Prévia do material em texto
Matéria: Direito Tributário Professor: Cadu Carrilho C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 2 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Que bom!!! Estou muito feliz que você esteja tendo acesso a esse material. Sei que você não vai se arrepender por ter comprado esse curso. A jornada aqui pelas aulas será grande, mas proveitosa. Vamos trabalhar com um material teórico bem embasado, com muitos esquemas e vários exercícios. Já passei por todas as etapas de estudo de um concurseiro e sei bem como é essa sensação, mas sei também que todo esforço e dedicação serão recompensados. Estou aqui para te ajudar no que for precisar e principalmente no Direito Tributário. Existem diversas variáveis ao longo de uma preparação até a aprovação. Uma delas e que sempre me ajudou muito foi a fé. Então, não perca sua fé. Adentraremos nessa aula nas outras espécies tributárias: contribuição de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios. Assuntos de extrema importância para a prova. Abraço Cadu Carrilho “Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá - Salmos 37:5” Sumário 1 – Contribuição de Melhoria .......................................................................... 3 1.1- Cálculo da Contribuição de Melhoria .............................................................. 5 2 – Empréstimo Compulsório .......................................................................... 9 3 – Contribuições Especiais .......................................................................... 12 3.1- Contribuições Sociais ................................................................................. 15 3.1.1 – Contribuições para a Seguridade Social ................................................... 16 3.1.2 – Contribuições Sociais Gerais .................................................................. 19 3.2- Contribuições Interventivas ........................................................................ 22 3.3- Contribuições Corporativas......................................................................... 25 3.4- Contribuições Custeio Serviço de Iluminação Pública ..................................... 26 4 – Questões Comentadas ............................................................................ 28 5 – Lista de Exercícios .................................................................................. 54 6 – Gabarito .................................................................................................. 71 Aula – Contribuição de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 3 de 71 www.exponencialconcursos.com.br A contribuição de melhoria é uma das espécies tributárias prevista tanto na CF como no CTN. É um tipo de tributo muito pouco utilizado na prática, mas com importância para a prova. A contribuição de melhoria é um tributo que pode ser instituído por qualquer um dos entes, de acordo com as atribuições de cada um, surge para poder ressarcir o ente estatal de uma obra pública que esse ente tenha feito E, além disso, tenha ocorrido valorização dos imóveis em função dessa obra pública. Veja, são dois requisitos importantíssimos para caracterizar a contribuição, a obra pública e a valorização imobiliária. CF - Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. CTN - Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. ATENÇÃO!! Aqui há uma pegadinha muito comum!! O fato gerador da contribuição de melhoria NÃO é a obra pública, mas sim a sua consequência: a valorização imobiliária decorrente de obra pública. O fato gerador também NÃO é “a obra pública trazer qualquer benefício ou comodidade”, tem que haver um incremento no valor do imóvel para que seja legítima a cobrança da contribuição de melhoria! Fiquem ligados nisso: não basta que seja feita uma obra para que esteja constituída a obrigação tributária! Se a obra em questão não promover a valorização do imóvel, não haverá fato gerador de contribuição de melhoria. Importante destacar também que esse tributo não é cobrado para angariar recursos para a obra, mas sim cobrado após a obra, para fazer face ao custo que o ente estatal teve nessa obra. Perceba que, por se tratar de um tributo de competência comum, a contribuição de melhoria pode ser exigida por qualquer um dos entes políticos (U, E, DF, M), desde que o ente em questão tenha realizado uma obra pública da qual decorreu uma valorização imobiliária. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA FG = valorização imobiliária decorrente de obra pública Competência comum = U, E, DF, M 1 – Contribuição de Melhoria C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 4 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Além disso, tenha em mente que, segundo o STF, não se pode instituir taxa quando for cabível a criação de contribuição de melhoria (RE 121.617). A contribuição de melhoria é um tributo contraprestacional, baseado no princípio geral do direito de que ninguém deve enriquecer sem justa causa. Em consequência disso, tem-se que o Estado pode exigir por que gastou na obra e o contribuinte pode ser exigido, uma vez que obteve a valorização. Dentro da classificação, então, podemos dizer que se trata de um tributo vinculado. Exatamente em função da análise do enriquecimento sem causa, tanto do ponto de vista de quem teve o seu imóvel valorizado, como do ponto de vista do Estado, é que há estipulação de limites para essa exação. Existe um limite individual aplicado ao contribuinte de maneira que nenhum contribuinte pode pagar mais do que o valor que foi acrescido ao seu imóvel. Exemplo: um imóvel valorizou em função de uma obra na rua, esse imóvel valia R$100.000,00 e após a obra passou a valer R$ 120.000,00, fica estabelecido, portanto, que esse contribuinte não pode pagar mais do que R$ 20.000,00 de contribuição de melhoria. Deve ser respeitado também um limite total que é a despesa que o ente teve para realizar a obra. Veja bem, a cobrança não precisa atingir esse limite, pode ser menor, mas com certeza não pode passar. Estado não pode arrecadar mais do que gastou com a obra. Exemplo: O Município fez uma obra que gerou valorização imobiliária, gastou R$ 600.000,00 nessa obra, ao instituir a contribuição de melhoria não pode cobrar,somando o pagamento de todos os contribuintes, um valor maior do que esse que foi gasto, pode até arrecadar menos que isso, mais, nunca. Um detalhe sobre esses limites, eles não estão previstos na Constituição e sim no Código Tributário Nacional. O STF inclusive, sobre esse assunto, entende que obra de pavimentação nova, ou seja, novo asfalto e novas calçadas, de maneira que os imóveis do perímetro são valorizados enseja a cobrança da contribuição, no entanto, o simples recapeamento não pode ser cobrado contribuição. LIMITE INDIVIDUAL • Acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. LIMITE TOTAL • Despesa realizada pelo ente público com a obra. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 5 de 71 www.exponencialconcursos.com.br A jurisprudência tem se manifestado no sentido de que a diferença ente o valor do imóvel antes e depois da obra, ou seja, a valorização imobiliária pode ser usada como base de cálculo do tributo. Esse entendimento não se parece muito com o que está no CTN sobre cálculo do imposto, mas vale o comentário e o entendimento da diferença. O CTN diz que a lei vai estipular qual será o valor do custo que será financiado pela contribuição. A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição entre os imóveis situados na zona beneficiada, em função dos respectivos fatores individuais de valorização. Além disso, por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. Art. 82 - § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. Abaixo temos outros regramentos estabelecidos pelo CTN acerca da contribuição de melhoria. A contribuição, como tributo que é, só poderá ser cobrada após a lei instituidora. O CTN estabelece alguns parâmetros e requisitos que devem ser seguidos pelo legislador na elaboração dessa lei, são os requisitos mínimos para a instituição da contribuição de melhoria. Deve ser publicado um edital prévio com diversos elementos sobre a obra que será realizada. Os interessados poderão impugnar esse edital em 30 dias. Além disso, deve ser estabelecido um procedimento administrativo de julgamento dessas impugnações. Após esse trâmite pode ser feita a lei e a cobrança do tributo. Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: (esquema abaixo) II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. 1.1- Cálculo da Contribuição de Melhoria C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 6 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 1. (FCC/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2014) O Estado do Rio de Janeiro decidiu realizar obras públicas para conter as enchentes que assolavam um determinado município hipotético de seu território. Essas obras consistiam em elevar as margens do Rio que banhava esse município e incluíam, em decorrência disso, a abertura de vias públicas largas e modernas, recuperação da região degradada e, inclusive, a realização de obras de paisagismo. As obras públicas a serem realizadas foram orçadas em R$ 250 mil, valor esse a ser integralmente financiado por contribuição de melhoria. Estudos efetuados demonstraram que a zona a ser beneficiada pelas obras abrangeria cinco imóveis da região, sendo que a valorização média esperada desses imóveis seria de 20%. Com base nisso, o Estado promoveu o lançamento da contribuição de melhoria, cobrando, de cada um dos cinco imóveis localizados na região beneficiada, contribuição de melhoria equivalente a 20% do valor do imóvel, resultando na seguinte situação: A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: publicação prévia dos seguintes elementos: memorial descritivo do projeto orçamento do custo da obra determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição delimitação da zona beneficiada determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas fixação de prazo não inferior a 30 dias, p/ impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação, sem prejuízo da sua apreciação judicial Imóvel Valia (R$) Contribuição de Melhoria Cobrada (R$) Valorização efetiva, constatada em razão da obra I 100 mil 20 mil Não teve valorização alguma II 200 mil 40 mil Passou a valer 220 mil III 300 mil 60 mil Passou a valer 345 mil IV 400 mil 80 mil Passou a valer 480 mil V 500 mil 100 mil Passou a valer 625 mil C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 7 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Considerando as informações acima, é correto afirmar: a) Todos os cinco imóveis deveriam pagar contribuição de melhoria, pois as obras realizadas trouxeram vários tipos de benefícios à região, como, por exemplo, o fim das enchentes e o embelezamento da área. b) O Estado poderá cobrar contribuição de melhoria de todos os imóveis que se valorizam em decorrência da obra em questão, tendo como único valor máximo limite, para essa cobrança, o montante equivalente à valorização que cada imóvel sofreu em decorrência das obras realizadas. c) Embora os imóveis valorizados em decorrência da obra em questão tenham tido uma valorização média de 20%, o Estado poderá cobrar, de todos eles, linearmente, contribuição de melhoria calculada com base na aplicação do percentual de 18% sobre o valor do imóvel antes da realização da obra. d) Se o fator individual de valorização do imóvel II, apurado com base na legislação própria, fosse igual a 0,074 (ou 7,4%), a contribuição de melhoria relativa a esse imóvel poderia ser determinada e, posteriormente, lançada e cobrada, mediante o rateio do custo total da obra por esse fator individual de valorização (art. 82, § 1º, CTN). e) Considerando que avalorização do imóvel V (R$ 125 mil) é equivalente a 46,29% da soma total das valorizações individuais de cada imóvel (R$ 270 mil), o Estado poderá aplicar esse índice de 46,29% sobre o valor do imóvel antes da valorização, para fins de cálculo do valor da contribuição de melhoria por ele devida. Comentários: Antes de mais nada, não se assuste com o tamanho da questão! Apesar de imensa, vamos resolvê-la de forma rápida. A questão trata de Contribuição de Melhoria. Ela possui um fato gerador que exige primeiramente uma obra pública e depois uma valorização imobiliária decorrente dela. No caso de cobrança de contribuição de melhoria, devemos observar DOIS limites: 1º) O valor total cobrado dos contribuintes não pode ultrapassar o custo total da obra: R$ 250.000,00. Esse é o limite TOTAL. CUIDADO! A soma das valorizações dos imóveis é R$ 270.000,00. Entretanto o Estado gastou apenas R$ 250.000,00, então ele não pode arrecadar mais do que gastou, por isso o limite máximo é R$ 250.000,00. 2º) O valor cobrado separadamente de cada imóvel não pode exceder o montante da respectiva valorização. Por exemplo, no caso do imóvel II, não se pode exigir mais do que R$ 20.000,00. Esse é o limite INDIVIDUAL. CUIDADO! O enunciado fala da valorização média esperada dos imóveis, mas esse dado serve apenas para nos confundir, pois a tabela nos fornece já a valorização efetiva. Outra parte do enunciado fala das razões da obra e toda uma historinha só para fazer você perder tempo!! Fique ligado! C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 8 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Assim sendo, vamos ver quanto poderia ser cobrado de cada imóvel. I- Não poderia ser cobrado nada, pois ele não obteve valorização alguma. II- Poderia ser cobrado R$ 20.000,00, pois foi o quanto houve de valorização. III- Poderia ser cobrado R$ 45.000,00, pois foi o quanto se valorizou. IV- Poderia ser cobrado R$ 80.000,00, pois foi o quanto se valorizou. V- Poderia ser cobrado R$ 125.000,00, pois foi o quanto se valorizou. Vejamos agora ver se as cobranças foram realizadas de acordo com o permitido: I- Foi cobrado R$ 20.000,00 e não houve nenhuma valorização. II- Foi cobrado R$ 20.000,00 além do que era permitido. III- Foi cobrado R$ 15.000,00 além do que era permitido. IV- Foi cobrado o valor total permitido. V- Foi cobrado um valor abaixo do total permitido. Entretanto não está “errado” cobrar menos do que o valor da valorização. Se o Estado desejasse, ainda poderia cobrar mais R$ 25.000,00 deste contribuinte. Agora vamos para as alternativas: a) Errada – Conforme consta na tabela, o imóvel I não teve valorização alguma. Logo, ele não deve pagar contribuição de melhoria, então não são todos os imóveis que devem pagar. b) Errada – Não há um único máximo limite. Como vimos, há dois limites para a contribuição de melhoria: o valor do total da obra e o valor individual de valorização. c) Errada – A alternativa fala em cobrança antes da realização da obra. Mas o fato gerador, que é a valorização imobiliária, só ocorre após a realização da obra. Logo, não pode haver a cobrança do tributo antes da realização desta. d) Correta –A contribuição de cada imóvel deve ser de maneira proporcional a sua valorização. O imóvel II valorizou R$ 20.000 e a soma de todas as valorizações foi R$ 270.000, logo, a porcentagem que pode ser cobrada deste imóvel é de 20.000/270.000 = 7,4% de R$ 250.000,00 = R$ 18.500,00. e) Errada – Essa alternativa afirma que o Estado poderia realizar o cálculo da contribuição de melhoria aplicando o índice de 46,29% sobre o valor do imóvel V antes da valorização. Se calcularmos 46,29% do valor antes da valorização (R$ 500 mil), o valor da contribuição de melhoria esta seria de R$ 231.450,00. Esse valor extrapola limite individual para esse imóvel, que é de R$ 125.000,00. Gabarito 1: D C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 9 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Temos a sua previsão na CF e o CTN também tratou desse tributo. Muito importante conhecer os detalhes desse tributo. Vamos ver o que a CF estabeleceu sobre essa cobrança: CF - Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. O esquema acima contém a síntese do que costuma ser objeto de questões sobre empréstimos compulsórios. Diferentemente dos tributos que vimos até agora, a competência da instituição dos empréstimos compulsórios é exclusiva da União. Esse é um dos casos em que só se admite a Lei Complementar como instrumento normativo de instituição. Ou seja, não pode lei ordinária, nem medida provisória. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS Competência exclusiva da União Instituído somente por Lei Complementar Provisórios Lei instituidora deve determinar prazo de duração Restituíveis Lei instituidora deve determinar forma de devolução Recursos arrecadados vinculados com a despesa que fundamentou sua instituição. Princípio da Anterioridade Obedece Investimento público urgente e de relevante interesse nacional Exceção Guerra externa (ou sua iminência) Calamidade pública 2 – Empréstimo Compulsório C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 10 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Atenção a esse detalhe, os pressupostos constitucionais para a edição de medida provisória são a relevância e a urgência, o que pode trazer confusão, já que para os empréstimos compulsórias esses pressupostos também são observados. Fique atento, não pode instituir empréstimo compulsório por medida provisória. Trata-se de um empréstimo, quer dizer, um valor que a União “pega”, mas depois tem que devolver, não há, portanto, uma entrada definitiva nos cofres públicos, apesar disso, o STF entende que tem sim natureza tributária, em outras palavras, o fato ser restituível não lhe retira o caráter tributário. O CTN também prevê as mesmas regras que as da Constituição, só gostaria que você reparasse que Artigo 15, inciso III, não foi recepcionado pela CF, e não está em vigor. Outro detalhe, a lei que institui o empréstimo deve prever o prazo de duração do empréstimo e a forma de devolução desse valor. Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência; II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender comos recursos orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. O constituinte previu situações que, quando acontecem, autorizam a instituição do empréstimo, veja, bem, não são os fatos geradores do empréstimo, não faça essa confusão. Portanto, despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional são apenas situações em que pode ser instituído o empréstimo compulsório. Essas situações não são os fatos geradores do empréstimo compulsório! O fato gerador será estabelecido na Lei Complementar que instituir o Empréstimo Compulsório. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 11 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Em relação ao princípio da anterioridade, podemos afirmar que, o caso aparentemente menos emergencial que é o investimento público, deve respeitar a anterioridade, já os casos de despesa extraordinária não precisam respeitar o princípio de que o tributo só poderá ser cobrado no exercício seguinte ao do instituído e após 90 dias da sua lei. Um conceito doutrinário que é importante você conhecer é a definição de despesas extraordinárias. O caráter extraordinário refere-se a uma situação de uma anormalidade fática, não previsível, caracterizada pelo esgotamento dos fundos públicos. Ou seja, para instituição do empréstimo compulsório, é imprescindível a completa exauriência dos cofres estatais, consistindo no esgotamento dos fundos públicos inclusive o de contingência. Se houver fontes orçamentárias suficientes, não se justifica a cobrança do tributo. O empréstimo compulsório é um tributo de arrecadação vinculada, já que a própria Constituição estabelece aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição, de acordo com parágrafo único do Artigo 148. Outra pegadinha que as bancas podem fazer com você é falar em guerra civil. Fique ligado: não há previsão de empréstimo compulsório em caso de guerra civil/interna, apenas no caso de guerra externa. Por fim, o valor arrecadado pela União deve ser restituído aos contribuintes de acordo com os prazos e condições estabelecidos na lei. A lei deve també, obrigatoriamente, estipular o prazo do empréstimo. CTN - Art. 15 - Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. Situações ensejadoras do Empréstimo Compulsório Despesa Extraordinária calamidade pública guerra externa ou iminência Investimento Público caráter urgente relevante interesse nacional C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 12 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 2. (FGV/Pref. Niterói/Agente Fazendário/2015) É motivo que possibilite à União instituir empréstimo compulsório a necessidade de: a) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra interna; b) enfrentar conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo; c) atender a despesas ordinárias, decorrentes de guerra interna; d) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de conflito armado no interior do país. Comentários: Os motivos ensejadores do empréstimo compulsório são despesa extraordinária em função de guerra EXTERNA ou sua iminência ou investimento público de caráter urgente ou relevante interesse nacional. Guerra interna ou conflito armado no interior do país não são casos de empréstimo compulsório. Gabarito 2: D As contribuições especiais estão previstas na Constituição Federal nos Artigos 149 e 149-A. É mais um tipo de espécie tributária, subdividem-se em quatro tipos, de acordo com o STF e a doutrina. A principal divisão diz que temos as contribuições sociais, as contribuições interventivas, as contribuições corporativas e as contribuições para o custeio da iluminação pública. As contribuições sociais ainda se subdividem em contribuições da seguridade social e contribuições sociais gerais. Não se preocupe, vamos fazer vários esquemas e dar exemplos de cada uma para facilitar o entendimento. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III 3 – Contribuições Especiais C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 13 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Devido à extensão do assunto Contribuição Especiais, incluímos inicialmente um panorama geral para que você se situe ao longo do estudo: 1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 1.1 “As Contribuições da Seguridade Social”: a) Sobre os Empregadores ou Empresas (art. 195, I, CF): a1) Contribuição Social Patronal sobre a Folha de Pagamentos; a2) Contribuição Social sobre a receita ou faturamento: PIS/PASEP e COFINS; a3) Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL); b) Sobre os trabalhadores (art. 195, II, CF); c) Sobre os servidores públicos submetidos a regime próprio de previdência (CF, art. 40, caput e § 18; art. 149, § 1º) d) Sobre a receita de concurso de prognósticos (art. 195, III, CF); e) Sobre a importação de bens e serviços (art. 195, IV, CF); f) Contribuição Social residual para a seguridade social (art. 195, § 4º, CF). 1.2 “As Contribuições Sociais Gerais”: a) a contribuição para o Salário-educação (art. 212, § 5º, CF); b) as contribuições ao Sistema “S” (art. 240, CF). 2. CONTRIBUIÇÕES INTERVENTIVAS (CF, art. 149) 3. CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS (CF, art. 149) 4. CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA - COSIP (CF, art. 149-A) As contribuições especiais são, em regra, de competência da União, mas há exceção quanto a contribuição previdenciária dos servidores públicos dos outros entes, essas devem ser instituídas pelo próprio ente. Outra exceção é a COSIP que será de competência dos Municípios e do DF. As outras todas são de competência da União. Vamos chamar atenção a outros detalhes constitucionais previstos para as contribuições antes devermos cada contribuição especificamente. A CF estipulou três regrinhas que serão aplicadas apenas às contribuições sociais e às contribuições interventivas, são regras que não se aplicam as contribuições corporativas e nem a COSIP. As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. Exemplo: contribuinte vendeu produtos para o exterior em que caberia a incidência da contribuição, não poderá ser cobrada em função dessa imunidade tributária. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 14 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Essas contribuições incidirão sim sobre as importações de produtos estrangeiros ou serviços estrangeiros. As contribuições citadas poderão ser cobradas com dois tipos de alíquotas. Podem ter alíquotas ad valorem, tendo por base o valor de faturamento ou a receita. Ou pode ter alíquotas específicas, com base em unidade de medida. Art. 149 - § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. A constituição estipula para essas contribuições que a pessoa natural que for destinatária das operações de importação pode ser equiparada a pessoa jurídica, para que possam ser cobradas sobre essa pessoa física as contribuições decorrentes de importação. A lei deve também definir as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez, de maneira que não seja uma contribuição cumulativa, na verdade a CF diz que a lei fará essa previsão e não que deve ser assim. Art. 149 - § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços poderão ter alíquotas ad valorem específica C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 15 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 3. (CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2017) Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. Sobre as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, é INCORRETO afirmar que: a) Incidirão sobre a importação de serviços. b) Poderão ter alíquotas específicas, tendo por base a unidade de medida adotada. c) Incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros. d) Poderão ter alíquotas ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação e de exportação, o valor aduaneiro Comentário: Todas as alternativas estão de acordo com os dispositivos constitucionais do parágrafo 2º do Art. 149, menos a última alternativa que diz que a alíquota ad valorem pode ser usada na exportação. Gabarito 3: D As contribuições sociais são criadas para que o Poder Público ou entidades de utilidade pública utilizem seus recursos na efetivação dos direitos sociais, esses direitos estão previstos na própria Constituição no Artigo 6º. As contribuições sociais subdividem-se em duas espécies: seriam as contribuições sócias para a seguridade social e contribuições sociais gerais. A seguridade social consiste em assegurar direitos relativos à saúde, previdência e assistência social. As sociais gerais visam financiar outros direitos sociais pelo Poder Público ou da assistência social prestada por entidades privadas como os serviços do Sistema “S”. Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 3.1- Contribuições Sociais C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 16 de 71 www.exponencialconcursos.com.br As contribuições sociais constituem exceção ao princípio da anterioridade anual, o que significa dizer que as leis instituidoras ou que majoram esses tributos não precisam ser publicadas no exercício anterior para que possam ser exigidas, ou seja, podem ser cobradas essas contribuições no mesmo ano em que instituídas ou majoradas. No entanto, elas não podem ser cobradas de forma imediata, pois deve haver um interstício mínimo de 90 dias: anterioridade especial / mitigada / nonagesimal. Portanto, fique atento, não é uma regra que valha para todas as contribuições, mas apenas para as contribuições sociais, elas devem respeitar a anterioridade de 90 dias, mas não precisam respeitar a anterioridade anual. Art. 195 - § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b" (anterioridade anual). CUIDADO! Essa regra refere-se apenas às contribuições sociais e não a todas as contribuições especiais! 3.1.1 – Contribuições para a Seguridade Social As contribuições para a seguridade social estão elencadas no Artigo 195 da CF. A constituição atribui à União a competência para instituir contribuições para ajudar no financiamento da seguridade social. Pode ser instituída sobre o empregador em relação a folha de salários mensais, em relação a receita ou faturamento e em relação ao lucro da empresa. Há também contribuição sobre o trabalhador e demais segurados da previdência social. Essa aqui é dividida em regime geral da previdência social dos trabalhadores em geral da iniciativa privada e em regime próprio aplicável aos servidores públicos, cada ente institui seu sistema de previdência próprio. Temos ainda, contribuição dos concursos de prognósticos, chamadas loterias, e a contribuição sobre o importador. Contribuições Sociais Seguridade social destinadas a financiar, especificamente, direitos relativos à saúde, previdência e assistência social Gerais destinadas a financiar outros direitos sociais pelo Poder Público (ou entidades privadas de assistência social), como a contribuição do salário educação e as constribuições em favor dos serviços sociais autônomos (Senai/Sesi/Senac/Sesc) C óp ia r eg is tr ad a para J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 17 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Vamos falar um pouco sobre as contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei. Existe a contribuição sobre a folha de pagamentos, também chamada de contribuição patronal, é aquela que o empregador paga em relação ao salário de todos os funcionários. Existe ainda, a contribuição que incide sobre a receita ou faturamento da empresa, refere-se ao PIS/PASEP e à COFINS. Podemos falar também da contribuição aplicável às empresas sobre o lucro, chamada de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. (CSLL). Contribuição do trabalhador e demais seguradas é aquela que vem descontada no contracheque, geralmente 11% que serve para aposentadoria do empregado, é a contribuição ao regime geral de previdência social, essa contribuição é de competência da União. Contribuições Sociais para Seguridade Social Sobre empregadores ou empresas Sobre trabalhadores Sobre receitas de concursos de prognósticos Sobre importação de bens e serviços *Contribuição social residual C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 18 de 71 www.exponencialconcursos.com.br No entanto, em relação aos servidores públicos estatutários, são aplicadas essas contribuições para um regime próprio de previdência, esse regime é instituído por meio de lei do próprio ente em que o servidor trabalha, essa contribuição é de competência de cada ente específico. Essas contribuições dos entes estatais não podem ter alíquotas inferiores às alíquotas a dos servidores da União. Art. 149 - § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União Temos também a contribuição social sobre os concursos de prognósticos compreendendo os jogos, apostas e loterias permitidos pela legislação. E ainda, a contribuição social do importador de bens ou de serviços ou de quem a lei a ele equiparar, refere-se à PIS-Importação e à Cofins- Importação. Contribuições Sociais para Seguridade Social Sobre empregadores ou empresas (CF, art. 195, I) C.S. sobre a folha de pagamentos Refere-se à contribuição social patronal sobre a folha, a qual é paga pelo empregador C.S. sobre a receita ou faturamento Refere-se ao PIS/PASEP e à COFINS C.S. sobre o lucro Trata-se da CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Sobre trabalhadores (CF, art. 195, II) É a contribuição dos filiados ao Regime Geral de Previdência Social (os não concursados). Sobre os servidores públicos submetidos a regime próprio de previdência (CF, art. 40, caput e § 18; art. 149, § 1º) C.S. sobre os servidores públicos submetidos ao regime próprio de previdência social. Essa contribuição é instituída pela entidade política com a qual os servidores titulares de cargos efetivos estão vinculados estatutariamente (U, E, DF ou M) Conforme o § 1º do art. 149, a alíquota dessa contribuição não poderá ser INFERIOR àquela cobrada pela União, para a mesma situação, dos seus servidores titulares de cargos efetivos. Sobre receitas de concursos de prognósticos (CF, art. 195, III) Concursos de prognósticos compreendem os jogos, apostas e loterias permitidos pela legislação. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 19 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Sobre importação de bens e serviços (CF, art. 195, IV e art. 149, §2º, II) Refere-se a PIS-Importação e à Cofins-Importação. *Contribuição social residual (CF, art. 195, § 4º) Além das contribuições já discriminadas no texto constitucional, a União ainda possui a competência residual, que lhe autoriza a criação de novas contribuições por Lei Complementar. Por fim, em relação às contribuições sociais, temos a chamada contribuições sociais residuais. A União pode instituir também uma contribuição extra, chamada de contribuição social residual para também servir de financiamento da seguridade social. Essa nova contribuição só pode ser criada por meio de Lei Complementar. Essas deverão ser não-cumulativas, ou seja, não podem ir se acumulando ao longo da cadeia produtiva, é preciso que sejam compensadas em cada etapa. As residuais não podem ter base de cálculo ou fato gerador próprios de outras contribuições, mas podem sim ter a mesma base de cálculo de imposto. O STF chama essa contribuição residual de “outras contribuições sociais”. Art. 195 - § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. CUIDADO!! Uma contribuição social residual poderá ter fatos geradores ou bases de cálculos de impostos já previstos na CF/88, uma vez que não há proibição alguma para tanto. 