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Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia ➛ O sistema digestório enfrenta três desafios: 1) Evitar autodigestão: ✓ Se os mecanismos protetores falharem, escoriações desenvolvem-se nas paredes do trato gastrointestinal (úlceras peptídicas) 2) Balanço de massa: ✓ Manutenção da entrada e saída de líquidos ✓ 42L de água corporal total ✓ Apenas 100mL de liquido é perdido nas fezes 3) Defesa: ✓ A maior área de contato entre o meio interno e o mundo exterior está no lúmen do sistema digestório ✓ Conjunto de mecanismos fisiológicos de defesa, incluindo: muco, enzimas digestórias, ácido e tecido linfático associado ao intestino ➛ Conjunto de fenômenos estomatognáticos que visa a degradação mecânica dos alimentos, isto é, a trituração e a moagem dos alimentos ➛ Conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns Digestão mecânica: ➛ Alimento é manipulado pela língua, quebrado pelos dentes e misturado com a saliva ➛ Os movimentos mastigatórios ocorrem em várias direções, o que é possível devido à grande mobilidade da articulação temporo-mandibular (ATM) ➛ Formação do bolo alimentar Funções: ➛ Satisfação para comer ➛ Mistura para deglutição ➛ Redução em partículas menores para a digestão Inervação: ➛ Os principais músculos da mastigação são inervados pelo 3° ramo do nervo trigêmeo (ramo mandibular) ➛ A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios: ✓ M. Temporal ✓ M. Masseter ✓ M. Pterigóideo medial ✓ M. Pterigóideo lateral Processo de mastigação: ➛ Grande parte do processo de mastigação é ocasionada pelo reflexo de mastigação ➛ A presença de bolo de alimento na boca, primeiro, desencadeia a inibição reflexa dos músculos da mastigação, permitindo que a mandíbula inferior se abaixe ➛ Isso, por sua vez, inicia reflexo de estiramento dos músculos mandibulares que leva à contração reflexa ➛ Essa ação automaticamente eleva a mandíbula, causando o cerramento dos dentes, mas também comprime o bolo, de novo, contra as paredes da cavidade bucal, o que inibe mais uma vez os músculos mandibulares, permitindo que a mandíbula desça e suba mais uma vez ➛ Esse processo é repetido continuamente ✓ O controle da mastigação é realizado por um processo no qual o núcleo motor do trigêmeo recebe impulsos provenientes do córtex cerebral, ativando os músculos abaixadores da mandíbula, para que a boca se abra e ocorra a entrada do alimento. ✓ Embora os músculos que controlam estas atividades sejam completamente acessíveis ao controle voluntário cortical, estas atividades ocorrem na maior parte do tempo sem esforços conscientes. Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia Digestão: Digestão química: ➛ Amilase salivar atua sobre o amido ➛ Somente os monossacarídeos podem ser absorvidos ➛ Continua a atuar até ser inativada pela secreção ácida do estômago Saliva: ➛ Secreção salivar: É uma mistura de secreções das glândulas salivares maiores e as glândulas acessórias ➛ Água – maior componente (99,5%) ➛ 0,5% solutos – ions, ureia, ácido úrico, muco, IgA e a amilase salivar (ptialina) ✓ Glândulas parótidas -> serosa ✓ Glândulas submandibulares -> mista ✓ Glândulas sublinguais -> mista ✓ Glândulas acessórias -> mucosa ➛ Enzimas da saliva -> amilase salivar (ptiliana) ✓ Amilase catalisa a hidrolise de polissacarídeos (amido, glicogênio, derivados) ➛ Funções da saliva: ✓ Protetora – higiene oral - Secreção de lisozima (bactericida) - Lactoferina – secreção de IgA ✓ Lubrificação do bolo alimentar – mucina ✓ Ação tamponante – pH da saliva é alcalino (enzima ptialina) ✓ Controle da ingestão de água – boca seca ➛ Produção da saliva: ✓ Saliva primária: - Produzida nos ácinos e quase isotônica em relação ao plasma – elevada quantidade de Na, K, Cl - Ao longo do caminho há um controle de liquido ✓ Saliva secundária: - Quando a saliva flui para os ductos estriados e secretores sua composição é alterada para hipotônica em relação ao plasma ➛ Controle da produção da saliva: ✓ Controlada pelo sistema nervoso autônomo: ✓ Estimulo parassimpático: - Secreção de saliva - Nervo facial (VII nervo craniano) e glossofaríngeo (IX nervo craniano) ✓ Estimulo simpático: - Inibe ou estimula a secreção da saliva - Simpático -> gânglio cervical superior ➛ Centro da deglutição -> localizado próximo ao bulbo ✓ Nervo vago, glossofaríngeo e trigêmeo ➛ A partir do momento em que o bolo alimentar toca a parede da faringe -> não há mais controle autônomo Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia Fase oral ou voluntária -> a língua separa parte do bolo alimentar e o comprime contra o palato duro, para cima e para trás da boca, forçando o bolo alimentar contra a faringe, onde estímulos tácteis iniciam o reflexo de deglutição Fase faríngea -> fechamento das cordas vocais, da epiglote, levantamento da faringe e abertura do esfíncter esofágico superior. Logo após a passagem do bolo alimentar, abrem-se as cordas vocais, a epiglote relaxa e o EES se fecha Fase esofágica -> podemos considerar a motilidade esofágica como sendo a continuação da deglutição: uma onda peristáltica começa logo abaixo do EES que desloca-se até o esfíncter esofágico inferior (EEI), relaxando-o e permitindo a entrada do bolo alimentar no estomago (relaxamento receptivo) Obs: esôfago ➛ Estende-se da orofaringe ao estômago ➛ Penetra no abdome atravessando o hiato diafragmático ➛ Musculatura estriado -> terço superior ➛ Superior: EES ou esfíncter cricofaríngeo -> espessamento da musculatura estriada ➛ Musculatura lisa -> dois terços distais ➛ Inferior: EEI ➛ Peristaltismo primário e secundário ✓ Primário -> é a continuação da onda peristáltica que começa na faringe e se prolonga para o esôfago, durante o estágio faríngeo da deglutição ✓ Secundário -> resultam da distensão do próprio esôfago pelo alimento retido, uma vez que o primário não foi suficiente para mandar todo alimento para o estomago, essas ondas continuam até o esvaziamento completo do esôfago Esfíncter esofágico inferior (“esfíncter gastroesofágico”) -> em condições normais esse esfíncter permanece contraído. Quando a onda peristáltica da deglutição desce pelo esôfago, ocorre o “relaxamento receptivo” do esfíncter esofágico inferior à frente da onda peristáltica, permitindo a fácil propulsão dos alimentos deglutidos para o estômago. Quando o esfíncter não relaxa de forma satisfatória -> acalasia
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