Buscar

GST0012-WL-LC-História do Pensamento Econômico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

�PAGE �
HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO
MERCANTILISMO, FISIOCRACIA E O LIBERALISMO ECONÔMICO
No século XVIII nasceram os fundamentos da Ciência Econômica moderna. O problema que norteava esta ciência era a fonte da riqueza de uma nação.
A pergunta era: a fonte da riqueza está no comércio, na agricultura, na força da natureza ou no trabalho humano?
	Os mercantilista foram os primeiros a tratar deste problema, enfocando os Estados nacionais e assim, enfrentaram dois problemas distintos, um interno e outro externo.
	O interno relacionava-se a unidade, ou seja a edificação do poder nacional local, que sigificava a criação de um sistema monetário e de cunhagem unificado, sistema nacional de pesos e medidas, eliminação da cobrança de pedágio em estradas e rios e um sistema nacional de impostos e tarifas.
	Os mercantilistas preocupavam-se com a política econômica, com saldos favoráveis na balança comercial, com o estoque de metais preciosos e com o poder do Estado. Eram a favor da restrição as importações e estímulo a exportações.
	A economia nacional afirmou-se no fortalecimento do poder político dos monarcas em detrimento da nobreza. Os monarcas contaram com os mercadores e pequenos proprietários de terra que se beneficiavam com o comércio.
	A meta fundamental da política nacional eram: o desenvolvimento do comércio e o crescimento do poder em negócios internacionais.
	Dois grupos despontaram nesta época os juristas (interpretação e definição das relações econômicas) e os funcionários do governo e a corte real. 
	Assim, as políticas e teorias surgidas nesta época foram chamadas de Mercantilismo, que definiu como fonte de riqueza de uma nação o comércio, sendo o primeiro corpo teórico organizado de pensamento econômico moderno.
	Descontentes com a isenção da nobreza de pagamento de impostos, enquanto camponeses e fazendeiros pagavam altos tributos, além da corrupção, ineficiência e evasão de impostos, surgiu em contraposição, a Fisiocracia, representada por François Quesnay.
	Para Quesnay, que discordava dos mercantilista de que a riqueza originava-se do comércio e da indústria, afirmava que a agricultura, permitiria a obtenção de excedente superior ao esforço empregado na produção.
	Desta forma, para os fisiocratas a riqueza provinha da terra, que continha as forças geradoras da natureza. A indústria apenas transformava o que a natureza produzia, o comércio só mudava de local e de dono e, da terra poderia-se extrair o excedente.
	Na teoria fisiocrata, a sociedade dividia-se em camponeses, latifundiários e artesãos. Para eles a única classe produtiva é a dos agricultores.
	O surgimento do Liberalismo Econômico foi no início do século XVIII, firmando-se no século XIX e sobrevivendo até os dias atuais.
	Os primeiros liberais combatiam as barreiras ao comércio internacional e lutavam pelo fim de tarifas, monopólios e regulamentações.
	Para estes autores (North, Hume, Cantillon, Locke, entre outros) a fonte da riqueza encontrava-se no trabalho humano. Surgiu assim, a Teoria do Valor-Trabalho, afirmando que:
“A natureza oferece poucos bens que as pessoas podem usar em sua forma natural: quase todos os produtos naturais precisam ser transformados pelos esforços humanos antes de poder satisfazer o desejo do homem. Sem esforços produtivos, os produtos naturais não tem valor.”
	Locke vai unir a idéia sobre trabalho e produção de riqueza à de propriedade privada, transformando assim, a propriedade privada na pedra fundamental da ideologia liberal. 
	Para os liberais o crescimento econômico nacional só seria possível através da proteção da propriedade privada. Caso contrário o incentivo a trabalhar seria reduzido e a produção de riquezas diminuiria.
	A Escola Clássica surge tendo como foco central teorias de crescimento econômico à longo prazo e o modo como ocorria a distribuição da renda entre as diversas classes sociais e sua influência neste crescimento, além disso, deu ênfase a oferta, ou seja, a produção. Seus principais representantes são Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus e John Stuart Mill.
	Para os clássicos, os trabalhadores produtivos eram aqueles que criavam a riqueza material de uma nação, os demais, como por exemplo, médicos, advogados, professores, eram considerados improdutivos.
	Na teoria clássica o sistema era regido por leis naturais, sendo assim, o mercado se auto-regulava e entrava em equilíbrio sem a necessidade da intervenção do Estado. A situação social, para os autores clássicos, era das piores devido a intervenções e regulamentações governamentais que impediam o pleno funcionamento do mercado.
ADAM SMITH (1723-1790)
	A escola clássica que difundia o liberalismo e o individualismo tinha como premissa o bem comum que ocorreria através da maximização da satisfação pessoal, com o mínimo de esforço. Esta relação seria feita, conforme Adam Smith, pela mão invisível.
	Assim, o fundamento da escola clássica está no individualismo, na liberdade e no comportamento racional dos agentes econômicos.
	Adam Smith, publicou em 1776 seu livro intitulado “A Riqueza das Nações” estabelecendo as bases científicas da economia moderna, sendo para ele o trabalho produtivo o responsável pela riqueza de uma nação. Este trabalho dependia de dois fatores: divisão do trabalho e proporção de trabalhadores produtivos em relação aos improdutivos. O autor pregava um “ sistema de liberdade natural”, onde todos seriam livres para perseguir e alcançar seus próprios interesses.
	Smith, tinha três preocupações básicas: que fatores eram responsáveis pela riqueza das nações e como ocorre o crescimento econômico; a coesão social, e a direção para qual caminharia a sociedade.
	O sistema de Smith, primava pela não-intervenção do Estado nas leis de mercado, cabendo ao mesmo apenas o estabelecimento e a manutenção da justiça e defesa nacional e a criação e manutenção de algumas obras públicas, que nenhum indivíduo ou grupo de indivíduos teria a intenção de criar e manter.
	Em uma economia de mercado auto-ajustável, conforme Smith, em sociedade primitivas, a mercadoria tem um “preço natural” determinado pela quantidade de trabalho necessária para produzí-lo, enquanto em sociedade avançadas, onde existe a propriedade privada, o preço natural depende dos custos de produção (valor a ser despendido no pagamento de salários, renda e lucros).
	Smith, afirmou que o capital e a abertura de mercados promovem um aumento da produção com redução dos custos e consequente aumento de lucros, bem como a especialização e a divisão do trabalho.
	A especialização e a divisão do trabalho, na visão de Smith, fundamentam-se no desejo humano de permutar, trocar ou intercambiar uma coisa por outra. Esta é uma visão ultrapassada. Para a economia moderna, isso ocorre na tentativa de produzir tudo que necessitam, aumentando assim a produtividade e a renda. 
DAVID RICARDO (1772-1823)
	Autor de “ Princípios de Economia Política e Tributação” (1817), famoso por suas teorias de desenvolvimento econômico e comércio internacional, via no crescimento demográfico um problema para a economia, ao elevar a demanda de alimentos.
	Para Ricardo, o grande problema da economia residia na agricultura, em função dos rendimentos decrescentes, era ineficaz na produção de alimentos baratos para consumo dos trabalhadores. O autor preocupava-se com a distribuição do excedente da produção entre as diferentes classe sociais.
	A teoria ricardiana tinha uma preocupação com o valor, sendo o valor de uma mercadoria determinado pela quantidade de trabalho nela incorporada, ou seja, o valor é dado pelo seu custo em trabalho.
	Ricardo elaborou a teoria da renda da terra, na qual afirmava que aumentos populacionais, conduzirião a ocupação de terras piores, aumentando os custos e a renda da terra recebida pelos proprietários.
	A teoria da renda da terra diz o seguinte: “…no início do processo de ocupação de uma área geográfica, a população ocupa as melhores terras (tipo A). Nessa área, não havendo nenhuma outra em utilização, nãoexiste renda: o valor da produção é distribuído entre capitalistas e trabalhadores.
	Crescendo a população, aumenta a demanda de alimentos e os preços sobem, o que justifica o emprego de terras piores, do tipo B. Nessa terra pior não existe renda, mas sim na melhor do tipo A. Ocupando-se terras ainda piores, do tipo C, surge uma renda na terra do tipo B e aumenta a renda nas terras do tipo A. Essa renda decore, portanto, de diferenças de produtividade da terra, sendo embolsada pelos proprietários, ficando os fazendeiros arrendatários com o lucro normal.” (Souza, 2003, pág. 47)
	Ricardo mostra que no longo prazo, devido ao crescimento populacional, ocorre a queda dos lucros dos arrendatários, os salários reais e a taxa de lucro, e como consequência aumentam os preços dos alimentos, os salários nominais e a renda da terra dos proprietários.
	A solução apontada por Ricardo é o controle da natalidade e a livre importação de alimentos para consumo dos trabalhadores.
	Para Ricardo:
“O trabalhador está condenado aos limites da subsistência para sempre, pois ele passa a ter maior número de filhos assim que o salário aumenta e deste modo gasta a maior parte do que recebe. O capitalista que trabalha, acumula e investe descobre que fez todo esse esforço por nada, seu gasto com salários é mais alto e seu lucro menor. Enquanto o proprietário das terras, que não fez nada, mas recebe a renda continua sentado vendo-a aumentar.” (Heilbroner, 1996, pág. 94)
	Ricardo também tratou da teoria das vantagens comparativas, ou seja:
“Os países devem especializar-se naquilo que são mais capazes de produzir, mesmo que um deles seja mais eficiente do que o outro na produção de todos os bens.” (Araújo, 1995, pág. 43)
MALTHUS (1766-1834)
	Malthus foi um crítico do pensamento clássico que estudou as crises capitalistas em seu livro “Princípios de Economia Política” (1820). Para ele as crises eram originadas do subconsumo da população pela redução gradual de seus salários reais.