3.1.2 – Contribuições Sociais Gerais As contribuições sociais gerais são as contribuições do salário-educação e as destinadas ao sistema de serviço social autônomo. Contribuições sociais residuais Só podem ser criadas pela União Criadas só por Lei Complementar Serão não- cumulativas Não podem ter FG ou BC próprios de outras contribuições Obedece aos princípio da anterioridade nonagesimal. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 20 de 71 www.exponencialconcursos.com.bra) Contribuição para o Salário-Educação (CF, art. 212, §5º): A contribuição social para o salário educação existe como uma fonte adicional para financiar a educação básica pública. Art. 212 - § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei Apesar de toda discussão sobre esse tipo de contribuição, o STF já se posicionou no sentido de que se trata sim de um tributo e que não é uma contribuição residual, por isso, não precisa ser instituída por lei complementar. Súmula 732 - É constitucional a cobrança da contribuição do salário- educação, seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei 9.424/1996. b) Contribuições destinadas aos Serviços Sociais Autônomos, o chamado Sistema “S” (SENAI, SESC, SESI, SENAT, SENAC, SENAR, SEST, entre outros) (art. 240, CF e art. 62 do ADCT): O serviço social autônomo é composto pessoas jurídicas de direito privado e que não integram a administração pública, mas que realizam atividades de interesse público, por isso, essas contribuições são destinadas a essas pessoas jurídicas. Exemplo clássico de parafiscalidade. Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical. ATENÇÃO: Conforme decisão do STF, embora o SEBRAE faça parte desse sistema S, a contribuição a ele devida não é uma contribuição social geral, mas uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). Contribuições Sociais Gerais Contribuição para o Salário- Educação Contribuições destinadas aos Serviços Sociais Autônomos, o chamado Sistema “S” C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 21 de 71 www.exponencialconcursos.com.br CUIDADO! Súmula 353 do STJ: “As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS.” Ou seja, o valor que a empresa paga de FGTS não é tributo, pois é um valor pago ao próprio trabalhador e não ao Poder Público. 4. (CESPE/TCE-PR/Auditor/2016) Município pode instituir contribuição previdenciária incidente sobre a remuneração dos servidores públicos municipais para custeio do regime próprio de previdência, devendo, entretanto, os trabalhadores temporários e comissionados contribuir para o RGPS. Comentário: O Município pode instituir contribuição social para a seguridade social com fins de financiar a previdência social do regime próprio dos servidores municipais efetivos, os temporários e comissionados devem contribuir com o regime geral da previdência social. Gabarito 4: Correta 5. (FCC/PGE-BA/Analista/2013) A Constituição Federal dispõe, acerca das Contribuições Sociais, que a) somente podem ser instituídas por lei complementar. b) têm por finalidade única custear a previdência social. c) a contribuição de intervenção no domínio econômico tem por fato gerador a regulação da economia e por finalidade gerar recursos para a seguridade social. d) a contribuição social do empregador não tem natureza tributária, sendo um encargo trabalhista de natureza salarial. e) a contribuição social para a seguridade social tem por finalidade gerar recursos para a saúde, previdência e assistência social, sendo tributo de receita vinculada. Comentários: a) Errada – As contribuições sociais podem ser instituídas por meio de lei ordinária, apenas a residual que deve ser por lei complementar. b) Errada – A contribuição social financia a seguridade social que se divide em saúde, previdência, e assistência social. c) Errada – Os recursos da CIDE não servem para custear a seguridade social e sim para custear as intervenções na economia no que tange à fiscalização e fomento de determinados setores da economia. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 22 de 71 www.exponencialconcursos.com.br d) Errada – A contribuição social do trabalhador está sim prevista entre as contribuições sociais e é considerada sim um tributo. e) Correta – A contribuição social para a seguridade social é de receita vinculada e financia a seguridade em seus três aspectos. Gabarito 5: E O objetivo desses tributos é custear as atividades de intervenção da União na economia e de influenciar o comportamento do mercado, já que o Poder Público é o agente normativo e regulador da atividade econômica, fiscalizando e fomentando a economia. Referem-se às contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE), as quais são exigidas normalmente do setor atingido pela intervenção. Entretanto, o STF admite que a cobrança recaia também sobre pessoas fora do setor objeto da intervenção. São exações extrafiscais já que tem a precípua função de intervir nas situações econômicas. E tem o condão também de aplicar os recursos advindos desse tributo como um reforço orçamentário a alguma situação econômica. Esse tipo de contribuição só poder instituída pela União em sua competência exclusiva, mediante lei ordinária ou mesmo medida provisória. Obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal e precisa respeitar também a anterioridade anual. Há exceção quanto aos princípios da legalidade e da anterioridade anual no que tange a redução e restabelecimento de alíquotas da CIDE-combustíveis. Contribuições interventivas Compete exclusivamente à União Pode ser instituída por meio de lei ordinária Obedece aos princípio da anterioridade nonagesimal e anual e da legalidade. Exceção: Redução e restabelecimento de alíquota da CIDE-combustíveis, quanto ao princípio da anterioridade anual e a ao da legalidade. 3.2- Contribuições Interventivas C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 23 de 71 www.exponencialconcursos.com.br A mais famosa delas e que tem previsão constitucional é CIDE- combustíveis é a única que possui regras contidas na CF (§ 4º do artigo 177). É a contribuição de intervenção no domínio econômico em relação às atividades de importação e comercialização de petróleo e seus derivados, de gás natural e seus derivados e de álcool combustíveis. Art. 177 - § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: A lei que instituir CIDE-combustíveis pode estabelecer alíquotas diferenciadas por produto e poderá ser reduzida e restabelecida por Ato do Poder Executivo, ou seja, caso de exceção à legalidade e exceção também à anterioridade anual. Não confunda essa situaçãocom majoração de alíquota. A majoração de alíquota não se submete a essas exceções, devendo ser feita por meio de lei, e devendo ainda respeitar os princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Exemplo: uma CIDE-combustível tem alíquota de 18%, o governo, no intuito de incentivar o consumo resolve diminuir essa alíquota para 12%, poderá fazer isso por meio de ato do Poder Executivo, não há que se falar em anterioridade na redução. Depois de um tempo, o governo resolve restabelecer a alíquota de 18%, poderá fazer isso por meio de ato do Poder Executivo, poderá ser cobrada no mesmo exercício, mas vai ter que respeitar os 90 dias. Se, no entanto, o governo quiser aumentar a alíquota para 21% deverá respeitar os princípios da legalidade e da anterioridade. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E CIDE não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços poderão ter alíquotas: ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro específica, tendo por base a unidade de medida adotada a lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 24 de 71 www.exponencialconcursos.com.br I - a alíquota da contribuição poderá ser: a) diferenciada por produto ou uso; b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; A CIDE-combustíveis deve ser instituídas com vinculação dos recursos arrecadados na forma descrita na Constituição. II - os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. 6. (FCC/TJ-CE/Juiz/2014) De acordo com a Constituição Federal, a alíquota da contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e de seus derivados, de gás natural e de seus derivados e de álcool combustível - CIDE-COMBUSTÍVEL - poderá ser a) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo da União, aplicando-se à tributação do gás natural e de seus derivados os princípios da legalidade, noventena e anterioridade. a alíquota da CIDE- combustíveis poderá ser: diferenciada por produto ou uso reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o princípio da legalidade; exceção à anterioridade anual os recursos arrecadados com a CIDE-combustíveis serão destinados: ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; ao financiamento de programas de infra- estrutura de transportes C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 25 de 71 www.exponencialconcursos.com.br b) aumentada e restabelecida por ato do Poder Legislativo da União, não se lhe aplicando o princípio da legalidade. c) reduzida e aumentada por ato do Poder Legislativo da União, não se lhe aplicando o princípio da noventena. d) reduzida e aumentada por ato dos Poderes Executivos dos Estados e do Distrito Federal, não se lhe aplicando o princípio da irretroatividade. e) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo da União, não se lhe aplicando o princípio da anterioridade. Comentários: As alíquotas da CIDE-combustíveis quando forem reduzidas podem ser restabelecidas ao valor anterior por ato do Poder Executivo da União, ensejando uma exceção ao princípio da legalidade e não precisam também, nesse restabelecimento, respeitar a anterioridade anual. Gabarito 6: E Referem-se às contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, também chamadas de parafiscais. São instituídas exclusivamente pela União, com o objetivo de custear atividades representativas de entidades que realizam fiscalizações e representam categorias profissionais ou econômicas, atuando de forma paralela ao Estado. Chamadas de contribuições aos conselhos de fiscalização profissional. Como exemplos dessas contribuições temos as Contribuições de Interesse dos Órgãos de Fiscalização do Exercício de Profissões Regulamentadas, como é o caso do CREA, CREF, CRM, e tantos outros. Essas entidades são autarquias da União. Os recursos advindos dessas contribuições vão para essas entidades. Nunca confunda essa contribuição corporativa com a contribuição sindical voluntária dos trabalhadores que se filiam a um sindicato, chamada de contribuição confederativa. Essa última é cobrada porque foi fixada pela assembleia geral do sindicato, portanto, não é tributo, diferentemente da contribuição corporativa que é um tipo de tributo. Súmula Vinculante 40 - A contribuição confederativa de que trata o art. 8º da CF, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Houve uma enorme discussão se a anualidade da OAB é ou não um caso tributário de contribuição corporativa, o STF entende que não é. Apesar de posicionamentos doutrinários divergentes nesse sentido. 3.3- Contribuições Corporativas C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 26 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Atenção: Até 2017 havia a contribuição sindical a ser paga pelos trabalhadores e pelos empregadores anualmente. Essa contribuição era compulsória, entendia-se pela classificação dessa contribuição como tributo, após a reforma trabalhista essa contribuição deixou de ser obrigatória. Várias ações foram parar no STF que se posicionou pela constitucionalidade da reforma. Conclusão essa contribuição não deve mais ser considerada tributo. O serviço de iluminação pública não é um tipo de serviço específico e divisível, pense nos postes que estão espalhados pela cidade, eles estão iluminando as ruas, mas não tem como especificar os usuários desse serviço, mesmo assim, muitos municípios criaram taxas com base nesse serviço. Os casos foram parar no STF que declarou inconstitucional essas taxas. Para não perder receita, os Municípios, com influência nas decisões do Congresso Nacional, conseguiram que fosse aprovada a Emenda Constitucional que institui uma nova espécie tributária, chamada de contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP). Essa contribuição deve respeitar os princípios constitucionais da legalidade e das duas anterioridades. Pode ser instituída pelos Municípios e pelo Distrito Federal em sua competência municipal. Art. 149-AOs Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. Contribuição Corporativa • É tributo • Instituída por lei • Obrigatória • Exemplo: contribuição dos orgãos de fiscalização. Contribuição Confederativa • Não é tributo • Fixada em assembléia • Voluntária • Filiados ao sindicato pagam mensalmente 3.4- Contribuições Custeio Serviço de Iluminação Pública C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 27 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Há autorização constitucional para que seja cobrada na fatura do consumo de energia elétrica, conferindo praticidade à administração tributária municipal. 7. (CESPE/Prefeitura Fortaleza/Procurador/2017) Os municípios e o DF têm competência para instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, tributo de caráter sui generis, diferente de imposto e de taxa. Comentários: A COSIP é considerada um tributo de caráter sui generis, mas é sim um tributo e pode ser instituída pelos Municípios e pelo DF no âmbito de sua competência municipal. Gabarito 7: Correta Com tudo que foi dito até aqui, encerramos a parte teórica sobre as espécies tributárias. Vamos exercitar bastante!!! Fique com Deus! C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 28 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 8. (FCC/SEGEP-MA/Técnico da Receita/2016) Relativamente às contribuições discriminadas na Constituição Federal, compete a) exclusivamente à União instituir contribuições sociais, que incidirão, inclusive, sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços. b) à União, aos Estados e aos Municípios instituir contribuições de interesse das categorias econômicas que atuam em seus respectivos territórios. c) exclusivamente à União instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário próprio. d) exclusivamente à União instituir contribuições de intervenção no domínio econômico, que incidirão, inclusive, sobre as receitas decorrentes de exportação. e) à União e aos Estados instituir contribuições de interesse das categorias profissionais que atuam em seus respectivos territórios. Comentários: a) Correta – A União tem competência exclusiva para instituir as contribuições sociais, essas contribuições incidem também sobre as importações de produtos e serviços estrangeiros. Atenção para a possibilidade de instituição de contribuições sociais dos servidores dos entes por cada ente da federação. Art. 149 - § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; b) Errada – As contribuições de interesse de categorias econômicas só podem ser instituídas pela União. c) Errada – A contribuição dos servidores da União realmente deve ser instituída pela própria União, sendo que cada ente pode instituir a sua contribuição em relação ao regime previdenciário próprio dos seus servidores. Parece que o examinador estava com a intenção de saber se o candidato conhece a possibilidade de instituição das contribuições dos servidores de cada ente, e com isso, a competência para esse tipo de contribuição não seria exclusiva e sim comum. Mas perceba que a questão, nesse aspecto, está mal formulada, já que em relação à contribuição dos servidores da União é ela mesma quem institui. Apesar dessas críticas, a questão não foi anulada, mesmo porque a letra a) está realmente mais correta, pois não dá margem a outra interpretação. 