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Darwinismo Social: Charles Darwin, com seus estudos científicos publicados em seu livro "A Origem das Espécies", revoluciona a biologia e os próprio conceitos filosóficos que fundamentavam a visão que o homem tinha de si mesmo. Ao demonstrar que o processo de formação dos seres vivos não decorre da intervenção planejada de um ser divino, mas sim de um longo processo de evolução, composto por um processo de surgimento gradual de pequenas mutações genéticas baseado em uma sequência de tentativa e erro, que determinaria qual mutação seria bem sucedida, a partir da sobrevivência do indíviduo mais apto, Darwin estabelece um novo paradigma através do qual a natureza e a existência humana devem ser encaradas. No bojo da onda de cientificismo que tomava a Europa naquele momento, as teorias de Darwin são apropriadas como verdades incontestes por várias outras ciências. As teorias do Liberalismo econômico se apropriam do conceito de sobrevivência do mais apto, para justificar a sua idéia fundamental (como vimos em Locke), de que todos os homens competem em igualdade ao acesso à propriedade privada, e portanto aqueles que não conseguem obter essa propriedade, não o fariam por serem preguiçosos ou indolentes, e, consequentemente, menos aptos nesse processo competitivo. Surge também o DARWINISMO SOCIAL, com a transposição das idéias de Darwin para o estudo das sociedades. Segundo o DARWINISMO SOCIAL, as sociedades se modificam e se desenvolvem como seres vivos. As transformações sociais representariam a passagem de um estágio social inferior para um estágio social mais evoluído, adaptado e complexo. Portanto, sociedades mais evoluídas prevaleceriam sobre sociedades em um estagio de evolução inferior, baseado no conceito da sobrevivência do mais apto. Como vimos anteriormente, isso também foi extendido ao mundo Capitalista dos negócios, como justificativa para o controle dos meios de produção por indivíduos mais bem sucedidos e, consequentemente, mais aptos. Por fim, isso também se traduziu no estabelecimento da doutrina de raças superiores e inferiores. Onde as raças superiores (brancos europeus) deveriam dominar os mais fracos e guiar essas raças inferiores ao desenvolvimento econômico, político e cultural (que seria o modelo econômico, político e cultural europeu).
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