	A teoria de Malthus enfatizava o crescimento populacional. Para o autor a população aumenta em proporções geométricas enquanto a produção de alimentos em proporção aritmética.
	O aumento populacional tinha uma relação com os salários recebidos pelos trabalhadores: quando o salário nominal era maior que o salário de subsistência ocorrerria um aumento de população; sendo o salário nominal menor que o de subsistência verificava-se uma queda na população e se o salário nominal permanecesse igual ao salário de subsistência, no longo prazo, seria atingido o estado estacionário.
	Na condição de estado estacionário cessa a acumulação de capital, a taxa de lucro é menor que o juro pago pelo capital emprestado, além disso, não ocorre o crescimento do produto na economia, bem como, o emprego e a população total.
	Malthus preocupava-se com o problema da superprodução, dando como solução o aumento da demanda por bens de consumo, o que se daria por parte dos rentistas, que recebiam rendas e estavam sempre dispostos a consumir.
JEAN BAPTISTE SAY (1767-1832) ao formular as leis dos mercados (Lei de Say) em seu “Tratado de Economia Política” (1803), propunha que tudo o que fosse produzido seria consumido. Afirmava que não poderia existir demanda insuficiente ou excesso de mercadorias. Algumas indústrias poderiam exceder na produção de um bem (superprodução), por causa de um erro de cálculo e de excessiva alocação de recursos, mas em contraposição em algum outro setor, haveria escassez. Isto levaria a uma queda de preços no setor superprodutivo e um aumento em outros setores, consequentemente as firmas realocariam seus recursos produtivos, restabelecendo assim o equilíbrio. Para Say “ a oferta cria sua própria procura”.
	
JOHN STUART MILL (1806-1873) estuda melhor o estado estacionário em sua obra intitulada “Princípios de Economia Política” (1848). Vai mostrar que os benefícios a todos os países advindos do livre comércio internacional (Ricardo), seriam repartidos; que o processo de ajustamento do mercado envolvia variações na renda e nos preços; que a superprodução de bens seria temporária (Lei de Say). Mill em sua maior inovação tratou da distinção entre produção e distribuição. Concordando com Ricardo, no aspecto em que a produção da riqueza fundamentava-se nas leis da natureza. Mas, ao mesmo tempo, discordando de Ricardo e Malthus, afirma que as leis da distribuição dependiam em parte das instituições humanas e estariam sujeitas a alterações (direito de posse). Para Mill, a pobreza dos agricultores irlandeses era resultado de como a terra era distribuída e não de acordo com a lei da natureza. Para ele, os padrões de distribuição de renda e de riqueza são características de um tipo particular de sociedade. Mill já pressentia a substituição do sistema econômico baseado na propriedade privada por um sistema produtivo cooperativo, o socialismo.
No séc. XIX, as razões para o crescimento econômico estavam na industrialização, no investimento em capital e no aumento da produtividade.
	No entanto, para os socialistas a industrialização representava baixos salários, jornadas de trabalho longas, mulheres e crianças trabalhando em condições perigosas, disciplina rigorosa e severa, bem como algumas fábricas beneficiavam-se de direitos exclusivos de venda de empregados.
	O processo de industrialização deixava claro o contraste entre a riqueza crescente dos industriais e banqueiros e a pobreza dos que não tinham propriedades e formavam a força de trabalho nas fábricas.
	Assim, para os primeiros socialistas a propriedade privada era a fonte de todos os problemas sociais.
Com os socialistas permaneceram as discussões a respeito do subconsumo.
KARL MARX (1818-1883) autor de “Contribuição à Crítica da Economia Política” (1859), dizia que o subconsumo dos trabalhadores resulta de sua exploração pelo capitalista, bem como as relações econômicas são as forças motrizes nas sociedades. No entanto, no capitalismo as pessoas são motivadas por interesses econômicos próprios.
	Em um sistema capitalista, os interesses econômicos são do capitalista e do trabalhador, que se opõem, sendo que o capitalista só pode prosperar explorando o trabalhador.
	Marx começa seu ataque aos clássicos e liberais pela teoria do valor-trabalho, que afirmava ser o valor real de um produto ou serviço simplesmente o montante de trabalho usado na sua produção. Na visão do autor a mão-de-obra no capitalismo é explorada porque não recebe o valor total por todos os bens e serviços que produz. Isto conduz a idéia de mais-valia, que significa que o capitalista emprega os trabalhadores à taxa de salários corrente e os faz trabalhar o máximo de horas possível, sendo o valor do produto do trabalho maior que os salários pagos, a diferença entre o salário e o valor agregado pelo trabalhador converte-se em lucro do capitalista.
	O efeito econômico direto do capitalismo é a exploração do trabalhador, mas ainda existe o efeito psicológico que impede o indivíduo de desenvolver-se resultando em alienação que se apodera das pessoas e desumaniza todas as relações pessoais e sociais.
	O capitalismo apresenta dois lados: a acumulação de capital e crescimento e de outro exploração e alienação.
	Marx supunha o colapso do sistema capitalista, então propôs a leis de funcionamento da sociedade capitalista:
1 – as injustiças levarão a condições econômicas e sociais insustentáveis;
2 – o conflito entre as classes capitalistas em número decrescente e cada vez mais rica com a crescente classe operária, miserável ocasionando uma revolução social.
3 – a acumulação de capital (privada) possibilita a abundância econômica , mas ocasiona crises, desemprego crônico e colapso econômico.
	A principal obra de Marx foi o livro O Capital, dos quais, um dos três volumes foi publicado em vida, os demais após sua morte, por Engels.
 
ECONOMIA MARGINALISTA
 	O marginalismo surgiu como reação ao socialismo. Combatiam a teoria clássica do valor-trabalho e da renda da terra, por não ser socialmente justa.
	InicialmenteCarl Menger, William Jevons e Léon Walras tiveram destaque por afirmarem que a economia é formada por um grande número de pequenos produtores e consumidores, que não tem poder de influenciar o preço e as quantidades no mercado.
	A idéia marginalista hedonista dizia que, os consumidores com a posse da renda adquirem bens e serviços de acordo com seus gostos, a fim de maximizarem a utilidade total, derivada do consumo.
	A teoria marginalista afirma que o valor depende da utilidade marginal, bem como, os salários passaram a ser flexíveis, como nas teorias dos clássicos.
	Estes autores formularam a lei da utilidade marginal decrescente, onde os consumidores ao possuírem poucas quantidade de um determinado bem, sua utilidade será elevada; a medida que o consumo do bem aumenta, a utilidade passa a decrescer.
ALFRED MARSHALL (1842-1924)
	Em seu livro “Princípios de Economia” de 1890, deu origem a teoria neoclássica, juntando o pensamento clássico ao marginalista. Para ele, as utilidades marginais determinam o valor, as quantidades demandadas e o preço dos bens. 
JONH MAYNARD KEYNES (1883-1946)
	Publicou seu livro “Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro” , em 1936. O livro tratava de problemas relativos a emprego e desemprego.
	Keynes analisou algumas variáveis que causavam o desemprego: a propensão a consumir, o incentivo ao investimento, a eficiência marginal do capital, a preferência pela liquidez e o multiplicador�; juntamente com a oferta de moeda, estas variáveis eram determinantes no nível de produto e desemprego e influenciavam o nível de preços.
	Segundo Keynes o emprego depende da demanda agregada (gastos de consumo e investimento das empresas). O nível de gastos de investimento depende da taxa de juros e da taxa de retorno esperada dos novos investimentos.
	A preocupação de Keynes era com as economias modernas, geradoras de grandes poupanças, de sustentar os altos níveis de investimentos necessários para a manutenção do pleno emprego. Ele defendia a distribuição igualitária de renda e tinha restrições com relação a atividades rentistas, não provenientes do trabalho. Afirmou também, que salários mais baixos levariam a uma redução na demanda por bens. 
	Keynes explicou que o valor de bens e serviços produzidos pela indústria tem uma contrapartida de renda, que são salários, juros, aluguéis, impostos e lucros. Esta renda, encarada pelas empresas como custos, na verdade serão gastas em novos bens e serviços.
	Para Keynes o fluxo de renda e produto possuia vazamentos, representados por parte da renda que era desviada para poupança.
	O autor em sua teoria afirma que o governo deveria gastar sua renda na área social, na educação, saúde, estradas que acabariam por beneficiar o setor produtivo.
	A teoria keynesiana baseava-se na rigidez de salários. Em contraposição aos clássicos que admitiam o desemprego temporário e voluntário, onde a causa era a rigidez de salários nos monopólios, Keynes afirma existir desemprego involuntário, onde a pessoa não encontra trabalho ao salário vigente.
	Para Keynes, o desemprego era causado por uma deficiência de demanda. Os salários baixos, podem agravar a situação pois, desestimulam o consumo. A preocupação básica de Keynes era determinar os principais fatores responsáveis pelo emprego.
	Assim, os fatores são:
a)O ato de gastar, que determina a renda
Y = C +I Y=renda, C=consumo, I=investimento
Os gastos em consumo e investimento (demanda) prima sobre a produção (oferta).
A demanda efetiva pode ser maior ou menor que a capacidade produtiva de um país, em determinado momento. Se for menor, teremos desemprego, se for maior, teremos inflação.
b)Consumo e propensão a consumir: quanto mais pobre a comunidade, maior será a propensão marginal a consumir, pois aplica quase tudo que recebe em consumo.
Y = f(C, I); C= f(Y) a sociedade poupa parte da sua renda
I = f(E, i) E = expectativa dos empresários (lucros) i = taxa de juros
RESPONDA
1.Qual a incoerência da política mercantilista que, preconizava exportar o máximo e importar o mínimo?
