Buscar

AUDITORIA-INTERNA-E-EXTERNA-3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

cv 
 
 
 
1 
SUMÁRIO 
1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA AUDITORIA ........................................................... 4 
1.1 Objetivos da Auditoria ................................................................................... 6 
1.2 Campos da Auditoria .................................................................................... 8 
1.3 Profissão do Auditor ...................................................................................... 9 
1.4 Trabalho do auditor ..................................................................................... 10 
2 PROCESSOS DE AUDITORIA ......................................................................... 11 
3 PAPEIS DE TRABALHO ................................................................................... 13 
3.1 Preparação ................................................................................................. 15 
3.2 Tipos de papéis de trabalho ........................................................................ 16 
3.3 Formas de Auditoria .................................................................................... 17 
4 PROGRAMAS DE AUDITORIA PARA CONTAS DO ATIVO ............................ 18 
5 PROGRAMAS DE AUDITORIA PARA AS CONTAS DO PASSIVO ................. 20 
6 TIPOS DE AUDITORIA ..................................................................................... 21 
6.1 Auditoria Interna.......................................................................................... 22 
6.2 O papel e a importância da Auditoria Interna .............................................. 23 
6.3 Objetivos da Auditoria Interna ..................................................................... 24 
6.4 Função da Auditoria Interna ........................................................................ 26 
6.5 Âmbito e Procedimentos da Auditoria Interna ............................................. 27 
6.6 Procedimentos de Auditoria Interna ............................................................ 28 
7 AUDITORIA EXTERNA ..................................................................................... 31 
7.1 Função da Auditoria Externa ...................................................................... 33 
7.2 Objetivo da auditoria externa ...................................................................... 34 
7.3 Âmbito de trabalho da Auditoria Externa .................................................... 35 
7.4 Auditoria Independente Das Demonstrações Contábeis ............................ 36 
 
 
 
2 
7.5 Tipos de parecer ......................................................................................... 37 
8 AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA............................................. 38 
8.1 Auditoria como Prevenção e Detecção de Fraudes .................................... 42 
9 NOVAS NORMAS DE AUDITORIA ................................................................... 44 
10 REFERÊNCIAS BIBILIOGRAFICAS .............................................................. 48 
11 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 49 
 
 
 
 
3 
Prezado aluno!... 
 
A Rede Futura de Ensino, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala 
de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, 
interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja 
esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta 
em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma 
coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de 
atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe 
convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e 
prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA AUDITORIA 
 
Fonte: ibccoaching.com.br 
 
A auditoria surgiu da necessidade de controlar os registros contábeis, as 
movimentações financeiras e muitos outros fatores ocorridos na origem e evolução da 
auditoria. As empresas em decorrência da revolução industrial ou mesmo com a taxação 
do imposto de renda baseado nos resultados apurados em balanço, acelerou mais a sua 
evolução. 
Esta evolução deu-se paralelamente com o desenvolvimento econômico, que 
impulsionou as grandes empresas, formadas por capitais de muitas pessoas, onde 
necessitou de um controle adequado para a proteção de seus patrimônios. 
Segundo dados históricos a auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra por volta do 
século XIV, ano de 1.314 onde o governo utilizava o exame periódico e sistemático das 
contas públicas. 
Já no Brasil o surgimento se deu mais significativamente no final da Segunda Guerra 
Mundial, quando começou com a entrada de multinacionais no Brasil, filiais das que 
existiam na América do Norte e Europa. Com isso contribuiu a vinda das filiais de escritórios 
de auditoria que no exterior já prestavam serviços a estas empresas dando assim um 
avanço da auditoria no Brasil. 
 
 
 
5 
A auditoria externa ou independente surgiu com a evolução do sistema capitalista. 
No período inicial a qual foram surgidas as empresas pertenciam a grupos familiares. Com 
a evolução do mercado e a concorrência as empresas necessitaram desenvolver 
tecnologias aprimoradas e controles nos procedimentos internos em geral, principalmente 
buscando a redução dos custos e tornar mais competitivo os produtos a serem colocados 
no mercado. 
Em se tratando em evolução mercadológica surgiram investidores em diversas áreas 
patrimoniais, gerando lucros valiosos e esses devendo haver um controle maior em 
informações, pois, vários são os interessados nos recursos ocorridos nas empresas. Essas 
necessidades de informação que o investidor precisa avaliar principalmente a liquidez, 
rentabilidade e demais recursos futuros a serem ocorridos. A melhor forma de o investidor 
obter essas informações será por meios das demonstrações de resultados financeiros 
contábeis juntamente com as notas explicativas. 
Em decorrência destes fatos as demonstrações financeiras contábeis passaram a 
ter importâncias valiosas para os aplicadores de recursos em aplicações futuras. Para 
preservar a segurança e evitar a manipulação de informações, os investidores exigiram que 
essas demonstrações fossem conferidas por profissionais independentes da empresa que 
lançaram ações no mercado e estes com capacidade técnicas profissionais na área, com 
formação adequada para examinar as demonstrações contábeis financeiras da empresa e 
capaz de emitir opiniões claras fundamentadas em princípios geralmente aceitos pela 
contabilidade identificando a esse profissional o nome de auditor externo ou auditor 
independente. 
O desenvolvimento técnico do profissional de auditoria é realizar ações que 
procedem a erros corridos nos fatos lançados na empresa, identificando resultados que 
sejam significativos que possam prejudicar o futuro da empresa. 
O profissional da área de auditoria deve se preocupar com os mínimos valores 
ocorridos na contabilidade e apuração dos demonstrativos contábeis financeiros, mas estar 
alerta no que afetará em informações significativa, como por exemplo: Uma empresa que 
gera lucro no exercício em $ 10.000.000,00, caso ocorra um erro de $ 1.000,00, significando 
0,01%; um percentual irrisório nas informações dos resultados finais, sendo assim o auditor 
deve se ater as consequências do erro, o que pode estar ocorrendo por trás desse problema 
aise dedicar, mas caso seja um erro de digitação ou mesmo de lançamento, informe 
 
 
 
6 
simplesmente que no decorrer dos exercícios seguinte seja corrigido caso necessário, ou 
o contador achar viável. 
Com a globalização mundial e as instalações de diversas empresas internacionais 
serem instaladas no Brasil, e principalmente nos Estados Unidos da América e os países 
do Bloco Europeu exigirem a auditoria no exterior de suas empresas sedes instaladas no 
Brasil, a legislação brasileira teve que se adequar as novas normas e procedimentos foi 
alterado a Lei das sociedades por Ações que ocorria de 1976 a Lei 6.404/76, substituída 
pela Lei 11.638/2007, evoluindo e se adequando as normas internacionais. 
Essa evolução trouxe várias experiências e necessidades para as empresas, com 
isso, verificando a importância de uma análise detalhada com os acontecimentos na 
empresa, informações minuciosas e confiáveis, os administradores passaram a ver a 
auditoria como uma necessidade e não obrigatoriedade. 
Assim, não só manteve os auditores externos e/ou independente para examinar os 
fatos ocorridos na empresa e gerar informações imparciais aos acionistas externos, como 
também criaram um departamento interno de auditoria para atender à administração da 
empresa, pois o auditor externo trabalha em um período reduzido, analisando os fatos que 
interessam principalmente os acionistas e órgãos internos da empresa que precisam saber 
da real situação e com isso deixando de avaliar profundamente outras áreas não 
relacionadas com a contabilidade, como: o sistema de controle de qualidade, administração 
de pessoal e etc. 
Dessa forma surgiu o auditor interno, um funcionário da empresa, não deve estar 
subordinado a qualquer outro setor que examine as suas ações. Além disso, o auditor 
interno não deve exercer atividades que ele possa vir um dia a ser examinado. 
1.1 Objetivos da Auditoria 
A Auditoria tem como objetivo principal o controle de todo o patrimônio administrativo 
da empresa e, surge como uma especialização do Curso de Ciências Contábeis onde, 
através de uma fiscalização rigorosa observa se todos as demonstrações contábeis, 
registros, documentos, fichas, arquivos e anotações comprovam a veracidade dos registros 
e a legitimidade dos atos dos interesses patrimoniais. Além disso, tem também como 
 
 
 
