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Laura de Lourdes Schneider @irondoguinho/ @umdia.vet Digestão e absorção de Lipídios • Formação das membranas biológicas: Membranas citoplasmática e organelas (fosfolipídios, colesterol etc.) • Fornece as separações necessária para que as reações ocorram em cada um desses ambientes. • Veiculação de vitaminas lipossolúveis. (A, D, E, K – hidrossolúveis). Essas vitaminas tem comportamento lipídicos, ou seja, são lipossolúveis/ hidrofóbicos percorrendo o mesmo caminho durante o período de digestão e absorção no trato digestivo. • Alguns ácidos graxos que são lipídios derivados, também não são produzidos pelos nossos organismos, por isso devem ser consumidos através de dietas, como é o caso dos ácidos linolênico e linoléico. • Usados como isolantes térmicos e isolantes químicos (bainha de mielina) • Substâncias lipídicas que darão origem a sinalizadores químicos, como as prostaglandinas, Leucotrienos e Tromboxanos. ❖ Correspondem a uma fração considerável das dietas dos animais, mas são insolúveis em água; ❖ Ação que dissolva (emulsifique) as gorduras para ocorrer digestão por enzimas; Os principais lipídios são: Triglicerídeos, Colesterol, Fosfolipídios, Vitaminas, Carotenoides. ➔ Monogástricos Boca: Lipase lingual -> Hidrolisa cadeias curtas/ jovens Estômago: Lipase gástrica Calor do estômago e o peristaltismo Lipases gástricas trabalha no ambiente ácidos ➢ Hidrolisação parcial dos lipídios Lipases pancreática trabalha em PH neutro ou alcalino levemente a (carnívoros) Dentro das questões dietéticas e metabólicas, eles são considerados alimentos altamente energéticos. Como eles são muito desidratados e uma cadeia de hidrocarboneto grande, fornece uma quantidade de ATP maior que as outras substância. O principal lipídio é o triacilglicerol. Eles são formados por três ácidos graxos que são esterificados em uma molécula de glicerol. Laura de Lourdes Schneider @irondoguinho / @umdia.vet ➔ Lipídios são substâncias hidrofóbicas, sendo assim, é o principal empecilho para que haja a digestão enzimática, visto que as enzimas atuam sobre as gorduras via hidrolise, ou seja, atividade mediada por água. Dessa forma, o primeiro processo que precisa ocorrer é a diminuição da tensão da água e a possibilidade dessas substâncias se tornar menos hidrofóbicas. Isso ocorre de maneira sequencial, desde o processo de mastigação, com o ataque das lipases lingual, com ação das lipases gástricas no estômago e a maceração e peristaltismo do estômago, provocando a dispersão das gotículas de gorduras da água, além do aquecimento e ataque ácido que ocorre no estômago. Assim, auxilia no processo de emulsificação. Promover a hidrossolubilização parcial dos lipídios é crucial para que as enzimas possam hidrolisá-los. Quando o material chega no intestino delgado, ocorre outra fase. Nessa região ocorre um aumento no pH, e a secreção e ejeção da bile, muito importante para a digestão de lipídios. Mastigação + Maceração e ataque ácido gástricos + ataque enzimático pelas lipases lingual e gástricas + BILE + aquecimento + Parasitismo + ataque pelas enzimas pancreáticas = Emulsificação. A bile contém várias substâncias, como a presença dos ácidos e sais biliares. Essas substâncias ajudam a diminuir a tensão da água e a formar gotículas menores que são vulneráveis ao ataque de enzimas. Essas enzimas são produzidas e secretadas pelo Laura de Lourdes Schneider @irondoguinho / @umdia.vet pâncreas e ejetadas ainda no duodeno (lipase pancreáticas, fosfolipase A2, Colesterol esterase) essas enzimas vão hidrolisar componentes como Triacilglicerol, lecitina e éster de colesterol, provocando assim a separação de ácidos graxos, que ficam livres, e os remanescentes, sejam monoglicerois, colesterol livres e as Lisolectinas podem ser absorvidos. Esse é um processo que ocorre em pH controlado, em torno de 7 favorece a ação dessas enzimas, ambiente aquecidos ao entorno de 37° à 40° graus. E a presença do sulco biliares e dos sais biliares que funcionam como detergentes biológicos. Propiciando então, a formação de gotículas diminutas que servem para formar um arcabouço onde essas enzimas podem repousar e formar um complexo em que vão se permitir hidrolise. Essa hidrolise acontece na luz do intestino, se encaminhando para regiões das microvilosidades, para a entrada nos enterócitos através transportadores ou de forma passiva. De uma forma geral, os triacilgliceróis que são digeridos, se tem a entrada de monoglicerideos, glicerol e dos ácidos graxos de cadeia livre. Os Ácidos graxos de cadeia curta e média, que são poucas nas dietas de carnívoros e herbívoros, são absorvidos pelo sangue. Já os ácidos graxos de cadeia longa, colesterol e vitaminas, dentro dos