2.Explique a Teoria da Renda da terra de Ricardo.
3.O capitalismo para Marx é um modo de produção específico, determinado historicamente e que surgiu aos poucos com a dissolução do mundo feudal. Quais os traços mais característicos deste modo de produção?
4.Cite algumas diferenças entre os clássicos e os neoclássicos.
5.O que você entende por mais-valia?
6.Em que consistia a riqueza para os mercantilistas e para os fisiocratas?
7.Quem foi o mais destacado dos economistas clássicos? Quais suas principais idéias?
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Carlos R. V. História do pensamento econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 1986.
FUSFELD, Daniel R. A era do economista. São Paulo: Saraiva, 2003.
HEILBRONER, Robert L. A história do pensamento econômico. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996.
SOUZA, Nali de J. de. Curso de economia. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003.
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DA CIÊNCIA ECONÔMICA
CONCEITOS DE ECONOMIA
Economia se ocupa das questões relativas às necessidades dos indivíduos e das sociedades.
Economia = Oikonomía (grego) – óikos = casa / nómos = lei
Definições: 
“A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.” (Móchon e Troster, 2002)
“A Economia é o estudo de como as pessoas ganham a vida, adquirem alimentos, casa, roupa e outros bens, sejam eles necessários ou de luxo. Estuda, sobretudo, os problemas enfrentados por estas pessoas e as maneiras pelas quais estes problemas podem ser contornados”.
“A Economia é a ciência que estuda o emprego de recursos escassos, entre usos alternativos, com o fim de obter os melhores resultados, seja na produção de bens, ou na prestação de serviços. Os recursos escassos são os bens e serviços empregados na produção de outros bens e serviços de maior valor total destinados a atender a demanda”.
“A economia estuda as atividades econômicas cujas operações envolvem o emprego de moeda e a troca entre indivíduos, empresas e órgãos públicos”.
“A Economia estuda a utilização dos recursos escassos, escolhendo entre usos alternativos, com fim de produzir bens e serviços úteis para a satisfação das necessidades dos consumidores”.
OBJETIVOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA:
Objetivo inicial (Adam Smith): investigar a riqueza das nações.
Objetivo 2 (David Ricardo): investigar a repartição da riqueza.
Objetivo 3 (Keynes): investigar as forças que governam o volume da produção e do emprego em seu conjunto. Análise das flutuações da atividade econômica.
Objetivo 4: estudar as flutuações da atividade econômica e promover o desenvolvimento aliado a investigações sobre a repartição da riqueza.
Objetivo 5 (desenvolvimento-repartição): estudo dos recursos escassos e necessidades ilimitadas, visando o aproveitamento ótimo destes recursos. Extensão dos frutos do desenvolvimento às diversas camadas sociais mobilizadas em sua promoção. 
Objetivo final da Economia: formular políticas para resolver nossos problemas.
Marco da economia moderna: 1776 – Adam Smith – “A Riqueza das nações” (mercados privados – mão invisível – livres do controle do governo; melhor política era a do Laissez faire – deixar fazer).
- 1936 J. M. Keynes – “A Teoria Geral” – “O governo tem o dever de criar empregos para os desempregados”
METAS ECONÔMICAS
1. Um alto nível de emprego
- Depressão de 30: agravou o desemprego
“Uma depressão existe quando a taxa de desemprego permanece alta durante um longo período”.
“Uma pessoa está desempregada se ela tem capacidade e, embora procurando, não encontra emprego”.
A taxa de desemprego é percentual do total população economicamente ativa, ou seja, a soma dos indivíduos empregados com os desempregados.
2. Estabilidade de preços
“A inflação é definida como um aumento no nível geral dos preços”.
“A deflação é uma queda no nível geral dos preços”.
- Brasil: décadasde 60,70 e 80 (picos de inflação)
a) A inflação prejudica aqueles que vivem de renda fixa e as pessoas que pouparam quantias fixas de dinheiro para suas aposentadorias ou para eventualidades;
b)A inflação pode induzir a uma especulação improdutiva;
c)A inflação pode levar a mais erros econômicos;
3. Eficiência
“A eficiência é a meta de obter o resultado máximo do esforço produtivo”.
- eficiência técnica (administração correta)
- eficiência alocativa (escolha do conjunto certo de produtos)
4. Uma distribuição eqüitativa da renda
-redução da pobreza (satisfação das necessidades básicas)
- redução das desigualdades (hiato entre ricos e pobres)
5. Crescimento
- elevação do PIB (Produto Interno Bruto), do PIB per capita e da produção
DIVISÕES DA ECONOMIA
A Economia divide-se em: Economia descritiva, Teoria econômica e Economia Aplicada.
Economia Descritiva: estuda fatos particularizados, sem lançar mão da análise teórica. Ela utiliza, basicamente, dados empíricos e análise comparativa.
Teoria Econômica: analisa, de forma, simplificada, o funcionamento de um sistema econômico, utilizando um conjunto de suposições e hipóteses acerca do mundo real, procurando obter as leis que o regulam. Ela divide-se em microeconomia e macroeconomia.
Microeconomia: trata do comportamento das firmas e dos indivíduos ou famílias, preocupando-se com a formação dos preços e o funcionamento do mercado de cada produto individual. 
Macroeconomia: diz respeito aos grandes agregados nacionais, estuda o funcionamento do conjunto da Economia de um país, envolvendo o nível geral dos preços, formação da renda nacional, mudanças na taxa de desemprego, taxa de câmbio, balanço de pagamentos, etc.
Economia Aplicada: utiliza a estrutura geral de análise fornecida pela Teoria Econômica, para explicar as causas e o sentido das ocorrências relatadas pela Economia Descritiva.
A ECONOMIA COMO CIÊNCIA E RELAÇÕES COM AS OUTRAS CIÊNCIAS
“A Economia é uma ciência social que usa métodos de análise de outras ciências. Ela formula seus modelos, ou teorias, para representar a realidade de forma simplificada e descrever e interpretar os fatos a fim de realizar previsões econômicas. Um modelo econômico utiliza-se de variáveis, as mais relevantes e parte de um conjunto de argumentos considerados verdadeiros, e estabelece um conjunto de hipóteses de relacionamento entre variáveis”.
-Economia positiva – argumentos positivos: “ao que é” (descrição da realidade).
Ex.: maior renda gera maior consumo; maior oferta, menor preço.
- Economia normativa: argumentos normativos: “ao que deve ser” (política econômica)- juízo de valor.
Ex.: mais desemprego, menos inflação; o preço da gasolina não deve subir.
A Economia se relaciona com diferentes ramos das ciências, por exemplo:
a) Biologia: idéias de crescimento e mudança, fluxo de renda e riqueza;
b) Física: noções de estática e dinâmica (equilíbrio geral e parcial);
c) Psicologia: comportamento racional dos agentes econômicos;
d) História: fatos passados, reflexos no futuro;
e) Estatística: amostragem, séries temporais;
f) Matemática: formulação de teorias e modelos econômicos;
g) Geografia: as relações econômicas ocorrem num espaço; mobilidade das pessoas, dos fatores de produção, dos bens e serviços;
h) Sociologia: participação das classes sociais no produto global;
i) Direito: aspectos jurídicos das políticas econômicas; contratos de trabalho, leis de salário mínimo, taxa de câmbio, etc.
j) Ciência Política: considera variáveis econômicas, sociais, jurídicas e políticas (regime democrático, ações do governo, estrutura partidária).
LEIS CIENTÍFICAS E LEIS ECONÔMICAS
- Leis científicas: procuram, em geral, estabelecer relações de causa e efeito a partir de evidências do mundo real.
- Leis econômicas: a Economia baseia-se em evidências para estabelecer relações e leis econômicas, como é uma ciência social, não pode controlar estas evidências e incluir todas as variáveis possíveis em seus modelos. Assim, a economia não faz previsões com certeza matemática, mas indica probabilidades da ocorrência de eventos econômicos.
Ex.: C = f (y) o consumo é função da renda
C – variável explicada
y – variável explicativa
Ceteres paribus: todas as demais variáveis permanecem constantes.
OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS
A Economia é por definição a ciência da escassez. Escassez surge a partir das necessidades ilimitadas dos indivíduos e dos recursos econômicos limitados.
Os problemas econômicos:
* O que e quanto produzir?
- a escolha do empreendedor depende do mercado e do acesso a tecnologia.
Ex.: produzir armas a medicamentos
- a escolha da sociedade está relacionada a opções de política econômica.
Ex.: mais usinas hidroelétricas, mais habitações populares, mais tratamento de água, etc.
* Para quem produzir?
- expectativa do lucro
- as empresas escolhem os consumidores que desejam abastecer com bens e serviços conforme a classe de renda.
Os recursos são limitados, como por exemplo, mão-de-obra especializada, matérias-primas, capital, terras férteis. As necessidades humanas são ilimitadas, assim a sociedade precisa decidir a composição dos bens e serviços que, em determinado período, serão produzidos e em que quantidades.
* Como produzir?
- envolve tecnologia nacional ou internacional (royalties)
- investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D)
- escolha das técnicas: manual (custo K > L) e mecanizado (custo K < L)
A ECONOMIA E A NECESSIDADE DE ESCOLHAS
 A ESCASSES DE RECURSOS
A Economia fundamenta-se na existência de bens e serviços para o consumo e uso no sistema produtivo. Os bens são econômicos (não livres), isto é, relativamente raros.
Os recursos escassos são os insumos ou fatores de produção, utilizados no processo produtivo para obter bens, visando a satisfação das necessidades dos consumidores.