7 
função, verificar ainda, os fatos e atos ligados ao patrimônio, ainda que carentes de 
registros, identificáveis por outros fatos e através de testemunhas. 
A Auditoria tem como meta fazer com que a empresa cumpra as obrigações fiscais, 
resguardando o patrimônio contra multas e autuações fiscais, resguardando créditos de 
terceiros contra possíveis fraudes e dilapidação do patrimônio, evitando sua destruição 
física e econômica, permitindo a cobertura financeira. 
Cabe à auditoria, representar os interesses de pessoas interessadas nas 
Demonstrações Contábeis e nos resultados da empresa: investidores, credores, governos, 
funcionários e outros; todos segundo seus interesses e funções, precisam confiar na 
fidelidade e exatidão dos documentos contábeis. 
Enfim, a auditoria possibilita um melhor controle dos bens, direitos e obrigações que 
constituem o patrimônio da empresa. Contribui para a redução de ineficiência, negligência, 
incapacidade e improbidade de empregados e administradores. 
A missão da auditoria é salvaguardar protegendo e servindo organizações, público, 
acionistas, clientes, diretores e a alta administração das empresas. Pois a auditoria existe 
para ajudar os administradores e a empresa em geral a identificar riscos significativos, 
enquanto as consequências potenciais forem ainda avaliáveis, preservando, desse modo, 
tanto os fatos como a integridade das empresas. 
Esta, na essência, é a missão corrente da auditoria, e assim permanecerá em sua 
missão futura. Porém a forma como os auditores a cumprirão tende a mudar 
substancialmente. 
A distinção entre o passado e o futuro repousa na característica do que os auditores 
praticam com base na percepção das necessidades das organizações e na avaliação dos 
riscos e prioridade que estabelecem. 
A oportunidade de execução, a maneira de executar, a postura e a habilidade do 
auditor necessitam ser gradativamente reavaliadas com vistas ao futuro. 
A motivação do auditor torna-se elemento vital para possibilitar essa mudança 
comportamental que permite a inovação, a descoberta de novas técnicas e formas de 
abordagem para os serviços de auditoria. 
A auditoria tradicional, no contexto de exames fiscais e operacionais, tende a já não 
ser suficiente. A resposta para o futuro repousa na libertação dos sistemas tradicionais, na 
aceleração do uso de computadores e novas tecnologias, no controle de novas técnicas, 
 
 
 
8 
no desenvolvimento e uso de metodologia mais avançada de análise de risco, na ênfase 
consideravelmente intensificada de pesquisa, tanto a níveis organizacionais como a níveis 
profissionais e, é claro, em pessoas. 
Sucesso no futuro está relacionado à habilidade dos auditores de liberarem seus 
produtos e serviços de forma mais oportuna, eficiente e efetiva. Entretanto, a auditoria deve 
tirar proveito da lição obtida no passado, de como, quando e sob quais condições evoluiu. 
Dessa forma pode projetar e antecipar o futuro quanto às oportunidades que ele trará e 
estar apto a responder aos desafios que aquelas oportunidades apresentarão. O grande 
objetivo é conduzir a missão futura da auditoria de forma competente e profissional, 
passando não a esperar para depois simplesmente reagir, mas agir o quanto antes. 
Conforme o desenvolvimento dos trabalhos e a consecução dos objetivos da 
auditoria, o auditor deve atentar-se ao senso profissional quanto a eventuais melhorias dos 
procedimentos administrativos e níveis de controles internos, de forma que deficiências 
encontradas contem com sugestões de regularizações. Ao final do trabalho deve-se 
elaborar um relatório formal à administração da empresa auditada, como forma de contribuir 
em decisões que visem o real fortalecimento dos controles utilizados pela empresa. 
1.2 Campos da Auditoria 
São duas as categorias de profissionais que realizam atividades de auditoria: 
a) Auditores Internos: São empregados da empresa, cujos registros examinam. Eles 
se situam entre o pessoal do departamento de contabilidade e a administração 
para assegurar a esta que aquele está funcionando como deveria. 
b) Auditores Independentes: Não são diretamente vinculados às empresas cujas 
Demonstrações Contábeis examinam. São profissionais independentes que 
emitem, depois de adequado exame e investigação, parecer profissional. 
 
 
 
 
 
 
9 
1.3 Profissão do Auditor 
 
Fonte: seucondominio.com.br 
Na auditoria contábil, o auditor leva em consideração as leis e regulamentos 
relacionados com a forma/conteúdo das demonstrações quanto aqueles dispositivos legais 
direcionados para a condução dos negócios da entidade, principalmente nos casos em que 
esta é fortemente regulamentada, como é o caso de bancos, companhias energéticas etc. 
O auditor, acima de tudo, deve conhecer a entidade auditada para avaliar os fatores 
que podem conduzir a distorções significativas nas demonstrações contábeis. Nesse 
processo de conhecimento o auditor normalmente busca informações sobre fatores 
econômicos gerais, sobre o setor em que a entidade atua e sobre as principais 
características da própria entidade. 
O auditor deve reconhecer, no planejamento, na execução de procedimentos de 
auditoria e na avaliação e divulgação de seus resultados, que o descumprimento de leis e 
regulamentos por parte da entidade pode afetar relevantemente as demonstrações 
contábeis. Ao avaliar os efeitos sobre as demonstrações contábeis decorrentes de 
descumprimento de leis e regulamentos, o auditor considera: 
a) as consequências financeiras em potencial, como, por exemplo, multas, 
possibilidade de desapropriaçãode ativos, paralisação das operações etc. 
 
 
 
10 
b) se as consequências financeiras em potencial exigem divulgação nas 
demonstrações contábeis e 
c) se essas consequências são tão sérias que questionam a apresentação adequada 
dada pelas demonstrações contábeis. 
O auditor tem uma grande responsabilidade também sobre o lançamento dos 
impostos. Deve conhecer bem as leis, e estar sempre atualizado. Deve estar à par dos 
lançamentos de Imposto sobre a Renda, Imposto sobre Circulação de Mercadorias, 
Imposto sobre Produtos Industrializados, Imposto sobre Operações de Crédito, Imposto 
Único sobre Minerais, Imposto sobre Serviços, sem contar os recolhimentos compulsórios 
acerca de outras especialidades e assim por diante. 
Partindo desse pressuposto aquele auditor convencional deve se especializar, fazer 
cursos que antes não estavam incluídos no currículo de seu curso. A administração da 
empresa necessita de que alguém lhes diga que as informações recebidas dos 
computadores são confiáveis e obtidas de acordo com critérios adequados, planejados de 
forma econômica e salvo guardados os direitos da própria empresa. 
Trocando em miúdos, o parecer do auditor independente é obrigatório nas 
demonstrações anuais das instituições financeiras e das companhias de capital aberto. Na 
sua análise, o auditor deve avaliar se as informações do balanço refletem a situação 
patrimonial e financeira da empresa e se os critérios adotados seguem os princípios básicos 
de contabilidade. Caso haja alguma divergência, os auditores devem incluir no parecer 
parágrafo de ênfase, ressalvas ou, em casos extremos, declarar sua abstenção. Segundo 
as normas contábeis, os parágrafos de ênfase devem destacar situações em que o auditor 
independente tenha detectado certo grau de incerteza. 
1.4 Trabalho do auditor 
Em seu exame, o auditor, por um lado, utiliza os critérios e procedimentos que lhe 
traduzem provas que assegurem a efetividade dos valores propostos nas demonstrações 
contábeis e, por outro lado, cerca-se dos procedimentos que lhe permitem assegurar a 
inexistência de valores ou fatos não constantes das demonstrações contábeis que sejam 
necessários para seu bom entendimento. 
 
 
 
11 
Os procedimentos aplicados no exame das demonstrações contábeis são aqueles 
que, a juízo do auditor, permitem uma conclusão quanto à razoabilidade das operações e 
aos seus reflexos nas demonstrações contábeis. Os procedimentos aplicados em uma 
auditoria e a extensão de sua aplicação. São determinados pelo julgamento do auditor que 
deve considerar a natureza e os problemas da empresa e observar a qualidade e eficiência 
de seus procedimentos contábeis e seus controles internos. 
Os procedimentos de auditoria são selecionados e aplicados em conformidade com 
as normas usuais de auditoria que exigem que o exame de auditoria seja executado com o 
devido cuidado profissional por pessoas com capacidade técnica, competência e 
independência ético-profissional, que o exame de auditoria seja planejado e supervisionado 
convenientemente, incluindo-se o estudo e avaliação dos controles internos, conclusivos 
quanto aos elementos comprobatórios suficientes e adequados que permitam a formulação 
da opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis em exame. 
2 PROCESSOS DE AUDITORIA 
O processo de auditoria compreende o desenvolver dos trabalhos em busca da 
veracidade das informações gerais da empresa em atendimento aos princípios contábeis e 
final emissão de parecer do auditor, devendo contemplar no curso desses trabalhos um 
roteiro sinóptico a seguir: Análise da afirmação, Avaliação da afirmação, Obtenção de 
elementos comprobatórios e Formação da opinião. 
A expressão “técnicas auditorias” pode ser usada para explicar os métodos básicos 
de obtenção de provas utilizados pelos auditores. 
A técnica por si só não é uma prova; ela fornece a prova exigida pelo auditor, dando-
lhe informações suficientes sobre o assunto, a fim de que ele possa emitir seu parecer 
profissional. 
a) Exame Físico. A ideia básica do exame físico é simples. O auditor examina 
determinado objeto a fim de assegurar-se de sua existência. O exame lhe dá o que pode 
ser chamado de “testemunho ocular”. O exame físico também significa que se deve dar 
atenção às quantidades. A pessoa que deve verificar a existência de três caminhões de 
entrega não pode ficar satisfeita se lhe mostrarem apenas dois. A contagem é uma parte 
tão evidente do exame físico que está sempre subentendida nessa operação. 
 