enterócitos, por meio de suas paredes, elas são reorganizadas e esterificadas dentro dos enterócitos para formar um novo triacilglicerol. Ácidos graxos de cadeia longa, colesterol, lisolecitinas e vitaminas, dentro da parede intestinal/ enterócitos são re-esterificadas e vão formar um novo, os quilomícrons. Os quilomícrons são excitados para os ductos linfáticos. As vitaminas reorganizadas, dentro dos enterócitos, para formar uma lipoproteína, dessa forma ela concentra lipídios variados, e recebe uma pequena proporção de proteínas na sua estrutura, formando um arcabouço e são hidrofílicas, facilitando sua dissolução na linfa, que é o meio interno por onde os quilomícrons são exocitados para os ductos linfáticos e são levadas pelos vasos quilíferos e encaminhados até chegar ao sangue, nesse trajeto já são retirados parte do conteúdo interno desses quilomícrons, já que essas proteínas que os envolvem, funcionam como marcadores proteicos que se comunicam com receptores próprios do endotélio dos vasos linfáticos, e depois, dos vasos sanguíneos, de tal modo que conseguem então possibilitar a liberação de determinados componentes dos Laura de Lourdes Schneider @irondoguinho / @umdia.vet quilomícrons e outras lipoproteínas, que vão sendo utilizados pela célula. OBS: Nos animais jovens as lipases linguais vão atuar nos triglicerídeos que possuem ácidos graxos cadeia curta, que justamente são os que estão presentes no leite. A lipase lingual degrada esses ácidos graxos da posição 1 e 3 do triglicerídeo. Quando o animal não é jovem, a digestão ocorre no estômago dos animais. No estômago, seja qual for a gordura ingerida, por ser hidrofóbica ela formará góticas grandes de gorduras que vão se precipitar, assim, devido à falta de contato com a água não será possível hidrolisar. Os lipídios no duodeno vão estimular a produção de enzimas pancreáticas, entretanto, vão estimular a secreção da bile que é a secreção hepática. Essa bile apresenta os ácidos biliares, que são moléculas detergentes, e assim vão estabilizar os lipídios em solução aquosa para mediar os processos de digestão hidrolítica desses lipídios. Portanto, uma vez que esses lipídios não se dissolvem em água e as enzimas utilizam a água para o processo de quebra, a bile constituída por ácidos biliares, colesterol, lecitina, pigmentos biliares, além de proteínas e íons vão estabilizar os lipídios da dieta e mediar o processo de digestão. O processo de digestão da gordura é realizado pelas lipases pancreáticas. Essas lipases pancreáticas vão emulsificar os lipídios, ou seja, o ácido biliar vai ligar sua porção hidrofóbica a gotículade gordura hidrofílica a água e vai estabilizar a molécula, e assim ocorre a emulsificação. Essa emulsificação dos lipídios é importante para o processo de hidrolise. Digestão no intestino: Após a emulsificação, a lipase pancreática, assim como a colesterol esterase e a fosfolipase A2, vão conseguir acessar o lipídio e promover o processo de quebra. Portanto, a lipase e a colipase juntas, em associação com o sal biliar vão atacar a gotícula de lipídio. Assim, os lipídios vão ser quebrados na posião 1 e 3 e vão gerar dois ácidos graxos livres e um monoacilglicerol, que serão absorvidos pelos enterócitos dos animais. Laura de Lourdes Schneider @irondoguinho / @umdia.vet Absorção ocorre por difusão, uma vez que a membrana das células dos enterócitos é feita de lipídios. O ácido biliar leva esse lipídio até a membrana da célula do enterócito para ser difundido passivamente. Dentro dos enterócitos ele vai ser re- esterificado e formará um quilomícron, podendo ou não receber proteínas, e sendo a unidade de transporte de lipídios. Aves é transportado diretamente na corrente sanguínea Mamíferos que são transportados pelos vasos linfáticos. ➔ Resumo A digestão de lipídios ocorre preponderantemente no duodeno e jejuno. Essa digestão ocorre por enzimas que são produzidas pelos pâncreas (Lipase, fosfolipase A2, colesterol, esterase). Mas para que ela possa exercer a hidrolise plenamente é necessário um trabalho prévio de emulsificação que é feito pela Bile, pelo peristaltismo e pelo aquecimento que ocorre no tubo digestivo. Depois que ocorre essa hidrolise de maneira satisfatória, a substância hidrofílica originadas da digestão dos lipídios (monoglicerideos, glicerol e dos ácidos graxos de cadeia livre, curta, média e longas) vão para o sangue. E a maioria das substâncias que ainda são hidrofóbicas, vão ser re-sintetizadas para ser concentradas em umas lipoproteínas chamadas de quilomícron que são absorvidas pelos vasos linfáticos e depois distribuídas para o organismo, sendo dirigidas finalmente para os fígados e lá são re- transformadas.
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