	
Os fatores de produção são: 
a) terra, ou recursos naturais;
Ex.: água, minerais, madeira, peixes, solo, terra fértil, etc.
b) trabalho, ou recursos humanos;
Ex.: trabalhadores (qualificados e não qualificados), pessoal administrativo, técnicos, engenheiros, gerentes, administradores.
c) capital: Ex.: máquinas, equipamentos, prédios, ferramentas, dinheiro.
d) capacidade empresarial: o empresário assume riscos de perder seu capital, ou o capital tomado emprestado, ao empreender um negócio.
Utilidade - BEM ECONÔMICO - Procura
(preço)
O produto é um bem porque visa satisfazer as necessidades dos indivíduos. O consumidor decide a composição de sua cesta de consumo em função de suas preferências, de suas necessidades e da sua renda. Os bens econômicos fazem parte do desejo humano porque são úteis. No entanto, existem bens livres, que se encontram disponíveis a custo zero (água dos rios, ar, a água para irrigação somente quando não taxada).
 TIPOS DE BENS
Bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, pela escassez e por serem transferíveis.
Serviços são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais, se destinam direta ou indiretamente a satisfazer necessidades humanas.
a) Bens de consumo final: são aqueles adquiridos pelas famílias e dividem-se em duráveis (longo prazo) e não duráveis (curto prazo);
Ex.: alimentos (curto prazo); eletrodomésticos (longo prazo)
b) Bens de consumo intermediários ou insumos: são aqueles utilizados pelas empresas, direta e indiretamente, para a fabricação de outros bens (ciclo curto no processo produtivo);
 Ex.: matérias-primas, barras de ferro, aço, componentes e materiais de escritório
c) Bens de capital: são utilizados pelas empresas direta ou indiretamente na geração de outros bens, no entanto, possuem um ciclo longo. 
Ex.: máquinas, equipamentos, prédios
d) Bens de produção: compreendem os bens de consumo intermediário e os bens de capital.
Assim, devido a escassez de recursos produtivos utilizados na produção de bens e serviços para satisfazer as necessidades dos indivíduos, os agentes econômicos (produtores, consumidores, tomadores de decisão de órgão do governo) precisam utilizá-lode forma mais racional e eficiente, visando obter melhores resultados, em termos de quantidade e qualidade.
�
PRODUTOR
 minimizar custos
 elevar preços
CONSUMIDOR
 mais produtos
 preços mais baixos�
�
TIPOS DE CAPITAL
Capital: consiste nas diversas formas de riqueza empregadas na obtenção de novas riquezas ou compreende um conjunto de bens e serviços.
Capital financeiro: necessário para a aquisição de outros tipos de capital é geralmente obtido através de crédito bancário. Ex.: liquidez, linhas de créditos subsidiadas.
Capital fixo: pagamento de salários, serviços e compra de matérias-primas.
Capital natural: terra, irrigação, árvores.
Capital físico: ferramentas, gado, tratores, construções.
Capital humano: representa o grau de capacitação da comunidade para o trabalho qualificado, a inovação científica e tecnológica, a liderança, a iniciativa e a organização em nível empresarial privado e na vida pública. Ex.: educação, treinamento, experiência (incluindo conhecimento em tecnologias)
Capital social: conjunto de relações desenvolvidas com outras famílias que podem servir como informação, segurança, permuta e comércio, clientela, reciprocidade. Conjunto de características da organização social, como a confiança, normas e sistemas que contribuam para aumentar a eficiência da sociedade, facilitando as ações coordenadas. 
AS NECESSIDADES ILIMITADAS
As necessidades dos indivíduos são ilimitadas, no entanto, os recursos para atender a estas necessidades são escassos. Elas se renovam diariamente e exigem o suprimento de bens necessários a atendê-las. Este paradoxo defronta-se com a constante criação de novos desejos e necessidades motivados pela perspectiva da sociedade de aumentar o seu padrão de vida e bem-estar material.
Ex.: alimentação, habitação, roupas, calçados, energia, educação, água encanada, saneamento, etc.
Recursos ou fatores de produção
Recursos são os fatores ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São denominados fatores de produção.
-terra (recursos naturais)
-trabalho (físico e intelectual)
-capital
A CPP – CURVA OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
A CPP refere-se a escolha feita pela sociedade ou pelo governo de que bem produzir.
Curva (ou fronteira) de possibilidades de produção (CPP) expressa a capacidade máxima de produção da sociedade, supondo pleno emprego dos recursos ou fatores de produção de que se dispõe em dado momento do tempo. 
Os fatores que alteram a curva de possibilidade de produção são: a tecnologia e a disponibilidade de recursos produtivos.
A quantidade de bens e serviços que podem ser produzidos é limitado por nossos recursos disponíveis e pela tecnologia que dominamos.
Na escolha dos bens e serviços que devem ser produzidos, a primeira providência é determinar quais combinações de bens e serviços são possíveis, levando em consideração duas restrições:
a)os recursos produtivos são limitados;
b)o nível de tecnologia disponível é determinado.
A curva (ou fronteira) de possibilidade de produção (CPP) delimita aquelas combinações de bens e serviços que podem ser produzidos por uma sociedade e aqueles que não podem, seja por que ultrapassam os recursos disponíveis, seja porque excedem a capacidade tecnológica.
A CPP mostra os limites da produção, assim não pode-se produzir em pontos externos a ela e pode-se produzir em qualquer ponto dentro da CPP ou sobre ela.
	POSSIBILIDADES
	PROD. DE GUARANÁ
(milhões de litros/mês)
	PROD. DE CD’S
(milhões de unidades/mês)
	A
	30
	0
	B
	28
	1
	C
	24
	2
	D
	18
	3
	E
	10
	4
	F
	0
	5
Fazer gráfico
Produção Eficiente
Quando a economia produz em um ponto dentro da CPP está operando de modo ineficiente. A eficiência é atingida quando não pudermos produzir mais de um produto sem produzir menos de algum outro bem. Quando a produção é eficiente a combinação de produtos está sobre a CPP.
Uma economia produz abaixo da CPP por duas razões:
a)os recursos não estão sendo empregados plenamente;
b)os recursos estão sendo utilizados de maneira ineficiente.
A curva de possibilidade mostra a noção de escassez porque em um determinado período, uma sociedade tem a quantidade fixa de cada um dos fatores de produção, de maneira que a produção de um bem advém às custas de outro bem.
Mudança na curva de possibilidade de produção
-aumento na quantidade dos recursos produtivos deve deslocar a curva para a direita.
Princípio do custo de oportunidade
Custo de oportunidade (alternativo ou implícito) de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens ou serviços a que se deve renunciar para obtê-lo. É igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem A para se produzir mais do bem B.
O custo de oportunidade incorpora a noção de que sempre enfrentamos a situação de escolher entre duas ou mais opções e de que temos que optar por um bem em detrimento de outro, visto que os recursos são limitados e podem ser utilizados em diferentes alternativas. Assim, o custo de oportunidade de alguma coisa é o que sacrificamos para consegui-la.
A curva de possibilidade ilustra o princípio do custo de oportunidade para toda a economia.
 
A LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES (ou custos crescentes)
A curva de transformação indica a substituição de um produto A por um outro B, com quantidades crescentes de B e, a existência de custos relativos crescentes na produção de bens.
 “Lei dos rendimentos decrescentes: à medida que se aumenta o emprego de um insumo, como trabalho deixando os demais fixos(capital, terra e capacidade empresarial), o produtor suplementar expande-se sucessivamente em quantidades cada vez menores. O produto total atinge um máximo e depois declina, tornando antieconômico o emprego de trabalho adicional com os demais fatores fixos.”
Portanto, a lei dos rendimentos decrescentes pode ser explicada da seguinte maneira: quanto maior o emprego de alguns fatores em um setor, deixando os demais constantes, menores serão os acréscimos no produto total.
Ex.: O indivíduo está com muita sede; o primeiro copo de água proporciona um grande benefício. Já o quinto copo de água não trará tantos benefícios como o primeiro, pois o indivíduo já não está mais com sede.
Lei dos custos crescentes: para atrair trabalhadores de um setor para outro é necessário oferecer maiores salários.
Lei dos rendimentos decrescentes: “A medida que aumenta o uso de um determinado fator de produção (mantendo-se fixos os demais insumos), chega-se a um ponto em que a produção adicional obtida eventualmente decrescerá.”
Ex.: funcionários em demasia, alguns se tornarão ineficientes e o produto marginal do insumo mão-de-obra apresentará uma queda.
- Rendimentos constantes à escala: no longo prazo, ao variar todos os fatores produtivos, o tamanho da unidade produtiva também varia, bem como o volume de produção. 
- Rendimentos decrescentes à escala: quando os acréscimos de insumo resultam em uma produção menor.
- Rendimentos crescentes à escala: quando ocorre um aumento da produção maior em percentual do que o aumento dos fatores produtivos. Em geral, são resultado de um progresso tecnológico.
FLUXO E SISTEMA ECONÔMICO
O sistema econômico pode ser melhor visualizado por meio de um modelo simples de uma economia de mercado, sem considerar as relações com o exterior (economia fechada) e a participação do governo.
MODELO ECONÔMICO ELEMENTAR
Fluxo Circular de Renda - Primeira Visão
�
As duas principais unidades econômicas envolvidas no sistema econômico de livre empresa são as famílias e as empresas.
Famílias - proprietários dos fatores de produção (terra, trabalho, capital e capacidade empresarial):
-pessoas e unidades familiares
-consumidores de bens e serviços
Empresas (primário, secundário e terciário):
-unidades econômicas que produzem os bens e serviços
-compram ou alugam os recursos econômicos
FLUXO REAL E MONETÁRIO
Fluxo real: envolve bens, serviços e fatores.