 
 
12 
b) Confirmação. Como técnica de verificação, a confirmação consiste em obter 
declaração escrita, de alguém fora da empresa, sobre um fato que essa pessoa esteja 
capacitada a confirmar. Uma vez aplicada adequadamente, ela é uma das técnicas mais 
úteis à disposição do auditor, fornecendo provas de grande fidelidade. Pode ser utilizada 
para verificar diversos fatos, relativos a importâncias devidas à empresa por clientes, 
importâncias devidas pela empresa, depósitos em bancos, a existência de litígios ou outros 
passivos contingentes, a existência de estoques armazenados em armazéns públicos, 
assim como títulos de propriedade. 
c) Exame de Documentos Originais. Nos negócios atuais, quase todas as transações 
entre duas empresas, ou entre uma empresa e um indivíduo, são comprovadas por 
qualquer espécie de documento. Além disso, muitas transações ou ocorrências na empresa 
são registradas através da preparação de um comprovante que se torna, então, a base 
para um lançamento nas contas. Incluídas nesta ideia de prova documental das transações 
estão as faturas de compras e de vendas, cheques, avisos de remessa, apólices de seguro, 
contratos, cautelas de ações, certificados de garantia, requisições, pedidos de compras, 
relatórios de recebimentos e grande quantidade de papéis especiais. 
d) Conferência dos Cálculos. As somas dos livros de registro original, os saldos das 
contas do Razão, as multiplicações e somas dos inventários, os cálculos de depreciação e 
de devedores duvidosos, os cálculos de bonificações, as baixas de patentes e seguros 
pagos antecipadamente, assim como muitos outros cálculos semelhantes, exigem 
verificação. 
e) Acompanhamento Retroativo dos Procedimentos de Escrituração. A fim de 
descobrir qualquer erro que possa ter sido cometido nos procedimentos de escrituração, 
tais como na transcrição dos livros de registros original para o Razão, ou levantamento de 
balancetes, é necessário que o auditor repita esse procedimento específico. 
f) Investigação Minuciosa. Investigação minuciosamente significa examinar em 
profundidade, ponto por ponto. Em auditoria isto se refere ao estudo detalhado de uma 
conta, de um livro de registro original, ou qualquer outro registro ou resumo de informações. 
g) Inquérito. As respostas a diversas perguntas relacionadas podem fornecer prova 
muito satisfatória se forem todas razoáveis e satisfatórias. 
h) Exame de Registros Auxiliares. Na maioria dos casos, o exame dos registros 
auxiliares será apoiado por algumas outras verificações que servirão para justificá-lo. 
 
 
 
13 
i) Correlação com as Informações Examinadas. Dentro do sistema contábil das 
partidas dobradas, há uma grande tendência para os itens se relacionarem uns com os 
outros. 
j) Observação. A observação é, talvez, a mais generalizada de todas as técnicas 
básicas de auditorias. Ela não se aplica à verificação específica de problemas, da forma 
que o fazem a confirmação ou a conferência de cálculos, sendo, ao contrário, de alguma 
utilidade em quase todas as fases do exame e não devendo jamais ser omitida. 
3 PAPEIS DE TRABALHO 
 
Fonte: portaldeauditoria.com.br 
O auditor tem o dever de documentar, através de papéis de trabalho, todos os 
elementos significativos dos exames e verificações realizadas durante seu trabalho de 
auditoria. 
Pode-se afirmar que os papéis de trabalho são o conjunto de materiais que contêmas informações e apontamentos utilizados pelo auditor durante o exame. Além de poder 
conter provas e descrições das provas que constituem os fundamentos da sua avaliação e 
parecer. 
 
 
 
14 
Os papéis de trabalho permitem ao auditor documentar os elementos significativos 
dos exames realizados, evidenciando o fato de que a auditoria realizada tenha sido 
executada de acordo com as normas cabíveis. 
Os papéis de trabalho, mesmo que em sua elaboração tenham sido usados 
documentos originais da empresa, eles são de propriedades do auditor e ele se torna 
responsável por esses relatórios emitidos por ele. 
Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade T 11.3 que trata dos papéis de 
trabalho e documentação da auditoria, aprovada pela Resolução do Conselho Federal de 
Contabilidade nº 1.024/05: 
Os papéis de trabalho destinam-se a: 
a) ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores ou pelos coligidos 
quando da contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e na execução da 
auditoria; 
b) facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e 
c) registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do 
auditor independente. (NBC) 
Temos ainda como finalidade dos papéis de trabalho 
Fornecer um registro escrito permanente do trabalho efetuado; 
Fornecer informações importantes com relação ao planejamento contábil, financeiro 
e fiscal; 
Ser apresentados, mediante solicitação, como evidência que fundamente o parecer; 
Por papéis de trabalho entende-se, portanto, o conjunto de formulários e documentos 
que contêm as informações e os apontamentos coligidos pelo auditor no decurso do exame, 
as provas por ele realizadas e, em muitos casos, a descrição dessas provas, que 
constituem o testemunho do trabalho executado e o fundamento. 
Os papéis de trabalho permitem ao auditor documentar os elementos significativos 
dos exames realizados que evidenciam o fato de a auditoria realizada ter sido executada 
de acordo com as normas cabíveis. 
O auditor deve conseguir provas e evidências em seus papéis de trabalho que 
alicercem a sua opinião sobre os relatórios financeiros em exame. Neles estão presentes 
comentários, explicações, balancetes, programas de auditoria, cálculos, rascunhos de 
demonstrações contábeis, dentre outros materiais escritos que o auditor julgar necessário 
 
 
 
15 
para auxiliar no planejamento e execução da auditoria. Conforme a Resolução CFC nº 
1024/2005 que aprovou a NBC T 11.3, que trata de Papéis de Trabalho e Documentação 
da Auditoria, os papéis de trabalho integram um processo organizado de registro de 
evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios eletrônicos ou 
outros que assegurem o objetivo desejado. 
Os papéis de trabalho devem ser concisos, objetivos, limpos, claros, elaborados de 
forma lógica e completos. Devem dispensar explicações complementares de quem os 
elaborou e demonstrar em qual ponto o auditor quer chegar. Os papéis de trabalho devem 
obedecer às normas de auditoria geralmente adotadas, incluir todos os dados e 
informações pertinentes, conter os elementos necessários para amparar o que for 
mencionado no parecer e nos relatórios e devem permitir a sua fácil identificação. 
Os papéis de trabalho são geralmente padronizados para facilitar seu uso. As células 
mestras detalham as contas do razão por área do balanço ou da conta sintética examinada. 
Essas células mestras são comprovadas pelas células detalhadas que demonstram todo o 
trabalho efetuado e a compilação de sua evidência. Exemplos dessas células detalhadas 
são os programas, as células-suporte, os testes e os mapas. 
3.1 Preparação 
Os papéis de trabalho basicamente vão fundamentar e servir como elemento 
comprobatório do trabalho da auditoria. Constituem a documentação preparada pelo auditor 
ou fornecida a este na execução do seu trabalho. Por intermédio de informações em papel 
e meios eletrônicos integram um processo organizado de registro de evidências da 
auditoria. Em suma, papéis de trabalho incluem todas as evidências obtidas pelo auditor 
para: mostrar o trabalho feito, os métodos e procedimentos seguidos e as conclusões a que 
se chegou. Servem ainda como modelo para auditorias subsequentes, permitindo o 
aperfeiçoamento das técnicas aplicadas. 
O papel de trabalho reflete toda a técnica e a aptidão profissional do auditor, nunca 
esquecendo de utilizar as normas frequentes de auditoria e também que os papéis 
elaborados sejam úteis. 
Os papéis de trabalho devem ser completos e conter todas as informações 
significativas dos registros. Ou seja, todos os papéis que deram suporte para o seu parecer 
 
 
 
16 
devem estar completos, pois nenhuma declaração do mesmo deve ser feita sem a devida 
prova. É o papel de trabalho terá essas provas. Vale lembrar que papel de trabalho não se 
restringe a dados ou objetivos, como notas fiscais. Neles devem conter qualquer dado de 
qualquer natureza utilizada pelo auditor, por exemplo, se ele teve um motivo para desconfiar 
dos dados do controle interno, este deve estar devidamente explicado. Sem falar que os 
comentários e explicações mais tarde podem fazer parte do relatório. 
Os papéis de trabalho devem ser completos, para conseguir tal característica todos 
os esforços devem ser feitos. É importante fixar que os dados quantitativos devem estar 
junto com explicações e todas as opiniões que foram utilizadas no decorrer do processo de 
auditoria. 
3.2 Tipos de papéis de trabalho 
Em uma mesma auditoria podem existir vários tipos de papéis de trabalho. Os papéis 
possuem várias formas e modelos, pois existem várias maneiras de se obter informações 
durante a elaboração de um parecer de um auditor. 
Mesmo havendo uma grande variedade de papéis de trabalho, existem alguns que 
são imprescindíveis na realização de uma auditoria satisfatória. Entre os principais estão: 
 Análise de Contas 
 Lançamentos de acertos 
 Conciliações 
 Balancetes 
 Pontos para Recomendações 
 Programa de auditoria 
Existem vários outros tipos de papéis de trabalho, mas deve se lembrar que cada 
caso irá exigir uma atenção diferente das pessoas que realizam a auditoria, podendo exigir 
que o auditor encontre ou desenvolva mais ou menos papéis de trabalho. 
Além de já existir uma grande quantidade de tipos de papéis de trabalho, a cada dia 
surgem novos problemas e novas instituições para serem auditadas. Devido a isso, os 
auditores sempre enfrentam novos problemas, surgindo a necessidade de criação de vários 
outros tipos de papéis de trabalho para atender a precisão da elaboração de seu parecer. 
 
