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4. Neisseria

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Neisseria
- Diplococos gram-negativos
- Possuem LPS na parede celular
- Encontram-se algumas espécies participando da flora anfibiôntica da superfície de mucosas (cavidade oral, trato genitourinário feminino)
- Possuem oxidase em sua cadeia respiratória (OXIDASE-POSITIVO)
- São aeróbias
Duas espécies patogênicas para o organismo humano (não oportunistas):
Neisseria menigiditis
Neisseria gonorrhoeae
NEISSERIA MENIGIDITIS
Agente etiológico da meningite bacteriana.
OBS: Qualquer microorganismo que consiga atravessar a barreira hematoencefálica e chegar às meninges leva ao quadro de meningite (fungos, bactérias, vírus, parasitas, etc), embora alguns estejam mais associados a este quadro.
Meningite Bacteriana: Neisseria menigiditis (meningococo)
			 Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
			 Haemophilus influenza  
- Pneumococo: mais freqüente em crianças até 2 anos de idade
Microbiota da cavidade oral → otite →corrente sanguínea →meningite
- Haemophilus influenza: entre 2 e 4 anos de idade.
- Meningococo: meningite contagiosa. Como a transmissão é possível, é o grande responsável pelas epidemias mundiais.
Fatores de Virulência
Polissacarídeo capsular: protege o microorganismo contra a fagocitose (ação antifagocitária). Induz a formação de anticorpos protetores.
Sorogrupos: A,B,Y,C e W135 são mais freqüentemente associados a infecções invasivas. 
A constituição do polissacarídeo do grupo B: ácido N-acetil neuroamínico (presente também no SNC). Faz com que a elaboração de uma vacina seja mais complicada (usam-se ptns de membrana externa ?).
LPS: é composto por uma fração lipídica (toxicidade) e um polissacarídeo (diversidade). 
Estimula os macrófagos a liberarem citocinas.
Pode levar a trombose em pequenos vasos, infiltração perivascular, petéquias e, em casos mais graves, a coagulação intravascular disseminada (CID) e colapso circulatório (síndrome de Waterhouse Friderichesen = choque séptico)
Pili: estrutura responsável pela aderência
Patogenicidade
Nasofaringe é a porta de entrada (ligação do meningococos às células da mucosa)
Invasão da mucosa da faringe e alcance da corrente sanguínea
Bacteremia → sintomas mais brandos
Meningococcemia → sintomas mais graves (febre elevada e rash cutâneo).
Meningite → surge de forma abrupta com intensa dor de cabeça, vômitos em jato e rigidez nucal (conseqüência da menincoccemia).
Epidemiologia
- Transmissão de pessoa a pessoa
- Detecção de portadores
- Vacinação: para os sorogrupos A,C,Y e W135 → Ag polissacarídeo
		 para o sorogrupo B → Ag protéico (?)
NEISSERIA GONORRHOEAE
Agente etiológico da gonorréia, uretrite gonocócica (masculina e feminina), proctite (ampola retal), faringite e oftalmia neonatal (atualmente rara).
Fatores de Virulência
Polissacarídeo capsular: não forma anticorpos protetores.
LPS: estimula os macrófagos a liberarem citocinas → reação inflamatória intensa → piogênese intensa (secreção purulenta)
Pili: responsável pela aderência às mucosas.
Proteína de membrana externa – Opa ou Ptn II
- Auxilia na aderência
- Capaz de apresentar grande capacidade antigênica (torna o desenvolvimento de vacinas inviável)
IgA protease: inativa IgA de mucosas.
Patogenicidade
- Aderência dos gonococos às células da superfície de mucosa (genitourinária, reto, conjuntiva ocular e orofaringe)
- endocitose
- Inflamação aguda (principalmente em homens), em mulheres pode muitas vezes ser assintomática
- Complicações:
Epididimite em homens
Salpingite, doença pélvica inflamatória (DPI) em mulheres
Lesões na pele e artrite (bacteremia)
Epidemiologia
- Uso de preservativo: importante para o controle
O microorganismo sobrevive colonizando exclusivamente a mucosa humana.
- Tratamento dos portadores assintomáticos (são principalmente as mulheres).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Meningite
Espécime clínico: LCR (punção lombar) para os doentes
		 “swab” de nasofaringe para os portadores
Indicativo de meningite bacteriana: LCR turvo
Faz-se então a bacterioscopia do líquor e cora-se pelo método Gram.
Gonorréia
Espécime clínico: secreção ureteral masculina
		 “swab” de cérvix uterino (colher com especulo)
Bacterioscopia
Possui valor diagnóstico na uretrite gonocócica masculina e meningite. Fecha-se o diagnóstico só com a bacterioscopia porque na microbiota desses locais não há outros diplococos (ex: LCR é estéril)
Cultura
Sempre deve ser usada para diagnóstico de portadores (Trato genitourinario feminino) e infecções de cavidade oral e retal.
Meios
- Ágar chocolate: para semear material clínico estéril.
A Neisseria não cresce em qualquer meio de cultura. No meio Agar sangue existem ptns que não são boas para o seu crescimento, mas que são inativadas com o aquecimento (promove também a lise de hemácias → coloração de chocolate !!!).
- Meio de Thayer-Martin: adicionado de sangue aquecido a 80°C por 10 min, suplemento nutritivo e antibióticos (vancomicina, colimicina e nistatina - VCN) para semear material clínico da flora normal (uretra, cérvix, ampola retal, secreção de nasofaringe).
Vancomicina → inibe cocos gram positivos
Colimicina → inibe bacilos gram negativos
Nistatina → fungicida
- As culturas, em ambos os meios, devem ser incubadas em atmosfera enriquecida em CO2.
Testes Fisiológicos
	
	Gonococo
	Meningococo
	Glicose
	+
	+
	Maltose
	-
	+
	Lactose
	-
	-
	Amido
	-
	-
- Teste da oxidase
TRATAMENTO
Meningite
- Não apresenta resistência a Penicilina (pouco absorvida nas meninges)
- Cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona)
Gonorréia
- Isoladas amostras resistentes a penicilinas (no Brasil não temos dados).
- Espectotiomicina (aminoglicosídeo)
- Fluoroquinolonas
- Cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona)
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