-o fluxo (real) de bens (finais) de consumo e serviços das empresas para os consumidores;
Fluxo monetário:pagamento pelos bens, serviços e fatores envolvidos.
-o fluxo (monetário) de moeda dos consumidores para as empresas.
As famílias, as empresas, o mercado de bens de consumo e serviços e o mercado de recursos ou fatores de produção compõem uma economia de livre empresa e formam o centro em torno do qual se desenvolve a economia.
Os preços dos bens e serviços interligam os dois fluxos, ou seja, o mercado de produtos para bens e serviços estabelece preços que regulam a quantidade e qualidade de bens produzidos e consumidos.
No fluxo monetário as empresas pagam às famílias pelo uso dos recursos por meio de salários (do trabalho), dividendos, juros e lucros (do capital) e aluguel (da terra e de imóveis).
Economia de mercado: livre concorrência entre produtores e consumidores – estabelecem os preços dos produtos.
SISTEMA ECONÔMICO
Sistema econômico é o conjunto de relações técnicas, básicas e institucionais que caracterizam a organização econômica de uma sociedade.
Elementos do sistema econômico
estoque de recursos produtivos
complexo de unidades de produção
conjunto de instituições (jurídicas, políticas, sociais e econômicas)
Tipos de sistema econômico
-capitalismo
-socialismo
Capitalismo – Características
a)propriedade privada dos fatores de produção, dos bens de consumo e do dinheiro;
b)controle do funcionamento da economia é realizado pelo sistema de preços;
c)o lucro é o grande impulsionador para a ação dos agentes econômicos;
d)importância da competição entre as empresas e entre os proprietários dos recursos;
e)papel do governo é limitado. Aparticipação do governo é dada pela relação entre gasto público (G) e renda nacional ou PIB (Y).
Socialismo ou economia centralizada ou planificada
a)as questões econômicas fundamentais resolvidas por um órgão central de planejamento;
b)predomínio da propriedade pública dos fatores de produção.
Sistema econômico e as trocas
Troca significa que os indivíduos permutam bens entre si.
a)Escambo: trocas realizadas sem dinheiro.
Problemas:
-tempo
-indivisibilidade de alguns bens
-coincidência de necessidades
b)Dinheiro: é todo o meio de pagamento aceito que pode ser permutado por bens e serviços, além de ser utilizado para saldar dívidas.
-capitalismo
-socialismo
RESPONDA:
1.Analisando-se uma economia de mercado, observa-se que os fluxos real e monetário conjuntamente formam o fluxo circular de renda. Explique como esse sistema funciona.
2.Comente a frase: “ sem recursos humanos não há capital”.
3.Quando a economia está operando no nível de “produção eficiente” ?
TEORIA MICROECONÔMICA 
A Teoria do Consumidor
Teoria da utilidade total e marginal
Utilidade é a medida do desejo ou satisfação do consumidor ao adquirir um bem ou serviço.
Por utilidade entende-se o benefício ou a satisfação (psicológica) que uma pessoa consegue ter, resultante do consumo de uma ou mais unidades de um produto ou serviço.
A utilidade total refere-se à satisfação completa derivada de todas as unidades consumidas de um bem. Termo aplicado a cada produto ou serviço consumido por um indivíduo.
A utilidade total tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem ou serviço.
A utilidade marginal que é a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, é decrescente, por que o consumidor vai saturando-se deste bem, quanto mais o consome.
GRÁFICOS
Lei da utilidade marginal decrescente: a medida que aumenta o consumo de determinada mercadoria, a utilidade marginal dessa mercadoria diminui.
Quando um indivíduo consome unidades adicionais de um produto, mantido constante o consumo de outros produtos e serviços, a quantidade de satisfação, obtida a cada unidade adicional daquele produto, decresce.”
Marginal = adicional
A utilidade total do consumo de n unidades é igual à soma das utilidades marginais da primeira até n-ésima mercadoria.
A teoria da utilidade marginal baseia-se em quatro suposições:
1)o consumidor obtém utilidade (satisfação) oriunda dos bens que consome;
2)cada unidade adicional de consumo resulta em utilidade total adicional;
3)à medida que aumenta a quantidade consumida de um bem ou serviço a utilidade marginal decresce;
4)o objetivo do consumidor é maximizar a utilidade total.
A utilidade marginal por real gasto é a utilidade marginal obtida da última unidade de um bem consumido, dividida pelo preço unitário desse bem.
A curva de demanda individual e o equilíbrio do consumidor
Preço marginal de reserva: o preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por uma unidade adicional da mercadoria.
*a quantidade adquirida pelo consumidor é aquela que iguala o preço marginal de reserva ao preço efetivamente praticado.
Curva de demanda do consumidor: curva que relaciona preço e quantidade adquirida.
Equilíbrio do consumidor ocorre quando a quantidade consumida é aquela em que o preço marginal de reserva é igual ao preço efetivo de mercado.
Excedente do consumidor é a diferença entre o que o consumidor está disposto a pagar e o que ele efetivamente paga por uma mercadoria.
Teoria da escolha (utilidade)
Possibilita medir o nível de satisfação ou prazer decorrente do consumo de uma mercadoria.
Cestas de mercadorias é um conjunto de uma ou mais mercadorias associado às quantidades consumidas de cada uma dessas mercadorias.
Curvas de indiferença é a representação gráfica de um conjunto de cestas de consumo indiferentes para o consumidor, ou seja, cestas que trazem a mesma satisfação.
Mapa de indiferença: conjunto de todas as curvas de indiferença do consumidor.
Propriedades das curvas de indiferença
1)curvas de indiferença mais distantes da origem representam cestas de mercadorias mais desejadas e curvas de indiferença mais próximas da origem representam cestas de marcadorias menos desejadas.
2)uma curva de indiferença tem sempre uma inclinação negativa, ou seja, ela se inclina para baixo e a direita.
3)duas curvas de indiferença não se cruzam jamais.
Taxa marginal de substituição de uma mercadoria I por uma mercadoria II é a redução na quantidade da mercadoria I necessária para repor o consumidor na mesma curva de indiferença quando há um aumento de uma unidade no consumo da mercadoria II. Ela indica o máximo que o consumidor estaria disposto a ceder da mercadoria I em troca da mercadoria II.
Linha de restrição orçamentária
Consumo = pa.qa + pb.qb
Renda = pa.qa + pb.qb < Renda
Restrição orçamentária representa o limite de consumo.
Posição da linha de restrição orçamentária depende dos preços das mercadorias e da renda do consumidor.
Equilíbrio do consumidor
O equilíbrio do consumidor é obtido na cesta de mercadorias correspondente ao ponto de tangência entre a linha de restrição orçamentária e a curva de indiferença mais elevada que toca essa linha.
Demanda individual e demanda de mercado
A curva de demanda de mercado é a soma das curvas de demanda de todos os consumidores individuais.
Teoria da Demanda e da Oferta
Teoria da demanda
Demanda individual é a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo.
Determinantes da demanda
1)preço do bem
2)preço dos outros bens
3)renda do consumidor
4)gosto ou preferência do indivíduo
Relação entre a demanda e o preço
D = f(Px) (relação inversa)
Curva de demanda mostra a relação entre a demanda e o preço.
Relação entre a demanda e o preço de outros bens
a)Bens substitutos: quando o aumento do preço de um bem aumenta a demanda do outro.
b)Bens complementares: quando o aumento do preço de um bem provocar uma queda na demanda de outro bem.
Relação entre a demanda e a renda
D = f(R)
a)Bens normais: aumenta a renda, aumenta a demanda.
b)Bens de consumo saciado: aumento na renda não altera a demanda.
c)Bens inferiores: aumenta a renda, reduz a demanda.
Curva de demanda de mercado
Demanda de mercado é a soma das demandas individuais.
Teoria da Oferta
Oferta: é a quantidade de bem ou serviço queos produtores desejam vender por unidade de tempo.
GRÁFICO
Determinantes da Oferta
a)preço do bem
b)preço dos demais bens
c)preço dos fatores de produção
d)tecnologia
Equilíbrio de mercado (GRÁFICO)
ESTRUTURAS DE MERCADO
Concorrência: forma de organizar os mercados permitindo a determinação dos preços e quantidades.
-Concorrência perfeita
Concorrência imperfeita: quando no mercado produtor (es) são suficientemente grandes para ter influência sobre os preços.
-Concorrência Imperfeita (Monopólio e Oligopólio)
Características:
-número de empresas
-tipo de produto
-barreiras ao acesso
CONCORRÊNCIA PERFEITA
-grande número de vendedores e compradores
-preço fixado pelo mercado
-produtos homogêneos
-não existem barreiras ao acesso de novas firmas
-transparência de mercado
-lucros normais
-Ex.: mercado do leite
MONOPÓLIO
-único produtor
-demanda da firma=demanda de mercado
-Rme=demanda de mercado
-produto sem substitutos próximos
-lucro máximo-Rmg=Cmg
-a empresa determina o preço
-existem barreiras ao acesso de novas firmas
-lucros extraordinários
-Ex.: Microsoft
Para existir monopólio algumas condições devem ser satisfeitas:
-dimensão reduzida do mercado
-patentes (direito de fabricação exclusiva durante um período de tempo)
-controle de matérias-primas
-proteção oferecida por leis governamentais
 Mercado de medicamentos – quando uma empresa descobre um novo medicamento, as leis de patente lhe concedem um monopólio sobre a venda do medicamento em questão. Mas, com o tempo a patente acaba por expirar e, a partir daí, qualquer empresa pode fabricar e vender o medicamento. Neste momento o mercado deixa de ser monopolista e passa a ser competitivo.