 
 
17 
3.3 Formas de Auditoria 
Os serviços de auditoria variam de acordo com a extensão do trabalho, a 
profundidade dos exames, a sua natureza, os fins a que se destina, e as relações entre o 
auditor e a empresa auditada. 
De acordo com a Extensão do Trabalho 
A extensão do trabalho refere-se à abrangência do exame e está muito ligada com 
fins a que se destina. Nesse sentido duas são subdivisões: 
a) Auditoria Geral 
b) Auditoria Parcial ou Específica 
De acordo com a Profundidade dos exames 
A profundidade refere-se à aplicação dos procedimentos de verificação no todo ou 
em parte dos elementos objetivos de exame, determinados pelo tempo disponível e pelo 
grau de confiança do auditor no controle interno da entidade. 
Contém as seguintes subdivisões: 
a) Revisão Integral 
b) Auditoria Por Testes (amostragem) 
c) Revisão Analítica 
De acordo com a Sua Natureza 
A natureza dos serviços de auditoria está ligada à sua duração e é dividida em: 
a) Auditoria Permanente 
b) Auditoria Eventual ou Especial 
De acordo com os fins a que se destina 
Diversos são os objetivos ou as finalidades dos serviços de auditoria. Os principais 
são: 
a) Auditoria para acautelar interesses de acionistas e investidores. 
b) Auditoria para controle administrativo. 
c) Auditoria para apurar erros e fraudes.18 
d) Auditoria para apurar o valor real do patrimônio. 
e) Auditoria para concessão de crédito. 
f) Auditoria para cumprimentos de obrigações fiscais. 
g) Auditoria para confirmar a exatidão das demonstrações contábeis. 
4 PROGRAMAS DE AUDITORIA PARA CONTAS DO ATIVO 
 
Fonte: cowrks.com 
Para a aplicação dos programas de auditoria para as contas do ativo alguns objetivos 
devem ser atingidos, como: 
 
 Determinar se foram respeitados os princípios fundamentais de contabilidade; 
 Determinar se as classificações nas demonstrações contábeis foram feitas 
corretamente e se as informações complementares foram expostas em notas 
explicativas; 
 Assegurar de que todos os itens contabilizados realmente existem e de que não foi 
deixado de ser contabilizado nenhum item; 
 Assegurar-se de que as contas a receber são autenticas e se tem origens legais; 
 Apurar se os valores expressos são precisos e corretamente valorizados; 
 Assegurar a existência física dos estoques e a propriedade dos mesmos; 
 
 
 
19 
O trabalho de auditoria tem que ser planejado de modo que seja feito em diversas 
tarefas individuais que, uma vez concluídas, se enquadrem na estrutura de um exame 
abrangente das demonstrações. A organização de um trabalho deve levar em conta o 
relacionamento existente entre os diversos aspectos operacionais de determinada 
empresa, vejamos alguns exemplos: 
 
 A auditoria dos estoques pode ser concatenada com a de compras, contas a pagar 
e custo de mercadorias vendidas; 
 O exame de contas a receber, muitas vezes, se faz em coordenação com a auditoria 
de vendas e recebimentos de Caixa e Bancos; 
 A auditoria do capital deve ser feita juntamente com a dos dividendos. 
 
Integridade: Este objetivo tem como função a verificação de operações existentes e 
não registradas. Alguns procedimentos substantivos para cobrir este objetivo de auditoria 
são a Indagação e Observação e o Teste de Voucher. 
O Teste de Voucher: O teste de voucher tem como objetivos básicos: 
a) Verificar a existência da documentação suporte dos lançamentos contábeis, bem 
como a correta contabilização quanto a entidade, competência e precisão; 
b) Verificar a devida aprovação para os pagamentos das despesas, bem como a 
adequação da política de reembolsos e despesas da instituição; 
c) Verificar que o pagamento da despesa foi efetuado pela entidade. 
 
Existência: Verificar se houveram operações registradas e não existentes. Os 
procedimentos substantivos utilizados para cobrir este objetivo são a circularização, a 
Inspeção e o teste de Voucher. 
Propriedade: Operações registradas e não pertencentes à entidade. Procedimentos: 
Circularização, Inspeção e Voucher. 
Precisão: Operações registradas com dados errados. Procedimentos: Recálculo, 
Circularizações e Voucher. 
Valorização: Operações calculadas erroneamente. Procedimentos: Testes de 
Recálculo. 
 
 
 
20 
Apresentação: Informações imprecisas nas Demonstrações Financeiras. 
Procedimentos: Revisão analítica 
Revisão Analítica: O teste de revisão analítica tem como objetivo analisar a 
movimentação do saldo da conta, bem como as oscilações no período. As variações 
significativas entre um mês e outro devem ser analisadas, explicadas e formalizadas em 
nossos papéis de trabalho. As diferenças de apropriação mensal em resultados devem ser 
analisadas, e explicadas e formalizadas nos papéis de trabalho. 
5 PROGRAMAS DE AUDITORIA PARA AS CONTAS DO PASSIVO 
A auditoria do passivo tem a finalidade de determinar se foram utilizados os 
princípios de contabilidade geralmente aceitos, em base uniforme, determinar a existência 
de ativos dados em garantia ou vinculações aos passivos, determinar se estão 
corretamente classificados nas demonstrações financeiros e se as divulgações cabíveis 
foram expostas por notas explicativas. 
Os procedimentos de auditoria a serem utilizados a serem utilizados pelo auditor 
para a obtenção dos objetivos são dependentes da avaliação do controle interno e da 
materialidade envolvida. Segue alguns procedimentos que são utilizados para a auditorias 
em empresas. Os mais comuns são Exame Físico. Confirmação, Documentos Originais, 
Cálculo, Escrituração, Registro Auxiliares, Correlação, Observação. O exame de auditoria 
na área do passivo tem por finalidade atingir os objetivos previamente determinados. 
Dessa forma, programa de auditoria deve ser desenhado com o intuito de evitar 
trabalhos desnecessários ou que não atendam aos objetivos definidos. Uma vez definido o 
programa de auditoria deve ser desenhado com intuito de evitar possíveis trabalhos 
desnecessários ou deixar de realizar trabalhos não programados. A seleção e a data da 
aplicação dos procedimentos de auditoria devem ser definidas visando à efetividade do 
controle interno é à materialidade envolvida. Depois dos controles definidos os exames de 
auditoria podem ser realizados em data intermediária á do encerramento bastando para 
isto que o auditor execute procedimentos alternativos que atestem o valor do encerramento 
caso isso não aconteça a preferência deve recair para a data de encerramento. Pedido de 
confirmação. O pedido de confirmação empregado usualmente é o da forma positiva branca 
que traz maiores subsídios quanto á existências de passivos não registrados. 
 
 
 
21 
Com respeito a confirmação o auditor deve carrear todos os esforços para obtenção 
de uma resposta utilizando o primeiro pedido de confirmação, o segundo pedido de 
confirmação ou confirmação pessoal junto ao credor. Com relação as respostas recebidas, 
o auditor deve estar atento quaisquer informações opostas nas confirmações pelos 
credores. Estas informações denominadas como gratuitas devem ser minuciosamente 
examinadas, pois podem revelar a existência de desvios, apropriações indébitas, contas a 
pagar irreais ou incorreções. 
6 TIPOS DE AUDITORIA 
 
Fonte: blogdaqualidade.com.br 
Nos últimos anos, tem sido muito comum encontrar-se tanto na literatura técnica, 
como nos debates, seminários, congressos e outros eventos acadêmicos, uma vasta 
enumeração de tipos de auditoria. Esse fato decorre da não-existência de uma classificação 
uniforme, que seja aceita por todos, para a atividade auditorial. 
Contudo, sem pretender esgotar a matéria, adotar-se-á, neste trabalho, a seguinte 
classificação por conveniência didática: 
Quanto ao Campo de atuação: 
 Governamental 
 Privada 
 
 
 
22 
Quanto à Forma de realização: 
 Interna 
 Externa 
Quanto ao objetivo dos trabalhos: 
 Contábil ou Financeira 
 Operacional 
 Integrada 
6.1 Auditoria Interna 
A administração da empresa, com a expansão dos negócios sentiu a necessidade 
de dar maior ênfase às normas ou aos procedimentos internos, devido ao fato de que o 
administrador, ou em alguns casos, proprietário da empresa, não poderia supervisionar 
pessoalmente todas as atividades. Entretanto, de nada valia a implantação desses 
procedimentos internos sem que houvesse o acompanhamento, no sentido de verificar se 
estes estavam sendo seguidos pelos empregados da empresa. 
Adicionalmente, o auditor externo ou independente, além de sua opinião ou parecer 
sobre as demonstrações contábeis, passou a emitir um relatório comentário, no qual 
apresentava sugestões para solucionar os problemas da empresa, que chegaram ao seu 
conhecimento no curso normal de seu trabalho de auditoria. Entretanto o auditor externo 
passava um período muito curto na empresa e seu trabalho estava totalmente direcionado 
para o exame das demonstrações contábeis. Para atender a administração da empresa, 
seria necessária uma auditoria mais periódica, com maior grau de profundidade e visando 
também às outras áreas não relacionadas com contabilidade (sistema de controle de 
qualidade, administração de pessoal etc.). 
Portanto, surgiu o auditor interno como uma ramificação da profissão de auditor 
externo e, consequentemente, do contador. O auditorinterno é um empregado da empresa, 
e dentro de uma organização ele não deve estar subordinado aqueles cujo o trabalho ele 
examina. Além disso, o auditor interno não deve desenvolver atividades que ele possa vir 
um dia examinar, como por exemplo, elaborar lançamentos contábeis), para não interferir 
em sua independência. 
 
