serviço oferecido, quer na forma de vender, de produzir, quer 
seja na maneira de tratar os clientes). Somente gerenciar, não é ser 
empreendedor.
Em complemento ao parágrafo acima, destaca-se o que diz 
Koche, (2009, p. 14): “fazer o que todos fazem dificilmente irá lhe 
destacar, fazer diferente ou o mais difícil pode ser a chave do sucesso”.
O empreendedorismo busca a autorrealização e quem utiliza 
esse método de trabalho estimula o desenvolvimento como um todo. 
O processo empreendedor envolve todas as funções, 
atividades e ações associadas com a criação de novas empresas 
(ELSEVIER, 2013): 
• em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o 
processo de criação de algo novo, de valor;
• em segundo, requer a devoção, o comprometimento 
de tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer;
• em terceiro, que riscos calculados sejam assumidos e 
decisões críticas tomadas; é preciso ousadia e ânimo apesar 
de falhas e erros.
Quando o assunto é inovação, remete-se naturalmente 
ao termo inovação tecnológica como o principal diferencial 
de desenvolvimento econômico mundial, o qual depende de 
quatro fatores críticos, os quais nos possibilitam entender o 
processo empreendedor, são eles:
• Talento – Pessoas;
• Tecnologia – Ideias; 
• Capital – Recursos;
• Know-how – Conhecimento.
São esses quatro fatores acima, agrupados, que refletem 
nos negócios de sucesso.
O processo empreendedor é composto por fases, 
conforme listados a seguir e, em sequência, demonstrados na 
figura 2.4:
• identificar e avaliar a oportunidade;
• desenvolver o plano de negócios;
• determinar e captar os recursos necessários;
• gerenciar a empresa criada.
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3 - Oportunidades de negócios
E então? Entendeu de forma geral a ideia de processo empreendedor? 
Em caso de resposta afi rmativa: parabéns! Caso contrário, sugerimos a 
releitura da aula e a consulta às obras, periódicos e sites indicados ao 
fi nal desta Aula. Mas, ainda há muitos outros conhecimentos a serem 
construídos sobre o tema. 
Vamos em frente!
Figura 2.4 O processo empreendedor. 
Fonte: LYRIO, Maurício V. Leão. Apostila gestão: empreendedorismo (2008). Disponível em: <http://mauriciovll.fi les.wordpress.
com/2008/03/empreendedorismo_apostila.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2013.
A figura 2.4, nos remete ao seguinte aprendizado: não 
basta apenas abrir uma empresa. É preciso ir muito além, 
identificar as oportunidades de mercado, ou seja, oferecer algo 
que os clientes procuram. Para isso, o empreendedor, precisa 
adquirir habilidades, conhecimento, capacitação sobre a o 
ramo de negócio. Desenvolver o Plano de negócios, levantar 
recursos, buscar assessorias e por fim, o crucial, que consiste 
em gerenciar o negócio, fazer com que o mesmo “sobreviva”, 
se mantenha competitivo e rentável.
É importante ressaltar que as fases não precisam ser 
realizadas de forma sequencial, ou seja, nenhuma das fases 
precisa ser completamente concluída para que se inicie a 
próxima.
3.1 Ideia x oportunidade
Para Koche (2009), oportunidade de mercado pode ser 
um nicho não explorado ou que não está sendo explorado de 
forma correta. Oportunidade não deve ser confundida com ideia. 
Empreendedores sem sucesso confundem ideia com oportunidade. 
Figura 2.5 Uma grande ideia. 
Fonte: BLOG DOS EMPREENDEDORES. Dez passos para transformar uma ideia em 
negócio. Disponível em: <http://blogdosempreendedores.com.br/2011/05/26/dez-
passos-para-transformar-uma-ideia-em-negocio/>. Acesso em: 18 jan. 2013.
 As ideias geralmente são gerais e abstratas, enquanto que 
as oportunidades de negócio representam uma possibilidade 
concreta, uma porta aberta, voltada à realização na prática. No 
entanto, quando aproveitadas de forma criativa, as ideias se 
transformam em oportunidades.