Concorrência Monopolística
-grande número de vendedores
-produtos diferenciados, embora substitutos próximos
-cada firma tem determinado poder sobre a fixação dos preços
-não existem barreiras ao acesso de novas firmas
-lucros normais
Oligopólio
-reduzido número de vendedores
-produtos substitutos próximos (diferenciados ou homogêneos)
-decisões sobre preço e produção são interdependentes
Cartel é um agrupamento de empresas que procura limitar a ação das forças da livre concorrência para estabelecer um preço comum e/ou alcançar uma maximização conjunta dos lucros. (Mochón e Troster, 2002)
Monopsôsio – muitos vendedores e um único comprador
Oligopsônio – poucos compradores que dominam o mercado e muitos vendedores
Monopólio Bilateral – defrontam-se monopolista (único vendedor) e o monopsonista (único comprador)
TEORIA MACROECONÔMICA
CONTABILIDADE NACIONAL
Define e relaciona os agregados econômicos e mede seu valor. As contas que integram a contabilidade nacional registram as transações realizadas entre os diferentes setores de atividade econômica do país. 
CONTABILIDADE SOCIAL
É o registro contábil da atividade produtiva de um país, ao longo de um dado período de tempo (normalmente um ano).
O sistema de contas nacionais utiliza o método das partidas dobradas, discriminando as transações dos agentes econômicos (famílias, empresas, governo e setor externo). Este sistema desconsidera as transações com bens e serviços intermediários (insumos e matérias-primas).
PRINCÍPIOS BÁSICOS DAS CONTAS NACIONAIS
. Considera-se apenas as transações de bens e serviços finais
. Mede-se apenas a produção corrente do próprio período.
. As transações referem-se a um fluxo, ou seja, são definidas ao longo de um certo período de tempo.
. Na Contabilidade Social, não são considerados os valores das transações puramente financeiras, dado que estas não representam diretamente acréscimos do produto real da economia.
. A moeda é apenas um padrão de medida na Contabilidade Social.
AS CONTAS NACIONAIS
. Conta de Produção (PIB): Composta pelo total da oferta e o total da procura dos bens e serviços no período de um ano.
. Conta de Apropriação: Composta pelo total da despesa e o total da renda das unidades familiares.
. Conta Corrente do Governo: Essa conta registra todas as despesas e receitas do governo.
. Conta Consolidada de Capital: Trata da avaliação monetária do total de formação de capital.
. Conta das Transações Correntes com o Exterior: registra o movimento de bens, serviços e pagamentos entre a economia nacional e o resto do mundo.
Agentes macroeconômicos: famílias e empresas
	O fluxo circular de renda deve ser quantificado periodicamente, a fim de se avaliar o desempenho da economia no período.
Produto Nacional (PN)
	É o valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado período de tempo.
PN = ∑p . q
Despesa Nacional (DN)
	É o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional. Revela quais são os setores compradores do produto nacional.
DN = C
C é o consumo ou despesas das famílias
A fórmula completa inclui as despesas dos quatro agentes econômicos:
DN = C + I + G + (X – M)
Onde:
C = despesas das famílias com bens de consumo
I = despesas das empresas com investimentos 
G = despesas do governo
X – M = despesas líquidas do setor externo (exportações – importações)
Renda Nacional (RN)
	É a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período.
RN = salários + juros + aluguéis + lucros
Assim, PN = DN = RN
Isto acontece porque, os bens intermediários se anulam (venda de empresa para empresa), tudo que a empresa recebe (PN = DN), ela gasta na remuneração dos fatores produtivos (RN), que inclui o lucro dos empresários, igualando o fluxo do produto ao fluxo dos rendimentos.
Formação de Capital
	Vamos supor que as famílias não gastam toda a renda com bens e serviços, poupando uma parcela para o futuro. Do mesmo modo, as empresas não produzem apenas bens de consumo, mas também, bens de capital, que aumentarão a capacidade produtiva da economia.
Poupança agregada
	É a parcela da renda nacional (RN) que não é consumida no período.
S = RN – C
Investimento agregado
	É o gasto com bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no período, e que aumentam a capacidade produtiva da economia nos períodos seguintes. O investimento é composto pelo investimento em bens de capital (máquinas e imóveis) e pela variação de estoques.
It = Ibc + Ve
Depreciação
	É o desgaste do equipamento de capital, da economia em dado período.
IL = IB - depreciação
PNL (Produto Nacional Líquido) = PNB (Produto Nacional Bruto) – Depreciação
A medida do produto: o ingresso do setor público
			
Setor público(3 esferas): municipal, estadual e federal
Receita fiscal do governo: impostos diretos e indiretos, contribuições à previdência social e outras receitas
Gastos do governo: gastos dos ministérios e autarquias (despesas correntes; despesas de capital); gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista; gastos com transferência e subsídios
Superávit e déficit público
Superávit: quando o total da arrecadação supera o total dos gastos públicos.
Déficit: quando o total da arrecadação é inferior ao total dos gastos públicos (necessidades de financiamento do setor público).
RENDA NACIONAL (RN): é a soma de todas as rendas recebidas pelos proprietários dos fatores de produção utilizados durante o ano, ou seja, o custo dos fatores, salários e ordenados, juros, aluguéis e lucros. É a renda que flui para o setor privado.
Para obter a renda nacional é necessário fazer 3 ajustes no PIB:
1.Subtraímos do PIB a renda líquida obtida pelas empresas multinacionais estrangeiras no Brasil e que é enviada ao exterior. Para obter este valor somamos ao PIB qualquer renda obtida no exterior por empresas ou residentes brasileiros e subtraímos qualquer renda obtida no Brasil por empresas ou residentes estrangeiros (PNB).
2.Subtrair a depreciação do PNB
3.Subtrair os impostos indiretos (que incidem sobre as vendas)
RENDA PESSOAL (RP): é a parte da renda nacional que cabe exclusivamente as famílias. Pagamentos totais que fluem diretamente para os indivíduos.
RENDA PESSOAL DISPONÍVEL: é a parte da renda pessoal que as famíliaspodem usar para consumir bens e serviços. Quantidade de renda pessoal que os indivíduos mantém depois de pagar impostos.
RENDA PESSOAL DISPONÍVEL = RNLcf – lucros retidos – impostos diretos – contribuições previdenciárias – outras receitas correntes do governo + transferências do governo às famílias.
RPD = RP - IRPF
A renda pessoal disponível mede quanto “sobra” para as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços ou então poupar.
 
RLFE (renda líquida de fatores externos) = receita líquida (pagamentos) recebida do exterior (igual ao rendimento decorrente de lucros, recebido do exterior pelos residentes, financiamentos e remessas de salários, menos o rendimento de estrangeiros na economia interna)
RLFE = PNB – PIB
RLFE = RR – RE
RR = renda recebida
RE = renda enviada
PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO E PRODUTO INTERNO LÍQUIDO
PIB(Produto interno bruto): é o valor da produção global de bens e serviços ocorrida dentro dos limites territoriais do país, no período de um ano. Produção gerada por recursos estrangeiros (exterior) e brasileiros (empresas nacionais).
PIBcf (Produto interno bruto a custo de fatores): é definido como o valor dos bens e serviços produzidos em uma economia durante um período de tempo determinado.
*Custo de fatores é o que a empresa paga aos fatores de produção salários, juros, aluguéis e lucros.
PIBcf = PNBcf + RRE – RRN*
*RRE = Rendas dos residentes estrangeiros no Brasil
RRN = Rendas dos residentes no exterior
Acrescentando os impostos indiretos ti e subtrair os subsídios sub tem-se o PIB a preço de mercados.
PIBpm = PIBcf + ti – sub
*Preço de mercado é o preço final pago na venda, adiciona ao custo de fatores de produção os impostos indiretos (ICMS e IPI) e subtrai os subsídios.
PIB nominal: PIB medido à preços correntes do próprio ano.
PIB real: PIB medido à preços constantes entre dois anos. Leva em conta as mudanças de preços.
PIB nominal pode aumentar por 3 razões:
-a produção de bens e serviços aumentou,
-os preços dos bens e serviços subiram,
-preço e produção aumentaram.
Para transformar o PIB nominal em real utiliza-se a fórmula:
PIB real = PIB nominal x 100/índice geral de preços
PRODUTO INTERNO LÍQUIDO (PIL)
PIL = PNL + ou – renda líquida enviada ao exterior
PIL = PIB – depreciação
PIB pela ótica das despesas: somar as despesas dos agentes da economia.
1.Despesas de consumo: famílias
2.Despesas de investimentos privados: empresas
3.Despesas de governo: governos federal, estadual e municipal
4.Exportações líquidas: exportações – importações
1.Despesas de consumo: são compras realizadas pelos consumidores de bens e serviços produzidos correntemente, bens domésticos e estrangeiros.
-bens duráveis, bens não-duráveis e serviços
2.Despesas com investimentos privados
a.despesas com novas instalações e equipamentos
b.moradias construídas recentemente
c.estoques
d.Investimentos bruto em capital fixo: total de despesas com novos investimentos
e.Depreciação: desgaste
f.Investimento líquido em capital fixo: subtraímos a depreciação do investimento bruto
*investimento produtivo significa compras de novos bens de capital físico para as empresas
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo, não necessariamente dentro do terrítório econômico nacional, mas necessariamente, com capital nacional.
PNB(Produto Nacional Bruto): expressa o valor global de bens e serviços produzidos por brasileiros, localizados no país ou for a dele. Inclui a produção pertencente apenas aos indivíduos de uma nação, ou seja, é a renda que efetivamente pertence aos residentes do país.
Tanto o PIB como o PNB expressam o valor global monetário de todos os bens e serviços finais produzidos no país durante um determinado período de tempo, geralmente um ano.