 
 
23 
A auditoria interna é a auditoria realizada por profissionais empregados da própria 
entidade auditada, portanto, parcialmente independente, e que, além das informações 
contábeis e financeiras, se preocupa também com os aspectos operacionais. Normalmente, 
a auditoria interna se reporta à presidência da organização, funcionando como um órgão 
de assessoramento. 
Atividade independente de avaliação de uma organização, mediante a revisão de 
sua contabilidade, finanças e outras operações que servem de base a administração 
da empresa. Também se pode dizer que é um controle gerencial que funciona 
medindo e avaliando a eficácia de outros controles. Nieva apud Guzmán (19.p. 37) 
A Auditoria Interna é a revisão e avaliação, sistemática e independente de todas as 
operações, incluindo as atividades administrativas, com a finalidade de informar a 
administração sobre a eficiência, eficácia e economia das práticas internas de gestão e dos 
controles. 
O CFC, através da Resolução n. º 986/03, apresentou o seguinte conceito: 
A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e 
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, 
adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de 
informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, 
com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. 
A atividade de Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque 
técnico, objetivo sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado 
da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da 
gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-
conformidades apontadas nos relatórios. 
É oportuno salientar que a auditoria interna não se limita somente aos aspectos 
contábeis de uma organização, logo deve ser realizada, preferencialmente, por uma equipe 
multi e interdisciplinar. 
6.2 O papel e a importância da Auditoria Interna 
Com o crescimento das organizações, a administração não poderia supervisionar 
pessoalmente todas as etapas das diversas atividades do seu negócio. Sentiu-se então 
necessidade de dar mais atenção às normas e procedimentos internos. 
 
 
 
24 
O auditor externo ao emitir a sua opinião sobre as demonstrações financeiras, 
apresentava sugestões para solucionar problemas detectados na empresa durante o seu 
trabalho de auditoria e como passava pouco tempo nas suas visitas à empresa, e, por isso, 
teve-se necessidade de ter um auditor mais permanente que pudesse atender às 
necessidades da administração e executar a sua atividade com maior grau de profundidade 
e conhecendo melhor todas as atividades desenvolvidas na empresa. 
Nesse contexto, surgiu a auditoria interna que iria auxiliar a administração. Esta 
última não deve desenvolver atividades que possam vir a interferir na sua independência. 
A importância que a auditoria interna tem nas suas atividades de trabalho serve para 
a administração, como meio de identificação de que todos os procedimentos internos e 
políticas definidas pela companhia, os sistemas contabilísticos e de controles internos estão 
sendo efetivamente seguidos, e todas as transações realizadas estão refletidas 
contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos. 
A necessidade de a administração ter alguém que lhes afirme que os controles e as 
rotinas de trabalho estão sendo habilmente executados e que os dados da contabilidade, 
com efetividade, merecem confiança, pois espelham a realidade económica e financeira da 
empresa, levou com que aparecesse a auditoria interna. 
 À avaliação e à execução dos objetivos e das políticas estabelecidas e ao 
cumprimento das disposições legais e demais normativos existentes: 
 À necessidade de alterar normativos, critérios, processos e procedimentos; 
 À adequação e eficácia dos meios e dos processos; 
 À adequação e eficácia dos sistemas de controle interno e de gestão. 
 
Em relação à importância da auditoria interna - serve para a administração verificar 
de que todos os procedimentos de controle interno estão sendo efetivamente seguidos, e 
todas as transações realizadas estão refletidas de acordo com os critérios previamente 
definidos. 
6.3 Objetivos da Auditoria Interna 
A Auditoria Interna tem como objetivo principal prestar ajuda à Administração, 
possibilitando-lhe o conhecimento da forma como desenvolve suas atividades, oferecendo 
 
 
 
25 
condições para um desempenho adequado de suas obrigações, proporcionando análise, 
apreciações, recomendações e comentários objetivos e/ou convenientes acerca das 
atividades investigadas. 
 
 Os objetivos da Auditoria Interna são os seguintes: 
 Verificar se as normas internas estão sendo seguidas; 
 Verificar a necessidade de aprimorar as normas internas vigentes; 
 Verificar a necessidade de novas normas internas; 
 Efetuar Auditoria das diversas áreas das demonstrações contábeis e em 
áreas operacionais. 
 
O auditor interno deve seguir as normas de Auditoria, mesmo sendo empregado da 
empresa o auditor não deve deixar que administração interfira na execução das suas 
funções, permitindo o exame de todos os atos por ela praticados. 
O auditor interno pode prever o exame de alguns fatos contábeis, antes deles ser 
registrado, no sentido de assegurar sua legitimidade e evitar correções futuras. 
São as seguintes as responsabilidades do auditor interno: 
 
 Observar com maior rigor do que qualquer outro empregado, os regulamentos 
internos da empresa; 
 Manter alto padrão de comportamento moral e funcional; 
 Ser discreto, não se utilizando de fatos apurados para proveito próprio; 
 Reportar eventuais sugestões sobre possíveis melhorias de sistemas de 
controle ou trabalho; 
 Só reportar fato que possam ser comprovados por documentos verificados e 
que não possam ser contestados; 
 Manter sempre presente perante os setores que audita não tem função de 
espião ou fiscal, mas sim de empregado categorizado, que tem funções 
definidas dentro da organização. 
 
A Auditoria Interna conhecida também como Auditoria Operacional realiza o exame 
dos controles internos e avalia a eficiência e eficácia da gestão, promove melhorias nos 
 
 
 
26 
controles operacionais e na gestão de recursos. A Auditoria faz recomendações nesses 
controles para atingir a eficiência administrativa. 
É preciso aumentar a eficácia gerencial por meio de recomendações compatíveis, 
aplicáveis e inovadoras, aumentar a eficácia e eficiência do processo auditorial e 
trazer benefícios efetivos para entidade auditada. Crepaldi (2009, p.40) 
O objetivo da Auditoria Interna é beneficiar a empresa com um melhor controle de 
seu patrimônio, procurando reduzir a ineficiência, negligência, incapacidade etc. Com essa 
ferramenta de controle administrativo a empresa se beneficiara dos diagnósticos, quanto à 
obediência as normas e procedimentos internos, possíveis áreas de risco, possibilitando a 
administração tomar as decisões necessárias. Portanto essa ferramenta tão preciosa 
auditoria interna proporciona maior segurança ao funcionamento correto das operações. 
O objetivo primordial da Auditoria Interna é o de auxiliar a empresa e todos os níveis 
de gestão no cumprimento das suas responsabilidades em promover sistemas de controle 
adequados, visando a melhoria da performance e do desenvolvimento sustentável da 
empresa. 
Em resumo, com base nos levantamentos efetuados atrás podemos concluir que osobjetivos da auditoria interna são: 
 Articular com a auditoria externa para evitar a duplicação dos esforços. 
 Investigar a observância dos regulamentos. 
 Auxiliar os gestores operacionais na identificação de melhoria de resultados. 
 Comunicar técnicas e procedimentos de controle a todas as unidades e 
participadas do grupo. 
 Desenvolver um repositório de talento empresarial para o grupo. 
6.4 Função da Auditoria Interna 
A auditoria interna assume particular importância por observância às seguintes funções: 
 Concepção e acompanhamento do sistema de controle interno; 
 Avaliação das performances de gestão; 
 Análise de investimentos; 
 Avaliações de mercado; 
 Organização de planos estratégicos e provisionais e avaliação de desvios; 
 
 
 
27 
 Outras análises e estudos econômico-financeiros; 
 Auditorias externas. 
 
Refere que a Auditoria Interna é uma função independente de avaliação, criada no 
seio da organização. As funções de Auditoria Interna estão sujeitas à orientação das 
políticas estabelecidas pela Direção. O propósito, autoridade e responsabilidade do 
departamento de Auditoria Interna deveriam ser definidos num documento formal, escrito e 
aprovado pela Direção. Este documento deve clarificar os propósitos do departamento de 
Auditoria Interna, especificar o alcance ilimitado do seu trabalho e declarar que os auditores 
não têm autoridade ou responsabilidade pelas atividades que examinam. 
6.5 Âmbito e Procedimentos da Auditoria Interna 
A Auditoria Interna é uma atividade existente dentro da organização que presta 
serviço à administração e faz avaliação independente. Constitui um instrumento de controle 
que funciona a partir de exame e avaliação da adequada eficácia dos outros controles. 
A atuação da auditoria interna é abrangente dentro da organização. Podemos 
encontrar entre outros âmbitos os seguintes: 
 Os sistemas de controle englobam planos da organização, promovem a 
execução dos objetivos contabilísticos e financeiros, métodos de avaliação 
com o intuito de proteger os seus ativos; 
 Verificar se as informações contabilísticas, financeiras, administrativas e 
operacionais são fidedignas; 
 Estimular sempre a utilização das normas e diretrizes da administração e 
fomentar a eficiência e a eficácia das operações; 
 
O fato de a Auditoria Interna ter como função básica verificar se o sistema de controle 
interno é eficaz tal não isenta os responsáveis de cada setor de zelarem pela existência 
dum controle interno eficiente na sua área de atuação. 
O âmbito da auditoria interna é muito mais amplo e variável do que da auditoria 
externa, visto que abrange todas as atividades, áreas e funções das organizações. 
 