4 – Questões Comentadas C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 29 de 71 www.exponencialconcursos.com.br d) Errada – À União compete exclusivamente a instituição de CIDEs, porém essas não incidirão sobre as receitas de exportação. Art. 149 - § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; e) Errada – As contribuições corporativas só podem ser instituídas pela União. Gabarito 8: A 9. (FCC/SEGEP-MA/Técnico da Receita/2016) Um Município brasileiro criou, por meio de lei, uma determinada exação, a ser paga pelos habitantes daquele Município, em decorrência da realização de obra pública que culminou com o incremento do turismo na cidade e que também aumentou o faturamento do comércio da região. À luz das normas do Código Tributário Nacional e da Constituição Federal, interpretadas sistematicamente, essa exação a) denomina-se taxa e esse Município tem competência para instituí-lo. b) é inconstitucional. c) denomina-se contribuição social e esse Município tem competência para instituí-lo. d) denomina-se contribuição de melhoria e esse Município tem competência para instituí-lo. e) denomina-se imposto e esse Município tem competência para instituí-lo. Comentários: A obra pública por si só não deve ser utilizada como uma contraprestação estatal ensejadora de tributo, a não ser que dela decorra valorização imobiliária. No caso em tela não houve valorização imobiliária e sim incremento do turismo e melhora do comércio, são situações que não podem ser consideradas para instituição de contribuição de melhoria, por exemplo. Também não pode ser objeto de taxa, pois não há prestação de serviço público ou poder de polícia. Essa lei também não tem nada a ver com nenhum tipo de contribuição social dentre as possibilidades previstas na CF. Não há que se falar também em cobrança de imposto sobre essa situação. Já que esse tipo de tributo não se encaixa em nenhuma situação permitida pela CF, então, deve ser considerada inconstitucional. Gabarito 9: B C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 30 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 10. (FCC/Prefeitura de Teresina-PI/Auditor Fiscal/2016) Um Município brasileiro foi beneficiado com as seguintes obras, no exercício de 2015: I. Construção de uma fábrica de laticínios, por grupo econômico privado, cuja produção será destinada à exportação,e que acabou por gerar centenas de empregos para os munícipes, aumentando sensivelmente sua renda e valorizando os imóveis próximos à fábrica. II. Implantação de uma escola e de um posto de saúde em bairro da periferia, por iniciativa do governo estadual, as quais implicaram valorização dos imóveis localizados em sua proximidade. III. Construção de um porto fluvial pelo governo municipal, para escoar a produção de laticínios que serão produzidos no Município, o que acabou por valorizar os imóveis que circundam esse porto, em um raio de dois quilômetros. IV. Construção de uma balança rodoviária de cargas, em rodovia municipal, para evitar o trânsito de veículos com excesso de peso nos limites do Município. Em razão dos benefícios trazidos pela realização dessas obras, o referido Município, observada a disciplina legal estabelecida pelo Código Tributário Nacional a respeito da contribuição de melhoria, poderá lançar e cobrar esse tributo em relação a a) I e IV, apenas. b) II e III, apenas. c) III, apenas. d) I, II, III e IV. e) II, apenas. Comentários: I – Não - A obra em questão é privada, então, não incide contribuição de melhoria, pois essa só deve ocorrer em caso de obra pública. II – Não - A obra foi feita pelo Estado, então, é esse Estado quem tem que instituir e cobrar, se quiser, a contribuição de melhoria, o Município da questão não pode, portanto, lançar e cobrar essa contribuição. III – Sim - Obra pública feita pelo próprio ente que vai cobrar o tributo e essa obra fez valorizar imóveis. Esse é um caso em que pode haver a cobrança do tributo. IV – Não - Houve a obra público, mas nada foi dito sobre a valorização imobiliária, então, não dá para afirmar a possibilidade de instituição da contribuição de melhoria. Gabarito 10: C C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 31 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 11. (FCC/Prefeitura de Teresina-PI/Advogado/2016) Caso um determinado Município brasileiro decida instituir, em seu território, contribuições previstas na Constituição Federal, ele poderá fazê-lo em relação às contribuições a) para o custeio do regime previdenciário próprio dos servidores titulares de cargos efetivos desse Município, cobrada desses servidores e em benefício deles, bem como contribuições de interesse das categorias profissionais em atividade neste Município. b) para o custeio do serviço de iluminação pública, desde que o Estado em que se localiza esse Município não a tenha instituído, mas não poderá instituir contribuições de interesse das categorias econômicas em atuação neste Município. c) de intervenção no domínio econômico em âmbito municipal, bem como contribuições de melhoria, decorrentes de obras realizadas no Município. d) de melhoria, decorrentes de obras públicas realizadas pelo poder público municipal, mas não poderá instituir contribuições sociais de intervenção no domínio econômico, em âmbito Municipal. e) para o custeio do regime previdenciário dos servidores federais, estaduais e municipais, titulares de cargos efetivos e que atuem nas respectivas repartições públicas localizadas neste Município. Comentários: a) Errada – O Município tem competência para instituir contribuição previdenciárias de seus servidores em função do financiamento do regime previdenciário próprio. Município não tem competência para instituir contribuições corporativas, só a União pode fazer isso. b) Errada – Município pode sim instituir a COSIP, porém essa condicionante levantada pela questão não existe, além disso, o Município não pode instituir CIDE. c) Errada – Município não pode instituir CIDE, essa é de competência exclusiva da União. d) Correta – Município tem competência para instituir contribuição de melhoria decorrente de obras feitas pelo próprio Município e que tenham gerado valorização imobiliária e não pode instituir contribuição de intervenção no domínio econômico. e) Errada – O custei do regime de previdência dos servidores será instituído por cada ente. Não cabe ao Município instituir dos servidores federais, estaduais e nem de outros municípios. Gabarito 11: D C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 32 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 12. (FCC/ELETROBRAS/Administração/2016) De acordo com as disposições constitucionais e legais aplicáveis à espécie, a contribuição de melhoria a) não se insere na categoria de tributo, sendo equiparável à tarifa ou preço público, podendo ser instituída em função da disponibilização de utilidades públicas. b) somente pode ser instituída em situação de calamidade pública que exija auxílio impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis. c) é de competência exclusiva da União, constituindo instrumento de intervenção no domínio econômico, possuindo caráter progressivo. d) tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. e) pode ser instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Comentários: a) Errada – Contribuição de melhoria é sim uma espécie de tributo. Está prevista tanto na Constituição como no CTN. b) Errada – Essa alternativa parece um pouco com empréstimo compulsório e não com contribuição de melhoria, essa última só pode ser cobrada em função de obra pública feita pelo Poder Público. c) Errada – A contribuição de melhoria é de competência comum, ou seja, qualquer ente pode instituir, desde que tenha sido o que realizou a obra. d) Errada – O serviço público como fato gerador é típico das taxas e não das contribuições de melhoria. e) Correta – A contribuição de melhoria pode ser criada para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 33 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Gabarito 12: E 13. (FCC/Prefeitura de Campinas-SP/Procurador/2016) Em relação a Tributos, é correto afirmar: a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na formadas respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública. b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa discricionária. c) As taxas são tributos instituídos em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. d) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo relevante para qualificá-la a destinação legal do produto da sua arrecadação. e) A União, mediante medida provisória, poderá instituir empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. Comentários: a) Errada – Apenas os Municípios e do DF podem instituir COSIP. b) Errada – Tributo não é decorrente de sanção de ato ilícito. c) Correta – Taxas são tributos em que há uma contraprestação estatal, essa pode ser um serviço público específico e divisível ou pode ser uma contraprestação em razão do poder de polícia. d) Errada – É irrelevante para qualificar o tributo, de acordo com o CTN, a destinação legal do produto de sua arrecadação. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA FG = valorização imobiliária decorrente de obra pública Competência comum = U, E, DF, M C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 34 de 71 www.exponencialconcursos.com.br e) Errada – A União pode sim instituir empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. No entanto, muita atenção, não pode ser feito por medida provisória, só pode por meio de lei complementar. Gabarito 13: C 14. (FCC/MANAUSPREV/Procurador/2015) De acordo com o que estabelece o Código Tributário Nacional, a contribuição de melhoria é um tributo que pode ser cobrado a) em decorrência da valorização de imóvel de propriedade da pessoa jurídica de direito público que nele realizou benfeitorias. b) como consequência do aumento do faturamento dos estabelecimentos comerciais próximos ao local em que foi realizada a obra pública que atraiu a freguesia. c) como resultado da melhoria do fluxo viário de determinada região, em razão de obra pública realizada em suas cercanias. d) em decorrência da melhoria da qualidade de vida de uma região, com o consequente aumento do valor dos imóveis ali localizados, ocasionada pela remoção das indústrias poluentes daquela área. e) de sujeito passivo que teve seu imóvel valorizado em decorrência da realização de obra pública. Comentários: A contribuição de melhoria é tributo que pode ser cobrado quando um ente fizer obra pública e dessa obra resultar valorização imobiliária. Portanto, será cobrada do sujeito passivo que teve o seu imóvel valorizado em função da obra realizada. Encontramos a resposta adequada na letra e). As outras hipóteses previstas nessa questão não têm relação com a cobrança de contribuição de melhoria. Outros melhoramentos, como melhora no comércio, ou melhor fluxo viário, que ocorram na localidade em função da obra, não configuram cobrança da contribuição. Gabarito 14: E 15. (FCC/TCM-GO/Auditor Controle/2015) A Constituição Federal atribui competência à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Essas pessoas jurídicas de direito público também têm competência para instituir contribuições. De acordo com a Constituição Federal, os Municípios podem instituir contribuições C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 35 de 71 www.exponencialconcursos.com.br a) 1. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e 2. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis. b) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, 2. sociais e 3. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário. c) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, 2. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e 3. de intervenção no domínio econômico. d) 1. de intervenção no domínio econômico e 2. de interesse das categorias profissionais ou econômicas. e) 1. de intervenção no domínio econômico, 2. sociais e 3. de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Comentários: Os municípios podem instituir contribuições cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, assim como previsto na letra a). Não pode instituir contribuições sociais gerais, nem de intervenção no domínio econômico e muito menos de interesse de categorias profissionais ou econômicas. Gabarito 15: A 16. (FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015) Com base nas normas da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional, a contribuição de melhoria a) pode ser cobrada da União, em relação a terreno baldio de sua propriedade, por Município que tenha realizado obra pública da qual tenha resultado valorização do referido imóvel. b) é uma espécie de contribuição pertencente ao gênero das contribuições sociais. c) pode ser cobrada em razão de obra realizada em imóvel pertencente ao próprio ente tributante, no qual funciona repartição pública, e da qual tenha resultado valorização do imóvel. d) só pode ser cobrada pela União, a quem cabe instituir contribuições de todas as espécies. e) tem como limite total a despesa orçada para a obra pública a ser realizada. Comentários: Veremos mais à frente uma limitação ao poder de tributar que consiste em ser vedado aos entes cobrarem impostos um dos outros, ou seja, não há vedação C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 36 de 71 www.exponencialconcursos.com.br expressa para cobrança de outros tributos como a contribuição de melhoria de um ente por outro ente. Portanto, um município que faça uma obra pública e dessa obra decorre valorização imobiliária, pode cobrar contribuição de melhoria dos proprietários dos imóveis valorizados, ainda que esse donodo imóvel seja outro ente da federação como a União. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; Gabarito 16: A 17. (FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015) A Constituição Federal atribui competência a determinados entes federados para instituir contribuições de naturezas diversas. Desse modo, as contribuições a) para o custeio do serviço de iluminação pública poderão ser instituídas pelos Estados e pelo Distrito Federal. b) sociais serão instituídas preferencialmente pela União e, no caso de omissão, poderão sê-lo, subsidiariamente, por Estados e Municípios. c) de intervenção no domínio econômico serão instituídas pela União e, supletivamente, pelos Estados. d) para o custeio do regime previdenciário dos servidores públicos estatutários, em benefício desses servidores, poderão ser instituídas pelos Municípios. e) de interesse das categorias profissionais ou econômicas serão instituídas pela União, pelos Estados e pelos Municípios, nas suas respectivas áreas de atuação. Comentários: a) Errada – A COSIP só pode ser instituída pelos Municípios ou pelo DF no uso de sua competência municipal. b) Errada – As contribuições sociais, serão instituídas exclusivamente pela União, nos termos da própria constituição. No caso de omissão da União, ainda assim, não há permissão para instituição das contribuições sociais aos Estados e Municípios. Lembrando da única exceção que se refere ao regime previdenciário próprio de cada ente que é sim uma contribuição social. c) Errada – A CIDE é um tipo de contribuição que só pode ser instituída pela União, não pode os Estados instituírem CIDE, nem supletivamente. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 37 de 71 www.exponencialconcursos.com.br d) Correta – Os Municípios podem instituir contribuições para o custeio do regime previdenciário dos servidores públicos estatutários, em benefício desses servidores. e) Errada – As contribuições chamadas de corporativas só podem ser instituídas pela União. Gabarito 17: D 18. (FCC/TRT-3/Analista/2015) A Constituição Federal traz como regra- matriz de incidência a importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível e que pode ter alíquota diferenciada por produto ou uso; reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, além de receitas destinadas, dentre outros, “ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. Essa assertiva se refere a) a uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de competência exclusiva da União. b) ao imposto de importação incidente sobre combustíveis. c) ao imposto sobre circulação de mercadorias, quando tem por objeto combustíveis, ainda que provenientes do exterior. d) aos impostos de importação e de circulação de mercadorias, respectivamente, ambos de competência da União. e) à COFINS incidente sobre as operações com combustível, que é uma contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas. Comentários: O enunciado da questão versa sobre a CIDE-combustíveis de competência exclusiva da União, é um tipo constitucionalmente previsto de contribuição de intervenção no domínio econômico. Art. 177 - § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: I - a alíquota da contribuição poderá ser: a) diferenciada por produto ou uso; b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; Gabarito 18: A C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 38 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 19. (FCC/PGE-RN/Procurador/2014/ADAP.) De acordo com a Constituição Federal, é INCORRETO afirmar: a) As exigências aplicáveis à instituição de impostos não compreendidos na competência tributária da União também são aplicáveis à instituição de outras contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social além das previstas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição Federal. b) É possível a instituição de contribuição de melhoria relativa à valorização imobiliária decorrente de obra pública realizada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. c) A instituição de taxas por parte dos Estados pressupõe o exercício efetivo do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. d) Embora seja inconstitucional a cobrança de taxas de iluminação pública, por não se tratar de serviço específico e divisível, a Emenda Constitucional n° 39/2002, outorgou à União, Estados e Municípios a competência para a instituição de contribuição destinada ao custeio do serviço de iluminação pública. Comentários: a) Errada – A questão fala inicialmente sobre a possibilidade de instituição de imposto residual, e diz que as exigências para instituição do imposto residual são as mesmas para a instituição das contribuições residuais que aprendemos nessa aula. Essa afirmativa é verdadeira, tanto é que o próprio dispositivo que autoriza a instituição da contribuição residual diz que essa deve prestar obediência ao disposto no artigo 154, I que é o imposto residual. Art. 195 - § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. b) Errada – Todos os entes podem instituir contribuição de melhoria quando realizarem a obra pública. c) Errada – Essa está de acordo com a previsão para taxas que só podem ser instituídas em relação ao exercício regular do poder de polícia ou a prestação efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição d) Correta – A COSIP veio sim por meio de Emenda Constitucional, mas sua instituição só pode ser feita por Município ou por DF. Gabarito 19: D C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 39 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 20. (FCC/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2014) Na iminência ou no caso de guerra a) civil ou externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias dela decorrentes. b) civil ou externa, a União, os Estados e o Distrito Federal poderão instituir, por meio de lei complementar, tributos extraordinários compreendidos ou não em sua competênciatributária para atender a despesas extraordinárias, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. c) externa, a União, os Estados e o e o Distrito Federal, mediante lei ordinária poderão instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias dela decorrentes. d) externa ou convulsão social de natureza grave, a União poderá instituir, por meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. e) externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios, para atender a despesas extraordinárias dela decorrentes. Comentários: Conforme o art. 148 da CF, a competência para instituir empréstimos compulsórios é exclusiva da União e deve ser por meio de Lei Complementar. E os empréstimos compulsórios só podem ser instituídos em casos de: • guerra externa ou sua iminência (não inclui guerra civil); • calamidade pública; • investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Gabarito 20: E Situações ensejadoras do Empréstimo Compulsório Despesa Extraordinária calamidade pública guerra externa ou iminência Investimento Público caráter urgente relevante interesse nacional C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 40 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 21. (FCC/AL-PE/Analista/2014) São características inaplicáveis ao regime jurídico constitucional das contribuições de intervenção no domínio econômico, a) a instituição por meio de lei ordinária federal. b) a observância aos princípios de anterioridade anual e nonagesimal. c) a possibilidade de a lei ordinária que as instituir estipular prazos próprios referentes à prescrição e decadência tributárias. d) a instituição reservada à União. e) as receitas afetadas à destinação específica. Comentários: a) Errada – As contribuições de intervenção podem ser instituídas por meio de lei ordinária federal. b) Errada – As CIDEs se submetem aos princípios da anterioridade anual e da anterioridade de 90 dias. c) Correta – A própria Constituição estabelece que prazos prescricional e decadencial precisam ser estipulados por lei complementar, portanto, lei ordinária que institui CIDE Não pode estipular esse tipo de situação. Essa é a nossa resposta, já que o enunciado pediu a uma característica não aplicável ao caso. d) Errada – A União é um ente competente para instituir CIDE. e) Errada – É tributo de arrecadação vinculada, por isso as receitas provenientes dessa exação possuem sim destinação específica. Gabarito 21: C 22. (FCC/Prefeitura de Cuiabá-MT/Procurador/2014) Considere as seguintes afirmações: I. Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir contribuições de intervenção no domínio econômico, observados os princípios da legalidade e da anterioridade, como previsto na Constituição Federal. II. Tendo em vista a proximidade da Copa do Mundo e sendo Cuiabá uma das cidades-sede escolhidas para a realização de jogos do mundial, verificou-se a necessidade urgente de ampliação da sua rede de transporte de passageiros. Para fazer face aos custos deste investimento, considerado de caráter urgente, o Município de Cuiabá poderia, mediante lei complementar municipal, instituir empréstimo compulsório, desde que observado o princípio da anterioridade. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 41 de 71 www.exponencialconcursos.com.br III. A cobrança da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, passível de instituição pelo município de Cuiabá, pode ser feita na fatura de consumo de energia elétrica. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I e III. c) III. d) II. e) I. Comentários: I - Errada - Apenas a União tem competência para instituir as contribuições de intervenção no domínio econômico, essas contribuições devem respeitar o princípio da anterioridade anual e nonagesimal II – Errada - Município não pode instituir empréstimo compulsório, não há essa permissão constitucional, apenas União pode instituir esse tributo. III – Correta – A COSIP é um tipo de contribuição a ser instituída pelos Municípios e pode ser cobrada na fatura de energia elétrica. Gabarito 22: C 23. (FCC/TCE-PI/Assessor/2014) Um determinado município brasileiro, criado a partir do desmembramento territorial de outro município, depois de promover suas primeiras eleições municipais e eleger seus vereadores, reuniu- se em sessão na Câmara de Vereadores recém-criada, para deliberar a respeito dos principais assuntos de interesse do município. Como não poderia deixar de ser, as discussões preponderantes envolveram a instituição dos tributos de sua competência. I. O vereador “A” elaborou quatro projetos de lei ordinária, instituindo, respectivamente, o ISSQN, o ITBI, o ITCMD e o IPTU. II. O vereador “B” elaborou projeto de lei ordinária, instituindo a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública. III. O vereador “C” elaborou projeto de lei ordinária, instituindo contribuição de melhoria, decorrente de obra pública que, embora não tenha acarretado a valorização dos imóveis de uma determinada região do município, aumentou extraordinariamente a clientela dos comerciantes dessa região, chegando a triplicar o faturamento dessas empresas. IV. O vereador “D” elaborou projeto de lei ordinária, instituindo empréstimo compulsório com a finalidade de realizar investimento público de caráter urgente C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 42 de 71 www.exponencialconcursos.com.br e de relevante interesse municipal, sem observância do princípio da anterioridade. V. O vereador “E” elaborou projeto de lei ordinária, instituindo contribuição a ser cobrada dos servidores do município recém- criado, com a finalidade de custear, em benefício desses servidores, o regime previdenciário para titulares de cargos efetivos, com alíquota igual à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. Com base nas informações acima, e com fundamento na interpretação conjunta dos dispositivos da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que a) os quatro projetos de lei apresentados pelo vereador “A” poderão ser convertidos em lei, pois todos aqueles impostos são de competência municipal, mas o projeto de lei do vereador “B” não poderá, porque o custeio de serviço de iluminação pública deve ser feito mediante a instituição de taxa de competência estadual. b) o projeto de lei apresentado pelo vereador “C” poderá ser convertido em lei, porque a atividade comercial do seu estabelecimentofoi valorizada em decorrência da obra pública, enquanto o projeto de lei do vereador “D” só poderá ser convertido em lei, se for observado o princípio da anterioridade. c) o projeto de lei apresentado pelo vereador “E” poderá ser convertido em lei, porque essa contribuição pode efetivamente ser instituída pelos municípios, mas o projeto de lei do vereador “A”, que institui o ITCMD, não poderá, porque esse imposto não é de competência municipal. d) o projeto de lei apresentado pelo vereador “B” poderá ser convertido em lei, porque os municípios têm competência para instituir essa contribuição, mas o projeto de lei apresentado pelo vereador “C” não poderá ser convertido em lei, porque a contribuição de melhoria, diferentemente das demais contribuições previstas na Constituição Federal, deve ser instituída por decreto. e) o projeto de lei apresentado pelo vereador “D” só poderia ser convertido em lei, se ele houvesse apresentado projeto de lei complementar e observado o princípio da anterioridade, enquanto que o projeto de lei apresentado pelo vereador “E” só poderia ser convertido em lei, se a alíquota da contribuição a ser criada fosse inferior à alíquota da contribuição dos ser- vidores federais. Comentários: I – Dentre os quatro projetos do vereador “A”, apenas um deles não poderá ser convertido em lei. O projeto de lei que institui o IPTU, o ITBI e o ISS poderão virar lei, no entanto, o que cria o ITCMD não pode prevalecer, já que se trata de imposto de competência estadual. II - Projeto de lei do vereador “B” pode ser convertido em lei, já que a COSIP é um tributo de competência municipal. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 43 de 71 www.exponencialconcursos.com.br III - Projeto de lei do vereador “C” que visa instituir contribuição de melhoria não pode virar lei, já que não ocorreu um dos pressupostos essenciais que ensejam a cobrança da contribuição que é a valorização imobiliária. Melhorar a clientela dos comerciantes não pressupõe a instituição de contribuição de melhoria. IV - O vereador “D” fez um projeto de lei que não tem cabimento, já que o empréstimo compulsório é de competência exclusiva da União, município não pode instituir empréstimo compulsório. V - Essa intenção do vereador “E” é plenamente possível, já que há previsão constitucional para esse tipo de contribuição social previdenciária a ser cobrada dos servidores de cargos efetivos do município. Diante dessas considerações vamos analisar as alternativas: a) Errada –Como dito, um dos projetos do vereador “A” não poderá prevalecer, tal projeto do vereador “B” pode sim ser aprovado. b) Errada – o projeto do vereador “C” não deve prevalecer. c) Correta – De acordo com os comentários acima percebemos que essa é a nossa resposta. d) Errada – O projeto do vereador “B” pode sim virar lei e a justificativa para a não instituição do projeto do vereador “C” dessa alternativa não está correta, já que esse não é o motivo pelo qual a contribuição de melhoria não pode ser instituída. e) Errada – Não há necessidade para que o projeto do vereador “D” seja feito por lei complementar e, realmente, caso o projeto do vereador “E” tivesse alíquota de contribuição inferior a dos servidores federais o projeto não poderia prevalecer. Gabarito 23: C 24. (FCC/PGE-BA/Analista/2013) A contribuição social para a seguridade social se adequa às limitações constitucionais ao poder de tributar, previstas no Sistema Tributário Nacional, da seguinte forma: a) Não se submete à regra da anterioridade anual, mas só pode ser exigida noventa dias da data da publicação da lei que a houver instituído ou modificado. b) Não se submete à regra da legalidade, podendo ser instituída ou modificada por ato do Poder Executivo, hipótese em que não se submeterá também à regra da anterioridade anual. c) Deve obediência às regras da anterioridade anual e nonagesimal, bem assim à regra da legalidade, só podendo ser criada ou modificada por lei e exigida noventa dias após o exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 44 de 71 www.exponencialconcursos.com.br d) Deve obediência à regra da anterioridade anual, só podendo ser exigida no exercício financeiro àquele em que a lei instituidora ou modificadora foi publicada. e) Por não ter natureza tributária, não se submete às limitações constitucionais ao poder de tributar, razão pela qual pode ser criada e modificada por medida provisória. Comentários: a) Correta – Essa já é a nossa resposta. De fato, a contribuição social para a seguridade social é exceção ao princípio da anterioridade de exercício, mas se submete à anterioridade nonagesimal. b) Errada – A contribuição social para a seguridade social obedece ao princípio da legalidade. CUIDADO! Em virtude do art. 3º do CTN, nenhum tributo pode ser instituído/criado por ato do Poder Executivo! c) e d) Erradas – Como vimos nas letras A e B, a contribuição social para a seguridade social é exceção ao princípio da anterioridade de exercício, mas se submete à anterioridade nonagesimal e ao princípio da legalidade. e) Errada – A contribuição social para a seguridade social tem natureza tributária e se submete às limitações ao poder de tributar, com exceção do princípio da anterioridade anual. Gabarito 24: A 25. (FCC/PGE-BA/Analista/2013) Considerando as contribuições, é correto afirmar: a) É inconstitucional vincular o produto da arrecadação às contribuições sociais. b) É a destinação do produto da arrecadação que preserva a natureza constitucional das contribuições sociais. c) Contribuição social que tenha por fato gerador o lucro é inconstitucional, pois lucro está inserido no conceito de renda, fato gerador do imposto de renda. d) Só é possível existirem contribuições de intervenção no domínio econômico com finalidades distintas, se tiverem a mesma hipótese de incidência e base de cálculo. e) A contribuição de melhoria, enquanto contribuição social, deve necessariamente ter receita vinculada, qual seja, a obra pública que justificou sua instituição. Comentários: a) Errada – A contribuição social para a seguridade social é tributos em que sua arrecadação está destinada e vinculada a um fim específico. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 45 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: b) Correta – É exatamente essa destinação que mantém a constitucionalidade do tributo conhecido com contribuiçãosocial. c) Errada – Existe sim contribuição social sobre o lucro. d) Errada – A União pode instituir contribuições sócias residuais que não podem ter mesma hipótese de outra contribuição. e) Errada – Contribuição de melhoria não deve ser considerada uma contribuição social. Gabarito 25: B 26. (FCC/Prefeitura de São Paulo-SP/Auditor Fiscal/2012) A realização de obras públicas, que transformaram uma região anteriormente pantanosa em um belo e aprazível parque, ocasionou a valorização da maior parte dos imóveis localizados em suas proximidades, da seguinte maneira: - o imóvel "A", que valia R$ 4.000.000,00 antes das obras, teve fator de absorção do benefício de valorização de 200%, passando a valer R$ 12.000.000,00. - o imóvel "B", que valia R$ 3.000.000,00 antes das obras, teve fator de absorção do benefício da valorização de 100%, passando a valer R$ 6.000.000,00. - o imóvel "C", que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator de absorção do benefício da valorização de 50%, passando a valer R$ 3.000.000,00. - o imóvel "D" não teve valorização alguma em decorrência das obras realizadas. Obs.: Todos os quatro imóveis têm a mesma área de terreno e o que determinou a diferença nos fatores de absorção do benefício da valorização foram elementos alheios à dimensão do terreno. O custo total da obra foi orçado em R$ 6.000.000,00 e a referida contribuição deverá custeá-la integralmente. Com base nessas informações e considerando que o município em questão editou lei ordinária estabelecendo a cobrança de contribuição de melhoria para fazer face ao custo dessa obra, é correto afirmar que a) os proprietários dos imóveis "A", "B", "C" e "D" deverão pagar contribuição de melhoria, pois estão na zona beneficiada. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 46 de 71 www.exponencialconcursos.com.br b) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C" deverão pagar contribuição de melhoria, desde que a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores respectivos sejam estabelecidos por lei complementar. c) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C", que tiveram seus imóveis efetivamente valorizados com a obra, deverão ratear integralmente o valor de custo da obra, com base na área do terreno de cada um deles, cabendo a cada um o valor de R$ 2.000.000,00. d) a municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro proprietários, contribuição de melhoria em valor igual ao da valorização de seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel "A" pagar R$ 8.000.000,00, ao imóvel "B" pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel "C" pagar R$ 1.000.000,00 e não cabendo nada a "D", perfazendo um total de R$ 12.000.000,00. e) a municipalidade poderá exigir do proprietário do imóvel "C" contribuição de melhoria no valor de R$ 500.000,00, mesmo que seu imóvel tenha sido valorizado em R$ 1.000.000,00, desde que o limite total da exigência referente ao custo da obra não ultrapasse R$ 6.000.000,00. Comentários: Vejam que essa questão imensa é bastante semelhante à outra questão já apresentada durante a nossa aula. A cobrança da questão novamente é o cumprimento dos limites na cobrança da contribuição de melhoria. Relembrando, devemos observar DOIS limites: 1º) O valor total cobrado dos contribuintes não pode ultrapassar o custo total da obra: 6 milhões. Esse é o limite TOTAL. CUIDADO! A soma das valorizações dos imóveis é 12 milhões. Entretanto, o Estado gastou apenas 6 milhões, então ele não pode arrecadar mais do que gastou, por isso o limite máximo é 6 milhões. 2º) O valor cobrado separadamente de cada imóvel não pode exceder o montante da respectiva valorização. Por exemplo, no caso do imóvel II, não se pode exigir mais do que 3 milhões. Esse é o limite INDIVIDUAL. Assim, vamos às alternativas: a) Errada – Como o imóvel “D” não teve valorização em decorrência da obra, não ocorreu o fato gerador da contribuição de melhoria. b) Errada – Não há exigência de Lei Complementar para instituição de contribuição de melhoria. c) Errada – Essa alternativa contém dois erros: 1º) A valorização do imóvel C (limite individual) é de R$ 1 milhão, por isso não podem ser cobrados R$ 2 milhões; 2º) Área do terreno não é base de cálculo para contribuição de melhoria. O rateio do custo da obra é feito com base no fator individual de valorização de cada imóvel (art. 82, § 1º, CTN). C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 47 de 71 www.exponencialconcursos.com.br d) Errada – Nessa alternativa está sendo cobrado mais do que foi gasto com a obra, desrespeitando o limite global de R$ 6 milhões. e) Correta – Essa é a nossa resposta! Por eliminação chegaríamos novamente à resposta ganhando tempo precioso na hora da prova, mas vejamos como é feito o cálculo do rateio dos valores a serem pagos a título de contribuição de melhoria: O imóvel A valorizou 8 milhões e a soma de todas valorizações foi 12 milhões. Logo, a porcentagem que pode ser cobrada deste imóvel é de 8/12 do gasto total, o qual é de 6 milhões. Assim temos: (8/12)*6 milhões = 4 milhões. O imóvel B valorizou 3 milhões e a soma de todas valorizações foi 12 milhões. Logo, a porcentagem que pode ser cobrada deste imóvel é de 3/12 do gasto total, o qual é de 6 milhões. Assim temos: (3/12)*6 milhões = 1 milhão e meio. O imóvel C valorizou 1 milhão e a soma de todas valorizações foi 12 milhões. Logo, a porcentagem que pode ser cobrada deste imóvel é de 1/12 do gasto total, o qual é de 6 milhões. Assim temos: (1/12)*6 milhões = meio milhão Gabarito 26: E 27. (FCC/TCE-PR/Analista de Controle/2011) A contribuição de melhoria a) Tem por finalidade gerar receita para realização de obra pública que deverá ser concluída até o exercício financeiro seguinte ao da sua arrecadação. b) Tem como base de cálculo o acréscimo de valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado, que representa o limite individual para cobrança desse tributo. c) Tem por fato gerador serviço público ou obra pública que gere valorização imobiliária, tal qual o serviço de pavimentação asfáltica e o serviço de saneamento básico. d) Tem sua instituição por competência concorrente dos Estados, Distrito Federal e Municípios. e) Pode ser exigida antes, durante ou depois da realização da obra pública ou do serviço, por se tratar de um tributo de receita vinculada. Comentários: a) Errada – O fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização imobiliária decorrente de obra pública. Assim, o objetivo desse tributo é fazer retornar ao poder público o valor gasto com a obra, e não angariar valores para executá-la. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 48 de 71 www.exponencialconcursos.com.br b) Correta – Conforme o art. 81 do CTN, deve-se respeitar olimite individual de valorização para cada imóvel, admitindo-se que a base de cálculo seja o acréscimo resultante da obra. c) Errada – A contribuição de melhoria não tem como fato gerador serviços públicos; apenas valorização imobiliária decorrente de obras públicas. d) Errada – A competência para instituição da contribuição de melhoria é comum, podendo ser criada pela U, E, DF, M. e) Errada – Antes da obra não se pode aferir se houve valorização imobiliária, logo não há fato gerador para cobrança de contribuição de melhoria. Gabarito 27: B 28. (FCC/Prefeitura de Teresina-PI/Procurador/2010) NÃO é competência municipal a instituição de a) contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas. b) imposto sobre a transmissão de bens imóveis por ato inter vivos a título oneroso. c) imposto sobre a propriedade territorial urbana. d) contribuição social dos servidores municipais para custeio de regime previdenciário próprio. e) contribuição de melhoria. Comentários: O único tributo que não é de instituição dos Municípios, dentre as opções da questão, é a contribuição corporativa que tem a União como ente competente a instituir. O ITBI, o IPTU, a contribuição dos servidores e as contribuições de melhoria são tributos que podem ser instituídos pelos Municípios. Gabarito 28: A 29. (FCC/DPE-SP/Defensor/2010) Nos termos do artigo 148, inciso I da Constituição Federal, a União poderá, mediante lei complementar, instituir empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias, sem sujeição ao princípio da anterioridade tributária, anual e nonagesimal, em situação de a) relevante interesse nacional. b) investimento público de caráter urgente. c) ameaça de calamidade pública. d) temor de perturbação da ordem interna. e) iminência de guerra externa. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 49 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Comentários: Temos que entender que os empréstimos compulsórios podem ser instituídos em situações distintas, e existe diferença em relação à aplicação do princípio da anterioridade. O empréstimo compulsório que decorra de guerra externa ou sua eminência não precisa se sujeitar ao princípio da anterioridade. Gabarito 29: E 30. (FCC/AL-SP/Agente/2010) Alguns tributos só podem ser instituídos por lei complementar, por disposição constitucional expressa. Se enquadram nesta hipótese a) os impostos extraordinário e residual. b) a contribuição de intervenção no domínio econômico e o empréstimo compulsório. c) o imposto residual e o empréstimo compulsório. d) o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário. e) a contribuição social e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Comentários: A regra de instituição de tributos é por meio de lei ordinária, porém há 4 tributos que precisam de lei complementar. O Imposto sobre grandes fortunas, o empréstimo compulsório, o imposto residual e a contribuição residual. Gabarito 30: C 31. (FCC/SEFIN-RO/Auditor Fiscal/2010) Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que a) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser instituído por medida provisória em caso de investimento urgente. b) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal. c) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma atividade estatal. d) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra pública. e) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia atividade estatal, qual seja, obra pública. Comentários: C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 50 de 71 www.exponencialconcursos.com.br a) Errada – Empréstimo compulsório é de competência exclusiva da União, pois só ela pode instituir esse tributo. Só pode ser instituído por meio de lei complementar. Não pode por medida provisória. b) Errada – A COSIP é de competência dos Municípios. c) Errada – O imposto tem como fato gerador uma situação sem relação com alguma atividade estatal. d) Errada – Taxa tem por fato gerador serviço público ou poder de polícia. e) Correta – A obra pública realizada pelo ente pode ensejar cobrança do tributo contribuição de melhoria. Gabarito 31: E 32. (FCC/SEFAZ-SP/Agente Fiscal de Rendas/2009) Os Empréstimos Compulsórios a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade. b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso, a observância ao princípio da anterioridade. c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses entes políticos. d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas de sua criação. e) em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição. Comentários: C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 51 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Gabarito 32: A 33. (FCC/DPE-PA/Defensor/2009) Município institui contribuição de melhoria no valor de trezentos reais, para todos os contribuintes, em razão de obra pública de calçamento de vias públicas municipais realizada no exercício de 2008. Esta contribuição de melhoria é a) indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública. b) devida, por ter por fato gerador obra pública. c) devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras públicas que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa destes. d) indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da obra. e) indevida, porque obra de calçamento público não pode ser cobrada dos moradores. Comentários: A contribuição de melhoria só pode ser instituída se a obra pública gerar valorização imobiliária, e só pode ser cobrada dos contribuintes que foram beneficiados por essa obra, então, não pode cobrar esse tributo de todos os contribuintes. Por isso, essa contribuição de melhoria é indevida, porque não EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS Competência exclusiva da União Instituído somente por Lei Complementar ProvisóriosLei instituidora deve determinar prazo de duração Restituíveis Lei instituidora deve determinar forma de devolução Recursos arrecadados vinculados com a despesa que fundamentou sua instituição. Princípio da Anterioridade Obedece Investimento público urgente e de relevante interesse nacional Exceção Guerra externa (ou sua iminência) Calamidade pública C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 52 de 71 www.exponencialconcursos.com.br está sendo cobrada de maneira individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública. Gabarito 33: A 34. (FCC/TCE-AL/Procurador/2008) São tributos de competência da União, EXCETO a contribuição a) de melhoria. b) social para a seguridade social. c) para o custeio do serviço de energia elétrica. d) de intervenção no domínio econômico. e) de interesse de categorias profissionais. Comentários: A União pode instituir contribuição de melhoria, contribuição para o custeio da seguridade social, a de intervenção no domínio econômico e a contribuição de interesse de categorias profissionais. A União não pode instituir contribuição para o custeio do serviço de energia elétrica. Gabarito 34: C 35. (FCC/TCE-AL/Procurador/2008) O Governo Federal, pretendendo criar nova fonte de receita tributária, dentro do mesmo exercício financeiro, para cobrir despesa extraordinária decorrente de calamidade pública de âmbito nacional, devidamente reconhecida por decreto presidencial, deverá se valer da seguinte espécie tributária: a) contribuição social residual, mediante medida provisória. b) imposto extraordinário, mediante medida provisória. c) imposto residual, mediante medida provisória. d) contribuição de intervenção no domínio econômico, mediante decreto. e) empréstimo compulsório, mediante lei complementar. Comentários: A despesa extraordinária decorrente de calamidade pública é situação que enseja a criação de empréstimo compulsório a ser instituído por lei complementar. Gabarito 35: E C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 53 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 36. (FCC/TCE-SP/Auditor/2008) Os empréstimos compulsórios a) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal. b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de enxugamento da moeda em circulação na economia, desde que sejam restituídos no prazo de dois anos. c) são instituídos por Decreto, para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência. d) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os houver instituído em casos de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública ou guerra externa. e) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária, observando- se o princípio da anterioridade. Comentários: a) Errada – Estados e DF não podem instituir empréstimos compulsórios. b) Errada – Não há essa estipulação de enxugamento da moeda e nem prazo específico de dois anos. c) Errada – Decreto não pode instituir empréstimos compulsórios. d) Correta – Nos casos de despesa em função de guerra ou calamidade o empréstimo não precisa respeitar a anterioridade. e) Errada - Lei ordinária não pode criar. Gabarito 36: D Contemplada a resolução dos exercícios, despeço-me na paz de Jesus. Segue abaixo a lista dos exercícios vistos nessa aula. Abraço Cadu Carrilho C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 54 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 1. (FCC/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2014) O Estado do Rio de Janeiro decidiu realizar obras públicas para conter as enchentes que assolavam um determinado município hipotético de seu território. Essas obras consistiam em elevar as margens do Rio que banhava esse município e incluíam, em decorrência disso, a abertura de vias públicas largas e modernas, recuperação da região degradada e, inclusive, a realização de obras de paisagismo. As obras públicas a serem realizadas foram orçadas em R$ 250 mil, valor esse a ser integralmente financiado por contribuição de melhoria. Estudos efetuados demonstraram que a zona a ser beneficiada pelas obras abrangeria cinco imóveis da região, sendo que a valorização média esperada desses imóveis seria de 20%. Com base nisso, o Estado promoveu o lançamento da contribuição de melhoria, cobrando, de cada um dos cinco imóveis localizados na região beneficiada, contribuição de melhoria equivalente a 20% do valor do imóvel, resultando na seguinte situação: Considerando as informações acima, é correto afirmar: a) Todos os cinco imóveis deveriam pagar contribuição de melhoria, pois as obras realizadas trouxeram vários tipos de benefícios à região, como, por exemplo, o fim das enchentes e o embelezamento da área. b) O Estado poderá cobrar contribuição de melhoria de todos os imóveis que se valorizam em decorrência da obra em questão, tendo como único valor máximo limite, para essa cobrança, o montante equivalente à valorização que cada imóvel sofreu em decorrência das obras realizadas. c) Embora os imóveis valorizados em decorrência da obra em questão tenham tido uma valorização média de 20%, o Estado poderá cobrar, de todos eles, linearmente, contribuição de melhoria calculada com base na aplicação do percentual de 18% sobre o valor do imóvel antes da realização da obra. d) Se o fator individual de valorização do imóvel II, apurado com base na legislação própria, fosse igual a 0,074 (ou 7,4%), a contribuição de melhoria relativa a esse imóvel poderia ser determinada e, posteriormente, lançada e Imóvel Valia (R$) Contribuição de Melhoria Cobrada (R$) Valorização efetiva, constatada em razão da obra I 100 mil 20 mil Não teve valorização alguma II 200 mil 40 mil Passou a valer 220 mil III 300 mil 60 mil Passou a valer 345 mil IV 400 mil 80 mil Passou a valer 480 mil V 500 mil 100 mil Passou a valer 625 mil 5 – Lista de Exercícios C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 55 de 71 www.exponencialconcursos.com.br cobrada, mediante o rateio do custo total da obra por esse fator individual de valorização (art. 82, § 1º, CTN). e) Considerando que a valorização do imóvel V (R$ 125 mil) é equivalente a 46,29% da soma totaldas valorizações individuais de cada imóvel (R$ 270 mil), o Estado poderá aplicar esse índice de 46,29% sobre o valor do imóvel antes da valorização, para fins de cálculo do valor da contribuição de melhoria por ele devida. 