Saber Mais
Para ir além do texto presente no material de estudo você pode 
ler o artigo Dez passos para transformar uma ideia em negócio, 
publicado no BLOG DOS EMPREENDEDORES. Disponível em: <http://
blogdosempreendedores.com.br/2011/05/26/dez-passos-para-
transformar-uma-ideia-em-negocio/>. Acesso em: 18 jan. 2013.
Segundo Filion e Dolabela (2000), é comum a descoberta 
de uma oportunidade de negócio surgir de uma ideia que a 
pessoa vai “amadurecendo” na tentativa de inseri-la no 
mercado. Muitas vezes a ideia pode ser o princípio de tudo, 
mas nem sempre ela gera uma boa oportunidade de negócio. 
Muitas, por falta de um objetivo, são descartadas antes mesmo 
de serem testadas. 
Para que ela realmente se concretize, se faz necessário 
que entre em campo outro atributo indispensável, a atitude. É 
preciso trabalhar essa ideia, amadurecê-la. 
De acordo com Baron e Shane (2007) apud Sebrae 
(2013), as ideias não surgem do nada e sim por meio de uma 
combinação de elementos já existentes - “o que é novo é a 
combinação - não os componentes que fazem parte dela”.
Atenção!!!
Para a maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem 
primeiro, por sorte ou acaso. 
Para os visionários (os empreendedores), as boas ideias são geradas 
daquilo que todos conseguem ver, mas não identifi caram algo 
prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e 
informação. 
Para Schumpeter (1949), o empreendedor é aquele que quebra a 
ordem corrente e inova, criando mercado com uma oportunidade 
identifi cada. 
Para Kirzner (1973), o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, 
encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos 
e turbulência, ou seja, identifi ca oportunidades na ordem presente. 
Empreendedorismo 16
Porém, ambos são enfáticos em afi rmar que o empreendedor é um 
exímio identifi cador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e 
atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando 
seu conhecimento aumenta (ELSEVIER, 2013). 
No entanto, para que uma ideia seja considerada uma 
oportunidade de negócio e resulte em um negócio de fato, 
além de ter algo diferente, deve corresponder às necessidades 
ainda não satisfeitas pelo mercado, atender às necessidades 
de pessoas, da cidade, da região, do país e, por que não, do 
mundo.
IDEIA
NECESSIDADE
DESEJO
OPORTUNIDADE
PÚBLICO-ALVO
MERCADO
Figura 2.6 Ideia versus oportunidade.
FONTE: BLOGSPOT JUNIARELLYAN. Ideia X oportunidade. Disponível em: <http://
juniarellyan.blogspot.com/search/label/oportunidade>. Acesso em: 18 jan. 2013.
Porém, é preciso ficar atento, de olhos bem abertos, 
pois ideias surgem a todo o momento, mas as oportunidades, 
geralmente são únicas. 
Figura 2.7 Aproveite as oportunidades.
Fonte: BLOGSPOT EVALDOCOSTA. Aproveite as oportunidades para revelar seu 
valor. Disponível em: <http://evaldocosta.blogspot.com.br/2012/02/aproveite-
as-oportunidades-para-revelar.html>. Acesso em: 19 jan. 2013.
Figura 2.7 Aproveite as oportunidades.
Para Refl etir
Segundo Maxwell Maltz: “as oportunidades são como o nascer do sol. 
Se você esperar demais, vai perdê-las”. Você concorda?
Finalmente, observa-se que saber identificar uma 
oportunidade é fundamental para os empreendedores. 
Nesse interim, empreender trata-se de uma tarefa 
arriscada, uma vez que se faz necessário ousar em um mercado 
que já é dominado por grandes empresas. Esta coragem 
se refere às características de pessoas que têm coragem de 
arriscar e força para continuar seguindo as desventuras de 
um mercado globalizado. “Um dos principais atributos 
do empreendedor é identificar oportunidades, agarrá-las e 
buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo” 
(DOLABELA, 1999, p.44).
Isso significa afirmar que a inovação é o instrumento 
específico do espírito empreendedor, ou ainda, um ato que 
contempla os recursos com a nova capacidade de criar riqueza. 
3.2 Necessidades
É fato inquestionável que o consumidor, seja uma pessoa 
ou uma empresa, compra produtos/serviços de forma a 
satisfazer suas necessidades, desde as mais básicas até as mais 
supérfluas. 