 
 
28 
Na verdade, com a revisão, análise e aplicação do sistema de controle interno em 
todas as áreas da organização, o âmbito da Auditoria Interna tem vindo a desenvolver-se 
de uma forma transversal e com a intensidade que requer por causa do risco inerente a 
cada processo da organização. 
A ação da Auditoria Interna é abrangente, o que implica a liberdade aos profissionais 
da área para realizar todo o seu trabalho e investigar aspectos das atividades da entidade, 
podendo pedir esclarecimentos ao pessoal envolvido, a qualquer nível, e pode consultar 
toda a documentação e registos que achar relevantes para emitir a sua opinião sobre o 
controle subjacente. Sendo assim, os auditores internos têm como limitações somente os 
impedimentos legais ou éticos e os que possam derivar das suas competências e dos 
recursos adequados disponíveis para a realização do seu trabalho. 
6.6 Procedimentos de Auditoria Interna 
Os procedimentos da Auditoria Interna estabelecem exames e investigações, feitos 
através de testes de conformidade e testes substantivos, que servem para o auditor interno 
obter provas suficientes para encaminhar as suas conclusões e recomendações à 
administração. 
Os testes de conformidade têm por objetivo verificar se os controles internos 
estabelecidos pela administração estão a ser colocados em prática, ou seja, se estão a 
funcionar e a ser cumpridas pelos funcionários da entidade. Visam a obtenção de 
evidências e a validade dos dados fornecidos pelos sistemas de informação da entidade. 
Os testes de conformidade estão diretamente relacionados com a observância e 
efetividade dos procedimentos de controle interno contabilístico. 
Para a aplicação do teste de conformidade deve-se ter em conta os seguintes 
procedimentos: 
 Inspeção: verificar todos os registos, documentos e ativos tangíveis da entidade; 
 Observação: acompanhar os processos ou procedimentos na sua execução; 
 Confirmação: obter informações através de pessoas físicas ou jurídicas que 
conheçam as transações e operações, da entidade em todos os níveis. 
 
 
 
29 
O posicionamento da Auditoria Interna dentro da Organização deve estar ao mais 
alto nível da organização para permitir-lhe realizar as suas atividades de forma 
independente e com abrangência. 
O auditor deve ter a máxima independência para dar mais credibilidade às suas 
tarefas. Deve executar a sua função de controlar todas as áreas da organização, e verificar 
a eficiência e eficácia de todas essas áreas que compõem a organização. 
Assim, se tiver algum vínculo a uma área o tal componente de independência do 
auditor para poder cumprir, a sua planificação dos exames e verificações a todos os órgãos, 
departamentos da organização - poderá afetar a credibilidade do seu trabalho. 
Consequentemente, se esse vínculo for com o Conselho de Administração terá maior 
aceitação da auditoria interna como um instrumento de controle para a empresa. 
Para que a função de Auditoria Interna encontre ressonância na organização, é 
preciso que esteja firmemente escorada, de um lado, na aceitação dos administradores e, 
por outro lado, pela execução de um serviço contínuo e imaginativo que possa fornecer à 
administração. 
A estrutura e o funcionamento de um serviço de auditoria dependem de múltiplos 
aspectos, tais como a sua natureza e o seu enquadramento, os seus objetivos e a sua 
dimensão. 
A estrutura organizativa de um serviço de Auditoria Interna também depende de 
vários fatores, designadamente: 
 Do setor de atividade e da organização, dimensão e dispersão geográfica, do estilo 
de gestão e da cultura da unidade económica; 
 Dos objetivos, âmbito de atuação, atribuições e dimensão do próprio serviço de 
auditoria. 
Ainda que para que um serviço de Auditoria Interna possa otimizar as suas 
potencialidades como um efetivo e poderoso instrumento ao serviço da gestão, entende-se 
como desejável que exista um relacionamento direto e privilegiado com a administração e 
que ele esteja de alguma forma como que “acima” dos outros serviços que lhe compete 
auditar e com os quais deve cooperar, o que tem a vantagem de evitar constrangimentos e 
de contribuir para uma maior independência na idealização e execução dos trabalhos, nas 
análises e avaliações que tenha de efetuar e na apresentação de recomendações, 
sugestões e propostas de melhoria. 
 
 
 
30 
É responsabilidade da Direção decidir se a entidade necessita da implantação dos 
serviços de Auditoria Interna, assim como estabelecer o marco organizacional, onde a dita 
função levará a cabo as suas atribuições. No relatório das responsabilidades do auditor 
interno devem ser definidas, num documento formal, aprovado pela Direção, tanto o 
objetivo como a autoridade e responsabilidade do departamento de Auditoria Interna. 
A função do auditor exige ter acesso a todos os registos da entidade e a todas as 
pessoas responsáveis da área que está a ser auditada, mantendo o respeito e a mais 
absoluta confidencialidade nos temas tratados. O auditor interno não pode nem deve ter 
responsabilidade direta nem autoridade sobre as atividades objeto de exame. Isto significa 
que a Auditoria, de maneira nenhuma, revela a outra pessoa as responsabilidadesque lhe 
tenham sido atribuídas. 
O nível hierárquico do departamento de Auditoria Interna, dentro da entidade, deve 
ser tal que permita o cumprimento das suas responsabilidades. O departamento de 
Auditoria Interna deve depender do órgão de gestão posicionado ao mais alto nível, com 
autoridade suficiente dentro da empresa. 
O auditor interno tem de ter a sua autonomia e credibilidade para revisar e avaliar as 
políticas, procedimentos, planos, normas, regulamentos, operações etc., de modo que 
possa contar com a confiança e apoio dos auditados e da administração. 
A independência total e completa é impalpável, uma vez que implica em liberdade 
de toda e qualquer dependência, incluindo a dependência financeira. Consequentemente, 
a auditoria interna, sendo parte da empresa e recebendo suporte desta, necessita abrir mão 
de alguma independência. A meta do auditor, por conseguinte, é achar o maior grau de 
independência dentro das limitações existentes no seu mundo real, independência esta que 
o protegerá de assumir compromissos em detrimento dos objetivos da auditoria. 
Sendo a auditoria interna uma atividade profissional e tendo como objetivo fazer 
julgamentos profissionais, ela necessita do mais alto grau de imparcialidade, integridade e 
objetividade, os quais se atrofiam na ausência de independência prática 
 
 
 
31 
7 AUDITORIA EXTERNA 
 
Fonte: santanderpyme.com 
A auditoria independente é uma atividade que, utilizando-se de procedimentos 
técnicos específicos, tem a finalidade de atestar a adequação de um ato ou fato com o fim 
de imprimir-lhe características de confiabilidade. 
A auditoria externa ou auditoria independente surgiu como parte da evolução do 
sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e pertenciam a grupos de 
familiares. Com a expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve a 
necessidade de a empresa ampliar suas instalações fabris e administrativas, investir no 
desenvolvimento tecnológico e aprimorando os controles e procedimentos internos em 
geral, principalmente visando à redução de custos, portanto, tornando mais competitivos 
seus produtos no mercado. 
Entretanto, para processar todas essas mudanças seria necessário um volume de 
recursos impossível de ser obtido por meio das operações lucrativas da empresa ou 
patrimônio de seus proprietários. Por conseguinte, a empresa teve de captar esses 
recursos junto a terceiros, principalmente mediante a empréstimos bancários a longo prazo, 
e abrindo seu capital social para novos acionistas. 
No entanto, esses futuros investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e 
financeira da empresa, a capacidade de gerar lucros e como estava sendo efetuada a 
 
 
 