PNB = PIB + renda recebida do exterior – renda enviada ao exterior
PRODUTO NACIONAL LÍQUIDO (PNL) = PNB – depreciação ou amortização
PNL = gastos em consumo privado + gasto público + investimento líquido + exportações líquidas
Outra maneira de medir a renda nacional é através do Valor Adicionado que é o valor do produto de uma empresa menos o custo dos produtos intermediários comprados de seus provedores externos.
Valor adicionado (ou valor agregado) é o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção.
VA = valor bruto da produção (receita de vendas) + compra de bens e serviços intermediários
Valor adicionado é igual ao valor do produto da empresa menos o custo dos produtos intermediários comprados pela empresa de seus fornecedores.
Variáveis utilizadas na medida do produto
Consumo privado ( C ): O consumo é o objetivo da economia e os gastos constituem o maior componente do produto nacional. Os gastos em consumo são divididos em três componentes: bens de consumo duráveis; bens de consumo não-duráveis e serviços.
Consumo público ( G ): gastos do governo com serviços, defesa, saúde, justiça, educação, construção de estradas e parques, etc.
Investimento ( I ): produção de bens de capital (bens de investimento) que auxiliarão na produção dos anos futuros. O investimento é composto de três categorias: investimento na planta e equipamentos das empresas; construção de residências (habitações); variação nos estoques.
Exportações líquidas (X – M) = exportações (X) – importações (M)
Exportações: bens e serviços que os países destinam ao exterior, isto é, os que são vendidos para for a do país.
Importações: bens e serviços que um país compra do exterior.
Medindo o “produto” do país
1.Pela ótica da renda: 
- Renda é a remuneração, em reais, pelo uso dos fatores de produção, ou seja, consiste na remuneração de todos os fatores utilizados pelas empresas para fabricação de seus produtos ou a prestação de seus serviços.
O PIB pode ser dividido em lucros, salários, juros, arrendamentos, aluguéis e dividendos. A receita, que mede o valor da produção, ou seja, do produto, é “distribuída” entre os vários componentes da renda. A renda nacional equivale ao PIB, porque a Y (renda) = C(consumo) + S(poupança) + T(tributos).
O lucro é interpretado nas contas nacionais como a remuneração da capacidade empresarial, obtida da diferença entre a receita da venda e o pagamento dos demais fatores.
2.Pela ótica da despesa nacional
Despesa nacional: é o gasto dos agentes econômicos com o produto interno bruto, ou seja, ela revela quais são os setores compradores do PIB. Em um país de economia aberta, a oferta agregada inclui, além do PIB (oferta interna de bens e serviços, as mercadorias e serviços importados).
Oagreg. = PIB + imp.
Em relação a demanda agregada, além dos gastos internos em consumo e em acumulação, por parte das famílias, empresas e governo, somam-se as exportações de mercadorias e serviços.
O gasto externo líquido = E – M
*exportações geram renda internamente
*importações desviam a renda para o exterior
Da = C + G + I + X (E – M)
Conclusão: Para gerar um produto é necessário remunerar os fatores utilizados na sua produção, significando que a produção agregada (PIB) é igual a renda nacional.
A renda destina-se ao consumo, poupança e pagamento de impostos.
O produto é absorvido em consumo, investimentos e gastos do governo e exportações líquidas.
Como a soma de C + I + E – M equivale ao PIB, então:
RN = PIB = Despesa nacional
*esta igualdade ocorrerá apenas quando a Oa = Da 
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL
Modelo Básico Keynesiano
Jonh M. Keynes: é necessária a intervenção do governo para regular a atividade econômica e levar a economia ao pleno emprego.
Hipóteses do Modelo Básico
1. Economia com desemprego de recursos (subemprego): supõe a existência de desemprego, ou seja, a economia em equilíbrio abaixo do pleno emprego.
2. Nível geral de preços constantes: estímulo à demanda, eleva a produção e não os preços (capacidade ociosa).
3. Curto prazo (pelo menos um fator de produção permanece constante): supõe que o estoque de fatores deprodução não se altera no curto prazo apenas o grau de utilização.
4. Oferta agregada potencial fixa
Oferta agregada: é o valor total da produção de bens e serviços finais colocados à disposição da coletividade num dado período. É o próprio produto real ou PIB.
Oferta agregada potencial refere-se à produção máxima da economia, quando os fatores de produção estão plenamente empregados.
Oferta agregada efetiva: refere-se a produção que está efetivamente colocada no mercado.
5. Princípio da demanda efetiva
Demanda ou procura agregada é a soma dos gastos planejados dos quatro agentes macroeconômicos: despesas das famílias com bens de consumo (C), gastos das empresas com investimentos (I), gastos do governo (G) e despesas líquidas do setor externo (X-M).
DA = C + I + G + (X-M)
* as alterações no nível de renda e produto devem-se à demanda agregada. (Princípio da demanda efetiva)
Equilíbrio macroeconômico
renda de pleno emprego ocorre quando todos os recursos produtivos disponíveis estão empregados e a economia está produzindo com plena capacidade.
Renda de equilíbrio ou renda efetiva: é determinada quando a oferta agregada iguala a demanda agregada de bens e serviços.
Objetivo da política econômica ou modelo keynesiano é encontrar o equilíbrio a pleno emprego, fazer o equilíbrio entre oferta e demanda agregada coincidir com a renda ou produto de pleno emprego.
CONSUMO AGREGADO
Fatores que afetam o consumo:
renda nacional
estoque de riqueza ou patrimônio
taxa de juros de mercado
disponibilidade de crédito
expectativas sobre a renda futura
rentabilidade das aplicações financeiras
C = f (RND)
Propensão marginal a consumir: variação esperada no consumo decorrente de uma variação na renda disponível.
PMgC = variaçãoC/variaçãoRND
POUPANÇA AGREGADA
Poupança é a parte residual da renda nacional disponível, ou seja, parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo.
S = f (RND)
Propensão marginal a poupar: relação entre a variação da poupança e a variação da renda disponível.
INVESTIMENTO AGREGADO
Investimento é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva.
Curto prazo: gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva.
Longo prazo: aumento efetivo da quantidade produzida (produção ou oferta agregada)
* o investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional de um país.
QUESTÕES PARA REVISÃO:
1.O PILcf não corresponde a:
a.( )PIBcf menos depreciação
b.( )PNLcf mais RLEEx
c.( )PILpm menos impostos indiretos mais subsídios
d.( )PNLcf mais depreciação
2.O produto interno bruto a preços de mercado equivale a:
a.( )PIBcf + RLEEx
b.( )PILcf + impostos indiretos + depreciação – subsídios
c.( )PILpm + amortizações de empréstimos externos
d.( )PNLpm + dívida externa bruta
3.Porque os economistas usam PIB real, e não o PIB nominal, para medir o bem-estar econômico?
4.Diga se a afirmação é falsa ou verdadeira e justifique: “O produto nacional a preço de mercado é medido a partir dos valores que refletem os custos de produção, a remuneração dos fatores, enquanto o produto nacional a custo de fatores é medido a partir dos valores transacionados no mercado.
5.O produto interno bruto equivale a:
a.( )remuneração dos ativos pertencentes aos nacionais
b.( )renda devida à produção dentro dos limites territoriais do país
c.( )a renda que pertence efetivamente aos nacionais
d.( )a remuneração dos ativos pertencentes aos estrangeiros
SISTEMA MONETÁRIO
Política Monetária: entende-se a atuação do Banco Central para definir as condições de liquidez da economia.
Moeda: é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as transações, isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações.
Funções da moeda
meio de troca
unidade de conta
reserva de valor
Tipos de Moeda
-Moeda-mercadoria: mercadoria utilizada como moeda.
-Moeda-papel: nota de papel que possui lastro.
-Papel-Moeda ou Moeda Fiduciária: notas de papel sem lastro, apenas garantidas pelo governo.
DEMANDA DE MOEDA
O preço de uma mercadoria é a expressão monetária do valor de troca de um bem.
-Motivo transação: demanda por moeda pelos bens que ela pode adquirir.
-Motivo precaução: a incerteza com relação ao futuro faz com que os indivíduos demandem moeda como reserva de valor.
Motivo especulação: o indivíduo guarda moeda a espera do melhor momento para adquirir títulos que permitam rendimento.
Velocidade de circulação da moeda: número de transações liquidadas com a mesma unidade monetária.
* A demanda por moeda depende da renda e da taxa de juros.
OFERTA DE MOEDA
Em um sistema sem lastro, tem-se a moeda fiduciária.
Banco Central: responsável pela oferta de moeda.
Funções:
-controlar a oferta monetária
-zelar pelo valor da moeda nacional
-regular e fiscalizar o sistema financeiro
Bancos: 
-intermediações financeiras
-captam recursos para empréstimos
Depósitos = reservas (R ) + empréstimos (EB)
Reservas compulsórias: parcela dos depósitos que os bancos são obrigados legalmente a depositar junto ao Banco Central.
Reservas voluntárias: recursos que os bancos mantem junto ao BC por opção.
Base Monetária: corresponde a soma do papel-moeda em poder do público mais as reservas dos bancos.
Multiplicador Monetário
M1 = k.BM
Meios de pagamento: corresponde ao conjunto de ativos utilizados para liquidar transações.
Quase-moeda: são ativos que possuem alta liquidez, embora não tão imediata, e que rendem juros, como os títulos públicos, as cadernetas de poupança, os depósitos à prazo e alguns títulos privados, como letras de câmbio e imobiliárias.
Ex.: fundos de aplicação financeira, certificado de depósito bancário.
Liquidez: é a capacidade de um ativo converter-se rapidamente em poder de compra, isto é, transformar-se em mercadorias.
