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Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 BIOINTERAÇÃO II Arboviroses (dengue, chicungunhya e zika) É bom olhar os slides, pq tem uns bagulho meio diferente Introdução • Doenças de notificação compulsória causada pelo arbovírus (transmitidos por artrópodes) • Fêmea tem o hábito hematófago • Existe uma interferência da globalização, mudanças climáticas, mutações A prova do laço Prova do laço - verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela formula (PAS + PAD)/2; por exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de pressão arterial e de 80 mmHg. Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e três minutos em crianças. Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de petequeias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petequeias em adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o surgimento de possíveis petequeias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos. Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 BIOINTERAÇÃO II O vetor (Aedes Aegypti) • Regiões tropicais e subtropicais • Hábitos diurnos • Coloca ovos em recipientes artificiais (a famosa água parada) • Carregam os vírus Sintomas gerais • Febre alta e súbita • dor nos olhos, cabeça, juntas • falta de apetite • manchas vermelhas no corpo diagnóstico • suspeita clínica e epidemiologia • isolamento viral, detecção do genoma • pesquisa de antígeno (para dengue) e anticorpos específicos Dengue (1946) Apresentação do paciente • paciente com febre (2 a 7 dias) • 2 ou mais manifestações ▪ Náuseas, vômitos ▪ Exantema ▪ Mialgias, artralgias ▪ Cefaleia, dor retrorbital ▪ Prova do laço positiva e leucopenia ou petéquias • Geralmente viagem nos últimos 14 dias para área de transmissão ou presença do Aedes Aegypti Transmissão • Picada do mosquito fêmea Aedes aegypti Fases Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 BIOINTERAÇÃO II • Fase febril: quadro típico (citado acima) • Fase de recuperação: geralmente após a febril, mas pode apresentar sinais de alarme • Fase crítica: pode evoluir para maiores complicações da doença, como choque hipovolêmico (pela perda de líquido) Resposta imune • Celular e humoral (hipersensibilidade) ▪ Tipo II: mediada por anticorpo, destruição de plaquetas e células endoteliais (reação cruzada) ▪ Tipo III: mediada pela deposição de imunocomplexos (artrite e vasculite) • Citocinas ▪ Aumento da permeabilidade: pode desencadear hemorragias e perda de líquido para terceiro espaço (pode fazer autoimunidade contra plaquetas) ▪ Promover lesão hepática: comprometimento dos fatores de coagulação Padrão de exames • Prova do laço positiva (av. da fragilidade capilar) ▪ Avalia fragilidade capilar/extravasamento ▪ Identifica tendencias hemorrágicas, assim como as petéquias, equimoses, púrpuras, sangramento de mucosas do TGI, trombocitopenia evidenciam • Hematócrito (concentração de hemácias) ▪ Evidencia o extravasamento de plasma (aumento de 20%) ▪ A presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia também evidenciam extravasamento de plasma • Leucograma ▪ Leucopenia (diminuição de leucócitos, raro na zyka), linfocitose e linfócitos atípicos) • Contagem de plaquetas ▪ Trombocitopenia (assim como na chicungunhya Nova infecção • Anticorpos do sorotipo facilitam a entrada do vírus por opsonização • Mais macrófagos são infectados, exacerbando a produção de citocinas inflamatórias (infecção mais intensa) Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 BIOINTERAÇÃO II • Pode ocasionar a febre hemorrágica Diagnóstico • Na primeira semana (fase aguda, febril) busca antígeno e genoma • A partir do 6º dia, procura-se anticorpo Vírus • Flavovírus, RNA de fita simples • Imunidade é sorotipo específica, permanente • Vírus infecta preferencialmente células da linhagem macrofágica • Multiplicação e disseminação hematogênica tratamento báscio • Viu dengue, hidrata Chicugunhya (2014) Apresentação do paciente • Febre de início súbito maior que 38,5ºC e dor intensa nas articulações • Pode acompanhar edema • Contato com áreas de casos suspeito Transmissão • Picada do mosquito Fases clínicas • Aguda (até 2 semanas) ▪ Encefalite, hepatite, infecção do baço, artralgia e mialgia • Subaguda • Crônica (mais de 30 dias) ▪ Persistência do vírus em músculos e células macrofágicas ▪ Inflamação persistente do tecido sinovial • DIFERENCIAL: artralgia grave muito mais significativa (necessita de hospitalização) Diagnóstico • Viremia coincide com os sintomas (5 a 7 dias). Não há procura de antígenos • Pode pedir antígeno viral até o 5º dia (NS1) • Fase febril: busca genoma viral (PCR) e elisa • Após 8º dia, busca anticorpo IgG e IgM vírus Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 BIOINTERAÇÃO II • Togaviridae, RNA de fita simples • Replicação em fibroblastos da derme • Disseminação sanguínea pode atingir músculos, articulações, órgãos e meninge • Células inflamatórias fazem artrite • Geralmente a viremia dura de 5 a 7 dias Zika (2015) Apresentação do paciente • Exantema maculopapular pruriginoso • Acompanha 1 ou mais sintomas ▪ Febre baixa ▪ Hiperemia conjuntival com prurido ▪ Artralgia/poliartralgia ▪ Edema periarticular Transmissão • Pela picada • Transmissão sexual • Transfusão de sangue • Transplacentária e perinatal (durante o parto) Incubação • 2 a 7 dias • Doença é geralmente autolimitada (4 a 7 dias) Complicações clínicas • Síndrome de guillain-barré ▪ Síndrome autoimune, produzindo anticorpos contra a mielina ▪ Paralisia crescente, começando nos membros (polirradiculopatia desmielinizante inflamatória aguda) ▪ Pode também ser causada pelo Epstein-barr, HIV, citomegalovírus • Microcefalia/síndrome genética ▪ Infecção transplacentária infesta o tecido cerebral e atrasa o crescimento neural ▪ Altera taxa de crescimento ósseo Diagnóstico • Virológico: genoma, antígeno e isolamento viral até o 5º dia • Sorológico: anticorpos IgM e IgG. Geralmente a partir do 10º dia Vírus Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 BIOINTERAÇÃO II • Flaviviridae • Infesta queratinócitos, células dendríticas e fibroblastos O hemograma • Leucopenia existe na dengue e chicungunhya • Plaquetopenia é mais evidenciado na dengue Sorológico: pode ser tanto p antígeno, quanto p anticorpo e o ELISA É UM EXAME DESSE TIPO, MAS É BOM SE DESPRENDER DESSE NOME Objetivos -Citar as arboviroses prevalentes no Brasil, identificando seus agentes etiológicos. -Compreender a forma de transmissão, a participação do vetor, viremia e principais sintomas da Dengue, Chikungunhya e Zika. -Identificar os diferentes períodos/fases destas arbovirses, reconhecendo as formas de diagnóstico adequadas em cada fase. -Reconhecer os mecanismos patogênicos da Dengue, Chikungunhya e Zika. - Sobre Hemograma, compreender principalmente: hemoconcentração, leucograma (leucopenia/leucocitose, linfocitose, atipia de linfócitos), plaquetopenia. Referências: Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 BIOINTERAÇÃO II • Guia de vigilância em saúde 3ª ed • F.M.U. Parasitologia Contemporânea • https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/45291
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