Assim sendo, é necessário ter conhecimento dos níveis 
de necessidades, desde as primáriasaté as de realização. Filion 
e Dolabela (2000) exemplificam o grau de necessidades, 
conforme mostra o quadro a seguir:
Necessidades Oportunidades
Primárias Alimentação, bebida, confecções, moradia.
Segurança Extintor de incêndio, iluminação, travas, serviços 
de vigilância.
Sociais Organização de eventos, impressos para os mais 
diversos fi ns.
Reconhecimento Joias, cosméticos, canetas de luxo, automóvel.
Realização Computador, máquinas e ferramentas.
Tabela 2.1 Grau de necessidades. 
FONTE: FILION, Louis Jacques; DOLABELA, Fernando. Boa ideia! E agora? São Paulo: 
Cultura, 2000.
Observe que alguns produtos podem corresponder a 
diferentes necessidades ao mesmo tempo, como exemplo, 
cita-se um computador, que serve para trabalhar, estudar e ao 
mesmo tempo representa status. 
Tendo em vista que todos têm necessidades é correto 
afirmar, de acordo com a pesquisa GEM, que a necessidade é 
um fator muito importante do ponto de vista do empreender. 
Aqui vale ressaltar que necessidade se diz respeito não só aos 
desejos do mercado consumidor, mas também a necessidade 
do empreendedor de ter um trabalho e sua fonte de renda. 
Quanto a isto, falaremos mais nas próximas aulas.
3.3 Tendências
Observar as tendências do ambiente é um modo de detectar 
oportunidades. Olhar para o futuro e prever as necessidades 
do ambiente, imaginar o que os clientes irão querer consumir 
daqui a alguns anos e o que fazer para satisfazê-los.
Para o empreendedor que deseja o sucesso e estar a frente 
da concorrência é necessário satisfazer os clientes da forma 
mais eficaz e inovadora possível, para isso é preciso estar 
bem preparados e portando a maior e melhor quantidade de 
conhecimento disponível.
3.2 Como avaliar uma oportunidade
Uma vez descoberta uma oportunidade de negócio, 
avalie-a. Para isso, o mais adequado é adotar o método 
FFOA (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), pois 
a partir desse método o empreendedor irá avaliar quais são 
suas forças e fraquezas, assim como as oportunidades de 
negócio e as ameaças que o ambiente representa para o futuro 
empreendimento.
É necessário também que o empreendedor seja um 
bom observador para ter a percepção do surgimento da 
oportunidade e não deixá-la passar. A capacidade de ter visão 
e perseguir oportunidades aprimora-se com o tempo, assim 
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chega-se ao feeling para as boas oportunidades.
Identificar e avaliar uma oportunidade são a parte mais 
difícil. Existe uma lenda segundo a qual a oportunidade é como 
um velho sábio barbudo, baixinho e careca, que passa ao seu 
lado. Normalmente você não o nota.
Quando percebe que ele pode ajudar você, tenta 
desesperadamente correr atrás do velho e, com as mãos, tenta 
tocá-lo na cabeça para abordá-lo. Mas quando finalmente você 
toca na cabeça do velho, ela está toda cheia de óleo e seus dedos 
escorregam, sem conseguir segurar o velho, que vai embora.
Quantas vezes você não sentiu que deixou o velho passar? 
Realmente não é fácil, mas os empreendedores de sucesso 
“agarram o velho” com as duas mãos logo no primeiro instante, 
usufruindo o máximo que podem de sua sabedoria. 
Mas como se distingue o velho sábio daquele que não traz 
algo de valor? Aí entra o talento, o conhecimento, a percepção 
e o feeling do empreendedor. Muitos dizem que isso ocorre por 
sorte. No entanto, muitos também dizem que sorte é o encontro 
da competência com a oportunidade! (ELSEVIER, 2013).
Figura 2.9 Boas ideias.
FONTE: EPAMA. Como identifi car boas oportunidades. Disponível em: <http://www.
epama.com.br/como-identifi car-boas-oportunidades>. Acesso em: 19 jan. 2013.