Lastro: ativo ou mercadoria que respalda o valor da moeda, isto é, no qual a moeda-papel pode ser convertida.
Correção Monetária: correção dos valores nominais por dado índice de preços, de modo a compensar a perda de valor da moeda decorrente da inflação.
Indexação: mecanismo de proteção dos valores nominais por dado índice de preços, de modo a compensar a perda de valor da moeda decorrente da inflação.
AGREGADOS MONETÁRIOS
M1 = PMP + depósitos à vista
M2 = M1 + títulos públicos
M3 = M2 + depósitos em cadernetas de poupança
M4 = M3 + depósitos à prazo fixo
Desmonetização: em épocas de inflação acelarada, há uma forte diminuição de M1 em relação aos demais agregados.
Monetização: em épocas de queda na inflação, há um aumento de participação do M1.
CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO DOS MEIOS DE PAGAMENTO
Criação:quando uma quase-moeda ou um ativo não-monetário se torna uma moeda pelo conceito M1. Quando há aumento do volume de meios de pagamento.
Destruição: quando uma moeda pelo conceito M1 se transforma em uma quase-moeda ou em um ativo não-monetário. Quando há redução dos meios de pagamento.
INSTRUMENTOS DE CONTROLE MONETÁRIO
Banco Central é o órgão responsável pela condução da política monetária.
Funções adicionais do Bacen no Brasil
-administração das reservas internacionais
-condução da política cambial
-banco do Tesouro Nacional, administrando sua conta corrente
Instrumentos de controle monetário
-emissão de papel-moeda
-guardião das reservas dos bancos (reservas compulsórias)
-empréstimos de liquidez e taxa de redesconto
-operações de mercado aberto
Operações ativas: aplicações de recursos captados do público.
Operações passivas: captação de recursos do público, instituições financeiras e Banco Central.
Empréstimos de assistência à liquidez: empréstimos realizados à instituições financeiras para cobrir a insuficiência de caixa.
Taxa de redesconto: taxa cobrada pelo Bacen em seus empréstimos aos bancos comerciais.
Operações de mercado aberto: compra e venda de títulos públicos pelo Bacen junto ao mercado.
TAXA DE JUROS
Custo de um empréstimo ou retorno de um aplicação.
A taxa de juros afeta:
-decisõesde consumo dos indivíduos;
-decisões de investimentos;
-a magnitude do déficit público;
-fluxo de recursos externos para a economia;
-valor da taxa de câmbio;
-competitividade dos produtos do país.
REVISÃO:
1.Responda com F ou V:
a.( )A moeda é um ativo utilizado para realizar transações econômicos. Quando um indivíduo, segundo Keynes, guarda moeda para esperar o melhor momento para adquirir títulos que permitam rendimentos pode-se afirmar que o motivo pelo qual este indivíduo demanda moeda é especulação.
b.( )A liquidez é a capacidade de um ativo converte-se rapidamente em poder de compra. Pode-se afirmar que o agregado monetário de maior liquidez é o M4.
c.( )São funções da moeda: meio-de-troca, unidade de conta e reserva de valor.
2.Assinale a afirmativa correta:
Entre os ativos citados abaixo, assinale o de menor liquidez:
a.( )M4
b.( )M2
c.( )M1
d.( )M3
A fórmula papel-moeda em poder do público + depósitos à vista + títulos públicos + depósitos em caderneta de poupança corresponde ao conceito de:
a.( )M1
b.( )M2
c.( )M3
d.( )M4
SETOR PÚBLICO
Política Fiscal: atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos.
I – A Função Financeira do Estado
a intervenção do estado faz-se necessária porque o sistema de preços não consegue cumprir algumas funções.
Função alocativa: fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de preços (mercado).
Falhas de mercado
Externalidades: ação de determinados agentes pode ter impactos sobre o resultado pretendido por outros agentes (positivas e negativas)
Economias de escala: situação em que o aumento da produção de determinado bem, por uma única empresa, leva à redução do custo médio por produto.
Bens públicos são caracterizados como de consumo não excludente e não rival.
Bens públicos caracterizam-se pela impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo.
Um bem público de consumo não excludente só funciona quando a utilização do bem não está saturada.
Bem público “puro”: serviço de meteorologia.
Bem rival: consumo realizado por um agente exclui automaticamente o consumo por outros indivíduos.
Bem não-rival: o consumo realizado por um indivíduo não diminui a quantidade a ser consumida pelos demais indivíduos.
Bens semi-públicos ou meritórios: satisfazem o princípio da exclusão.
Ex.: Serviço de saúde
Função distributiva: o governo funciona como agente redistribuidor de renda; através da tributação retira de segmentos mais ricos e transfere para segmentos menos favorecidos.
Função Estabilizadora: intervenção do governo na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego.
Receita do Governo
arrecadação através de impostos (diretos ou indiretos), taxas e contribuições.
o total de impostos arrecadados no país corresponde à chamada carga tributária bruta.
Imposto Direto: incide sobre a renda e a riqueza.
Ex.: IRPF
Imposto Indireto: incide sobre transações de mercadorias e serviços.
Ex.: ICMS
Imposto regressivo: aumento na contribuição é proporcionalmente menor que o incremento ocorrido na renda.
Ex.: ICMS, IPI
Impostos proporcionais ou neutros: aumento da contribuição é proporcionalmente igual ao aumento da renda.
Impostos progressivos: aumento na contribuição é proporcionalmente maior que o aumento ocorrido na renda.
GASTOS DO GOVERNO
-despesas correntes ou gastos de custeio (funcionários públicos, bens e serviços e materiais)
-transferências
DÉFICIT PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA
O total de impostos arrecadados no país corresponde à chamada carga tributária bruta.
CTB – transferências governamentais (juros sobre a dívida pública, subsídios e gastos com assistência e previdência social) = CT líquida
Poupança do governo = CT líquida – consumo do governo
Déficit público: quando os gastos superam o montante da arrecadação.
Déficit público = investimentos governamentais – poupança do governo em conta corrente
Déficit nominal: fluxo líquido de novos financiamentos. Engloba qualquer demanda de recursos pelo setor público (despesas financeiras, pagamento de juros sobre a dívida pública).
NFSP: Necessidade de financiamento do setor público não-financeiro. Tem por objetivo medir a pressão do setor público não-financeiro sobre os recursos financeiros da economia, ou seja, sobre a poupança. É muito sucetível as variações nas taxas de inflação.
NFSPcn = G-T-iB
G= total de gastos públicos não-financeiros
T= total da arrecadação não-financeira
i= taxa de juros nominal
B= estoque de títulos públicos
1.NFSP conceito nominal (NFSPcn): engloba qualquer demanda de recursos pelo setor público, inclusive para fazer frente as despesas financeiras (pagamentos de juros sobre a dívida pública).
2.NFSP conceito operacional (NFSPco): deduz as correções monetárias e cambial pagas sobre a dívida. Esta última ficou conhecida como déficit operacional do setor público.
Déficit primário ou fiscal: diferença entre as receitas não-financeiras e os gastos não-financeiros.
- diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária (excluindo juros, correção monetária e cambial).
Déficit Primário = NFSPco – receitas e despesas financeiras
Déficit operacional = déficit primário acrescido dos juros reais da dívida
NFSPco = G – T + rB
r = taxa real de juros
Financiamento do Déficit
emitir moeda
vender títulos da dívida pública 
quando o déficit for menor que zero, ou seja, ocorre um superávit, o governo está fazendo uma política contracionista (restrição de demanda).
quando o déficit for maior do que zero o governo estará fazendo uma política expansionista (aumentando a demanda).
ESTRUTURA TRIBUTÁRIA
Princípio da Neutralidade: obtido quando não alteram os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado.
Princípio da eqüidade: distribuir seus ônus de maneira justa entre os indivíduos.
2.a) Princípio do benefício: contribuinte paga ao Estado um montante diretamente relacionado aos benefícios que ele recebe.
2.b) Princípio da capacidade de pagamento: contribuição de acordo com a capacidade de pagamento.
Orçamento tradicional (1822 – liberalismo econômico): resistências ao crescimento das despesas públicas e à participação do Estado na Economia.
Função: disciplinar as finanças públicas e possibilitar aos órgãos de representação um controle político sobre o executivo.
Orçamento moderno: o Estado passa a intervir para corrigir distorções do sistema econômico e estimular programas de desenvolvimento; passa a ser o responsável pela manutenção da atividade econômica.
Função: instrumento de administração; auxilia o executivo na programação, na execução e no controle do processo administrativo.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Princípio da unidade: cada entidade pública financeiramente auto-suficiente deve possuir um orçamento.
Princípio da universalidade: o orçamento precisa conter todas as receitas e despesas do Estado.
Princípio do orçamento bruto: o orçamento deve conter todas as parcelas da receita e da despesa em valores brutos, sem nenhuma dedução.
Princípio da anualidade: o orçamento deve ser elaborado por um determinado período de tempo, geralmente um ano.
Princípio da não-vinculação: impede a vinculação das receitas aos gastos.
Princípio da discriminação ou especialização: receitas e despesas devem aparecer discriminadas contendo a origem e a destinação dos recursos.
Princípio da exclusividade: deve conter exclusivamente matérias de natureza orçamentária.
Princípio do equilíbrio: déficit público coberto por recursos da atividade econômica (clássicos) e função estabilizadora da economia (keynesianos).
Responda as questões abaixo com (V) se verdadeiro e (F) se falsa.
1.( )Uma das funções do governo é o fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de preços (mercado). Esta função é chamada de função alocativa.
2.( )Os princípios orçamentários visam dentro do orçamento moderno ser um instrumento de controle

Outros materiais