32 
administração financeira dos recursos na empresa. Essa necessidade de informação era 
para que o investidor pudesse avaliar a segurança, a liquidez e a rentabilidade de seu futuro 
investimento. A melhor forma de o investidor obter essas informações era, por meio das 
demonstrações contábeis da empresa. 
Como consequência, as demonstrações contábeis passaram a ter importância muito 
grande para os futuros aplicadores de recursos. Como medida de segurança contra a 
possibilidade de manipulação de informações, os futuros investidores passaram a exigir 
que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da 
empresa e de reconhecida capacidade técnica. Esse profissional, que examina as 
demonstrações contábeis da empresa e emite sua opinião sobre estas, é o auditor externo 
ou auditor independente. 
É importante citar que, apesar de ser muito divulgada, não existe uma definição 
consensual do que vem a ser auditoria externa. Em um sentido amplo, pode-se dizer que é 
a auditoria sobre a área financeira e outras, realizada por profissionais independentes. 
Ela também pode ser conceituada como sendo a auditoria realizada por profissionais 
qualificados e externos à empresa auditada, ou seja, que não são empregados da 
administração, normalmente sob a forma de firmas de auditoria, com o objetivo precípuo 
de emitir uma opinião independente, com base em normas técnicas, sobre adequação ou 
não das demonstrações contábeis, assim como, em certos casos, um relatório sobre a 
regularidade das operações e/ou sobre o resultado da gestão financeira e administrativa. 
Também conceituada como auditoria independente, é a auditoria realizada por 
especialistas contratados pela organização fiscalizada, ou por imposição normativa. 
Normalmente, os auditores externos realizam contábil, que segundo o CFC, 
representa o conjunto de procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de 
parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis, conforme os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, as Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação 
específica, no que for pertinente 
No Brasil, a prática da Auditoria Externa está regulamentada pelo CFC, pela 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM e pelo Banco Central do Brasil – BACEN. 
Consoante o art. 177 da Lei n. º 6.404/76, as demonstrações financeiras das companhias 
abertas devem observar as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e são 
 
 
 
33 
obrigatoriamente auditadas por auditores independentes ou externos registrados na mesma 
Comissão. 
7.1 Função da Auditoria Externa 
O auditor externo ao executar o seu trabalho deve abranger todas as áreas da 
empresa em determinado período e deve promover a redução dos custos, tempo e 
esforços. Por meio das recomendações inovadoras deve aumentar a eficácia e trazer 
benefícios à entidade. 
Sendo assim, é necessário que o auditor planeje a auditoria de forma que seja 
executada eficazmente; direcione o seu esforço de auditoria para áreas em que os riscos 
de distorção material devido a erro ou fraude sejam mais elevados, direcionando, portanto, 
um esforço menor para outras áreas; e use testes e outros meios para examinar as 
populações quanto a distorções. 
De acordo com a ISA1 240, o auditor deve avaliar se os procedimentos analíticos 
executados próximos do final da auditoria, para formar uma conclusão global sobre se as 
demonstrações financeiras são consistentes com o conhecimento que o auditor tem da 
entidade, indiciam um risco de distorção material devido a fraude anteriormente não 
reconhecido. 
A ISA 250 refere que o auditor é responsável por obter garantia razoável de 
fiabilidade de que as demonstrações financeiras, no seu todo, estão isentas de distorção 
material causada por fraude ou por erro. 
Segundo a ISA 200 os objetivos do auditor são: 
a) Obter prova de auditoria suficiente e apropriada quanto ao cumprimento das 
disposições de leis e regulamentos geralmente reconhecidos como tendo um efeito direto 
na determinação de quantias e divulgações materiais das demonstrações financeiras; 
b) Executar procedimentos de auditoria específicos para ajudar a identificar casos 
de incumprimento de leis e regulamentos que possam ter um efeito material nas 
demonstrações financeiras; e 
c) Responder de forma apropriada a casos de incumprimento ou suspeita de 
incumprimento de leis e regulamentos identificados durante a auditoria. 
 
1 ISA - Normas Internacionais De Auditoria: 
 
 
 
34 
De acordo com a ISA 260 o auditor deve comunicar aos encarregados da 
governação as responsabilidades que lhe incubem em relação à auditoria de 
demonstrações financeiras, nomeadamente: 
a) O auditor é responsável por formar e expressar uma opinião sobre as 
demonstrações financeiras preparadas pela gerência com a supervisão dos encarregados 
da governação; e 
b) A auditoria de demonstrações financeiras não liberta a gerência ou os 
encarregados da governação das suas responsabilidades. 
7.2 Objetivo da auditoria externa 
O auditor externo ao fazer uma auditoria das demonstrações financeiras tem como 
objetivo geral expressar uma opinião sobre se as demonstraçõesfinanceiras estão 
razoavelmente apresentadas de acordo com os princípios da contabilidade geralmente 
aceites. 
A auditoria financeira tem como objetivo a expressão de uma opinião sobre estas 
por parte de um profissional competente e independente. 
O público em geral entenda que o principal objetivo do trabalho dos auditores seja o 
de descobrir fraudes quando na realidade a principal responsabilidade pela prevenção e 
detecção das mesmas compete não só às pessoas a quem incumbe a governação das 
empresas como também à gestão. De fato, os auditores não podem obter segurança 
absoluta, de que no decurso da auditoria sejam detectadas distorções materiais nas 
demonstrações financeiras devido a fatores tais como a utilização de julgamento e de 
testes, as limitações inerentes do controle interno e o fato de que muitas das provas que 
lhes são apresentadas serem de natureza persuasiva e não de natureza conclusiva. 
A auditoria externa não é realizada para detectar fraudes ou erros. Naturalmente, no 
decorrer da auditoria, o auditor pode encontrar fraudes ou erros, mas não é este o seu 
objetivo. Seu objetivo é emitir um parecer sobre as demonstrações financeiras da entidade 
auditada. 
De acordo com a ISA 200 do IFAC, a finalidade de uma auditoria é aumentar o grau 
de confiança dos destinatários das demonstrações financeiras. Isto é conseguido pela 
expressão de uma opinião do auditor sobre se as demonstrações financeiras estão 
 
 
 
35 
preparadas, em todos os aspetos materiais, de acordo com um referencial de relato 
financeiro aplicável. Na maioria dos referenciais com finalidade geral, essa opinião incide 
sobre se as demonstrações financeiras estão apresentadas de forma apropriada, em todos 
os aspetos materiais, ou dão uma imagem verdadeira e apropriada de acordo com o 
referencial. 
A mesma ISA refere que ao realizar uma auditoria de demonstrações financeiras, os 
objetivos globais do auditor são: 
a) Obter uma segurança razoável sobre se as demonstrações financeiras como um 
todo estão isentas de distorções materiais, seja devido a fraude ou a erro, permitindo-lhe, 
portanto, expressar uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão preparadas 
em todos os aspetos materiais, de acordo com uma estrutura conceptual de relato 
financeiro aplicável; e 
b) Relatar sobre as demonstrações financeiras, e comunicar conforme exigido pelas 
ISA, de acordo com as suas constatações. 
O principal objetivo da auditoria é concluir sobre as demonstrações financeiras 
apresentam de forma verdadeira e apropriada a situação financeira e os resultados das 
operações de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites. 
Podemos concluir que os objetivos fundamentais são: 
 Dar credibilidade às demonstrações financeiras junto dos seus utentes/utilizadores; 
 Conhecer os pontos fracos existentes ao nível do controle interno das empresas ou 
entidades auditadas; 
 Exercer ação pedagógica e de controle sobre a estrutura; 
 Concluir as demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e 
apropriada (“a true and fair view”) a posição financeira da empresa ou entidade 
bem como os resultados das suas operações e os seus fluxos de caixa, de acordo 
com os princípios contabilísticos geralmente aceites. 
7.3 Âmbito de trabalho da Auditoria Externa 
Os trabalhos da auditoria externa incidem, por regra ou fundamentalmente, sobre as 
áreas contabilístico-financeiras, pelo que este tipo de trabalho é muitas vezes designado 
por auditoria financeira. 
 
 
 
36 
Neste contexto, os auditores externos planejam e executam os seus trabalhos de 
forma a obter uma garantia razoável de que as demonstrações financeiras por si analisadas 
não contêm distorções materialmente relevantes. Dito de outra forma, realizam o seu 
trabalho por forma a poder exprimir uma opinião sobre se os documentos de prestação de 
contas apresentam, ou não, de forma verdadeira e apropriada, a situação financeira da 
empresa, e os resultados das suas operações, relativamente à data e ao período a que os 
mesmos se referem. 
Com este objetivo, e com base em amostragens, verificam o suporte dos registos 
contabilísticos e da informação nelas divulgada e, nalguns casos, avaliam também da 
adequação das políticas e orientações contabilísticas seguidas. De qualquer forma, porém, 
as suas apreciações incidem geralmente apenas sobre aspetos contabilístico financeiros. 
7.4 Auditoria Independente Das Demonstrações Contábeis 
A auditoria independente das demonstrações contábeis constitui o conjunto de 
procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação com 
que estas representam a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as 
mutações do patrimônio líquido e demais demonstrações financeiras da entidade auditada, 
consoante as Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação específica no que for 
pertinente. 
As demonstrações contábeis passaram a ter importância muito grande para os 
futuros aplicadores de recursos. Como medida de segurança contra a possibilidade 
de manipulação de informações, os futuros investidores passaram a exigir que 
essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da 
empresa e de reconhecida capacidade técnica. Almeida 2008, p. 26. 
A auditoria independente é uma profissão que exige nível superior e é atribuição 
exclusiva de bacharel em Ciências Contábeis com registro no Conselho Regional de 
Contabilidade - CRC de sua região. 
É exigido que o preposto do auditor, em qualquer nível, seja também contador e 
esteja devidamente legalizado no CRC regional. 
Aos auxiliares, níveis iniciais, deve-se exigir que estejam cursando faculdade de 
ciências contábeis. 
 