4 - Empreendedorismo e as novas 
oportunidades de negócios na 
internet
Curiosidade
Bill Gates, já dizia: “daqui a algum tempo, vão existir dois tipos de 
empresas: as que fazem negócios pela Internet e as que estão fora 
dos negócios”.
Saber Mais
O e-Commerce abrange todo o processo on-line de desenvolvimento, 
marketing, venda, entrega, atendimento e pagamento de produtos e 
serviços negociados com clientes, com o apoio de uma rede mundial de 
parceiros de negócios. 
Este tópico foi extraído de Dailton Felipini. Empreendedorismo: e as 
novas oportunidades de negócios trazidas pela internet. Disponível em: 
<http://e-commerce.org.br/empreendedorismo_web.pdf>. Acesso em: 
27 ago. 2009. 
A forma como as pessoas compram e realizam transações 
vem mudando nos últimos anos. Devido especialmente a 
comodidade, as pessoas estão comprando cada vez mais pela 
Internet, e isso significa uma excelente oportunidade para 
quem quer vender seu produto ou serviço e tem conhecimento 
e competência para fazê-lo. 
É muito mais fácil se estabelecer – e ser bem-sucedido 
– em um setor que está em amplo crescimento, do que em 
outro que está saturado, ou até mesmo em declínio. A Internet 
representa um novo e promissor campo de atuação para os 
empreendedores.
Como os negócios on-line são relativamente recentes, o 
conhecimento na área ainda é restrito a poucos. A Internet 
apresenta inúmeros nichos de mercado que podem se 
transformar em negócios bem-sucedidos se devidamente 
explorados.
Os números do e-commerce no Brasil são extremamente 
favoráveis. Em 2010, o faturamento dele no Brasil ultrapassou 
os R$ 13 bilhões. Não estão incluídas nessa estatística as vendas 
de automóveis, leilões e passagens aéreas. Esses números 
incluem apenas as lojas virtuais que vendem roupas, bebidas, 
remédios, livros, CDs, eletrodomésticos, eletrônicos entre 
outros. 
Esse número mostra uma forte tendência de crescimento, 
que pode ser visualizada claramente na figura 2.10, onde, o 
faturamento aumentou de 0,55 bilhões em 2001, para R$ 
13,60 bilhões em 2010.
eCommerce no Brasil - Faturamento Anual
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00 2001
0,55Bilhões 0,85 1,20 1,75 2,50 4,40 6,40 8,20 10,60 13,60
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Figura 2.10 Faturamento anual do e-commerce (em milhões).
Fonte: FELIPINI, Dailton. Dados da empresa eBit. Disponível em: <http://e-
commerce.org.br/empreendedorismo_web.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2009.
Cada vez mais empreendedores possuem conhecimento 
desse fato e estão investindo neste canal de comercialização, 
pois vender pela internet não é muito diferente de vender por 
meio de outro canal de comercialização. O fundamental é 
conhecer muito bem o seu produto e seus clientes.
Por essa importância da internet e do e-commerce que o 
momento é bem propício para o empreendedorismo, podendo 
até ser chamado de a era do empreendedorismo, porque é 
esse movimento econômico que está eliminando barreiras 
comerciais, culturais, encurtando distâncias, globalizando e 
renovando os conceitos econômicos, criando novas relações 
de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e 
gerando riqueza para a sociedade.
A chamada nova economia, 
a era da Internet, mostrou 
recentemente e ainda tem 
mostrado que boas ideias 
inovadoras, know-how, um bom 
planejamento e, especialmente, 
uma equipe competente e 
motivada são ingredientes 
poderosos que, quando somados 
no momento adequado, 
acrescidos do combustível 
Figura 2.11 Novas estratégias.
Fonte: NOPATIO. E-commerce é 
coisa do passado! Disponível em: 
<http://www.nopatio.com.br/
comportamento/e-commerce-e-
coisa-do-passado/>. Acesso em: 19 
jan. 2013.
Empreendedorismo 18
indispensável à criação de novos negócios – o capital – podem 
gerar negócios grandiosos em curto espaço de tempo. 
Para tanto, isso era algo inconcebível há alguns anos. O 
contexto atual é propício para o surgimento de um número 
cada vez maior de empreendedores, de acordo como mostra 
o artigo: O processo empreendedor, disponível em: <http://
www.elsevier.com.br/josedornelas/artigos_e_videos/
empreendedorismo_capitulo_2.pdf>. Acesso em: 19 jan. 