2. (FGV/Prefeitura Niterói/Agente Fazendário/2015) É motivo que possibilite à União instituir empréstimo compulsório a necessidade de: a) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra interna; b) enfrentar conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo; c) atender a despesas ordinárias, decorrentes de guerra interna; d) realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; e) atender a despesas extraordinárias, decorrentes de conflito armado no interior do país. 3. (CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2017) Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. Sobre as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, é INCORRETO afirmar que: a) Incidirão sobre a importação de serviços. b) Poderão ter alíquotas específicas, tendo por base a unidade de medida adotada. c) Incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros. d) Poderão ter alíquotas ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação e de exportação, o valor aduaneiro 4. (CESPE/TCE-PR/Auditor/2016) Município pode instituir contribuição previdenciária incidente sobre a remuneração dos servidores públicos municipais para custeio do regime próprio de previdência, devendo, entretanto, os trabalhadores temporários e comissionados contribuir para o RGPS. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 56 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 5. (FCC/PGE-BA/Analista/2013) A Constituição Federal dispõe, acerca das Contribuições Sociais, que a) somente podem ser instituídas por lei complementar. b) têm por finalidade única custear a previdência social. c) a contribuição de intervenção no domínio econômico tem por fato gerador a regulação da economia e por finalidade gerar recursos para a seguridade social. d) a contribuição social do empregador não tem natureza tributária, sendo um encargo trabalhista de natureza salarial. e) a contribuição social para a seguridade social tem por finalidade gerar recursos para a saúde, previdência e assistência social, sendo tributo de receita vinculada. 6. (FCC/TJ-CE/Juiz/2014) De acordo com a Constituição Federal, a alíquota da contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e de seus derivados, de gás natural e de seus derivados e de álcool combustível - CIDE- COMBUSTÍVEL - poderá ser a) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo da União, aplicando-se à tributação do gás natural e de seus derivados os princípios da legalidade, noventena e anterioridade. b) aumentada e restabelecida por ato do Poder Legislativo da União, não se lhe aplicando o princípio da legalidade. c) reduzida e aumentada por ato do Poder Legislativo da União, não se lhe aplicando o princípio da noventena. d) reduzida e aumentada por ato dos Poderes Executivos dos Estados e do Distrito Federal, não se lhe aplicando o princípio da irretroatividade. e) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo da União, não se lhe aplicando o princípio da anterioridade. 7. (CESPE/Prefeitura Fortaleza/Procurador/2017) Os municípios e o DF têm competência para instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, tributo de caráter sui generis, diferente de imposto e de taxa. 8. (FCC/SEGEP-MA/Técnico da Receita/2016) Relativamente às contribuições discriminadas na Constituição Federal, compete C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 57 de 71 www.exponencialconcursos.com.br a) exclusivamente à União instituir contribuições sociais, que incidirão, inclusive, sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços. b) à União, aos Estados e aos Municípios instituir contribuições de interesse das categorias econômicas que atuam em seus respectivos territórios. c) exclusivamente à União instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário próprio. d) exclusivamente à União instituir contribuições de intervenção no domínio econômico, que incidirão, inclusive, sobre as receitas decorrentes de exportação. e) à União e aos Estados instituir contribuições de interesse das categorias profissionais que atuam em seus respectivos territórios. 9. (FCC/SEGEP-MA/Técnico da Receita/2016) Um Município brasileiro criou, por meio de lei, uma determinada exação, a ser paga pelos habitantes daquele Município, em decorrência da realização de obra pública que culminou com o incremento do turismo na cidade e que também aumentou o faturamento do comércio da região. À luz das normas do Código Tributário Nacional e da Constituição Federal, interpretadas sistematicamente, essa exação a) denomina-se taxa e esse Município tem competência para instituí-lo. b) é inconstitucional. c) denomina-se contribuição social e esse Município tem competência para instituí-lo. d) denomina-se contribuição de melhoria e esse Município tem competência para instituí-lo. e) denomina-se imposto e esse Município tem competência para instituí-lo. 10. (FCC/Prefeitura de Teresina-PI/Auditor Fiscal/2016) Um Município brasileiro foi beneficiado com as seguintes obras, no exercício de 2015: I. Construção de uma fábrica de laticínios, por grupo econômico privado, cuja produção será destinada à exportação, e que acabou por gerar centenas de empregos para os munícipes, aumentando sensivelmente sua renda e valorizando os imóveis próximos à fábrica. II. Implantação de uma escola e de um posto de saúde em bairro da periferia, por iniciativa do governo estadual, as quais implicaram valorização dos imóveis localizados em sua proximidade. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 58 de 71 www.exponencialconcursos.com.br III. Construção de um porto fluvial pelo governo municipal, para escoar a produção de laticínios que serão produzidos no Município, o que acabou por valorizar os imóveis que circundam esse porto, em um raio de dois quilômetros. IV. Construção de uma balança rodoviária de cargas, em rodovia municipal, para evitar o trânsito de veículos com excesso de peso nos limites do Município. Em razão dos benefícios trazidos pela realização dessas obras, o referido Município, observada a disciplina legal estabelecida pelo CódigoTributário Nacional a respeito da contribuição de melhoria, poderá lançar e cobrar esse tributo em relação a a) I e IV, apenas. b) II e III, apenas. c) III, apenas. d) I, II, III e IV. e) II, apenas. 11. (FCC/Prefeitura de Teresina-PI/Advogado/2016) Caso um determinado Município brasileiro decida instituir, em seu território, contribuições previstas na Constituição Federal, ele poderá fazê-lo em relação às contribuições a) para o custeio do regime previdenciário próprio dos servidores titulares de cargos efetivos desse Município, cobrada desses servidores e em benefício deles, bem como contribuições de interesse das categorias profissionais em atividade neste Município. b) para o custeio do serviço de iluminação pública, desde que o Estado em que se localiza esse Município não a tenha instituído, mas não poderá instituir contribuições de interesse das categorias econômicas em atuação neste Município. c) de intervenção no domínio econômico em âmbito municipal, bem como contribuições de melhoria, decorrentes de obras realizadas no Município. d) de melhoria, decorrentes de obras públicas realizadas pelo poder público municipal, mas não poderá instituir contribuições sociais de intervenção no domínio econômico, em âmbito Municipal. e) para o custeio do regime previdenciário dos servidores federais, estaduais e municipais, titulares de cargos efetivos e que atuem nas respectivas repartições públicas localizadas neste Município. 12. (FCC/ELETROBRAS/Administração/2016) De acordo com as disposições constitucionais e legais aplicáveis à espécie, a contribuição de melhoria C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 59 de 71 www.exponencialconcursos.com.br a) não se insere na categoria de tributo, sendo equiparável à tarifa ou preço público, podendo ser instituída em função da disponibilização de utilidades públicas. b) somente pode ser instituída em situação de calamidade pública que exija auxílio impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis. c) é de competência exclusiva da União, constituindo instrumento de intervenção no domínio econômico, possuindo caráter progressivo. d) tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. e) pode ser instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 13. (FCC/Prefeitura de Campinas-SP/Procurador/2016) Em relação a Tributos, é correto afirmar: a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública. b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa discricionária. c) As taxas são tributos instituídos em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. d) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo relevante para qualificá-la a destinação legal do produto da sua arrecadação. e) A União, mediante medida provisória, poderá instituir empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. 14. (FCC/MANAUSPREV/Procurador/2015) De acordo com o que estabelece o Código Tributário Nacional, a contribuição de melhoria é um tributo que pode ser cobrado a) em decorrência da valorização de imóvel de propriedade da pessoa jurídica de direito público que nele realizou benfeitorias. b) como consequência do aumento do faturamento dos estabelecimentos comerciais próximos ao local em que foi realizada a obra pública que atraiu a freguesia. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 60 de 71 www.exponencialconcursos.com.br c) como resultado da melhoria do fluxo viário de determinada região, em razão de obra pública realizada em suas cercanias. d) em decorrência da melhoria da qualidade de vida de uma região, com o consequente aumento do valor dos imóveis ali localizados, ocasionada pela remoção das indústrias poluentes daquela área. e) de sujeito passivo que teve seu imóvel valorizado em decorrência da realização de obra pública. 15. (FCC/TCM-GO/Auditor Controle/2015) A Constituição Federal atribui competência à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Essas pessoas jurídicas de direito público também têm competência para instituir contribuições. De acordo com a Constituição Federal, os Municípios podem instituir contribuições a) 1. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e 2. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis. b) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, 2. sociais e 3. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário. c) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, 2. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e 3. de intervenção no domínio econômico. d) 1. de intervenção no domínio econômico e 2. de interesse das categorias profissionais ou econômicas. e) 1. de intervenção no domínio econômico, 2. sociais e 3. de interesse das categorias profissionais ou econômicas. 16. (FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015) Com base nas normas da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional, a contribuição de melhoria a) pode ser cobrada da União, em relação a terreno baldio de sua propriedade, por Município que tenha realizado obra pública da qual tenha resultado valorização do referido imóvel. b) é uma espécie de contribuição pertencente ao gênero das contribuições sociais. c) pode ser cobrada em razão de obra realizada em imóvel pertencente ao próprio ente tributante, no qual funciona repartição pública, e da qual tenha resultado valorização do imóvel. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 61 de 71 www.exponencialconcursos.com.br d) só pode ser cobrada pela União, a quem cabe instituir contribuições de todas as espécies. e) tem como limite total a despesa orçada para a obra pública a serrealizada. 17. (FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015) A Constituição Federal atribui competência a determinados entes federados para instituir contribuições de naturezas diversas. Desse modo, as contribuições a) para o custeio do serviço de iluminação pública poderão ser instituídas pelos Estados e pelo Distrito Federal. b) sociais serão instituídas preferencialmente pela União e, no caso de omissão, poderão sê-lo, subsidiariamente, por Estados e Municípios. c) de intervenção no domínio econômico serão instituídas pela União e, supletivamente, pelos Estados. d) para o custeio do regime previdenciário dos servidores públicos estatutários, em benefício desses servidores, poderão ser instituídas pelos Municípios. e) de interesse das categorias profissionais ou econômicas serão instituídas pela União, pelos Estados e pelos Municípios, nas suas respectivas áreas de atuação. 18. (FCC/TRT-3/Analista/2015) A Constituição Federal traz como regra- matriz de incidência a importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível e que pode ter alíquota diferenciada por produto ou uso; reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, além de receitas destinadas, dentre outros, “ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. Essa assertiva se refere a) a uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de competência exclusiva da União. b) ao imposto de importação incidente sobre combustíveis. c) ao imposto sobre circulação de mercadorias, quando tem por objeto combustíveis, ainda que provenientes do exterior. d) aos impostos de importação e de circulação de mercadorias, respectivamente, ambos de competência da União. e) à COFINS incidente sobre as operações com combustível, que é uma contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 62 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 19. (FCC/PGE-RN/Procurador/2014/ADAP.) De acordo com a Constituição Federal, é INCORRETO afirmar: a) As exigências aplicáveis à instituição de impostos não compreendidos na competência tributária da União também são aplicáveis à instituição de outras contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social além das previstas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição Federal. b) É possível a instituição de contribuição de melhoria relativa à valorização imobiliária decorrente de obra pública realizada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. c) A instituição de taxas por parte dos Estados pressupõe o exercício efetivo do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. d) Embora seja inconstitucional a cobrança de taxas de iluminação pública, por não se tratar de serviço específico e divisível, a Emenda Constitucional n° 39/2002, outorgou à União, Estados e Municípios a competência para a instituição de contribuição destinada ao custeio do serviço de iluminação pública. 20. (FCC/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2014) Na iminência ou no caso de guerra a) civil ou externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias dela decorrentes. b) civil ou externa, a União, os Estados e o Distrito Federal poderão instituir, por meio de lei complementar, tributos extraordinários compreendidos ou não em sua competência tributária para atender a despesas extraordinárias, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. c) externa, a União, os Estados e o e o Distrito Federal, mediante lei ordinária poderão instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias dela decorrentes. d) externa ou convulsão social de natureza grave, a União poderá instituir, por meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. e) externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios, para atender a despesas extraordinárias dela decorrentes. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 63 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 21. (FCC/AL-PE/Analista/2014) São características inaplicáveis ao regime jurídico constitucional das contribuições de intervenção no domínio econômico, a) a instituição por meio de lei ordinária federal. b) a observância aos princípios de anterioridade anual e nonagesimal. c) a possibilidade de a lei ordinária que as instituir estipular prazos próprios referentes à prescrição e decadência tributárias. d) a instituição reservada à União. e) as receitas afetadas à destinação específica. 22. (FCC/Prefeitura de Cuiabá-MT/Procurador/2014) Considere as seguintes afirmações: I. Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir contribuições de intervenção no domínio econômico, observados os princípios da legalidade e da anterioridade, como previsto na Constituição Federal. II. Tendo em vista a proximidade da Copa do Mundo e sendo Cuiabá uma das cidades-sede escolhidas para a realização de jogos do mundial, verificou-se a necessidade urgente de ampliação da sua rede de transporte de passageiros. Para fazer face aos custos deste investimento, considerado de caráter urgente, o Município de Cuiabá poderia, mediante lei complementar municipal, instituir empréstimo compulsório, desde que observado o princípio da anterioridade. III. A cobrança da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, passível de instituição pelo município de Cuiabá, pode ser feita na fatura de consumo de energia elétrica. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I e III. c) III. d) II. e) I. 23. (FCC/TCE-PI/Assessor/2014) Um determinado município brasileiro, criado a partir do desmembramento territorial de outro município, depois de promover suas primeiras eleições municipais e eleger seus vereadores, reuniu- se em sessão na Câmara de Vereadores recém-criada, para deliberar a respeito dos principais assuntos de interesse do município. Como não poderia deixar de C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 64 de 71 www.exponencialconcursos.com.br ser, as discussões preponderantes envolveram a instituição dos tributos de sua competência. I. O vereador “A” elaborou quatro projetos de lei ordinária, instituindo, respectivamente, o ISSQN, o ITBI, o ITCMD e o IPTU. II. O vereador “B” elaborou projeto de lei ordinária, instituindo a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública. III.O vereador “C” elaborou projeto de lei ordinária, instituindo contribuição de melhoria, decorrente de obra pública que, embora não tenha acarretado a valorização dos imóveis de uma determinada região do município, aumentou extraordinariamente a clientela dos comerciantes dessa região, chegando a triplicar o faturamento dessas empresas. IV. O vereador “D” elaborou projeto de lei ordinária, instituindo empréstimo compulsório com a finalidade de realizar investimento público de caráter urgente e de relevante interesse municipal, sem observância do princípio da anterioridade. V. O vereador “E” elaborou projeto de lei ordinária, instituindo contribuição a ser cobrada dos servidores do município recém- criado, com a finalidade de custear, em benefício desses servidores, o regime previdenciário para titulares de cargos efetivos, com alíquota igual à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. Com base nas informações acima, e com fundamento na interpretação conjunta dos dispositivos da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que a) os quatro projetos de lei apresentados pelo vereador “A” poderão ser convertidos em lei, pois todos aqueles impostos são de competência municipal, mas o projeto de lei do vereador “B” não poderá, porque o custeio de serviço de iluminação pública deve ser feito mediante a instituição de taxa de competência estadual. b) o projeto de lei apresentado pelo vereador “C” poderá ser convertido em lei, porque a atividade comercial do seu estabelecimento foi valorizada em decorrência da obra pública, enquanto o projeto de lei do vereador “D” só poderá ser convertido em lei, se for observado o princípio da anterioridade. c) o projeto de lei apresentado pelo vereador “E” poderá ser convertido em lei, porque essa contribuição pode efetivamente ser instituída pelos municípios, mas o projeto de lei do vereador “A”, que institui o ITCMD, não poderá, porque esse imposto não é de competência municipal. d) o projeto de lei apresentado pelo vereador “B” poderá ser convertido em lei, porque os municípios têm competência para instituir essa contribuição, mas o projeto de lei apresentado pelo vereador “C” não poderá ser convertido em C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 65 de 71 www.exponencialconcursos.com.br lei, porque a contribuição de melhoria, diferentemente das demais contribuições previstas na Constituição Federal, deve ser instituída por decreto. e) o projeto de lei apresentado pelo vereador “D” só poderia ser convertido em lei, se ele houvesse apresentado projeto de lei complementar e observado o princípio da anterioridade, enquanto que o projeto de lei apresentado pelo vereador “E” só poderia ser convertido em lei, se a alíquota da contribuição a ser criada fosse inferior à alíquota da contribuição dos ser- vidores federais. 24. (FCC/PGE-BA/Analista/2013) A contribuição social para a seguridade social se adequa às limitações constitucionais ao poder de tributar, previstas no Sistema Tributário Nacional, da seguinte forma: a) Não se submete à regra da anterioridade anual, mas só pode ser exigida noventa dias da data da publicação da lei que a houver instituído ou modificado. b) Não se submete à regra da legalidade, podendo ser instituída ou modificada por ato do Poder Executivo, hipótese em que não se submeterá também à regra da anterioridade anual. c) Deve obediência às regras da anterioridade anual e nonagesimal, bem assim à regra da legalidade, só podendo ser criada ou modificada por lei e exigida noventa dias após o exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei. d) Deve obediência à regra da anterioridade anual, só podendo ser exigida no exercício financeiro àquele em que a lei instituidora ou modificadora foi publicada. e) Por não ter natureza tributária, não se submete às limitações constitucionais ao poder de tributar, razão pela qual pode ser criada e modificada por medida provisória. 25. (FCC/PGE-BA/Analista/2013) Considerando as contribuições, é correto afirmar: a) É inconstitucional vincular o produto da arrecadação às contribuições sociais. b) É a destinação do produto da arrecadação que preserva a natureza constitucional das contribuições sociais. c) Contribuição social que tenha por fato gerador o lucro é inconstitucional, pois lucro está inserido no conceito de renda, fato gerador do imposto de renda. d) Só é possível existirem contribuições de intervenção no domínio econômico com finalidades distintas, se tiverem a mesma hipótese de incidência e base de cálculo. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 66 de 71 www.exponencialconcursos.com.br e) A contribuição de melhoria, enquanto contribuição social, deve necessariamente ter receita vinculada, qual seja, a obra pública que justificou sua instituição. 26. (FCC/Prefeitura de São Paulo-SP/Auditor Fiscal/2012) A realização de obras públicas, que transformaram uma região anteriormente pantanosa em um belo e aprazível parque, ocasionou a valorização da maior parte dos imóveis localizados em suas proximidades, da seguinte maneira: - o imóvel "A", que valia R$ 4.000.000,00 antes das obras, teve fator de absorção do benefício de valorização de 200%, passando a valer R$ 12.000.000,00. - o imóvel "B", que valia R$ 3.000.000,00 antes das obras, teve fator de absorção do benefício da valorização de 100%, passando a valer R$ 6.000.000,00. - o imóvel "C", que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator de absorção do benefício da valorização de 50%, passando a valer R$ 3.000.000,00. - o imóvel "D" não teve valorização alguma em decorrência das obras realizadas. Obs.: Todos os quatro imóveis têm a mesma área de terreno e o que determinou a diferença nos fatores de absorção do benefício da valorização foram elementos alheios à dimensão do terreno. O custo total da obra foi orçado em R$ 6.000.000,00 e a referida contribuição deverá custeá-la integralmente. Com base nessas informações e considerando que o município em questão editou lei ordinária estabelecendo a cobrança de contribuição de melhoria para fazer face ao custo dessa obra, é correto afirmar que a) os proprietários dos imóveis "A", "B", "C" e "D" deverão pagar contribuição de melhoria, pois estão na zona beneficiada. b) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C" deverão pagar contribuição de melhoria, desde que a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores respectivos sejam estabelecidos por lei complementar. c) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C", que tiveram seus imóveis efetivamente valorizados com a obra, deverão ratear integralmente o valor de custo da obra, com base na área do terreno de cada um deles, cabendo a cada um o valor de R$ 2.000.000,00. d) a municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro proprietários, contribuição de melhoria em valor igual ao da valorização de seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel "A" pagar R$ 8.000.000,00, ao imóvel C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 332 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 67 de 71 www.exponencialconcursos.com.br "B" pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel "C" pagar R$ 1.000.000,00 e não cabendo nada a "D", perfazendo um total de R$ 12.000.000,00. e) a municipalidade poderá exigir do proprietário do imóvel "C" contribuição de melhoria no valor de R$ 500.000,00, mesmo que seu imóvel tenha sido valorizado em R$ 1.000.000,00, desde que o limite total da exigência referente ao custo da obra não ultrapasse R$ 6.000.000,00. 27. (FCC/TCE-PR/Analista de Controle/2011) A contribuição de melhoria a) Tem por finalidade gerar receita para realização de obra pública que deverá ser concluída até o exercício financeiro seguinte ao da sua arrecadação. b) Tem como base de cálculo o acréscimo de valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado, que representa o limite individual para cobrança desse tributo. c) Tem por fato gerador serviço público ou obra pública que gere valorização imobiliária, tal qual o serviço de pavimentação asfáltica e o serviço de saneamento básico. d) Tem sua instituição por competência concorrente dos Estados, Distrito Federal e Municípios. e) Pode ser exigida antes, durante ou depois da realização da obra pública ou do serviço, por se tratar de um tributo de receita vinculada. 28. (FCC/Prefeitura de Teresina-PI/Procurador/2010) NÃO é competência municipal a instituição de a) contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas. b) imposto sobre a transmissão de bens imóveis por ato inter vivos a título oneroso. c) imposto sobre a propriedade territorial urbana. d) contribuição social dos servidores municipais para custeio de regime previdenciário próprio. e) contribuição de melhoria. 29. (FCC/DPE-SP/Defensor/2010) Nos termos do artigo 148, inciso I da Constituição Federal, a União poderá, mediante lei complementar, instituir empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias, sem sujeição ao princípio da anterioridade tributária, anual e nonagesimal, em situação de a) relevante interesse nacional. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 68 de 71 www.exponencialconcursos.com.br b) investimento público de caráter urgente. c) ameaça de calamidade pública. d) temor de perturbação da ordem interna. e) iminência de guerra externa. 30. (FCC/AL-SP/Agente/2010) Alguns tributos só podem ser instituídos por lei complementar, por disposição constitucional expressa. Se enquadram nesta hipótese a) os impostos extraordinário e residual. b) a contribuição de intervenção no domínio econômico e o empréstimo compulsório. c) o imposto residual e o empréstimo compulsório. d) o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário. e) a contribuição social e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas. 31. (FCC/SEFIN-RO/Auditor Fiscal/2010) Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que a) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser instituído por medida provisória em caso de investimento urgente. b) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal. c) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma atividade estatal. d) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra pública. e) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia atividade estatal, qual seja, obra pública. 32. (FCC/SEFAZ-SP/Agente Fiscal de Rendas/2009) Os Empréstimos Compulsórios a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 69 de 71 www.exponencialconcursos.com.br b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso, a observância ao princípio da anterioridade. c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses entes políticos. d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas de sua criação. e) em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição. 33. (FCC/DPE-PA/Defensor/2009) Município institui contribuição de melhoria no valor de trezentos reais, para todos os contribuintes, em razão de obra pública de calçamento de vias públicas municipais realizada no exercício de 2008. Esta contribuição de melhoria é a) indevida, porque não está sendo cobrada de maneira individualizada em razão da valorização imobiliária, deixando de considerar o quantum que cada imóvel teve de valorização em razão da obra pública. b) devida, por ter por fato gerador obra pública. c) devida, porque o Município tem direito a se reembolsar das obras públicas que beneficiam os moradores, sob pena de enriquecimento sem causa destes. d) indevida, porque deveria ter sido cobrada antes da realização da obra. e) indevida, porque obra de calçamento público não pode ser cobrada dos moradores. 34. (FCC/TCE-AL/Procurador/2008) São tributos de competência da União, EXCETO a contribuição a) de melhoria. b) social para a seguridade social. c) para o custeio do serviço de energia elétrica. d) de intervenção no domínio econômico. e) de interesse de categorias profissionais. 35. (FCC/TCE-AL/Procurador/2008) O Governo Federal, pretendendo criar nova fonte de receita tributária, dentro do mesmo exercício financeiro, C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 70 de 71 www.exponencialconcursos.com.br para cobrir despesa extraordinária decorrente de calamidade pública de âmbito nacional, devidamente reconhecida por decreto presidencial, deverá se valer da seguinte espécie tributária: a) contribuição social residual, mediante medida provisória. b) imposto extraordinário, mediante medida provisória. c) imposto residual, mediante medida provisória. d) contribuição de intervenção no domínio econômico, mediante decreto. e) empréstimo compulsório, mediantelei complementar. 36. (FCC/TCE-SP/Auditor/2008) Os empréstimos compulsórios a) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal. b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de enxugamento da moeda em circulação na economia, desde que sejam restituídos no prazo de dois anos. c) são instituídos por Decreto, para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência. d) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os houver instituído em casos de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública ou guerra externa. e) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária, observando- se o princípio da anterioridade. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 71 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Gabarito 1: D Gabarito 2: D Gabarito 3: D Gabarito 4: Correta Gabarito 5: E Gabarito 6: E Gabarito 7: Correta Gabarito 8: A Gabarito 9: B Gabarito 10: C Gabarito 11: D Gabarito 12: E Gabarito 13: C Gabarito 14: E Gabarito 15: A Gabarito 16: A Gabarito 17: D Gabarito 18: A Gabarito 19: D Gabarito 20: E Gabarito 21: C Gabarito 22: C Gabarito 23: C Gabarito 24: A Gabarito 25: B Gabarito 26: E Gabarito 27: B Gabarito 28: A Gabarito 29: E Gabarito 30: C Gabarito 31: E Gabarito 32: A Gabarito 33: A Gabarito 34: C Gabarito 35: E Gabarito 36: D 6 – Gabarito C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al .