 
 
37 
Devem estar registrados na CVM, os auditores que pretenderem auditar entidades 
de capital aberto e aquelas que operam no mercado financeiro sujeitas ao controle do 
Banco Central do Brasil. 
Para fins de registro na CVM o auditor deverá comprovar perante aquela instituição 
ser probo, ter capacidade profissional e, já estar registrado no CRC e exercendo a profissão 
de auditor independente por um período não inferior a 5 anos. 
O parecer dos auditores Independentes é o documento mediante o qual o auditor 
expressa sua opinião de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis quanto 
ao adequado atendimento, ou não, a todos os aspectos relevantes. 
Elementos básicos do parecer dos auditores independentes: 
O parecer emitido pelo auditor independente compõe-se basicamente, de três 
parágrafos, como se segue: 
a) Parágrafo referente à identificação das demonstrações contábeis e à definição das 
responsabilidades da administração e dos auditores; 
b) Parágrafo referente à extensão dos trabalhos; 
c) Parágrafo referente à opinião sobre as demonstrações contábeis. 
O parecer deve expressar, claramente, a opinião do auditor sobre se as 
demonstrações contábeis da entidade representam, em todos os aspectos relevantes: 
Sua posição patrimonial e financeira; 
a) O resultado de suas operações para o período a que correspondem; 
b) As mutações de seu patrimônio líquido para o período a que correspondem; 
c) As origens e aplicações de recursos para o período a que correspondem. 
O auditor deve ter como base e fazer referência aos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade como definidos e aceitos em nosso país. 
7.5 Tipos de parecer 
O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor está convencido sobre todos os 
aspectos relevantes dos assuntos tratados no âmbito de auditoria, O parecer do auditor 
independente deve expressar essa convicção de forma clara e objetiva. 
 
 
 
38 
O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer 
discordância ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira 
parecer adverso ou abstenção de opinião. 
O auditor dever emitir parecer adverso quandoverificar que as demonstrações 
contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão 
do parecer com ressalva. 
O parecer com abstenção de opinião é emitido quando houver limitação significativa 
na extensão de seus exames que impossibilitem o auditor expressar opinião sobre as 
demonstrações contábeis por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la. 
8 AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA 
 
Fonte: dextercontabilidade.com.br 
As auditorias interna e externa têm semelhanças entre si, mas, existem diferenças 
quanto aos destinatários dos trabalhos que realizam e os seus objetivos, a metodologia 
seguida e ao âmbito das ações e à ênfase das suas apreciações. 
 
 
 
39 
A auditoria interna é realizada por uma equipe de profissionais qualificados e 
treinados para executar as tarefas e são funcionários da organização. Para a realização de 
uma auditoria externa, a organização contrata uma entidade especializada para realizar a 
auditoria. 
A diferença entre a auditoria interna e a externa reside no objetivo e destinatários 
dos trabalhos que realizam, ao âmbito das ações e à metodologia seguida, à ênfase posta 
nas suas apreciações e à frequência com que ambas realizam trabalhos de auditoria. 
O trabalho desenvolvido pela auditoria interna muitas vezes irá auxiliar o trabalho da 
auditoria externa. 
A função da auditoria interna repousa em atividades detalhadas da empresa, 
relacionadas, de maneira intensa, com o andamento de cada função, área, departamento, 
setor e operação. 
A auditoria externa não elimina a necessidade da auditoria interna, porque a auditoria 
interna da organização auditada possibilita maior segurança ao auditor independente, 
evitando a duplicidade de trabalho e reduzindo os custos de ambas as partes, uma vez que 
a qualidade dos trabalhos praticados assim o indique, e permite a identificação e resolução 
antecipada de problemas que só são solucionados no último instante. É mais difícil definir 
o papel do auditor interno do que do auditor externo, porque as responsabilidades básicas 
do auditor externo (de fonte legal) são definidas pela lei, enquanto a função de auditoria 
interna difere, de uma empresa para outra. 
O trabalho executado em ambas as Auditorias é idêntico, isto é: 
 Baseiam-se no controle interno como ponto de partida para realizar o seu exame; 
 Sugerem correções para deficiências encontradas; 
 Utilizam as mesmas técnicas; 
 A extensão do trabalho depende da eficiência dos sistemas contabilísticos e 
controle interno existentes. 
No que diz respeito ao controle interno as autoras são de opinião que: 
 O auditor externo, através do estudo e avaliação do controle interno, pode sugerir 
melhorias através de críticas construtivas; não obstante, a opinião expressa não 
é uma declaração acerca da eficácia ou eficiência da gestão da entidade; 
 O auditor interno, através do estudo e avaliação do sistema de controle interno, 
vai verificar se este proporciona uma garantia razoável de que os objetivos da 
 
 
 
40 
entidade se cumpriram, com eficiência e eficácia. A sua atuação deve ser 
construtiva, diligente e expedita e, sobretudo, persistente no “Follow-up” das 
questões. 
A auditoria contábil é uma atividade exercida por meio de técnicas e procedimentos 
de forma sistematizada para avaliar e examinar os procedimentos e as operações 
praticadas na execução da escrituração contábil, esta atividade se conclui no relatório 
técnico onde o auditor emite seu parecer a respeito do que foi verificado. Há dois tipos de 
atividades de auditoria mais comuns, a auditoria operacional e a financeira/contábil. Na 
auditoria operacional a relação com a contabilidade é mais indireta, pois o objetivo neste 
tipo de auditoria é analisar controles e procedimentos operacionais da administração e sua 
consequência na contabilidade. Já na auditoria financeira o auditor expressa sua opinião 
sobre as demonstrações financeiras e a aplicação dos princípios de contabilidade. 
As informações que fundamentam a auditoria devem ser obtidas de fontes 
independentes, pois devem prestar credibilidade ao trabalho, portanto o auditor deve 
sempre dar preferência a documentos, arquivos ou papéis de origem externa e hesitar 
quando os mesmos forem obtidos dentro da própria empresa. A técnica da circularização, 
por exemplo, permite confirmar as informações contidas na escrituração contábil com 
terceiros. Em casos onde a informação de terceiros não seja possível, o auditor deve ir a 
fundo para verificar a exatidão das informações na contabilidade, para isso ele pode se 
valer da contagem física. 
Num exemplo de circularização, o auditor em nome da empresa emite uma carta 
solicitando a clientes e fornecedores a confirmação dos débitos/créditos com a empresa 
numa determinada data. A contagem física é bem comum ser aplicada ao final de cada ano 
no inventário dos estoques, mas também deve ser usada para verificar o saldo de caixa de 
forma periódica para evitar problemas e fraudes no controle de caixa. 
A auditoria pode ainda ser interna ou externa. A auditoria interna segue orientação 
da diretoria da empresa e está subordinada aos controles, normas e procedimentos 
internos da empresa, já a auditoria externa é mais independente, pois aborda as 
informações de maneira mais imparcial já que não leva em conta as políticas internas da 
empresa, mas sim as técnicas e princípios que norteiam a contabilidade. Entretanto, uma 
não elimina a necessidade da outra, pois apesar de suas funções serem similares o 
destaque e a forma de encontrar as informações são diferentes. 
 
 
 
41 
Além disso, as auditorias interna e externa numa mesma organização tendem a se 
completarem possibilitando maior segurança na representação patrimonial na contabilidade 
e possibilita a resolução preventiva de problemas que muitas vezes só serão detectados 
após o fechamento do exercício contábil. Com a internacionalização das normas contábeis 
há uma maior importância em se aplicar as auditorias e se certificar que a realidade da 
empresa esteja espelhada nas demonstrações financeiras. 
A função da auditoria interna repousa em atividades detalhadas da empresa, 
relacionadas, de maneira intensa, com o andamento de cada função, área, departamento, 
setor e operação. 
A auditoria interna, por orientação gerencial da alta administração da empresa, tem 
de examinar cada ramificação e os segmentos, em períodos regulares de tempo, para 
observar a aderência às políticas, à legislação, à eficiência operacional e aos aspectos 
tradicionais de controle e salvaguarda da empresa. 
Apesar de ambas as funções de auditoria cobrir algumas atividades similares, a 
ênfase e a forma de abordá-las variam, a auditoria externa tem como objetivo a revisão 
global das atividades, de maneira menos detalhada. 
A auditoria externa não elimina a necessidade da auditoria interna, porque a auditoria 
interna da organização auditada possibilita maior segurança ao auditor independente, 
evitando a duplicidade de trabalho e reduzindo os custos de ambas as partes, uma vez que 
a qualidade dos trabalhos praticados assim indique, e permite a identificação e resolução 
antecipada de problemas que só são solucionados no último instante. 
 
 
 
42 
8.1 Auditoria como Prevenção e Detecção de Fraudes 
 
Fonte: rejaneakemi.com.br 
Não é objetivo principal do auditor externo detectar irregularidades, mas no decorrer 
do seu trabalho de auditoria pode vir ao seu conhecimento, mesmo assim não pode afirmar 
que foram detectadas todas as irregularidades, visto que é muito difícil detectar 
irregularidades que não foram registadas. 
Para prevenir e descobrir fraudes é necessário que haja um sistema de contabilidade 
adequado e um controle interno apropriado para protegerem a organização e desencorajem 
os empregados de cometerem irregularidades. Há necessidade de uma verificação e 
revisão do

Continue navegando