2013.
4.1 Lições de empreendedorismo
O palestrante Roberto Camargo, empresário e consultor 
com mais de 16 anos de experiência na área, no Seminário 
de Empreendedorismo na Era Digital, contou sua trajetória 
empreendedora e quais as lições tirou durante estecaminho, 
são elas:
Leitura complementar
“Como identifi car oportunidades de negócios na sua região
Você já parou para pensar na diferença entre entre ideias e 
oportunidades, de que uma ideia por si só não é sufi ciente para a 
criação de um negócio de sucesso e que os empreendedores devem 
sempre buscar a identifi cação de oportunidades. Mas como fazer 
isso? Quais os passos? Ou, qual o caminho das pedras?
Bem, em primeiro lugar você deve permitir que sua curiosidade 
fi que em evidência e estar atento(a) a tudo o que ocorre à sua volta, 
principalmente aos problemas do cotidiano que muitas pessoas 
reclamam a respeito, mas ninguém dá a devida atenção para resolvê-
los. O importante aqui é perceber que o problema deve ser coletivo, 
ou seja, que não se trate de algo especí fi co seu ou de poucas pessoas. 
Explico melhor: um problema só se transformará em oportunidade de 
negócios quando muitas pessoas sentirem seus efeitos…
Vamos citar um exemplo. Imagine que no seu bairro, nos fi nais de 
semana, muitas pessoas acordem um pouco mais tarde e queiram 
tomar café da manhã fora de casa, mas que não exista na região uma 
casa de café para suprir tal necessidade de forma completa, que se 
diferencie das padarias ou negócios similares que tentam atender 
esta demanda. Parece que você está identifi cando uma oportunidade 
aqui… Mas cuidado! Você deve sempre se certifi car de que as pessoas 
realmente têm esta necessidade ou vontade não atendida, ou ainda, 
que não estão satisfeitas com as ofertas existentes na região. Como? 
Faça uma pesquisa para saber das preferências das pessoas e 
identifi que o perfi l daqueles que têm este hábito. Procure saber que 
negócios já suprem ou tentam suprir esta necessidade e, Bingo, talvez 
você tenha encontrado, de fato, uma boa oportunidade de negócios.
Obviamente que antes de criar um negócio você deve fazer um estudo 
mais criterioso de investimento e retorno, de análise da concorrência 
e, principalmente, do mercado potencial. Mas o início de tudo se dá 
pela oportunidade identifi cada e, a partir daí , para uma análise mais 
detalhada. Nunca comece um negócio sem antes passar pelas fases 
de identifi cação da oportunidade e de planejamento e análise de 
viabilidade” (DORNELAS, 2006).
E então, entendeu direitinho o conteúdo? Ficou com 
alguma dúvida? Em caso afirmativo, acesse o ambiente virtual 
e utilize as ferramentas indicadas para interagir e sanar suas 
dúvidas. Participe! Você é o protagonista de sua aprendizagem!
Retomando a aula
Antes de encerrar a Aula 2, é importante que retomemos 
os conteúdos estudados:
 1 - Conceito e fundamentação
Iniciamos a Aula 2, compreendendo, na Seção 1, que 
o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem. 
Tivemos a oportunidade ainda de analisar algumas definições 
para o termo empreendedorismo.
2 - Processo empreendedor
Identificamos, na Seção 2, que o processo empreendedor 
iniciou-se quando fatores externos, ambientais e sociais, aliados 
às aptidões pessoais do empreendedor surgiram, possibilitando 
o início de um novo negócio.
3 - Oportunidades de Negócios
Já na Seção 3, entendemos os mecanismos da Ideia versus 
Oportunidade, bem como pudemos identificar como avaliar 
uma oportunidade. 
4 - Empreendedorismo e as novas oportunidades de 
Negócios na Internet
Para finalizar, acompanhamos, na Seção 4, as Lições de 
empreendedorismo de acordo com Roberto Camargo. 
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. São Paulo: 
Cultura, 1999.
______. Oficina do empreendedor. 6. ed. São Paulo: Cultura, 1999.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: 
transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
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